terça-feira, 3 de abril de 2018

SAÚDE E EQUILÍBRIO - O que é Hepatite?

O que é Hepatite?


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Hepatite designa qualquer degeneração do fígado por causas diversas, sendo as mais frequentes as infecções pelos vírus tipo A, B e C e o abuso do consumo de álcool ou outras substâncias tóxicas (como alguns remédios). Enquanto os vírus atacam o fígado quando parasitam suas células para a sua reprodução, a cirrose dos alcoólatras é causada pela ingestão frequente de bebidas alcoólicas - uma vez no organismo, o álcool é transformado em ácidos nocivos às células hepáticas, levando à hepatite.

Tipos

Hepatite A: a hepatite A é transmitida por água e alimentos contaminados ou de uma pessoa para outra. A hepatite A fica incubada entre 10 e 50 dias e normalmente não causa sintomas, porém quando presentes, os mais comuns são febre, pele e olhos amarelados, náusea e vômitos, mal-estar, desconforto abdominal, falta de apetite, urina com cor de coca-cola e fezes esbranquiçadas. A detecção da hepatite A se faz por exame de sangue e não há tratamento específico, esperando-se que o paciente reaja sozinho contra a Hepatite A. Apesar de existir vacina contra o vírus da hepatite A (HAV), a melhor maneira de evitá-la se dá pelo saneamento básico, tratamento adequado da água, alimentos bem cozidos e pelo ato de lavar sempre as mãos antes das refeições. 

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As hepatites B e C podem evoluir para uma cirrose ou até câncer de fígado

Hepatite B e Hepatite C: os vírus da hepatite tipo B (HBV) e tipo C (HCV) são transmitidos sobretudo por meio do sangue. Usuários de drogas injetáveis e pacientes submetidos a material cirúrgico contaminado e não-descartável estão entre as maiores vítimas de hepatite, daí o cuidado que se deve ter nas transfusões sanguíneas, no dentista, em sessões de depilação ou tatuagem. O vírus da hepatite B pode ser passado pelo contato sexual, reforçando a necessidade do uso de camisinha. Frequentemente, os sinais das hepatites B e C podem não aparecer e grande parte dos infectados só acaba descobrindo que tem a doença após anos e muitas vezes por acaso em testes para esses vírus. Quando aparecem, os sintomas dessas hepatites são muito similares aos da hepatite A, mas ao contrário desta, a hepatite B e a C podem evoluir para um quadro crônico e então para uma cirrose ou até câncer de fígado. 

Entenda a Hepatite C

Os sintomas só aparecem quando o estado já é grave

 

Hepatite C
Hepatite C é uma infecção no fígado causada por um vírus. Como na maioria dos casos ela não tem cura, apenas controle, ao longo do tempo pode levar a danos permanentes no fígado como cirrose, câncer ou até mesmo o comprometimento total do órgão. Muitas pessoas convivem anos com este vírus sem saber que estão contaminadas. Isto é muito perigoso, pois elas só acabam percebendo que estão doentes depois que o fígado já está com danos graves. Em alguns casos, o doente pode ter a doença por pouco tempo e logo se restabelecer, é a chamada hepatite aguda. A maioria das pessoas infectadas pelo VHC, no entanto, fica com ele por um longo tempo, de forma crônica.
Apesar de ser uma doença grave, é possível viver com ela sem grandes alterações no seu dia-a-dia. Hoje, existem 200 milhões de pessoas infectadas por este vírus no mundo. No Brasil, esse número é de aproximadamente 3,2 milhões.
O que é hepatite?
Sintomas Assim como na hepatite B, a C também aparece de duas formas. A aguda, que diz respeito à infecção que logo que o vírus se instala no seu corpo já aparece, e a crônica, na qual o paciente já está com o

vírus há pelo menos seis meses. A maioria das pessoas que tem hepatite C, no entanto, é contaminada pelo tipo crônico. Como muitas não apresentam sintomas, é muito comum que  tenham a doença por 15, 20 anos sem que saibam. Muitas pessoas acabam diagnosticando a doença de forma acidental, em um exame de rotina, ou no momento em que vão doar sangue.

Os sintomas podem ser:
Cansaço extremo
Dor nas articulações
Dor de estômago
Coceira
Dores musculares
Urina escura
Icterícia (pele e olhos amarelados)

A hepatite C lesiona o fígado bem vagarosamente. Cerca de 25% das pessoas com hepatite C crônica desenvolvem danos graves neste órgão como cirrose. Se você desenvolver esta doença, pode ter os seguintes sintomas:

Avermelhamento das palmas das mãos, uma vez que os vasos sanguíneos ficam dilatados
Pequenos vasos sanguíneos marcados na pele. São similares a pequenas teias de vasinhos vermelhos e geralmente aparecem no peito, nos ombros e no rosto
Inchaço no estômago, pernas e pés
Danos no cérebro e no sistema nervoso, fenômeno que é chamado de encefalopatia. Isto pode ocasionar confusão mental e distúrbios de memória e concentração.

DiagnósticoO mais comum é que as pessoas descubram que estão infectadas pelo vírus sem querer, ao fazer um exame de sangue em um check-up de rotina ou ao doar sangue. O exame vai mostrar um nível alto de enzimas produzidas pelo fígado no sangue e se você tem ou não os anticorpos contra o vírus da hepatite C. Se o exame der positivo e você estiver com a doença, é provável que seu médico lhe peça para fazer uma biópsia do fígado para checar se há algum dano e cicatrizes nele. Na biópsia, o médico vai inserir uma agulha entre suas costelas para coletar uma pequena amostra de tecido do órgão para análise.
 


Tratamento

A decisão de tratar a doença com medicamentos anti-virais deve ser tomada em conjunto com seu médico. São tratamentos longos, penosos e bastante caros. Não são capazes de curar a doença, mas sim de controlá-la. Se a lesão no fígado estiver em estágio inicial, é provável que você não precise tomar remédios. Muitas pessoas com hepatite C não percebem mudanças em sua saúde nem apresentam sintomas. Outras se sentem extremamente cansadas e depressivas. Uma boa saída para se sentir melhor e conviver com a doença é se escolher uma atividade física que lhe dê prazer, ter uma boa alimentação, evitar o consumo de álcool e, logicamente, de drogas ilegais.

O que acontece no seu corpo
Logo após ter sido infectado pelo vírus, a pessoa entra no período agudo da doença. Algumas pessoas ficam permanentemente lutando contra a doença, ou seja, seus anticorpos combatem o vírus da hepatite C e evitam problemas no fígado. A grande maioria dos infectados (cerca de 85%), porém, acaba desenvolvendo a hepatite C crônica. Esta infecção duradoura pode causar pequenas cicatrizes no fígado. Com o passar dos anos, o número de cicatrizes aumenta e acaba por comprometer o funcionamento do órgão. Por conta disso, cerca de 25% das pessoas com hepatite C crônica acabam desenvolvendo problemas mais sérios como cirrose e câncer no fígado. Este processo, no entanto, demora cerca de 20 anos para acontecer.

Fase aguda
A grande maioria das pessoas não tem qualquer sintoma assim que são infectadas pelo vírus. Por isso, muitas também ficam sem saber que estão doentes. Como a hepatite C não apresenta nenhum sintoma muito específico ou singular, se você se sentir cansado, com dores musculares e nas juntas, por exemplo, seu médico pode achar que você está simplesmente gripado. Mas se você estiver com icterícia, que é o amarelamento da pele e de algumas mucosas do corpo, será mais fácil o médico desconfiar e pedir um exame de sangue para saber se você tem ou não o vírus da hepatite, seja ele do tipo A, B ou C.

