INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL
A inteligência intelectual identificada pelas letras 
QI – 
quociente intelectual, ela caracteriza por ser quanto maior, mais a 
presença do homem racional que usa de sua racionalidade para solucionar 
problemas lógicos. Ela é uma inteligência para classificar os 
indicadores de habilidades e de talentos.
A inteligência emocional –
 QE ou quociente emocional, ela dá ao 
homem a percepção tanto de seus sentimentos quanto dos sentimentos de 
outros. Ela que está mais ligada ao uso dos sentidos e constituindo de 
fato condição básica para o emprego do QI.
A inteligência espiritual representada abreviadamente por 
QS – 
quociente espiritual, com ela que o homem move verdadeiramente em sua 
vida. Ela é a sua inteligência final, inserindo-se em seu modo de pensar
 e de agir dentro de um contexto mais amplo, mais simbólico, mais 
significativo, que avalia o seu caminhar cotidiano. Ela que dá o 
necessário embasamento ao seu QI e proporciona o eficaz funcionamento de
 seu QE, em momentos em que ele no aqui agora “aspira por algo” além.
É a inteligência espiritual do homem que enfrenta e procura solucionar a
 eterna luta entre o bem o mal em momentos de criatividade, quando ele 
se permite imaginar inúmeras possibilidades, sonhar, aspirar e se 
superar neste seu jogo finito que procura o Infinito.
A inteligência espiritual é que permite o homem perguntar sobre ele 
mesmo e se conduzir no cotidiano dentro de varias situações. Portanto, é
 o QS que operando a partir do centro do cérebro – das funções 
unificadoras do cérebro, integra-se com as outras inteligências. Através
 deste quociente que o ser humano torna plenamente intelectual, 
emocional – e, o ser espiritual que é.
Estas três inteligências procuram funcionar tanto juntas apoiando-se 
mutuamente, quanto podem funcionar separadamente, com cada uma delas 
atuando a partir de sua própria área no cérebro.
Com isto o ser humano pode, por exemplo, ter um alto QI ou QS, mas ter 
um QE baixo, ou ter um alto QI e possuir baixos o QE e o QS, entre 
outras diferentes situações de coeficientes.
O QS ou o Quociente Espiritual que identifica a inteligência espiritual,
 sem manter uma conexão necessária com religiões. Portanto, a condição 
de ter ou praticar determinada religião não garante um QS elevado. 
Humanistas ou mesmo ateus podem ter um QS muito alto, enquanto muitas 
“pessoas religiosas” podem tê-lo baixíssimo.
De acordo com o psicólogo Gordon Allport há mais pessoas que passam por 
experiências com alto QS fora dos limites de instituições religiosas que
 dentro delas.
As religiões convencionais são um conjunto de regras e de crenças 
impostas de fora, “herdadas” de sacerdotes, de profetas ou de “livros 
sagrados” e que são tradicionalmente transmitidas através de gerações.
Mas, o QS é uma capacidade interna, não transferível por alguém ou por alguma coisa. 
Um
 elevado QS é conseqüência de uma capacidade interna e inata do cérebro e
 da psique humana, de onde extrai recursos mais profundos do âmago do 
próprio Universo.
A inteligência espiritual é a inteligência da alma, que com ela a 
pessoa pode “se curar”, quando se torna verdadeiramente integra.
A descoberta de que o QS fornece à psicologia um modelo que unifica, 
integra e facilita o dialogo entre a mente e o corpo (entre razão e a 
emoção), portanto está a exigir o desenvolvimento de um novo modelo 
psicológico do eu e da personalidade humana.
O “ponto Deus” como centro espiritual interno entre conexões neurais nos
 lobos temporais do cérebro (já estudado pelo neuropsicólogo Michael 
Persinger e pelo neurologista Vilayanu Ramachandran) não prova a 
existência de Deus, mas demonstra que o cérebro evoluiu para fazer 
“perguntas finais”, ao perceber valores mais amplos, usando-se da 
sensibilidade e da criatividade humanas associadas a um alto QS. 
O trabalho do neurologista e antropólogo Terrance Deacon sobre a 
linguagem e a representação simbólica demonstra que a pessoa 
literalmente usa o seu coeficiente espiritual – QS, para desenvolver o 
seu cérebro, ao instalar ali a fiação necessária para que ela se torne e
 mostre de fato quem é, fornecendo ao seu cérebro mais potencial para 
uma nova fiação, que a auxilia cada vez mais em seu crescimento e em sua
 transformação.
