quinta-feira, 25 de outubro de 2018

DESPERTANDO O CONHECIMENTO - O Que é a Geometria Sagrada, A Flor da Vida e a Linguagem da Luz ?

Geometria Sagrada,  A Flor da Vida e a Linguagem da Luz.
merkabah-movimento
Este símbolo geométrico ao lado é conhecido desde a mais remota antiguidade e chama-se “A Flor da Vida“.
Na verdade, segundo foi revelado, o símbolo da Flor da Vida é bem conhecido em todo o universo, menos aqui na Terra! Cada molécula de vida, cada célula em nosso corpo humano conhece esse padrão geométrico e por ele é construído. 
Edição e imagens:Thoth3126@protonmail.ch
UM RESUMO DO CONHECIMENTO MATEMÁTICO SAGRADO UTILIZADO NAS CONSTRUÇÕES DAS GRANDES PIRÂMIDES DO EGITO, TEOTIHUACAN NO MÉXICO E EM OUTROS LOCAIS DA TERRA E EM OUTROS PLANETAS DO UNIVERSO (como em Marte) 
A Flor da Vida:  Ela é o padrão geométrico da criação e da vida, em todo lugar.  Na verdade, não há nenhum conhecimento, absolutamente nenhum conhecimento no Universo que não esteja contido neste padrão da Flor da Vida. Diz-se que grandes mestres concordaram em mais uma vez revelar esta antiga sabedoria, conhecida como a Flor da Vida. Ela é um código secreto usado por muitas raças avançadas e por navegantes espaciais. O código da Flor da Vida contém toda a sabedoria similar ao código genético contido em nosso DNA.
Esse código genético vai além das formas comuns de ensinamento e se encontra por trás de toda a estrutura da própria realidade. Todos os harmônicos da luz, do som e da música se encontram nessa estrutura geométrica, que existe como um padrão holográfico, definindo a forma tanto dos átomos como das galáxias. O símbolo da Flor da Vida se encontra inscrito nos tetos do Templo de Osíris, em Abidos, no Egito. Sabemos hoje que o símbolo da Flor da Vida também foi encontrado em Massada (Israel), no Monte Sinai, no Japão, China, India, Espanha, entre muitos outros lugares.
A maioria das nossas experiências meditativas centra-se no hemisfério direito do cérebro – o nosso lado intuitivo, emocional e sentimental. Quando meditamos, geralmente, sentimo-nos muito bem. Às vezes, durante as meditações, conseguimos ter visões ou imagens, ouvir sons calmos ou vozes inspiradoras. Todas estas sensações se localizam no lado direito do nosso cérebro; o sentimental e intuitivo que nos conecta com nosso corpo mental superior.
Qualquer um que tenha tido experiências meditativas, fica com a sensação de ter tido uma experiência maravilhosa, mas mal começa a tomar consciência da realidade, começa a duvidar da validade da experiência que acabou de ter e começa a ter uma conversa do tipo “Nada disso! É tudo imaginação minha isto não pode ser verdade, devo ter inventado estas coisas…”
O que acontece, é que o lado esquerdo do cérebro, não foi envolvido na experiência, ou seja, o teu lado esquerdo, o teu lado lógico, não teve qualquer envolvimento com o teu lado direito, com o teu lado intuitivo, e por isso não sabe o que fazer com estas experiências. Então, o teu cérebro desata a fazer o que os pensadores, aqueles que têm a mente muito ativa, geralmente fazem, começa a rejeitar as tuas experiências intuitivas utilizando questões puramente lógicas, emocionais e racionais. E como a tua experiência foi puramente sentimental e (abstrata) intuitiva, não tem por isso uma base lógica, racional de sustentação. E é assim que começamos a diminuir as experiências internas que temos, com tanta facilidade.
Este é só um dos exemplos do que acontece quando os teus dois hemisférios cerebrais não estão a trabalhar em conjunto tal como deveriam. O teu lado lógico mantém-se cético e por vezes até cínico, acerca do valor das experiências que acontecem no teu lado direito ou intuitivo. É como usar só um motor do barco num percurso e, em que, se utilizares os dois motores, chega lá muito mais depressa.