Fase crônicaSe a infecção no fígado persistir por pelo menos seis meses, você já terá entrado na fase crônica da doença. Se você tiver a infecção crônica, é muito provável que seu fígado esteja inflamado. Esta infecção pode durar muitos anos ou então nunca ir embora. Algumas pessoas com hepatite C desenvolvem sérios problemas no fígado, outras não.

ContágioDiferentemente do vírus da gripe, por exemplo, não é possível pegar hepatite C por meio do contato casual como abraços, beijos, tosse, espirros ou pelo uso compartilhado de talheres, toalhas e outros objetos pessoais. Você poderá contrair a doença se seu sangue entrar em contato com o sangue de alguém que esteja contaminado pelo vírus. A forma mais comum de pegar esta doença é através do compartilhamento de agulhas ou outros equipamentos utilizados para o uso de drogas injetáveis. Se você é um usuário de drogas, o melhor é que deixe o vício.

Mas, se não o fizer, nunca divida agulhas e outros objetos usados para injetar com amigos e parceiros. A transfusão de sangue e as cirurgias de transplante de órgãos também eram formas de contágio. No entanto, há mais de quinze anos, o sangue de todos os doadores é analisado e testado contra a hepatite C. Em alguns casos bastante raros, se a mãe for portadora do VHC, poderá transmiti-lo a seu bebê no momento do parto.

Hepatite C é uma doença sexualmente transmissível?Especialistas ainda não têm 100% de certeza sobre este assunto, mas o que se sabe é que, se há algum risco de contrair a hepatite C via ato sexual, ele é bastante pequeno. Se você mora ou tem contato com alguém que tem hepatite C, não se preocupe. Como foi dito anteriormente, não é possível contrair a doença apenas através do contato sexual. Você deve, porém, evitar o compartilhamento de objetos cortantes ou que possam entrar em contato com o sangue da pessoa contaminada pela doença, como barbeadores, navalhas, escovas de dente, cortadores de unha e alicates.

Contágio e período de incubaçãoO período de incubação é o tempo que a doença leva para manifestar os primeiros sintomas, após o vírus entrar no seu corpo. . Ele pode variar de duas semanas a seis meses, lembrando que muitas pessoas não apresentam sintomas.

O que aumenta o risco de contrair hepatite C?
Compartilhar agulhas e outros utensílios usados para injetar drogas
Fazer piercings ou tratamento de acupuntura com agulhas que não tenham sido esterilizadas (risco de contrair hepatite C desta forma é pequeno)
Trabalhar em uma clínica de saúde, hospital ou laboratório no qual você esteja exposto a sangue contaminado ou onde você pode se picar com uma agulha já usada. Se você seguir os procedimentos de segurança adequados, o risco de contaminação será muito pequeno

PrevençãoAté o momento não há vacina que previna contra a hepatite C. O que se pode fazer é reduzir o risco de contrair a doença.
Não compartilhe agulhas no uso de drogas injetáveis
Se você trabalha em um hospital, laboratório ou centro de saúde, siga as regras de segurança, usando luvas e roupas apropriadas
Se for fazer uma tatuagem ou colocar um piercing, certifique-se de que o local utiliza instrumentos apropriadamente esterilizados. O mesmo cuidado deve ser tomado no caso de acupuntura

Se você já estiver contraído a doença, pode evitar transmiti-la a outras pessoas:
Não deixe que cortes ou feridas fiquem expostos, uma vez que o sangue contido neles pode transmitir o vírus. Curativos e algodões que contenham sangue também deve ser jogados no lixo
Não doe sangue nem esperma. Pode ser que você possa doar órgãos para outras pessoas também portadoras do VHC
Não compartilhe objetos de uso pessoal que possam entrar em contato com o seu sangue como escovas de dente, barbeadores, navalhas, cortadores de unha, alicates, etc

Se você é mãe e está amamentando, não se preocupe. Mesmo com hepatite C você pode e deve continuar a dar o peito a seu filho, já que o vírus não se espalha desta forma. É preciso, no entanto, tomar cuidado com os mamilos para evitar que eles fiquem ressecados e sangrem.

Procure um médico com urgência se:
Se sentir extremamente confuso ou tiver alucinações
Apresentar sangramento nas fezes ou vomitar sangue Se você desconfia que está com algum dos sintomas da hepatite C, mas que eles ainda são leves, procure seu médico de confiança.

Complicações

Hepatite C e câncer no fígado
A hepatite C é uma infecção que também está associada ao desenvolvimento de câncer no fígado. Assim como no caso da hepatite B, grande parte dos pacientes acaba desenvolvendo cirrose (pequenas ranhuras no órgão que comprometem seu bom funcionamento). Segundo estudos médicos, o câncer costuma aparecer cerca de 28 anos após o organismo ter sido infectado pelo vírus. Antes, no entanto, o normal é que os pacientes apresentem cirrose. Os médicos ainda não conseguiram compreender de que forma a hepatite C pode levar ao câncer no fígado.

Ao contrário do que acontece na hepatite B, o VHC não invade diretamente o material genético das células do fígado. O que se sabe, através de estudos, é que quem tem cirrose, tem mais chances de ter um câncer no fígado. E a cirrose, por sua vez, é uma doença comum nos portadores da hepatite C. Em contrapartida, há pacientes com hepatite C crônica que não desenvolvem cirrose e, mesmo assim, têm câncer.

ExamesComo dito anteriormente, você pode descobrir que está com hepatite C quando doar sangue ou fizer um exame de rotina. Mas, se não for desta forma e seu médico desconfiar que você tem esta doença, vai pedir um exame de sangue que cheque a presença de anticorpos ao vírus da hepatite C e nível de enzimas no sangue. Se ficar comprovado que você tem os anticorpos, será necessário analisar o material genético deles. Enquanto a presença de anticorpos indica que você foi exposto ao vírus, o teste genético vai mostrar se o paciente está ou não infectado. Em caso de resultado positivo, é provável que o médico lhe peça para fazer uma biópsia do fígado. Este exame mostrará como está o órgão, se foi muito danificado e se já apresenta cirrose.
O médico também pode requisitar exames de imagem:

Ultra-som abdominal
Tomografia computadorizada

Se existir o risco de câncer de fígado, será necessário um exame para checar a presença de alfa fetoproteina. Se o nível desta substância for elevado, pode indicar que as células são cancerígenas. Também pode ser pedido um exame de sangue para determinar qual tipo de vírus da hepatite C você tem, uma vez que há um tratamento específico para cada genótipo.

Diagnóstico precoce
Mesmo que você não tenha qualquer sintoma da doença, deve fazer o exame se:

Recebeu doação de sangue de alguém que tinha o vírus
Alguma vez compartilhou agulhas para o uso de drogas, mesmo que isso tenha ocorrido há muitos anos Trabalha na área da saúde e esteve exposto a agulhas ou equipamentos com sangue de pessoas contaminadas pelo VHC
Teve relações sexuais com alguém portador da doença
Tem insuficiência renal e faz hemodiálise
Recebeu sangue ou algum órgão antes de 1992, ano em que todos os doadores passaram a ter seu sangue testado para esta doença de forma mais acurada antes da doação

Desta forma, você evita descobrir a doença só após anos do contágio, o que minimiza as chances de desenvolver problemas mais sérios no fígado, como câncer.

Tratamento
Saber que está contaminado pela hepatite C pode mudar sua vida. Como na maior parte dos casos ela se torna uma doença crônica e grave, você precisará conviver com ela por muitos anos. Isso pode fazer com que você fique deprimido e com receio do que outras pessoas vão pensar sobre sua doença. O ideal é que você busque apoio dos seus familiares, das pessoas que gosta e do seu médico de confiança.