Hoje, o ser humano usa de seu QS inato para abrir novos caminhos e 
descobrir novas manifestações alem de seus sentidos, como “algo” que 
possa guiá-lo dentro de si mesmo. 
A inteligência espiritual é a 
inteligência da alma, que com ela ele pode verdadeiramente “se curar” – 
se tornar um ser totalmente íntegro.
O QS é usado pelo homem em varias formas de criatividade, por exemplo, 
quando ele necessita se tornar mais flexível – menos neurótico e menos 
agressivo, procedendo espontaneamente de forma mais equilibrada, ou em 
situações que o permite lidar melhor em momentos de sofrimento como nas 
doenças.
Portanto, é a inteligência espiritual que dá ao ser humano a capacidade 
de lidar com seus problemas existenciais, dando-lhe o profundo sentido o
 que significam “as lutas da vida”.
O QS é o guia da borda do ser humano, é a sua consciência conduzindo-o 
entre a ordem e o caos, entre o que ele intui que deve querer, mas ao 
mesmo tempo se vendo totalmente perdido.  É a sua inteligência 
espiritual permitindo-o integrar o intrapessoal e o interpessoal, ao 
extrapolar o imenso fosso entre ele e o outro.
Para ter um alto QS não importa que a pessoa seja ou não religiosa, porque isto não vem ao caso.
A inteligência espiritual é baixa na sociedade moderna, porque esta se 
constrói por excessos, como o do materialismo, o do procedimento de 
pouco usar e de muito descartar, do egocentrismo gerador da ausência de 
uma responsabilidade coletiva.
Vivenciar o espiritual é se abrir para “algo” maior, que implica a 
percepção do sentido de uma inteireza mais profunda – mais cósmica, 
quando o menor ato que seja é percebido como parte de um processo mais 
amplo, mais universal, não alcançado pelo Ql.
Procurar viver a vida na Vida não é um ato racional e nem puramente 
emocional. Não basta o homem possuir felicidade no contexto atual, já 
que ele quer questionar cada vez o próprio contexto – ou, o valor da 
maneira como vive com “o seu sentido de felicidade”. Neste seu 
questionamento é que as suas perguntas sinalizam para ele, a sua 
necessidade de usar a inteligência espiritual.
A sociedade atual perdeu o senso dos valores fundamentais. Ela 
espiritualmente se atrofiou, quando vive o imediatismo, o apenas visível
 e o pragmatismo, perdendo a maneira de estar (ser) em níveis mais 
profundos de uma linguagem mais simbólica, de um proceder mais 
universal.
No mundo moderno comunidade compartilhada não mais existe para a maioria
 da população urbana, que realmente subnutrida neste sentido, procura na
 camada do ego – do eu, os recursos que ela não tem.
O homem moderno vivencia si mesmo como estando apenas no mundo e não 
como sendo do mundo, não como parte também de outras pessoas, da 
natureza, do meio ambiente e de tudo mais. Ele busca satisfação como 
estivesse bebendo cerveja e com ela todos os apelos inerentes de sua 
propagada. Ele dilacera a terra buscando o conforto e tirando dela o que
 julga ser lucro. Ilusoriamente, ele assimila uma linguagem religiosa 
ultrapassada, achando que ela reflete valores d’alma.
A cultura do homem moderno tornou-se estúpida, literalmente sem sentido.
 Palavras como alegria, felicidade, divino, compaixão, transcendência e 
amor, entre tantas outras que deveriam refletir a verdadeira riqueza da 
alma humana e também um significado maior ou mais universal, o sentido 
delas foi deturpado.
Chega ser trágico-cômico, quando o homem ao ser comparado com alguns 
animais selvagens sanguinolentos predadores, ele recebe esta comparação 
como elogio e se for comparado com alguns  animais herbívoros em sua 
mansuetude (domésticos ou não), esta comparação para ele é um insulto.
Mas, através da inteligência espiritual a mente humana pode ser 
trabalhada e conduzida para outro patamar de sensibilidade e de 
percepção – para outro nível de consciência.
A humanidade vive em “um fértil” período de pesquisas cientificas e de 
resultados (e também do pseudo-cientificismo), que exige para muitas 
perguntas, muitas respostas e cuidadosas argumentações.