Então, significa que existe aqui um desafio a ser superado! Ou seja, temos estas experiências maravilhosas, estes ‘insights’ e visões fantásticas que são potencialmente e extremamente úteis ao nosso progresso e desenvolvimento, mas assim que saímos daquele estado meditativo e começamos a utilizar o lado lógico/esquerdo do cérebro surge a dúvida e os questionamentos. E como é que resolvemos esse impasse? Como conseguiremos ter os dois lados do cérebro funcionando em conjunto e em harmonia? Pois bem, a vossa resposta, está na Geometria Sagrada!
A Geometria Sagrada é basicamente a geometria focada em descrever a criação e/ou consciência; o movimento da consciência pela realidade. E como está em movimento (em vez de apenas se ‘ler’ ou ‘observar’, não é por isso uma atividade estática) apela diretamente ao nosso lado racional do cérebro. Mas a Geometria Sagrada não é algo que se olhe e pense “Sim, já percebi!“, tens mesmo que pegar num lápis, num compasso e em papel e começar a desenhar. É uma experiência quase hipnótica, asseguro-vos.

E o que acontece quando começas a desenhar é que o teu lado esquerdo do cérebro está envolvido também – e então começas a fazer, a criar algo. É então que se dá a magia! Ao desenhares estas imagens (não só por olhares para elas) começas a aceder à essência da tua/nossa realidade, a base da criação numa linguagem que o teu lado lógico consegue finalmente entender.
E assim que inicias este processo, começas a permitir ao lado esquerdo do teu cérebro, o racional, a compreender uma explicação lógica para a Unicidade de todas as coisas. E fazes isto porque, em parte, estás a desenhar a realidade, a descrevê-la simplesmente porque estás a usar as formas e figuras construtoras da nossa realidade. Aqui, o teu lado lógico começa a entender! Começa a envolver-se na tua experiência espiritual, e num ápice, tens os dois motores do barco na água e então surge o “equilíbrio” e tudo começa a andar a toda velocidade.
Ao olhar para a imagem da Flor da Vida pensamos que é demasiado complicada para se desenhar. Mas por agora, olhemos para esta imagem anterior acima e pensemos que ela é a base para muitas outras. O perímetro do quadrado e a circunferência do círculo são (aproximadamente) do mesmo tamanho. Assim, se um dos lados do quadrado for 3 cm, então a circunferência do circulo tem que ter 12cm – o que significa que o raio do círculo seria de 1,9 cm – mas verifiquem por vós mesmos.]
Quando fiz estes desenhos pela primeira vez, percebi que descreviam a relação entre o círculo e o quadrado, o feminino e o masculino. E mais, descreve a relação num lado bastante masculino, ou seja, através de linhas retas (no lado feminino usam-se as formas curvas). Agora, ao ler o parágrafo acima podes até dizer “sim, isso é verdade”, ou podes agarrar num lápis, compasso e papel e desenhar por ti mesmo. Depois podes começar a sentir a diferença entre olhar para a Geometria Sagrada e praticá-la – “a diferença entre saber o caminho, e caminhá-lo” é enorme.
Como se pode saber o caminho sem o caminhar? Se o caminho se faz em cada passo que damos? Por isso digo, deixemos fluir a vida, sem pará-la em processos egóticos (puramente mental inferior), porque não saberemos o que temos pela frente se não o vivenciarmos. Nestes desenhos o processo é o mesmo, acontece por vezes ter em mente uma coisa e sai outra totalmente diferente, porque pode haver o envolvimento e a entrega de tal forma, que o resultado é aquilo que os dois lados do cérebro quiserem experiênciar. Assim é a vida também!
Contudo, fazer estes desenhos, não é uma experiência unicamente pertencente ao lado racional e lógico. Formas como o Ovo da Vida (imagens abaixo na figura 7), possuem uma beleza tão grande e universal que apelam à nossa parte mais básica, mais essencial, dentro de cada um de nós.
Falam do que de mais belo existe dentro de nós, e que está esquecido, mas pronto a ser relembrado uma vez mais. Uma beleza reconhecida intuitivamente, mas também logicamente, e por isso holisticamente.