Pode ser que você se interesse também por participar de grupos de portadores de hepatite C. Procure na internet algum ou peça a conhecidos que indiquem um grupo para você. Pode ser também que o médico não lhe receite nenhum tipo de tratamento. Tudo vai depender de quanto tempo você já está com a doença, qual o estado do seu fígado e quais suas condições gerais de saúde.

Os tratamentos existentes hoje não são totalmente eficazes, possuem efeitos colaterais significativos e são caros. Ainda assim, o médico pode lhe recomendar remédios anti-virais.Eles são similares a proteínas produzidas pelo próprio corpo que têm a função de lutar com infecções. A duração do tratamento vai depender do genótipo de hepatite C que contaminou seu corpo. O tratamento do genótipo 1 geralmente dura cerca de um ano, já os genótipos 2 e 3 são tratados por cerca de seis meses. Se o seu fígado não reagir e não mostrar melhoras em um período de três meses, o tratamento poderá ser interrompido.

O tratamento combinado de interferon e ribavirina tem sucesso em 50% dos casos de hepatite C crônica. Em alguns casos pode haver a cura, em outros, apenas o controle da doença. Nos genótipos 2 e 3, a chance de cura é maior e sobe para 80%. É preciso estar atento aos efeitos colaterais destas medicações. Elas podem causar um cansaço extremo, febre, dores de cabeça, náusea, depressão e também problemas na tireóide. Os remédios não são recomendáveis se você:

Bebe álcool ou usa drogas
Tem cirrose em estágio avançado
Sofre de depressão ou de outros problemas psiquiátricos
Está grávida ou pretende engravidar em breve
Tem alguma doença auto-imune como artrite reumatóide, psoríase ou lúpus ou então diabetes, problemas cardíacos

Tratamentos para casos mais graves
Se os tratamentos não funcionarem e a hepatite C continuar comprometendo o funcionamento do seu fígado, poderá haver a parada completa do órgão. Neste caso, a solução é realizar um transplante de fígado. Este, porém, não é um procedimento fácil de ser realizado.

Tratamento em casaVocê pode ter hepatite C e não notar nenhuma mudança na sua saúde. Muitas pessoas, no entanto, sentem-se cansadas e ficam depressivas. Para aplacar estes sintomas e levar uma vida mais leve e agradável, você pode seguir alguns conselhos:

Hidrate-seÉ essencial manter o corpo hidratado, principalmente se você sentir náuseas e vomitar. Beba muita água. Se gostar, tome também água de coco, uma bebida natural com alto poder de hidratação. Sucos de frutas e isotônicos (bebidas para esportistas que repõem perdas de sais minerais) também são recomendados.

Exercite-seExercitar-se é fundamental. Procure uma atividade que lhe dê prazer, pode ser ginástica, dança ou qualquer outro tipo de esporte. Os exercícios aeróbios são bastante recomendados, uma vez que eles liberam substâncias estimulantes na corrente sanguínea. Elas vão ajudar no combate à depressão.

Alimente-se bem Coma em horários regulares e faça refeições nutritivas. É possível que você perca o apetite e tenha enjôos. Mas precisa se esforçar e comer bem. O ideal é fazer pequenas refeições ao longo do dia. Aproveita o período da manhã, quando os pacientes costumam se sentir melhor, para realizar uma refeição mais farta, com frutas, cereais e outros alimentos saudáveis. Se você tiver cirrose, fuja dos alimentos muito salgados e que contenham muita proteína, como peixes.

Fuja do álcool e das drogas Não usar drogas e restringir o consumo de álcool são atitudes que devem permear a vida de toda pessoa, não apenas dos portadores de hepatite C. As pessoas que estão contaminadas com este vírus, no entanto, devem ficar ainda mais longe destas substâncias. O álcool sobrecarrega as atividades do fígado e aumenta o dano causado pela hepatite. Se você bebe ou usa drogas, não tape o sol com a peneira. Converse com seu médico e peça a ele que lhe ajude a deixar estes vícios para trás.

Não se automediqueMesmo remédios naturais podem sobrecarregar as funções do fígado, por isso é essencial perguntar primeiro ao seu médico se você pode ou não tomar a medicação.

Tente não se coçarÀs vezes a hepatite pode causar uma forte coceira pelo corpo. Como se coçar não ameniza a coceira e pode, inclusive, causar lesões na sua pele, segure-se e não se coce! Se a coceira estiver muito forte, seu médico lhe indicará um remédio. Os mais indicados são os quelantes de sais biliares, dentre eles, a colestiramina.

Cuidado com a depressão
A depressão é uma doença que pode aparecer em todos os pacientes que possuem alguma doença crônica, como a hepatite. Ela também pode ser um efeito colateral causado pelos medicamentos anti-virais. Se você está se sentindo desanimado e depressivo, converse com seu médico e peça conselhos a respeito. Pode ser que terapia ou anti-depressivos lhe ajudem a se sentir melhor e mais bem disposto.

Saiba tudo sobre a doençaLeia e aprenda mais sobre a doença, isso vai ajudá-lo a entender melhor o que ela causa no seu corpo e a ter mais controle sobre ele. Quanto mais você compreender o que acontece com seu corpo e como o tratamento age, você ficará mais seguro para tomar decisões e mudar seu estilo de vida.


Cirurgia
A hepatite C crônica pode causar danos muito graves no fígado, que levam ao comprometimento das funções do órgão. Se este for o seu caso, é bem provável que você precise de um transplante de fígado. Este tipo de cirurgia não é fácil de ser realizada e de ter sucesso, uma vez que pode haver rejeição ao novo órgão. O transplante é bastante caro, envolve risco de morte e não é fácil achar um doador. Além disso, apesar de ter hepatite C, é preciso estar com a saúde em dia.

Você deve ter uma vida saudável, sem álcool e drogas. Doenças psicológicas também podem ser impeditivas para a realização do transplante. A partir do momento que você tem um fígado transplantado, precisará sempre de acompanhamento médico de um especialista. Também será necessário tomar medicamentos específicos que evitam que seu corpo rejeite o novo órgão. Outro problema é que o vírus da hepatite C quase sempre infecta o novo órgão, ainda assim, muitos pacientes conseguem levar uma vida normal e mais agradável após o transplante.

Vivendo com a hepatite CSe você acaba de saber que tem hepatite C, deve ficar atento a duas coisas: você vai conviver durante muitos anos com a doença, então é preciso fazer com que sua vida seja a melhor possível mesmo com ela. Siga os conselhos sobre alimentação, descanso e tratamentos médicos. Além disso, não se isole de amigos e familiares. Ao contrário, busque ajuda e conforto nas pessoas em que confia.

Você também deve procurar um médico por quem tenha empatia e também confiança para lhe auxiliar. Ele vai lhe explicar em detalhes o que é a doença, o que ela causa no seu organismo peça, inclusive, para ele lhe mostrar fotos e figuras do corpo humano, caso lhe interesse. Busque aprender mais sobre a doença. A internet pode ser um bom meio, mas tome cuidado. Assim como em qualquer área do conhecimento, há informações pouco confiáveis na rede, já que qualquer um pode prover conteúdo. A internet, por outro lado, pode ser a melhor forma de encontrar outras pessoas que também sofrem com a hepatite C.

Nos grupos de pacientes, você pode conversar com quem já convive com a doença há mais tempo e saber como a pessoa enfrentou os problemas pelos quais você está começando a passar. Seu médico também pode indicar grupos de apoio.