O que existe na natureza do cérebro, que poderia dar à mente acesso à 
inteligência ou à consciência situadas alem do cérebro individual ou das
 estruturas neurais? Em relação à neurologia e à física, o que significa
 o fato de que o eu ao nível do ego possa ter acesso a alguma camada 
mais profunda do conhecimento? O que permite o ser humano se tornar 
biologicamente equipado pelo seu cérebro para ser uma criatura 
espiritual?
Para muitas destas perguntas algumas ficarão sem respostas, pelo menos por enquanto.
Entretanto, para outras as respostas buscadas são possivelmente encontradas.
Determinado tipo de organização neural permite o ser humano realizar um 
pensamento racional, lógico, baseado em regras através do QI 
(inteligência intelectual). Outro tipo de organização permite que ele 
realize pensamento associativo, reconheça padrões e seja emotivo através
 do QE (inteligência emocional). E um terceiro tipo de organização 
neural proporciona a ele o pensamento criativo, capacidade de insights, 
formulação e revogação de regras. Esta capacidade é inerente ao QS ou à 
inteligência espiritual.
Para que se entenda em grande parte o que venha ser QI, QE e QS, é antes
 necessário que se compreenda os diferentes sistemas de pensamento do 
cérebro e sua organização neural, porque é o cérebro que produz e 
estrutura os pensamentos, que permite o ser humano ter emoções e ainda 
servir à sua vida espiritual através do senso de sentido, de valores e 
de contextos apropriados com os quais ele pode compreender suas 
experiências cotidianas.
As fibras neurais que partem do cérebro humano espalham por todas as 
regiões do corpo, servindo como “ponte entre a vida interior” e o mundo 
externo e, se o cérebro é capaz desta façanha, porque é complexo, 
flexível, adaptativo e auto-organizador.
A criança quando nasce ela possui os requisitos básicos apenas para se 
conservar viva, portanto com as suas conexões neurais direcionadas para 
regular sua respiração, seus batimentos cardíacos e sua temperatura 
corporal, entre outras necessidades básicas. Portanto, sem ela conseguir
 formular conceitos ou emitir sons coerentes, que só vão surgindo com o 
tempo, quando experienciando no mundo em sua volta, o seu cérebro vai 
paralelamente sendo formado com novas conexões neurais.
Na medida em que ela for crescendo e que mais complexas e exigentes 
forem as suas experiências, maior e mais complexo será também o 
labirinto de conexões neurais, que em seu cérebro vai se formando.
Os neurônios funcionam como dispositivos de sinalização, de maneira 
parecida com os elementos eletrônicos em um computador. E pensamento em 
serie que é gerado lembra muito o tipo de processamento feito por muitos
 computadores. Grande parte do pensamento que o homem usa em seu 
cotidiano, ela é do tipo serie ou de QI (coeficiente intelectual). A 
aritmética mental constitui para este caso um exemplo simples.
A fase inicial de qualquer projeto implica decompor um problema simples,
 para em seguida prever as relações causais que surgirão. As vantagens 
do pensamento em serie e da inteligência intelectual estão no fato de 
serem exatos e precisos.
O pensamento associativo está na origem da maior parte da inteligência 
puramente emocional, está como o elo entre uma e outra emoção, entre 
emoções e sensações corporais e emoções e meio ambiente. É o pensamento 
com o coração e com o corpo, porque o QE embora seja normalmente tido 
como a inteligência emocional, é também a inteligência do corpo, usada 
com grande efeito tanto por um atleta talentoso como por um pianista 
também talentoso.
Como o pensamento associativo é tácito a pessoa tem dificuldade de 
compartilhá-lo com outra pessoa, Cada uma aprende uma habilidade à sua 
própria maneira. Não existem dois cérebros que tenham as mesmas conexões
 neurais, como também não existem duas pessoas que tenham a mesma vida 
emocional, portanto uma pode reconhecer a emoção da outra, sentir ou não
 por esta emoção empatia, mas não a tem.
O ser humano consciente é aquele que tem consciência de suas 
experiências e, tem consciência que tem consciência.  E, ele reage a 
estas experiências, podendo expressar com vários tipos de sensação, 
porque é dotado de um tipo de pensamento criativo, intuitivo e capaz de 
insights.