Formas e figuras que nos recordam o nosso lugar no universo e a forma como sentimos e entendemos, movimentamos e criamos harmonia no nosso próprio mundo, logo, em tudo o que nos rodeia. São as formas que geram a essência do nosso universo muito particular e do Todo.
A Criação do Universo e a Geometria Sagrada
Imaginemos que no início tínhamos o vácuo, (o vazio absoluto) a consciência primordial sem forma, chamemos-lhe o Espírito. Com o objetivo de começar a criar, um raio de consciência no vácuo é disparado, primeiro para frente, depois para trás (um eixo), para a esquerda e direita (outro eixo) e por último, para cima e para baixo (terceiro eixo), obtendo-se assim o primeiro desenho da figura 1, isto com a mesma distância nas 6 direções, definindo as coordenadas espaciais (Norte, Sul, Leste, Oeste, Acima e Abaixo e o CENTRO).
Todos nós temos estes 6 raios sensitivos partindo da nossa glândula pineal (um atravessando o chakra da coroa (o sétimo, o Sahasrara) e pescoço, outro atravessando a nuca e o chakra frontal (Ajna) e um terceiro atravessando os dois hemisférios cerebrais), correspondendo aos três eixos cartesianos x, y, z. Esta capacidade criativa é inata a todos os seres humanos.
Se unirmos agora as várias direções tal como era feito nas antigas Escolas de Mistério, obtemos um diamante ou retângulo (segundo desenho, ver em perspectiva), após a formação deste quadrado à volta da consciência é disparado um raio de consciência no sentido ascendente, formando uma pirâmide, e um raio de consciência no sentido descendente formando outra pirâmide (terceiro desenho).
É importante referir que a função piramidal assume uma máxima importância no retorno à Fonte Primordial, o que é amplamente descrito no “Livro do Conhecimento,  As Chaves de Enoch”de J.J.Hurtak, “A inteligência humana deve ser iniciada nas funções piramidais de Luz antes que possa ser promovida à próxima ordem de evolução, à próxima célula (a)temporal consciencial”.
Como pode ser observado na figura 2 acabamos de obter um octaedro (na forma tridimensional). É importante observar que isto é só a consciência, não existe um corpo no vácuo. Foi simplesmente criado um campo à volta da consciência.
A partir deste momento é possível, pela primeira vez, imprimir movimento, criar energia cinética, ou seja, temos este octaedro base e podemos criar uma distância (afastarmo-nos ou aproximarmo-nos) ou então o criador pode simplesmente permanecer imóvel levando este primeiro octaedro a movimentar-se, passa a haver uma referência no centro do vácuo, logo passam a existir também distâncias.
Se movimentarmos este octaedro na direção dos vários eixos criamos os parâmetros perfeitos para uma esfera (figura 2), era exatamente isto o que os iniciados no Egito faziam nas suas meditações (quarto desenho da figura 1), tal como na Cabala em que as direções assumem  bastante importância para algumas meditações específicas.
Todo indivíduo que estuda geometria sagrada está de acordo quanto ao fato de que uma linha reta representa o masculino e uma linha curva representa o feminino (e também de que toda linha é feita de “minúsculos pontos”, que na realidade são micro esferas e …).
O que os egípcios estavam criando ao realizar esta meditação era passar de uma forma masculina (octaedro) a uma forma feminina (esfera). Isto está diretamente associado à Bíblia e à parábola da separação do feminino (EVA) do princípio masculino (ambos existindo EM EQUILíBRIO na figura do Adam Kadmon, macho e fêmea ao mesmo tempo, ou seja, um ser divino não polarizado, um anjo!!) a partir das  “costelas de Adão”, quando a polaridade masculina e feminina surgem.
Tudo o que conhecemos como “realidade” foi uma criação de uma consciência no infinito vácuo, os Hindus chamam-lhe Maya, que significa ilusão, todos nós podemos criar a nossa realidade (sermos deuses co-criadores) e libertarmo-nos de Maya, da ilusão do mundo material.
