segunda-feira, 13 de abril de 2015

SAÚDE E EQUILÍBRIO - Reconheça os sinais que o corpo apresenta durante a ovulação

Reconheça os sinais que o corpo apresenta durante a ovulação

Dor pélvica, aumento da libido e elevação da temperatura são sintomas




Mensalmente, o organismo feminino enfrenta mudanças hormonais conhecidas como ciclo menstrual. Isso vai da menarca (primeira menstruação), que ocorre por volta dos 11 anos de idade, e se estende até a menopausa - que pode dar os primeiros sinais a partir dos 45 anos, em média. O ciclo menstrual é um processo fisiológico marcado pela ovulação, também chamado de período fértil, fase em que o organismo feminino se prepara de forma natural para engravidar. 
Por isso, independente do desejo de ser mãe, é importante que toda mulher saiba identificar essa fase que dura, em média, 36 horas. O período da ovulação possui algumas características que facilitam sua identificação, que são uma leve dor na região pélvica, secreção semelhante à clara de ovo e libido elevada. Entenda mais sobre cada uma delas: 

Leve dor na região pélvica

É importante que toda mulher saiba identificar essa fase que dura, em média, 36 horas
É uma dorzinha que provoca leves pontadas no baixo ventre, embora nem toda mulher perceba isso. Não chega a ser uma dor forte, mais um incômodo. Isso acontece porque o óvulo rompe uma estrutura que o envolve dentro do ovário, e é este rompimento que pode causar esse pequeno mal estar. Por isso, ao sentir essa pontada na região pélvica, há grande chances de estar ovulando.  

Secreção semelhante à clara de ovo


Durante o período fértil, é comum a mulher perceber o aumento da secreção vaginal, que parece clara de ovo e é meio elástica, sem odor forte. Isso acontece porque o organismo feminino está preparado para fecundar e essa secreção tem o papel de facilitar a chegada dos espermatozoides ao óvulo. Embora ocorra durante todo o ciclo, isso é mais evidente durante a ovulação. Passada essa fase, a secreção tende a diminuir. 

Libido elevada

É na fase de ovulação que o desejo feminino aumenta. Afinal, fisiologicamente o organismo está pronto para fecundar e, automaticamente, isso se dá por meio de uma relação sexual. Por isso, é natural que a mulher tenha mais vontade de ter relações sexuais nesse período. E não é apenas a libido que aumenta, mas a produção de feromônios, substâncias que são exaladas pelo corpo com a finalidade de atrair e excitar o sexo oposto. E a mulher também fica mais sensível, com o olfato mais apurado. Portanto, desejo aumentado pode ser sinal de que a ovulação está acontecendo.  

Outros sintomas

Além desses três exemplos citados, no período fértil também é normal a temperatura basal da mulher aumentar, aproximadamente, meio grau. Isso também pode ajudar aquelas que estão tentando engravidar a identificar os dias mais férteis. Só que para isso é necessário contar com a ajuda de um termômetro. Muitos médicos que ensinam as candidatas a engravidar recomendam medir a temperatura colocando o termômetro sob a língua antes de se levantar, pela manhã, desde o primeiro dia do ciclo menstrual. E isso vai sendo monitorado. Quando o termômetro marcar uma temperatura mais elevada provavelmente essa mulher estará em seu período fértil. 
Dr. Joji Ueno GINECOLOGISTA E OBSTETRA - CRM 48486/SP
ESPECIALISTA MINHA VIDA

SAÚDE E EQUILÍBRIO - Síndrome dos ovários policísticos não significa infertilidade

Síndrome dos ovários policísticos não significa infertilidade

De modo geral, a presença de outros fatores e a forma como a mulher responde a alguns tratamentos determina se ela terá dificuldades de ter filhos



Quando uma mulher descobre que tem ovários policísticos, isso não necessariamente é sinônimo de infertilidade. Se ela apresentar ovulações, ela poderá engravidar como qualquer outra mulher. Menstruações espontâneas regulares significam que há ovulação. Algumas mulheres que não ovulam acumulam pequenos folículos que dão a característica policística aos ovários. Estes ovários ficam cheios de hormônios masculinos que contribuem para a infertilidade feminina, aumento de pelos e obesidade, principalmente, e isto caracteriza a síndrome dos ovários policísticos.
Quanto mais mudanças decorrentes das alterações hormonais, mais difícil vai ficando para a mulher ovular. Este problema é progressivo, se não é interrompido este ciclo vicioso. A ovulação é conseguida com a diminuição de peso, diminuição de hormônios masculinos ou medicamentos que estimulam os ovários. Se conseguir-se esta melhora clínica, não há necessidade de recorrer a técnicas de fertilização, como a fertilização in vitro.
Mas, muitas têm outros problemas de infertilidade associados ou não se consegue estimular os ovários de forma adequada. Estas mulheres têm resposta bem variável aos medicamentos indutores de ovulação, pode não responder ou responder demais, causando complicações como a síndrome da hiperestimulação ovariana. Neste quadro há uma maior produção do hormônio estradiol, que pode acarretar em trombose depois que a mulher engravida e aumentar o inchaço do corpo.
Assim, aquela menina que tem menstruações cada dois a três meses já deve procurar o ginecologista para avaliação e possível tratamento, que poderá ser simplesmente a administração de pílula anticoncepcional por anos. Elas têm maior propensão a desenvolver diabetes devido à resistência insulínica (aumenta a glicose no sangue), que piora ainda mais o problema de ovulação. Além disso, elas têm mais hipertensão arterial e no futuro câncer de endométrio, tornando o acompanhamento ginecológico extremamente importante.
Dr. Joji Ueno GINECOLOGISTA E OBSTETRA - CRM 48486/SP
ESPECIALISTA MINHA VIDA