Estudos com EEG – eletroencefalografia ou o estudo do registro gráfico 
das correntes elétricas desenvolvidas no encéfalo, que foram realizadas 
durante praticas meditativas, os cientistas detectaram em 
grandes áreas do cérebro ondas cerebrais cada vez mais coerentes de 
varias frequências (incluindo 40 Hz).
Nestas ocasiões as experiencias que estes pesquisadores descrevem como o
 conteúdo da consciência entrando em estado de unidade, ele é 
acompanhado pela unidade das oscilações neurais.
"Senso de ressurreição"  é medido pelo tamanho vivencial da inteligencia
 espiritual. Não é só um estado mental, mas uma forma de saber, um modo 
de ser, uma transformação completa em relação ao entendimento e à vida.
O que transcende é que leva a pessoa para alem do momento presente de 
suas sensações também presentes. Leva-a aos limites de seu conhecimento e
 de experiências, que são postos em um contexto mais amplo. Dá-lhe uma 
prova do sentir do extraordinário, do Infinito dentro dela ou do mundo 
ao seu redor. A pessoa que já experimentou este momento chama-no de 
“Deus”.
Já se sabe que as oscilações neurais estão associadas a campos elétricos
 existentes no cérebro, gerados por numerosos dendritos que oscilam em 
sincronia, mas que não chegam a disparar.
O cérebro da pessoa que está sonhando, dissocia em sua maior parte da 
atividade muscular e do pensamento racional do ego. Foi esta constatação
 que Llinás e sua equipe concluíram. Que a mente é um estado intrínseco 
ao cérebro e não um subproduto da experiência sensorial. Quando a pessoa
 sonha o cérebro “desliga” do mundo externo e atende aos seus próprios 
processos internos.
Llinás sugeriu também que o mesmo acontece com ela durante o devaneio, o
 transe e os estados alucinatórios, quando a mente se ocupa com seus 
próprios processos internos e não com o mundo externo. E neste caso, de 
onde vem a mente?
A primeira explicação é conhecida como posição dualista, que admite no 
Universo existirem basicamente duas realidades. Neste caso, existem duas
 substancias distintas, uma obedecendo às leis da física que é a matéria
 e a outra fora da esfera da física é a mente (diretamente relacionada à
 consciência).
A outra circunstância tendo em vista a teoria pampsíquica sobre a origem
 da consciência, levaria a uma forma imensa de transcendência da mente e
 à inteligência espiritual. Por esta teoria segundo a qual toda matéria é
 viva e/ou possui uma natureza psíquica análoga à do espírito humano, se
 as oscilações neurais no cérebro forem uma versão coerente de uma 
propriedade fundamental que permeia todo o universo, então o QS 
inseriria o ser humano não só na vida, mas no próprio coração do 
universo, tornando-o filho não só da vida, mais ainda do Cosmo.
A teoria quântica foi uma das quatro novas ciências do século passado, 
mas ela continua muito presente nos dias de hoje, através de aplicações 
praticas do conhecimento que dela derivara.
A física quântica torna-se necessária quando se pergunta: por que é o 
cérebro que tem a capacidade especial de transformar fragmentos 
protoconscientes em consciência plenamente desenvolvida?   A consciência
 é um fenômeno particularmente unificado? Por que todos os neurônios 
individuais implicados em uma experiência consciente oscilam 
coerentemente a 40 Hz, comportando-se, por exemplo, quando muitas vozes 
individuais transformam harmonicamente como uma única voz do coro?
O ser humano não está só. A inteligência não o isola na esfera estreita 
da experiência do ego. Nem mesmo ao nível da experiência coletiva – da 
espécie humana. Existe um contexto mais amplo de sentido e de valor 
dentro do qual se pode inserir a experiência humana. E esta perspectiva 
torna-se muito mais vasta e interessante, se houver uma dimensão 
quântica do QS – da inteligência espiritual.
Se a protoconsciência (proto: anterior, primeiro) é uma propriedade 
fundamental do universo, então também uma protoconsciência no campo de 
Higgs e no vácuo quântico que pode ser responsável pela energia escura 
do universo, se transforma em algo muito parecido ao que muitos 
denominam de “Deus imanente” – Deus dentro de Tudo.