Partindo desta primeira esfera (com o ponto central) ou bolha no vácuo (primeiro desenho à esquerda da figura 3) o Espírito projeta uma nova esfera (segundo desenho) obedecendo às mesmas regras. Este processo lembra-nos a divisão na Mitose (reprodução assexuada). Temos aqui a associação com o primeiro dia da criação (“Fez-se a Luz”).
Neste momento encontramo-nos perante um símbolo sagrado muito antigo conhecido como “Vesica Piscis”(figura 4 a seguir) associado ao Cristianismo e também conhecido como o “Peixe de Cristo” (na simbologia e numerologia).
Se considerarmos uma esfera como sendo Deus ou o Céu e uma segunda esfera como a Humanidade ou a materialidade esta intersecção simboliza o Cristo, o portal que une o Céu e a Terra. Este símbolo está intimamente associado à criação da luz, sem ele a luz não seria possível, sem esta imagem geométrica não seria possível, por exemplo, a criação dos nossos olhos, responsáveis pela recepção da luz.
No segundo dia da criação com uma terceira esfera obtemos o símbolo da Santíssima Trindade (figura 4), a geometria básica da estrela tetraédrica, uma das formas geométricas mais importantes na criação (A forma da Merkabah, o corpo de luz que nos permite voltar ao nosso estado de consciência DIVINO e original).  “Quando duas Pirâmides de Luz se unem para formar um Selo de Vishnu, nasce um novo universo estelar de inteligência” (J.J. Hurtak).
Continuando o movimento matemático da criação vamos chegar ao Sexto dia da criação obtendo-se o símbolo da flor de seis pétalas conhecida como a Semente da vida, o princípio da criação do Universo no qual nós vivemos.
Este primeiro movimento em torno da primeira esfera, representa a primeira rotação ou Padrão da Gênese (os seis dias da criação da Bíblia), ilustrados no quadro de Anarion Macintosh.
Se pegarmos no padrão da Gênese, a primeira forma tridimensional que conseguimos extrair é conhecida como um Tórus (figura 5) , esta forma é obtida a partir da rotação da Semente da vida em torno do seu eixo central (último desenho da figura representa o Tórus visto de cima em duas dimensões).
 Foi o matemático Arthur Young que descobriu que esta forma geométrica tem sete regiões conectadas, todas do mesmo tamanho (figura 6), o Tórus representa a forma geométrica base da existência, está presente em todos os planetas, estrelas, galáxias.
O nosso planeta é um Tórus com dois pólos magnéticos em comunicação (primeiro desenho com o eixo central e os polos) o que permite as precessões dos equinócios (ponto zero).
O Tórus está também presente no corpo humano (como por exemplo o nosso coração que tem sete músculos e sete câmaras formando um Toroidal bombeando sangue para suas sete regiões) e pode ser encontrado em todas as formas de vida existentes.
Se efetuarmos uma segunda rotação (figura 6 a) em torno da Semente da vida , obedecendo às mesmas regras da primeira, vamos chegar a uma segunda figura tridimensional conhecida como o Ovo da vida.
O Ovo da vida representa a estrutura morfogenética (logo após a fecundação do óvulo, ele começa a se subdividir e em dado momento apresenta essa Formação do Ovo da vida (figura 7), em oito esferas aglomeradas) a partir do qual o nosso corpo foi criado. A nossa existência física depende desta estrutura, desde a cor dos nossos olhos ao formato do nosso nariz….....

DESPERTANDO O CONHECIMENTO - AS QUATRO PLANTAS SAGRADAS

As quatro plantas sagradas são um presente dos espíritos guardiões das Quatro Direções.

Na cultura nativa americana tradicional existem quatro plantas que são especialmente veneradas e utilizadas na vida diária. Segundo os nativos, WAKAN TANKA – 
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O Grande Espírito (Deus – O Criador) os ensinou a usar as ervas naturais: salvia (sage), a erva-doce americana (sweet grass), o tabaco (tobacco) e cedro (cedar) como um lembrete físico da sua Onipotente Presença.
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TABACO ( Semah)
Semah, ou tabaco, é uma das quatro plantas sagradas. Representa a DIREÇÃO LESTE (a mente).
