Conheça oito maneiras de parar de roncar
Entenda por que emagrecer ou evitar álcool antes de dormir melhora o problema
Se você ronca, certamente
não foi o primeiro a saber. Mas, ao contrário do que se imagina, o som
decorrente da vibração dos tecidos da região da faringe não torna
vítimas apenas aqueles obrigados a acostumar com o barulho. "O problema
pode ser sintoma de diversos problemas de saúde e ainda causa
constrangimento, principalmente, quando se dorme fora de casa", aponta o
otorrinolaringologista Fábio Lorenzetti, diretor da Associação
Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORLCCF).
Conheça hábitos e condições que favorecem o
ronco:
Perca peso
Embora a parte do corpo que mais evidencie o excesso de
peso
seja o abdômen, a deposição de gordura também ocorre na região do
pescoço. "Isso prejudica a passagem de ar, devido ao estreitamento da
faringe", afirma a otorrinolaringologista Fernanda Martinho, da Unifesp e
da diretoria da Associação Brasileira do Sono. Por isso, qualquer
tratamento do ronco é mais eficiente se for acompanhado de perda de
peso. Isso não quer dizer, é claro, que pessoas no peso ideal não
ronquem, mas a probabilidade é bem menor.
Descubra se tem apneia do sono
O ronco é o principal sintoma da
apneia do sono.
"Essa doença se caracteriza pela redução da oxigenação do sangue, isso
acontece devido a interrupções da respiração causadas pelo estreitamento
das vias aéreas", afirma o otorrinolaringologista Fábio. Neste caso, o
ronco precisa de tratamento, uma vez que essas oscilações de oxigênio
aumentam o risco de complicações cardiovasculares e podem levar a um
infarto. Para identificar se você sofre do problema, recomenda-se fazer
um exame de polissonografia em que o sono é monitorado e as atividades
fisiológicas avaliadas por um especialista.
Modere no consumo de álcool
"O
álcool,
assim como alguns tranquilizantes e medicamentos para dormir, relaxa a
musculatura do corpo", afirma a especialista Fernanda. De dia, isso não
costuma ser problema. De noite, entretanto, o resultado é um
afrouxamento exagerado dos músculos, uma vez que eles já ficam
naturalmente mais relaxados quando dormimos. Por isso, mesmo quem não
ronca habitualmente, pode ter o problema nos dias em que consome bebidas
alcoólicas.
Trate as alergias respiratórias
Pessoas que sofrem de alergias respiratórias, como a
rinite alérgica,
estão frequentemente com o nariz entupido, o que pode contribuir com o
ronco. "O barulho pode ser decorrente do esforço feito para respirar ou
da alternativa encontrada para a congestão nasal: respirar pela boca",
diz o especialista Fábio. Neste caso, a solução é tratar a alergia.
Evite dormir de barriga para cima
"A pior posição para quem ronca é dormir de
barriga para cima", afirma a otorrinolaringologista Fernanda. Segundo
ela, pela ação da gravidade e pela retração da língua para trás, há um
estreitamento da passagem de ar, o que aumenta a vibração dos tecidos da
faringe. Ela recomenda dormir de lado ou de bruços para evitar a
obstrução.
Alinhe os dentes
"Problemas na arcada dentária ou no alinhamento
dos dentes podem favorecer o ronco", afirma o cirurgião-dentista Rodrigo
Guerreiro Bueno de Moraes, consultor científico da Associação
Brasileira de Odontologia (ABO). Segundo ele, os dentes em posição
incorreta também podem ser decorrentes da própria respiração bucal. A
solução, neste caso depende não só do dentista, mas também do
otorrinolaringologista, que irá tratar a raiz do problema.
Identifique problemas anatômicos
A obstrução da respiração pode ser decorrente de um problema anatômico, como o
desvio de septo nasal.
"Neste caso, apenas a intervenção cirúrgica é capaz de acabar com o
ronco", afirma o otorrinolaringologista Fábio. Outros problemas
estruturais comuns que causam o ronco são amígdalas e adenoide
aumentadas.
Use dilatador nasal
Os especialistas não recomendam o uso do
dilatador nasal
para evitar o ronco. Segundo eles, o método funciona para um público
muito restrito e apenas como paliativo, e não tratamento. "Pessoas com a
válvula nasal flácida, por exemplo, podem obter algum benefício, mas a
maior parte dos casos de ronco não são decorrentes desse problema",
afirma o otorrinolaringologista Fábio.
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