E, neste caso, as oscilações neurais de 40 Hz que culminam na 
consciência do homem e em sua inteligência espiritual, têm suas raízes 
em nada menos do que em “Deus”, que é o verdadeiro centro do eu e o 
sentido final de toda a existência.
Desde o início da atual civilização o homem vem comunicando com Deus, deuses e “daimons”.
Recentemente, no início da década de 1990, o neuropsicólogo canadense 
Dr. Persinger pesquisador da Laurentian University, que não é um homem 
religioso, sentiu diretamente esta comunicação, quando colocou em volta 
de sua cabeça um estimulador magnético transcraniano. Este dispositivo 
dirige um campo magnético poderoso e em rápida flutuação para pequenas 
aéreas selecionadas do tecido cerebral.
Este cientista ajustou o estimulador para atuar diretamente sobre os 
lobos temporais de seu cérebro, para que ele pudesse “ver” Deus… E ele 
“viu!.”… Ele percebeu (mentalmente) “o além” do mundo físico, quando 
estimulou artificialmente os seus lobos temporais através da atividade 
do campo magnético que foi gerado. Ele pôde com esta “visão” não física 
isolar e investigar ligações associadas a diferentes tipos de 
experiências (místicas) como viagens fora do corpo e regressão a vidas 
passadas, entre outras tidas como mais diretamente ligadas à “presença 
do divino”.
Em grande parte deste tipo de pesquisa o estimulo dos lobos temporais 
desencadeia uma ou mais experiências extra-físicas. Os lobos temporais 
estão estreitamente ligados ao sistema límbico – ao centro das emoções e
 à memória, no cérebro. Também, nesta estrutura cerebral estão presentes
 a amídala uma estrutura pequena em forma de noz situada no centro dela e
 o hipocampo essencial para registrar experiências associadas à memória.
 Estes dois pontos no cérebro quando estimulados, ocorre o aumento da 
atividade dos lobos temporais.
Particularmente em relação ao hipocampo, quando ele é estimulado e mesmo
 que a maioria destas experiências espirituais dos lobos leve apenas 
alguns segundos, elas podem produzir uma intensa e duradora influencia 
emocional por toda a vida da pessoa, muitas vezes descrita como 
“transformadora de sua vida”.
O envolvimento do sistema límbico demonstra a importância do fator 
emocional na experiência espiritual, em contraste com a mera crença, que
 pode ser inteiramente intelectual.
Cérebro humano
Dr. Persinger e seu colega neurobiólogo Ramachandran deram à área dos 
lobos temporais ligadas à experiência espiritual (e religiosa) como o 
“ponto Deus”. Mas, “este ponto” não será apenas um truque neurológico 
feito pela natureza em cada ser humano pela sua crença em Deus. Crença 
que é de alguma maneira útil a ela e aos demais seres humanos?
Grande parte dos estudiosos desta aérea cientifica sugere que o “ponto 
Deus” surgiu no cérebro para atender alguma finalidade evolutiva, mas ao
 mesmo tempo acrescenta que ele não prova de forma alguma, que Deus 
existe ou não.
O certo é que o “ponto Deus” contribui para a experiência espiritual 
humana e para outras experiências associadas à formação de mitos e da 
expansão mental.
A simples presença do sentido “do espiritual” não garante que a pessoa 
pode usá-lo criativamente na vida. Ter um QS alto às vezes não está 
relacionado em ter capacidade de usar “o espiritual” para trazer um 
contexto e um sentido mais amplos, que permitam uma vida mais plena de 
sentido – com mais senso de inteireza, finalidade e direção pessoal. A 
mera “experiência do espiritual” com o extra-físico, ao contrario, às 
vezes dê origem mais confusão, desorientação, ânsia indefinível e uma 
perda concreta de perspectiva.
As percepções e habilidades especiais associadas ao “ponto Deus” têm que
 estar misturadas às emoções, às motivações e ao potencial de cada um, 
que devem ser postas em dialogo como o seu centro do eu e à sua maneira 
especial de se conhecer.
A inteligência espiritual – QS deve representar um todo dinâmico do 
eu, no qual o eu é uno consigo mesmo e com o todo da criação.