Os nativos americanos utilizam uma mistura de tabaco conhecida como kinikinik, ou uma mistura de salgueiro vermelho.
É considerada uma das plantas mais sagradas, porque quando é utilizada abre as portas para o contato com Wakan Tanka – o Grande Espírito (Deus – o Criador). Os anciãos da tribo costumam dizer que o tabaco é usado para conectar a humanidade – através da sua fumaça – de suas raízes na Terra à imensidão do céu. Esta planta é muito respeitada e muito honrada. Oferecer o tabaco é uma bela maneira dos nativos prestarem reverência. Cerimônias usando tabaco invocam uma relação com as energias do universo e, com o Criador, e faz com que a ligação entre o reino terrestre e o espiritual não seja quebrada. Existem quatro usos tradicionais do Tabaco:
Prece
Quando colocamos o tabaco no cachimbo sagrado, estamos utilizando-o como um elo de comunicação para o céu, para o mundo onde todos os nossos ancestrais passaram antes de nós. A fumaça não é para ser tragada. Quando a fumaça sobe, ela leva nossas orações com ela até Wakan Tanka (o Grande Espírito) e até todos os nossos ancestrais que passaram para o “outro lado” antes de nós. Os anciãos ensinam que, quando acabarmos a oração, é para espargirmos uma pequena quantidade de tabaco sobre o tambor. Esta é uma maneira de agradecer o Criador por tudo que ele nos deu.
O Tabaco pode ser usado diariamente, uma vez que cada novo dia é saudado com orações de agradecimento. Muitos anciãos dizer para segurá-lo nas mãos em orações de agradecimento. Acrescentam igualmente que é melhor segurá-lo em sua mão esquerda, pois este é o lado mais perto do seu coração. (chacra cardíaco)
Oferenda
É uma tradição entre os nativos queimar tabaco antes das tempestades. É utilizado para pedir em oração as poderosas tempestades para não machucar suas famílias. Orar com o tabaco na língua nativa tem muito poder e pode fazer diferença no mundo físico.
Purificação
O tabaco é usado como oferenda nas orações ao Grande Espírito (o Criador), agindo como um meio de comunicação. Ou é oferecido ao fogo, de modo que a fumaça possa levar as orações ele. Pode ainda ser colocado na terra, em um local limpo e agradável. Significa que nos aproximamos humildemente do nosso criador, manifestando a nossa inocência.
Os nativos ensinam que quando quisermos falar com Wakan Tanka, devemos oferecer uma planta de tabaco. Os anciãos da tribo levam sempre tabaco consigo para oferecê-los ao fogo ou oferecê-lo de volta à Mãe Terra, em nome do Circulo Sagrado. Os nativos americanos vivem a vida de forma a respeitar o sagrado em tudo. Ao colherem alguma planta da terra, sempre explicam ao espírito da planta, por que isso está sendo feito e oferecem um pouco de tabaco em troca da generosidade e ajuda que a planta colhida partilha livremente.
Purificar-se e trabalhar com a mente clara e o coração limpo. É preparar o terreno para conviver com o próximo. Os nativos sabem que se fizerem o bem (caminhando na beleza), as coisas boas chegarão. Às vezes, os anciãos usam água no lugar do tabaco para os rituais de purificação. É uma forma de manifestar agradecimento ao Criador e a Mãe Terra que se doa para nós. A água é filtrada através da areia.
Respeito
O Tabaco deve ser utilizado com respeito e seriedade. O Tabaco Sagrado é usado para orações de gratidão ao Grande Espírito e como forma de agradecer a nossa Mãe Terra pelas muitas bênçãos recebidas, tais como boa saúde, grande pesca e de boas colheitas. Os nativos oferecem tabaco e preces nas colheitas e quando caçam para alimentar a tribo, em sinal de respeito. Deveríamos seguir seu exemplo, pois ao honrar todas as nossas relações demonstramos que não esquecemos o nosso lugar dentro da teia da vida.