Converse com seus amigos e familiares
É comum que você fique ansioso e com medo de como as outras pessoas irão reagir a sua doença. A verdade é que a hepatite C é uma doença que infecta todo tipo de pessoa, independente do nível social, cor da pele ou idade. Hoje, no Brasil, calcula-se que há nada menos do que dois milhões de pessoas infectadas por este vírus. Além disso, ela não é tão facilmente transmissível.

O contato social e coisas como tosse, espirro e beijo não transmitem a doença. Isso ajuda, na medida em que as pessoas sabem que não precisam se afastar de você para evitar o contágio. Ainda assim, há muito desconhecimento sobre a doença, o que leva a informações erradas e ao preconceito. Aproveite para explicar às pessoas que convivem com você o que é a doença, como ela é transmitida e mostre que é possível levar uma vida normal mesmo tendo hepatite C. Diga que ela é uma doença com a qual se pode conviver por anos a fio e que as chances de transmiti-la para um familiares são bastante pequenas.

Converse com seu parceiro
Como esta doença é sexualmente transmissível, você precisa compartilhá-la com seu namorado, marido ou parceiro. Os riscos de se contrai a doença através do sexo é pequeno. Ainda assim, é essencial que você use preservativo em todas as relações sexuais. Se você tem a hepatite C há muitos anos, o risco de contaminar seu parceiro via sexo é tão pequeno que seu médico pode até lhe dizer que o preservativo não é necessário. Mas isso só é válido para quem tem apenas um parceiro. Se você tiver múltiplos parceiros, continue usando camisinha.

Entenda a Hepatite B

Sangue e fluidos corporais levam ao contágio

Hepatite B
hepatite B é uma infecção nas células do fígado causada pelo vírus da hepatite B. Ela é transmitida através do contato com sangue ou fluidos corporais de alguém infectado. A transmissão pode ocorrer via transfusões de sangue, agulhas contaminadas, instrumentos cirúrgicos e odontológicos, relação sexual ou após o parto. Só é possível contrair este vírus pelo contato com o sangue. Portanto, ele não é transmitido pelo beijo, abraço, tosse, espirros, copos, talheres e pratos. Este vírus é menos facilmente transmitido do que o da hepatite A. Tome cuidado: se os instrumentos usados pela sua manicure estiverem contaminados, eles poderão transmitir a infecção caso haja algum corte ou machucado em suas mãos e pés. O vírus da hepatite é bastante resistente. Ele pode sobreviver sete dias em ambiente externo e atingir de 5% até 40% das pessoas não vacinadas. Ou seja, o risco é maior do que o de se contrair hepatite C (varia de 3% a 10%) e AIDS (varia de 0,2% a 0,5%). É possível ter hepatite B e não saber. Se você não apresentar nenhum sintoma, vai achar que está apenas gripado. Enquanto isso, o vírus vai inflamando seu fígado e você pode ser um transmissor da doença. Se o vírus não for embora do seu corpo, você terá o que se chama de hepatite crônica. Bebês têm uma maior tendência para desenvolver este tipo de hepatite. Já a maioria dos adultos tem hepatite A por pouco tempo, a chamada hepatite aguda.

Como é o contágio da hepatite B?A transmissão pode ocorrer pelo sangue, sêmen ou fluidos vaginais (inclusive pelo sangue da menstruação). Assim, os meios de transmissão podem ser as transfusões de sangue, agulhas contaminadas, instrumentos cirúrgicos e odontológicos, relação sexual ou após o parto. Ou seja, você poderá se infectar se:

Fizer sexo sem camisinha. O vírus pode entrar no corpo via alguma ferida no reto, na uretra, na vagina ou também pela boca
Dividir seringas para injetar drogas. O vírus entra diretamente na corrente sanguínea
Fizer piercing ou tatuagem em local sem higiene
Dividir sua escova de dente ou outros objetos pessoais, como alicates de unhas, navalhas e barbeadores com uma pessoa contaminada
Trabalhar em locais onde existem pessoas contaminadas como hospitais ou laboratórios de análises clínicas e vier a entrar em contato com o sangue delas
Bebês podem contrair o vírus de suas mães no momento do parto. A amamentação no peito, porém, não é um canal transmissor de hepatite B

Quais os sintomas?Sensação de muito cansaço
Febre branda
Dor de cabeça
Falta de apetite
Enjôo ou ânsia de vômito
Dor de estômago
Diarréia
Dor muscular e nas juntas
Urticária
Pele, olhos e mucosas amareladas (icterícia). Este sintoma só aparece depois que os demais começam a ir embora Lembre-se: a maioria das pessoas com hepatite B crônica não apresenta sintomas.

O que acontece com seu corpo?
 
Os sintomas desta infecção geralmente aparecem entre dois e três meses após a pessoa ter sido contaminada pelo vírus. Em alguns casos, porém, os sinais da doença podem demorar até seis meses para aparecerem. A maioria das pessoas tem uma infecção aguda e de curta duração. Nela, é comum que os doentes comecem a se sentir melhor entre a segunda e a terceira semana após o início dos sintomas. Em um ou dois meses, já estará totalmente recuperado. Isso acontece porque é comum que as pessoas desenvolvam anticorpos contra o antígeno da hepatite B, que os protege do vírus. Só alguns poucos adultos, especialmente os mais idosos, têm sintomas que duram mais tempo.
Cerca de 25% dos pacientes que estão com hepatite B aguda sentem dor nas articulações e apresentam erupções na pele, como brotoejas. Também podem aparecer urticária na pele, inchaço dos lábios, língua, laringe ou outros tecidos corporais, além dores abdominais. Na infecção por hepatite B de longo prazo, a chamada hepatite crônica, o paciente fica com o vírus por pelo menos seis meses em alguns casos, pode ficar com ele pelo resto da vida. Quanto mais novo você é infectado pelo vírus, maiores serão as chances de desenvolver a hepatite crônica.

Mais de 90% das crianças que são infectadas durante o parto desenvolvem hepatite B crônica
Cerca de 30% das crianças que são infectadas entre um e cinco anos de idade desenvolvem a infecção crônica
Cerca de 6% das crianças mais velhas, adolescentes e adultos apresentam a infecção crônica

Ainda que algumas pessoas que desenvolvem a hepatite B crônica não apresentem maiores complicações, entre 15% e 25% delas morrem de cirrose ou de câncer de fígado.

Os riscos de desenvolver um câncer de fígado após uma hepatite B crônica são maiores para homens, pessoas acima de 40 anos que tenham cirrose ou hepatite C e que apresentem um histórico familiar de câncer neste órgão

Outros problemas, mais incomuns, podem aparecer relacionados à hepatite B:
Infecção pelo vírus da hepatite D
Hepatite fulminante
Inflamação dos vasos sanguíneos, que pode levar a doenças no rim, artrite, dores abdominais, inflamação de nervos e doença de Raynaud

Pessoas com hepatite B que usem drogas injetáveis ou que mantenham relações sexuais com múltiplos parceiros têm maiores chances de contrair hepatite C e AIDS. 
 

Hepatite B em mulheres grávidasA recomendação é que as mulheres se imunizem contra a hepatite B e também contra a A, por meio da vacina, caso elas ainda não tenham adquiridos os anticorpos. Contra a hepatite C, no entanto, não há como se proteger. Caso a grávida já seja portadora do vírus das hepatites B ou C, deve conversar com seu médico. Ele indicará quais atitudes específicas devem ser tomadas para proteger a mãe e seu bebê. A rede pública brasileira oferece vacinação gratuita contra hepatite B para recém-nascidos, crianças e adolescentes de até 19 anos. Alguns grupos de risco também conseguem vacinação gratuita. O mais comum é que as grávidas consigam a vacinação apenas na rede privada.