Na verdade todo ser humano conscientemente ou não está em contato com o 
centro do eu, quando está fazendo uma “visão para dentro”, percebendo a 
vida em algum contexto mais vasto, quando faz perguntas finais do tipo: 
de onde vim, qual a minha origem no tempo, que extensão tem a historia 
da qual sou parte?  Este centro está associado às oscilações neurais 
sincronizadas de 40 Hz já mencionadas, que ocorrem de um lado para outro
 do cérebro.
O ego é a camada de desenvolvimento mais recente, mais racional do eu. 
Está ligado a tratos neurais seriais e programas do cérebro, ou seja, ao
 sistema neural responsável pelo pensamento lógico, racional-consciente e
 orientado para metas (pensamento a longo prazo), constituindo um 
conjunto de mecanismo e modos de pensar com os quais  o eu conhece seu 
mundo.
A cultura ocidental é dominada pelo ego, dando realce máximo à pessoa 
que isolada, tem comumente tomar decisões racionais. Talvez esteja ai o 
motivo pelo qual de um modo geral, as pessoas com este estilo de vida 
vivem a partir da periferia de si mesmas, acreditando que neste modelo 
existencial esteja toda historia de seu eu.
Cada ser humano é verdadeiramente diferente e especial em seu dialogo 
com sua experiência única, portanto não pode ser identificado por meio 
de testes, que são muito do agrado da psicologia ocidental.
A maioria dos psicólogos ocidentais acredita que motivos constituem uma 
mistura do consciente e do inconsciente. Por exemplo, que o pintor está 
parcialmente consciente do motivo pelo qual quer pintar determinado 
quadro, mas não conhece plenamente as forças profundas em seu consciente
 que o impelem a por na tela uma visão jamais vista antes. Muitas vezes 
também a obra final de um escritor, não foi inteiramente aquela que 
tinha antes pensado.
Como já foi algumas vezes mencionada, a experiência unificadora do 
cérebro tem origem nas oscilações neurais de 40 Hz que viajam por todo o
 cérebro. São estas oscilações que proporcionam um “fundo” sobre o qual 
ondas cerebrais mais excitadas podem agitar para gerar a intensa 
armadura da experiência mental consciente e inconsciente humana. Estas 
oscilações constituem o “centro do eu” – a origem neurológica de onde 
ele emerge. Por intermédio destas oscilações que o homem insere sua 
experiência dentro do contexto de sentido e de valor e descobre a 
finalidade da vida.
A redução do QS é o resultado de problemas de relacionamento com o 
centro profundo do eu, quando o ser humano “se impede” de absorver 
(neste nível vibratório) dos “nutrientes” do eu, que transcendem tanto o
 ego quanto a atual cultura associativa, para penetrar na substancia do 
próprio ser. Esta dissociação (e mesmo ausência) está cada vez mais 
presente,sendo conhecida como “doença existencial”.
Psicose maníaco-depressiva, vícios, paranóia, entre outras patologias do
 campo psiquiátrico e psicológico, elas estão associados a problemas de 
sentido e de valor, que trazem a incapacidade conseqüente do ser humano 
de integrar e equilibrar sua personalidade.  Estas aéreas de 
comportamentos doentios humanos que são normalmente tratadas pela 
psiquiatria e pela psicologia, podem ser também encaixadas dentro da 
“patologia espiritual”.
Como cultura a humanidade está enlouquecendo.  A instabilidade pessoal e
 coletiva está acontecendo pela forma peculiar de alienação associada ao
 fato de o ser humano ter se afastado de seu centro – de seu eu mais 
profundo, vivenciando a alienação do sentido, de valor e da finalidade 
de seu existir.
A pessoa esquizofrênica que perdeu todo o contado com este seu centro, a
 voz que brada com ela e que a faz erguer agressivamente uma faca é um 
demônio. Também é a voz que grita com o alcoólatra para que tome mais 
aquele trago. Esta voz é energia psíquica desconectada, descentrada e 
anárquica.
A atrofia espiritual é essencialmente um estado de perda de 
espontaneidade, que sem ela acontece a consequente lentidão nas 
respostas ao centro do eu mais profundo, quando então o ego cai na 
armadilha das posses, das disputas e dos fingimentos.
A ausência da espontaneidade no ser humano não permite ser ele mesmo, 
por carregar como bagagem excessiva a sua preocupação em relação com a 
sua forma de ser – à sua aparência. E quando a ausência desta 
espontaneidade chega a certo ponto que ele não pode mais responder nem 
mesmo à sua energia psíquica reprimida ou destorcida, ele mergulha no 
desespero.