Quando você oferece tabaco à outra pessoa é um pedido para que você e a pessoa se tornem um só coração, uma só mente, um só espírito. O tabaco é oferecido quando você pedir a alguém para fazer uma cerimônia para você, seja um toque de tambor ou um cântico, uma defumação (smudging cerimony), uma sauna sagrada (sweatlodge cerimony) ou a cerimônia do cachimbo sagrado (sacred pipe cerimony) ou qualquer outra cerimônia. Isso significa que você e a pessoa que está fazendo a cerimônia são um só em coração mente e espírito.
Outra maneira de utilização do tabaco é para criar o sentimento de união e harmonia em uma reunião de pessoas. É que Le também serve para “curar” os relacionamentos. O tabaco ajuda a curar feridas emocionais e promover o perdão entre pessoas que estão em desacordo.Entre os nativos norte americanos, se uma pessoa não tem dinheiro para comprar algo (uma bolsa por exemplo) e ela oferecer um pouco de tabaco a troca é efetuada. E a sacralidade do ato que conta, não a quantidade. A pessoa que esta vendendo pode decidir aceitar ou rejeitar o tabaco.
Alguns anciãos da tribo oferecem tabaco para todos aqueles que vão visitá-los. O tabaco é dado aos idosos, quando um está buscando aconselhamento. É sempre bom para oferecer tabaco quando procuram conhecimento ou aconselhamento de um idoso ou quando acontece uma canalização. Esta atitude mostra gratidão e respeito pelo ancião cujos conselhos você está procurando. O tabaco é oferecido como forma de apreciação ao ensinamento dado por um ou até mesmo de uma pessoa mais jovem se a pessoa que oferenda reconhece o valor no que foi dito. É uma forma de demonstrar respeito e gratidão.
Uso apropriado
As Plantas Sagradas são poderosas, mas quando usadas ou desrespeitadas, seu poder pode ser destruidor. O tabaco pode ser um curandeiro ou um destruidor. Depende de como e com que freqüência ele é utilizado. Quando usado de uma forma sagrada, ele pode promover a boa saúde e ajudar com orientação espiritual e de crescimento. Quando o tabaco é usado de forma ritualística ele se torna sagrado.
Nos velhos tempos, o tabaco foi a mais santa das plantas e os mais sagrados objetos de cerimonial. O Criador é o espírito do tabaco. Quando utilizado com respeito e honra através do cachimbo, a fumaça envolve o espírito do homem e depois viaja para o céu, carregada com gratidão. Por centenas de anos, o povo nativo foi ensinado essa maneira santa e poderosa de se conectar com seu Criador. Se utilizado corretamente, o tabaco pode melhorar seu espírito, sua mente e trazer bem estar físico.
Uso abusivo
Quando não for utilizado no caminho sagrado, o tabaco pode ser muito prejudicial. O tabaco comercializado é um veneno que contém mais de 4000 substâncias químicas. A cultura dominante explora o tabaco para comercializar e glamurizar o uso abusivo do cigarro. Quando o tabaco é usado como uma droga: fumar diariamente ou mastigar, não está sendo usado em uma maneira sagrada e ele perde o seu poder, pode ao contrário, ser muito destrutiva.
Em todo o mundo, cerca de sete pessoas morrem a cada minuto, porque abusam do tabaco. Mesmo entre os nativos americanos existe este abuso, fruto de uma desvirtuação de costumes, pelo contato com a cultura dominante. Se abusarmos de uma planta sagrada, corremos o risco de desconexão espiritual. Muitos anciãos sentem que qualquer uso de tabaco que ocorre fora da cerimônia é uma afronta ao Criador.
Pense nisso! Nada que é comercializado, quimicamente modificado e vendido de forma maciça pode ser sagrado.
O VERDADEIRO TABACO
É importante lembrar que o Tabaco Nativo é uma espécie diferente: não é o fumo de tabaco que você encontra em lojas e armazéns. O tabaco comum (como o utilizado em cigarros) não é uma planta sagrada.
Existem mais de 60 espécies dessa planta. O utilizado no caminho sagrado não contém nicotina ou outras propriedades tóxicas. Tem o seu nome verdadeiro pronunciado em língua nativa que deve ser pronunciado nos rituais para que seja evocado realmente o “espírito da planta”. Para que a cerimônia tenha é necessário saber como o tabaco foi plantado, colhido e preparado.