O que aumenta o risco de contrair hepatite B?Fazer sexo sem preservativo
Ter mais de um parceiro sexual
Ter algum tipo de doença sexualmente transmissível
Compartilhar agulhas ou outros equipamentos, seja para utilização de drogas injetáveis, seja para o uso diário (alicates, navalhas, escovas de dente)
Fazer piercings e tatuagens em local pouco higienizados
Lidar com sangue e outros fluidos corporais. Ou seja, médicos, dentistas, enfermeiras, técnicos de laboratórios e estudantes da área de medicina têm maiores chances de contrair hepatite B
Morar com alguém que tem hepatite B crônica

Contágio e período de incubaçãoEm média, os sintomas aparecem entre dois e três meses após a pessoa entrar em contato com o vírus da hepatite B (período de incubação). Substâncias como sangue, sêmen e fluidos vaginais (inclusive o sangue da menstruação) são altamente contagiosos durante este período de aparição dos sintomas. Cuidado: o sangue e outros fluidos corporais, mesmo depois de secos, podem ser vetores de contágio por mais de uma semana. 
 


Como diagnosticar a hepatite B?
Através de um simples exame de sangue solicitado pelo seu médico. Dependendo do caso, se ele desconfiar que seu fígado tenha alguma lesão, poderá pedir uma biópsia.

ExamesAo chegar a seu médico, ele lhe fará um exame físico, pedirá um teste de sangue e lhe fará algumas perguntar para checar se você está dentro de algum grupo de risco. No exame de sangue, será possível checar:

A presença de antígenos e anticorpos, que irão determinar se você foi ou não infectado pelo vírus VHB, se você está imunizado, se tem alguma infecção crônica no fígado ou se está sujeito a transmitir a doença para outras pessoas
Se não for o vírus B, os exames vão procurar pelos demais: hepatite A, hepatite C ou Epstein-Barr (que causa a mononucleose)
Se não for uma causa viral, há testes que determinam qual é o motivo da infecção no fígado
Se você além de estar com o vírus da hepatite B, também está com o da hepatite D

E ainda a presença das seguintes substâncias:
Bilirrubina. Quando esta substância aparece no sangue, pode indicar que você está com hepatite Albumina. Baixa quantidade desta proteína no sangue a principal da circulação sanguínea pode indicar hepatite ou outros problemas no fígado
Tempo de protrombina. Este exame mede o tempo que o sangue leva para coagular. Se o tempo para a coagulação for elevado, ele pode indicar que o paciente está com hepatite. A falta de vitamina K no sangue também eleva o tempo de protrombina
A Alanina aminostransferase (ALT) é uma enzima produzida nas células do fígado. Ela também é feita por outros órgãos, mas encontra-se em maior quantidade no fígado. O dano hepático libera esta substância no sangue e isso pode ocorrer em todos os tipos de hepatite: A, B e C. Quando o fígado está lesionado, o nível dessas enzimas na corrente sanguínea se eleva
Aspartato aminostransferase (AST) é um enzima presente em vários tecidos do corpo como fígado, rim, coração, músculos e também no cérebro. Ela é liberada no sangue quando estes órgãos estão com algum tipo de lesão. A quantidade de AST presente na corrente sanguínea está diretamente relacionada ao tamanho do ano no tecido. Quanto mais AST no sangue, mais grave é a lesão no órgão
Fosfatase alcalina diz respeito a uma família de enzimas produzidas nos dutos da bílis, no intestino, no rim, na placenta e nos ossos. Quantidades altas de fosfatase no sangue indicam problemas nos dutos biliares e, conseqüentemente, danos no fígado. Como ela também é produzida nos ossos, no entanto, também pode indicar problemas nestes tecidos
Desidrogenase lática (LDH) é uma enzima também. Mas como muitas doenças podem causar a elevação desta substância no sangue, o médico precisará pedir os outros testes acima citados para comprovar ou descartar a infecção por hepatite A

Exames de imagem:Ultra-som abdominal
Tomografia computadorizada
Biópsia do fígado Se existir o risco de câncer de fígado, será necessário um exame para checar a presença de alfa fetoproteina. Se o nível desta substância for elevado, pode indicar que as células são cancerígenas.

Como tratar a hepatite B?
Na maioria dos casos, a doença vai embora sozinha. É possível, no entanto, amenizar os sintomas através de descanso, alimentação saudável, ingestão de líquidos, com exceção do álcool. No caso da hepatite crônica, seja ela do tipo B ou do tipo C, existem remédios e associações de remédios. A médica hepatologista Edna Strauss, membro da Sociedade Brasileira de Hepatologia, lembra, no entanto, que os tratamentos são prolongados, custosos e geralmente têm efeitos colaterais importantes, o que faz com que o paciente necessite de cuidados médicos constantes. A hepatite B crônica pode lesionar seriamente o fígado. Em casos deste tipo, pode ser necessário um transplante de fígado.

Tratamento Não é preciso tomar remédios, pois, na maioria dos casos, a infecção vai embora sozinha. Comer bem e beber muita água ajudam o corpo a se recuperar mais rapidamente. Para amenizar os sintomas, o médico pode receitar também remédios contra dores, febre e enjôo. A hepatite A não causa problemas crônicos no fígado e nada menos do que 99% das pessoas que a contraem se recuperam.

Pegue leveOs doentes devem poupar energia reduzindo as atividades diárias, mas isso não significa que devam passar o dia deitados na cama. O ideal é que você não vá à escola ou ao trabalho por alguns dias até a recuperação total. Quando começar a se sentir melhor, você pode voltar às atividades diárias, mas de forma gradual. Não tente fazer isto antes de estar totalmente recuperado, pois poderá ter uma recaída.

Alimente-se bemMesmo que a doença traga perda de apetite, é importante que você se alimente bem. Isso não significa que você deve comer grandes quantidades, mas sim que precisa fazer pequenas refeições saudáveis e nutritivas. É recomendável também caprichar nas refeições matinais, especialmente no café da manhã, e comer alimentos mais leves no período da noite.

Hidrate-seÉ essencial manter o corpo hidratado, principalmente se você sentir náuseas e vomitar. Beba muita água. Se gostar, tome também água de coco, uma bebida natural com alto poder de hidratação. Sucos de frutas e isotônicos (bebidas para esportistas que repõem perdea de sais minerais) também são recomendados.

Fuja do álcool e das drogasPor atacar diretamente o fígado, a hepatite prejudica a capacidade do órgão de quebrar as moléculas de certos medicamentos e do álcool, reduzindo, assim, seu poder de digestão. Ingerir remédios drogas ilegais e álcool pode fazer com que a inflamação se prolongue e os danos ao fígado poderão ser mais sérios.

Tente não se coçarÀs vezes a hepatite A pode causar uma forte coceira pelo corpo. Como se coçar não ameniza a coceira e pode, inclusive, causar lesões na sua pele, segure-se e não se coce! Se a coceira estiver muito forte, seu médico lhe indicará um remédio. Os mais indicados são os quelantes de sais biliares, dentre eles, a colestiramina.

Se você tiver a hepatite B crônica, visite seu médico regularmente
Se você adquirir hepatite B crônica, seu medico lhe recomendará a vacinação contra a hepatite A no caso de você ainda não ter anticorpos, nem ter sido vacinado contra esta doença. Você também precisará ir ao médico regularmente para que ele faça um acompanhamento da evolução da doença. É preciso checar sempre as condições de seu fígado e verificar se o vírus não está se multiplicando de forma a comprometer o funcionamento do órgão. A hepatite crônica pode levar a cirrose e ao câncer de fígado.