Baixo QI deixa o ser humano incapaz de resolver em sua vida os problemas racionais.
O baixo QE leva-o comportar como um estranho frente às situações que enfrenta.
E o QS baixo mutila o próprio ser.
A pessoa deve aprender a viver em harmonia com o mundo a partir de 
seu centro – de seu eu mais profundo, De viver em total espontaneidade 
para que com alto QS capacite também obter respostas profundas. Ela deve
 buscar o QS que a liberta das compulsões e  até, pode levá-la mais 
além, libertando-a do potencial negativo no desespero.
O QS é uma capacidade inata do cérebro humano. É ele que permite a 
maneira pelo qual a pessoa pode se relacionar com a realidade mais 
ampla. Ninguém transmite ao outro a luz de seu QS. E, o ego nem sempre 
percebe a presença dele.
O QS jamais está ausente da pessoa, embora a sua capacidade de 
percebê-lo e de usá-lo esteja bloqueada. Talvez, esta pessoa esteja à 
sua procura também de forma distorcida como se fosse “objeto” nos 
altares, nos púlpitos e em leituras de livros tidos como sagrados.
De acordo com a biologia, a evolução é um processo continuo. Enquanto a 
Terra puder sustentar a vida, ela estará mudando, evoluindo para dar 
constantemente origem a novas formas. O mesmo acontece com o cérebro, 
que está constantemente “refazendo a sua fiação” como resultado de 
experiências. Ele não é o mesmo hoje em relação ao que era (tinha) 
antes, porque as oscilações neurais de 40 Hz que possibilitam a 
existência do QS estão ininterruptamente integrando novas experiências.
Entretanto, até mesmo a vida espiritualmente inteligente só pode 
oferecer na melhor das hipóteses uma serie de pequenas curas para o 
momento presente, com o conhecimento maduro de que outros desafios 
surgirão no futuro – que outras partes “do meu fragmentado” ainda estão à
 espera de seu aparecimento.
O Principio da Incerteza postulado por Werner Heisenberg constitui o 
cânone fundamental da teoria quântica, ainda mais do que a Teoria da 
Relatividade de Einstein que simplesmente questiona o ser humano dentro 
de sua posição espaço-tempo e a maneira como o percebe.
A realidade quântica descrita por Heisenberg encerra um numero infinito 
de expressões possíveis, todas elas necessárias e validas de alguma 
forma. Entretanto, apenas se pode conhecer o aspecto da realidade que se
 está procurando. As respostas serão sempre respostas às perguntas que 
são feitas. Portanto, se são feitas perguntas diferentes, serão 
recebidas respostas diferentes.
Einstein e Heisenberg contribuíram para produzir uma mudança fundamental
 nas relações do ser humano com a verdade e a ética – aquela construída 
de cima para baixo, quando antes existia uma tentativa de substituir as 
certezas perdidas do passado biológico por referencias a um conjunto de 
verdades imposto de fora.
A verdade depende do ponto de vista de quem o formula, das perguntas que
 ele resolve fazer. Esta é a verdade de baixo para cima e, de algum 
modo, ela é fundamental porque nasce de dentro de cada um e que se pode 
ter acesso apenas com a inteligência espiritual. 
Na Teoria do caos a borda é o ponto de encontro entre a ordem e o caos, 
entre o conhecido e o desconhecido. Na natureza é o ponto no qual 
criatividade e auto-organização acontecem. Onde novas informações são 
criadas.
Hoje em dias as pessoas têm que viver na borda, gostando ou não. Elas já
 não podem simplesmente cobrir com papel as rachaduras da velha tradição
 e da ética tradicional, mas não devem também se entregar ao relativismo
 niilista, negando absolutamente a realidade de qualquer verdade.
O QS é um senso de equilíbrio interior, enquanto o QI se orienta por 
regras e o QE é guiado pela situação na qual a inteligência emocional se
 encontra, O QS é que “ilumina o caminho” e, por isto, ele é chamado 
também de “olho do coração”
Para que em sua vida a pessoa se torne espiritualmente mais inteligente 
no caminho dos cuidados e do carinho, ela tem que ser mais aberta com as
 pessoas de seu afeto e de seu relacionamento e ainda, com as outras 
pessoas de um modo geral. Ela tem que ser receptiva e saber escutá-las 
de maneira atenta através de seu verdadeiro eu – o mais profundo. Ela 
tem que saber “se abrir”, de se expor, de assumir o risco de se revelar 
aos seus semelhantes – 
tem que ser espontânea.