Cultura do tabaco
Para usar o tabaco adequadamente é necessário saber o seu verdadeiro nome nativo. Quando o tabaco é cultivado na terra, você sabe que está limpo. Deve ser plantado segundo a maneira ensinada pelos antigos anciãos das nações indígenas. Para que o tabaco possa crescer de uma maneira sagrada, temos de re-estabelecer os vínculos entre nós e a terra, céu, plantas e animais. Métodos tradicionais devem ser utilizados na preparação da terra e das sementes.
Temos de estar conscientes das razões que estão por trás disso, e do porque as coisas devem ser feitas dessa forma. Uma preparação adequada para o plantio, o uso de pedras sagradas na plantação, reconhecer os nossos sentidos, para que permaneçam atentos, estar em conexão com o Criador…
O tabaco é parte do nosso patrimônio cultural de um povo, não devemos, pois utilizá-lo de forma leviana e sem o verdadeiro conhecimento de seu pode de cura, cicatrização, sua força cerimonial nas orações.
Aos “pseudos-xamãs” fica um aviso: parem de abusar do tabaco e comprometam-se a aprender a forma correta e sagrada de utilizá-lo. Façam a distinção entre o tabaco comercial e o sagrado. Como todos os medicamentos, quando tratados com respeito, o tabaco é útil. Quando tratados com desrespeito, é perigoso.
CEDRO (Keezhik)
O CEDRO representa a DIREÇÃO SUL (a alma). As folhas são limpas a partir do caule e separadas em pequenos pedaços, que são usados de diversas maneiras. Quando queimado, o Keezhik age como um purificador, limpando a área em que é queimado exalando um agradável aroma. Pedaços de árvores de cedro são queimados pelos nativos enquanto rezam para o Grande Mistério, e também para abençoar as suas casas. Sua fumaça também é soprada sobre um doente para expulsar a doença. Na medicina tradicional nativa, um vapor feito pela decocção de ramos da árvore de cedro é utilizado para combater o reumatismo.
Esta planta sagrada trabalha tanto como um purificador, como uma maneira de atrair boas energias. Muitas mulheres nativas mantêm o cedro no seu bolso esquerdo. Quando você respira o aroma do cedro você vai ter coragem e resistência para sobreviver. Existe uma razão para isso e faz parte dos costumes tradicionais da Grande Nação… !
SALVIA (Sukodawabuk)
A SALVIA (Sukodawabuk) é também conhecida como “sábio”, e é utilizada da mesma forma como Keezhik (Cedro). É queimada como um purificador,mas quando comparado com o aroma de “pinho” do cedro, a sálvia tem um “que” de tempero. Representa a DIREÇÃO OESTE. É usado pelos povos nativos para fazer suas orações ao criador como um pedido de ajuda.
Existem muitas variedades de Salvia e todas são eficazes na defumação (smudging). O smudging é uma maneira de utilizar a fumaça da queima de ervas para purificar o corpo, um objeto, ou uma determinada área de influências negativas.
Muitos nativos americanos utilizam os vários tipos de salvia para fins medicinais, bem como cerimônias religiosas. A queima de Salvia nas cerimônias de defumação é para expulsar espíritos malignos, pensamentos e sentimentos negativos, e para manter entidades negativas à distância.
A raiz é utilizada pelos nativos de três formas: como um anti-convulsivo, em feridas para parar de sangrar, e como um estimulante. As cinzas são utilizadas como cataplasma sobre feridas crônicas.
Abusos
Têm ocorrido muitos abusos na utilização desta planta sagrada.. Muitos a utilizam em qualquer maneira sem uma verdadeira compreensão sobre o seu poder. Não é adequado ou respeitoso o excesso de utilização.