CirurgiaUm número muito pequeno de pessoas, geralmente as que já têm algum tipo de doença crônica no fígado, ou então idosos, pode desenvolver lesões sérias no fígado quando contraem o vírus hepatite A. É a chamada hepatite fulminante, que pode levar a morte. Neste caso, o transplante de fígado pode salvar o doente.

Outros tipos de tratamentosAquelas pessoas que sofrerem com vômitos, náuseas e desidratação graves precisarão ser hospitalizadas para receber medicação intravenosa (por meio de injeções aplicadas diretamente nas veias).

Hepatite crônica tratamentosO tratamento para a hepatite B dependerá do quão ativo está o vírus em seu corpo e se o seu fígado corre o risco de lesões mais sérias, como a cirrose. A hepatite aguda geralmente se cura sozinha, e o tratamento em casa é indicado para aliviar os sintomas e prevenir contra uma possível cronicidade da doença. Já para a hepatite crônica, seja ela do tipo B ou C, não existe cura, mas sim controle. Na maioria das vezes ele é feito por meio de medicamentos chamados de anti-virais. Alguns dos medicamentos são a Lamivudina, o Adefovir e o Entecavir, que também são utilizados no tratamento da AIDS, e atacam diretamente o VHB.

Os tratamentos com estes remédios, no entanto, são caros, prolongados e com muitos efeitos colaterais. Além disso, o vírus pode se tornar resistente aos medicamentos, e a doença reaparece assim que o uso deles é suspenso. Um número grande de pacientes com essas doenças consegue levar uma vida normal, sem maiores complicações. Em alguns casos, quando a doença já está presente há pelo menos 20 anos, o fígado pode acabar comprometido, chegando ao estado da cirrose. Aí pode ser necessário um transplante. Tumores do fígado, chamados de hepatomas, também podem aparecer nos pacientes com a doença crônica. 
 


Como evitar o contágio da hepatite B?
A melhor forma de evitar a hepatite é por meio da vacinação. Diferentemente da hepatite A, que requer duas injeções, são necessárias três doses para ficar imune à hepatite B. Se tomada da maneira correta (três injeções), ela tem um poder de proteção de 95%, por nada menos do que 15 anos. No caso de recém-nascidos, a primeira dose deve ser aplicada na maternidade, nas primeiras 12 horas após o nascimento. A segunda é dada 30 dias depois da primeira e, a terceira, 180 dias após a primeira dose. Em crianças, adolescentes e adultos, o intervalo também é o mesmo.

Outras formas de evitar o contágio e de espalhar o vírus são:Sempre usar camisinha nas relações sexuais
Não compartilhar agulhas
Se você lida com sangue, sempre use luvas descartáveis
Não compartilhar escovas de dente, alicates, barbeadores e outros objetos cortantes e de uso pessoal Se você desconfiar que entrou em contato com o vírus antes de tomar as três doses da vacina, poderá pedir ao seu médico que receite uma dose de imunoglobulina da hepatite B. E depois as três doses da vacina.

É importante que, no caso de contato com uma agulha contaminada, a imunoglobulina seja aplicada até sete dias após o ocorrido. Se o contato for via ato sexual, o tempo para tomar esta substância é um pouco maior, até duas semanas após o contágio. Assim como em outras doenças, quanto mais cedo você receber o tratamento, maior será a eficácia.

Quando procurar um médico?
É preciso buscar ajuda médica rapidamente se a pessoa que está infectada com o vírus da hepatite A ficar seriamente desidratada, com vômito constante. Os seguintes sinais também podem indicar que o paciente está com o fígado muito infeccionado e comprometido:

Irritação extrema
Raciocínio confuso
Muita sonolência
Perda de consciência
Inchaço pelo corpo, especialmente nas mãos, rosto, pés, tornozelos, pernas, braços e abdômen
Sangramento no nariz, boca e reto (fezes com sangue)

É importante buscar ajuda médica porque todas as formas de hepatite viral possuem sintomas muito parecidos. Só o exame de sangue poderá identificar qual o tipo de vírus contraído pelo doente. Quem você deve procurar?

O médico da família
Pediatra (no caso de crianças)

Se mais complicações surgirem, talvez seja preciso procurar:
Um gastroenterologista
Um hepatologista (especialista em doenças do fígado)
Um especialista em doenças infecciosas 


SAÚDE E EQUILÍBRIO - Sete vacinas que os adultos precisam tomar

Sarampo, pneumonia e outras doenças prejudicam a imunidade mesmo na idade adulta 

Na hora de cuidar da própria saúde, muitos adultos negligenciam as campanhas de vacinação. Em todas as fases de nossa vida, porém, estamos suscetíveis a infecções por vírus e bactérias que, se não tratadas, podem causar muitos problemas.

As doenças crônicas que se manifestam mais na vida adulta são fortes indicadores de que o individuo precisa se vacinar. "As pessoas que estão em grupos de risco, como as pessoas com mais de 60 anos ou aquelas que têm doenças crônicas, devem sempre estar informadas sobre a vacinação", diz o infectologista Paulo Olzon, da Unifesp.

Existem vacinas tanto para bactérias como para vírus. "No primeiro caso, a vacinação é feita para controlar surtos epidemiológicos e, para o caso dos vírus, a imunização normalmente dura a vida toda, sendo necessárias apenas algumas doses de reforço para garantir que a doença não vai mais voltar", diz Paulo Olzon. Confira sete tipos que merecem estar na sua carteira de vacinação.
  • Vacina contra tétano - Foto: Getty Images
  • Homem com sarampo - Foto: Getty Images
  • Imagem de fígado no corpo humano - Foto: Getty Images
  • Homem tossindo com pneumonia - Foto: Getty Images
  • Mosquito da febre amarela é o mesmo da dengue - Foto: Getty Images
  • Pessoa com febre, um dos sintomas da gripe - Foto: Getty Images
  • Vacina contra HPV não dispensa o uso de camisinha - Foto: Getty Images
 
 
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Vacina contra tétano - Foto: Getty Images

Vacina dupla tipo adulto - para difteria e tétano

A difteria é causada por uma bactéria, que é contraída pelo contato com secreções de pessoas infectadas. Ela afeta o sistema respiratório, causa febres e dores de cabeça, em casos graves, pode evoluir para uma inflamação no coração.

A toxina da bactéria causadora do tétano compromete os músculos e leva a espasmos involuntários. A musculatura respiratória é uma das mais comprometidas pelo tétano. Se a doença não for tratada precocemente, pode haver uma parada respiratória devido ao comprometimento do diafragma, músculo responsável por boa parte da respiração, levando a morte. Ferir o pé com prego enferrujado que está no chão é uma das formas mais conhecidas do contágio do tétano.

A primeira parte da vacinação contra difteria e tétano é feita em três doses, com intervalo de dois meses. Geralmente, essas três doses são tomadas na infância. Então confira a sua carteira de vacinação para certificar-se se a vacinação está em ordem. Depois delas, o reforço deve ser feito a cada dez anos para que a imunização continue eficaz. É nesse momento que os adultos cometem um erro, deixando a vacina de lado.   
Homem com sarampo - Foto: Getty Images

Vacina Tríplice-viral - para sarampo, caxumba e rubéola

Causado por um vírus, o sarampo é caracterizado por manchas vermelhas no corpo. A transmissão ocorre por via respiratória. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a mortalidade entre crianças saudáveis é mínima, ficando abaixo de 0,2% dos casos. Nos adultos, essa doença é pouco observada, mas como a forma de contágio é simples, os adultos devem ser imunizados para proteger as crianças com quem convivem.

Conhecida por deixar o pescoço inchado, a caxumba também tem transmissão por via respiratória. Mesmo que seja mais comum em crianças, a caxumba apresenta casos mais graves em adultos, podendo causar meningite, encefalite, surdez, inflamação nos testículos ou dos ovários, e mais raramente no pâncreas.