Ela tem que querer ser diferente, ansiar por ampliar em si novos 
interesses, para que possa pertencer um grupo maior e mais 
diversificado.  Sobretudo, ela deve perceber e buscar um lugar dentro do
 eu profundo que é luz pura, que é fogo que brilha (queima) dentro dela,
 que é a fonte de tudo que a alma traz ao mundo.
O ser humano tem na vida que apossar de fato de suas intenções e 
finalidades, que constituem um tipo profundo de energia psíquica e que 
impulsionam potencialidades do centro do eu para a superfície – para a 
camada do ego. Ele tem que se perceber condicionado por motivos, quando 
age no mundo e sobre o mundo.
Um dos principais critérios da alta inteligência espiritual é ser o que 
os psicólogos chamam de “independente do Campo”, ou seja, ser capaz de 
“se erguer contra a multidão” ao defender uma opinião impopular, se nela
 se acredita profundamente.
A cultura da atual civilização é uma cultura de grupos, portanto é 
encorajada pela mídia para se ter os mesmo pensamentos e as mesmas 
opiniões, com a produção restringindo para determinadas faixas de gosto,
 que são realçadas pela publicidade – e, analogamente para uma cultura 
de moda.
É uma cultura sectária, separando uma pessoa da outra. Separando a 
pessoa que é diferente. Ela ainda isola a pessoa da natureza em geral – 
de outras criaturas vivas.
A inteligência espiritual requer que o ser humano se tone consciente 
de seu eu profundo e se enraíze neste centro da sua própria existência.
Obter alto QS – inteligência espiritual, requer também que a pessoa viva
 em constante espontaneidade, que seja profundamente honesta com ele 
mesma – profundamente consciente de si mesma. Requer também que ela 
enfrente opções e que compreenda que às vezes as opções são difíceis.
O alto QS requer ainda a mais profunda integridade pessoal. Exige do ser
 humano a capacidade de “se rejuntar”, recolhendo as partes que para ela
 foram (e são) dolorosas ou difíceis de possuir.  Que ele se abra para a
 experiência de recapturar a sua capacidade de ver com novos olhos a 
vida e os outros, como seus olhos fossem agora olhos de uma criança. Que
 ele deixe de procurar refugio no que conhece e explore constantemente e
 aprenda com aquilo que ainda não sabe. 
Este texto foi escrito em parte com
 algumas informações extraídas do Livro Inteligência Espiritual – de 
Danah Zohar e de Ian Marshall.
O ser humano é essencialmente um ser espiritual, condição que ele 
mostra quando faz a si mesmo três perguntas fundamentais: “quem sou, de 
onde vim e para onde vou?”  “Ser espiritual” é que estimula o homem na 
vida, quando ele procura dá-la um significado “ao ser criativo” – ao ser
 Co-criador.
 Danah Zohar nasceu e foi 
educada no Estados Unidos . Ela estudou Física e Filosofia no MIT e 
pós-graduou em religião, filosofia e psicologia na Universidade de 
Harvard, onde foi aluna de Erik Erikson. Foi Professora Visitante na 
Universidade de Cranfield School of Management e no Maquarie University 
School of Management, em Sydney , Austrália e tem sido professora 
visitante em Oxford Brookes University. Ela fala regularmente em fóruns 
de liderança e trabalha com equipes de lideres de todo o mundo. Junto 
com seu marido e co-autor Ian Marshall ela realiza oficinas para líderes
 mundiais sobre a importância da inteligência espiritual e de sua 
ligação com a sustentabilidade. Como uma das pioneiras em estender a 
linguagem e os princípios da física quântica em uma nova compreensão da 
consciência humana, psicologia e organização social, Danah Zohar 
escreveu O Ser Quântico, Sociedade Quântica e Religação Corporativa do 
Cérebro. Mais recentmente ela escreveu mais dois outros inovadores 
livros (co-autoria com Ian Marshall): Inteligência Espiritual – a 
Inteligência Suprema e Capital Espiritual. Fonte: Wikipédia, a 
enciclopédia livre.
Texto enviado por Thais Marzagão