Já a rubéola é caracterizada pelo aumento dos gânglios do pescoço e por manchas avermelhadas na pele, é mais perigosa para gestantes. O vírus pode levar à síndrome da rubéola congênita, que prejudica a formação do bebê nos três primeiros meses de gravidez. A síndrome causa surdez, má-formação cardíaca, catarata e atraso no desenvolvimento.

O adulto deve tomar a tríplice-viral se ainda não tiver recebido as duas doses recomendadas para a imunização completa quando era criança e se tiver nascido depois de 1960. O Ministério da Saúde considera que as pessoas que nasceram antes dessa data já tiveram essas doenças e estão imunizados, ou já foram vacinados anteriormente.

Mesmo que todos com essas características devam ser vacinados, as mulheres que pretendem ter filhos, que não foram imunizadas ou nunca tiveram rubéola devem tomar a vacina um mês antes de engravidar, já que a rubéola é bastante perigosa quando acomete gestantes, podendo causar deformidade no feto. 
Imagem de fígado no corpo humano - Foto: Getty Images

Vacina contra a hepatite B

Hepatite B é transmitida pelo sangue, e em geral não apresenta sintomas. Alguns pacientes se curam naturalmente sem mesmo perceber que tem a doença. Em outros, a doença pode se tornar crônica, levando a lesões do fígado que podem evoluir para a cirrose. "A imunização contra essa doença é importante, pois ela pode causar problemas sérios, como câncer no fígado", diz Paulo Olzon.

De acordo com o especialista, há algumas décadas, o tipo B da hepatite era o mais encontrado, já que ela pode ser transmitida através da relação sexual e as pessoas não tomavam cuidado com a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Depois de uma campanha de vacinação e imunização, e da classificação da hepatite C pelos médicos, ela não pode ser vista como epidemia, mas ainda é preciso tomar cuidado com essa doença.

Até os 24 anos, todas as pessoas podem tomar a vacina contra hepatite B, gratuitamente, em qualquer posto de saúde. A aplicação da vacina também continua de graça, quando o adulto faz parte de um grupo de risco. "Pessoas que tenham contato com sangue, como profissionais de saúde, podólogos, manicures, tatuadores e bombeiros, ou que tenham relacionamentos íntimos com portador da doença são as mais expostas a essa doença", diz o especialista. Fora isso, qualquer adulto pode encontrar a vacina em clínicas particulares.
Homem tossindo com pneumonia - Foto: Getty Images

Pneumo 23 - Pneumonia

O pneumococo, bactéria que pode causar a pneumonia, entre outras doenças, pode atacar pessoas de todas as idades, principalmente indivíduos com mais de 60 anos. "Pessoas com essa idade não podem deixar de tomar a vacina pneumo 23", diz Paulo Olzon.

pneumonia é o nome dado a inflamação nos pulmões causada por agentes infecciosos (bactérias, vírus, fungos e reações alérgicas). Entre os principais sintomas dessa inflamação dos pulmões, estão febre alta, suor intenso, calafrios, falta de ar, dor no peito e tosse com catarro. Adultos com doenças crônicas em órgãos como pulmão e coração -alvos mais fáceis para o pneumococo, devem tomar essa vacina sempre que há uma campanha de vacinação.

Mesmo que ela seja uma das vacinas mais importantes para ser tomadas é a única vacina do calendário que não é oferecida em postos de saúde. É preciso ir a um Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais, em locais como o Hospital das Clínicas e a Unifesp.
Mosquito da febre amarela é o mesmo da dengue - Foto: Getty Images

Vacina contra a febre amarela

A febre amarela é transmitida pelo mesmo mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. A doença tem como principais sintomas febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (pele e olhos amarelados) e hemorragias. "Se a febre amarela não for tratada, pode levar a morte", explica o especialista.

Por ser uma doença grave, e com alto índice de mortalidade, todas as pessoas que moram em locais de risco devem tomar a vacina a cada dez anos, durante toda a vida. Quem for para uma dessas regiões precisa ser vacinado pelo menos dez dias antes da viagem. No Brasil, as áreas de risco são: zonas rurais no Norte e no Centro-Oeste do país e alguns municípios dos Estados do Maranhão, do Piauí, da Bahia, de Minas Gerais, de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Mesmo que os efeitos colaterais mais sérios sejam muito raros, a vacina contra febre amarela deve ficar restrita aqueles indivíduos que moram ou irão viajar para algum lugar de risco. "Nesse sentido, a preocupação dos médicos está relacionada ao risco de reação alérgica grave ou anafilática, que pode levar a morte os pacientes propensos", explica o infectologista Paulo Olzon.
Pessoa com febre, um dos sintomas da gripe - Foto: Getty Images

Vacina contra o influenza (gripe)

A vacina contra gripe deve estar na rotina de quem está com mais de 60 anos. "Muitas pessoas deixam de tomá-la com medo da reação que ela pode causar, mas isso é um mito, já que a suposta reação do corpo não tem nada a ver com a vacina, e sim com a própria gripe", diz o especialista. "Isso porque o vírus da gripe fica semanas em nosso corpo sem se manifestar e a proteção da vacina não é imediata como as pessoas imaginam."

A gripe é transmitida por via respiratória, leva a dores musculares e a febres altas. Seu ciclo costuma ser de uma semana. Pessoas com mais de 60 anos podem tomar a vacina nos postos de saúde, enquanto os mais jovens podem ser vacinados em clínicas particulares. "Os idosos que não querem esperar até a campanha anual de vacinação contra a gripe podem tomar a vacina em clínicas particulares em todas as épocas do ano", diz Paulo Olzon. 
Vacina contra HPV não dispensa o uso de camisinha - Foto: Getty Images

HPV

A vacina existe tanto para homens quanto para mulheres e previne os quatros principais tipos do Papilomavírus Humano - o HPV. Segundo o Ministério da Saúde, 137 mil novos casos de HPV são registrados por ano no Brasil. O vírus, transmitido durante a relação sexual, é responsável por 90% dos casos de câncer de colo do útero, além de provocar tumores de vulva, pênis, boca, ânus e pele.

Apesar de existir a vacina bivalente, que protege dos tipos 16 e 18 de HPV e só é aplicada em mulheres, a quadrivalente é a mais indicada, pois protege desses dois tipos citados mais os tipos 6 e 11 e também serve para os homens. "A quadrivalente deve ser tomada em três doses, sendo a segunda dose após 30 dias da primeira e a terceira, seis meses depois da segunda", afirma o ginecologista Amadeu Carvalho Júnior, da Amhpla Cooperativa de Assistência Médica.

A Anvisa recomenda a vacinação em pessoas dos nove aos 26 anos - em especial para aquelas que ainda não iniciaram sua vida sexual, para garantir maior eficácia na proteção. Vale lembrar, no entanto, que a vacina não dispensa o uso de preservativos na relação. "O HPV possui mais de 100 tipos diferentes e a vacina protege apenas de alguns deles", explica o ginecologista Amadeu. 

EQUILÍBRIO E HARMONIA - Conheça as principais causas das disfunções sexuais femininas

Essas disfunções podem surgir em qualquer momento da vida e por diversos fatores

Resultado de imagem para  Masturbação ajuda a descobrir novas fontes de prazer

Nada melhor do que comemorar os sucessos da vida com o seu parceiro, não é? Porém, muitas mulheres já sentem um mal estar ou um calafrio só de pensar em sexo. Esse tipo de sentimento tem nome - disfunção sexual - e é patológico, devendo ser tratado por especialistas. Essas disfunções podem surgir em qualquer momento da vida e por diversos motivos. Alguns exemplos:

- Desejo sexual hipoativo (DSH): total falta de interesse pelo sexo, como se ele não fizesse diferença;
- Transtorno de excitação ou frigidez: incapacidade de manter lubrificação ou a excitação;
- Anorgasmia: inibição do orgasmo, ou seja, mulheres com essa disfunção são incapazes de ter um orgasmo;
- Dispareunia: dor genital durante o ato sexual;
- Vaginismo: contração involuntária dos músculos próximos à vagina que impedem a penetração do pênis, dedo ou qualquer outro objeto;
- Fobia ou aversão sexual: pânico e sentimento de repulsa diante de relações sexuais ou que levem ao sexo.

Veja os principais motivos de disfunções sexuais e descubra se você faz parte desse grupo: 
  • ginecologista - foto Getty Images
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  • casal - foto Getty Images
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ginecologista - foto Getty Images
Fatores orgânicos 
Antes de procurar um psicólogo ou terapeuta especializado para tratar qualquer tipo de disfunção sexual, deve-se primeiro verificar as causas orgânicas possíveis.

As doenças e disfunções relacionadas às disfunções sexuais podem ser desequilíbrios hormonais, nódulos dolorosos, infecções nos órgãos genitais ou medicações que tenham como efeito colateral a diminuição do desejo sexual.

Doenças psiquiátricas, como a depressão, também podem contribuir para a diminuição da excitação ou da vontade de fazer sexo.

Por isso, é importante procurar primeiro um médico ginecologista e fazer todos os exames necessários. Caso a disfunção tenha uma causa orgânica, o ideal é que a paciente seja encaminhada para um profissional qualificado.  
insegurança - foto Getty Images Insegurança 
O psicólogo Tiago Lupoli explica que o acesso livre e farto a materiais sexuais - em revistas, vídeos ou internet - pode tanto estimular as fantasias sexuais quanto fazer com que a mulher entre em conflito com seus limites morais e psíquicos, gerando medo de não corresponder às expectativas do parceiro.

Essa insegurança pode gerar uma falta de interesse pelo sexo, podendo causar a inibição do desejo sexualou DSH (Desejo Sexual Hipoativo). "Essa é umas das disfunções mais frequentes entre as mulheres", conta o especialista.

Outros fatores desencadeadores de segurança podem ser a falta de consideração do parceiro e decepções amorosas anteriores. Para todos os casos, uma psicoterapia ou terapia sexual deve ser feita.
casal - foto Getty Images Parceiros "apressadinhos"
O companheiro que não respeita o tempo da mulher para alcançar a excitação sexual ou mesmo o orgasmo, que geralmente é maior, pode gerar disfunções como DSH, dispareunia (dor durante o ato sexual sem motivo aparente) e vaginismo.

"Isso inclui aqueles parceiros que abrem mão das preliminares ou gostam apenas de recebê-la, mas não de fazê-la, e partem para a penetração logo de cara", conta o psicólogo Tiago Lupoli.
casal - foto Getty Images Ser tratada como um "objeto de desejo"
Parceiro que colocam as suas mulheres em uma posição servente, na qual ela deve apenas gerar o orgasmo no homem, sem precisar ter o seu próprio, podem causar uma disfunção em sua parceira. "Alguns homens fazem isso e depois ainda reclamam ou não entendem a ocorrência da disfunção, gerando mais insegurança na mulher", conta o psicólogo Tiago Lupoli.

O medo pela falta de compreensão do parceiro e a falta de diálogo sobre o assunto provoca angústia na mulher e faz com que, gradativamente, o desejo vá diminuindo, podendo provocar o vaginismo e o DSH.
casal discutindo - foto Getty Images Problemas no relacionamento
Brigas entre o casal, rotina sexual afetada e falta de discutir o relacionamento são fatores que podem levar ao DSH e ao vaginismo. Nesse caso, a melhor solução é sentar e conversar com o seu parceiro a fim de descobrir a verdade raiz das disfunções.
mulher trabalhando - foto Getty Images Falta de tempo 
Mulheres que ingressam no mercado de trabalho e sentem a correria das grandes cidades, a irregularidade na divisão de tarefas com o parceiro e aumento das responsabilidades, acabam sentindo-se excessivamente cansadas, gerando estresse.

"É normal que o cansaço iniba o desejo sexual uma vez ou outra, mas preocupa quando vira rotina", diz o psicólogo Tiago Lupoli. As disfunções sexuais causadas pela falta de tempo podem ser DSH, vaginismo ou dispareunia.

Essa situação é facilmente solucionada com uma baixa do estresse e do excesso de atividades. Tirar férias e viajar durante um fim de semana são medidas simples que, muitas vezes, funcionam. No dia a dia, é importante saber separar os horários de trabalho dos de lazer. 
trauma - foto Getty Images Traumas
Medos e tabus inconscientes, traumas em relações sexuais anteriores, abuso ou violência podem provocar um transtorno de excitação (frigidez), DSH ou dispareunia. "O momento do ato sexual revive o trauma, não sendo prazeroso para a mulher e podendo causar o efeito contrário, como dores ou sentimento de repulsa", explica o psicólogo Tiago Lupoli.

A portadora desse problema deve procurar um profissional especializado a fim de que ele a ajude a superar o trauma, eliminando junto com ele as disfunções sexuais.
educação - foto Getty Images Falta de orientação sexual ou educação inadequada 
Famílias com educação repressora, que ensinam que o sexo tem como única finalidade a reprodução, ou que se posicionam extremamente rígidos na preservação da virgindade da filha são, muitas das vezes, a causa principal do transtorno de excitação (frigidez).

"A mulher cuja família ou escola ensinou que o sexo serve para procriar, e não como uma necessidade física e psicológica, não sente prazer frente aos estímulos sexuais", afirma o psicólogo Tiago Lupoli.

O vaginismo também pode aparecer a partir desse problema, já que a vagina é a porta de entrada para o sêmen. "A resposta psicossomática do organismo para uma relação que não tenha como objetivo a reprodução pode ser a contração muscular imediata da região", esclarece Tiago.
cultural - foto Getty Images Questões socioculturais 
A anorgasmia, ou ausência do orgasmo feminino, tem como principal causa a interpretação sociocultural sobre a posição submissa da mulher no sexo, que foi transmitida de geração por geração, além das proibições religiosas. Até hoje, algumas culturas e religiões veem as carícias, o sexo anal e o sexo oral como aberrações.

"Isso deixou marcas profundas na estrutura psíquica das mulheres, que sentem que não podem curtir a sensação que o sexo proporciona e deixam o prazer reprimido durante a relação sexual", explica o psicólogo Tiago Lupoli.

Nessa situação, o ideal é dar total poder à mulher durante a relação. "Se prestarmos atenção no discurso feminino, o orgasmo é alcançado na maioria das vezes com o sexo oral ou quando elas determinam a intensidade e posição dos movimentos", conta Tiago. "Além de dar poder à mulher, isto permite que ela descubra as melhores formas de alcançar o prazer máximo", completa.
fobia - foto Getty Images Fobias e traumas mais profundos 
A fobia sexual - que são sentimentos de repulsa, ansiedade e medo do ato sexual - é a mais limitante das disfunções sexuais femininas, pois a portadora da fobia evita tanto as situações que favorecem o ato sexual - como sair à noite com um parceiro - quanto situações que trazem o assunto à tona - como conversas com amigos e até a ajuda profissional especializada.

A causa dessa disfunção não é orgânica e está intimamente ligada a traumas ou situações que revivem experiências guardadas na estrutura psíquica da paciente, o que gera extrema ansiedade frente a situações relacionadas com sexo.