A Salvia não é apenas um incenso “new age” – e utilizá-la simplesmente como um incenso é desrespeitoso e só trará prejuízos para aqueles que fazem. Não vai afastar espíritos perturbados, não serve para ver a “cor da aura” ou “limpar cristais” como fazem alguns “esotéricos de plantão”. Não é “mais um objeto mágico”. Esse pensamento é errado e imaturo e demonstra total desconhecimento das verdadeiras tradições nativas.
A Salvia é uma planta sagrada que tem uma função ritualística importante e utilizá-la apenas para “criar um clima xamanico” como fazem alguns “falsos xamans” pode trazer mais danos que benefícios. Só aqueles que estão bem fundamentadas em valores tradicionais Nativos e que devem utilizar essa erva em um caminho sagrado.
Se você for utilizar a salvia (a mais usada aqui no Brasil é a salvia branca) para uma limpeza energética ou defumação certifique-se que ela tem uma origem idônea. Agradeça ao espirito da planta que se doou a você e mostre profundo respeito pelo ritual que irá realizar.
SWEET GRASS (Weengush)
A SWEET GRASS (erva doce americana) é utilizada dentro do caminho sagrado para purificar a mente, corpo e espírito. É considerada sagrada, porque é um símbolo da purificação. Representa a DIREÇÃO NORTE (o corpo). Os anciões dizem-nos que o aroma dessa erva é agradável para ao Criador que irá erramar bênçãos sobre a cerimônia atendendo as preces. A sua fumaça é considerada desagradável para todos os seres malignos e inibe os seus poderes. Esta planta desempenha um importante papel nas cerimônias de significado espiritual.
Quando Weengush é utilizado na cerimônia, cada pessoa é orientada para levar a fumaça, primeiro ao seu coração (sentimentos), depois a sua cabeça (pensamentos), em terceiro lugar ao redor seu corpo (físico) e, finalmente, voltar a fumaça de seu coração. A oração pronunciada durante este processo é:
Grande Mistério, por favor, purificar-me da minha negatividade
e enche-me com as energias positivas do amor,
de modo que, eu seja curado
e possa ajudar a curar a nossa Mãe Terra.
A erva é trançada e isso tem um significado especifico: mente, corpo e espírito. Na tradição nativa muitos objetos sagrados e culturais são feitos de Weengush.
Uma trança de sweet grass é colocada tradicionalmente nos cintos dos dançarinos da tribo. Os fios coloridos que pendem dos cintos simbolizam que eles nunca deixarão de honrar as suas funções e a trança do sweet Grass simboliza o vento. O sweet grass também é utilizado para fazer cestos.
Abusos
Os anciões nos dizer que “Sweet Grass” é o cabelo de nossa Mãe Terra, cada fio sozinho não é tão forte como quando trançado juntos.” A trança representa para os nativos a grande força da união da tribo – que recusou-se a dividir-se.
Muitas empresas de olho no movimento “new age” colhem sweet para uso comercial. Eles não têm respeito, colhem na época errada, puxando pela raiz, fazendo com que a planta não cresça novamente. Quando os nativos colhem ervas medicinais e sagradas, o fazem com respeito. Nunca colhem mais de 10% do que está lá. Só o fazem em determinadas épocas do ano e sempre oferecem um pouco de tabaco à terra em forma de gratidão.
Ninguém deve comprar sweet grass, a menos que seja absolutamente certo que a Terra não tenha sido “violada” para obtê-lo. Colher ervas sagradas ou é um processo muito complicado. Não deve ser feito atropeladamente com fins lucrativos. Deve se ter o cuidado de se ter a presença de um ancião que tenha conhecimento sobre as plantas e possa “falar” com elas. Isto não pode ser feito de forma tão rápida e eficiente como a maioria dos consumidores gostariam.
As raízes de uma planta erva doce são muito frágeis e podem ser facilmente deslocadas na colheita da erva. Há lugares no Norte dos Estados Unidos onde o sweet grass já não pode crescer porque não foi colhida de maneira adequada durante muito tempo. Se você não sabe com certeza que os cuidados foram tomados na colheita é melhor não comprá-la. A erva deve sempre ser tratado com respeito e dignidade.
Práticas New Age como a venda de guirlandas de Natal feitas de Sweet Grass é considerada um sacrilégio pelos verdadeiros nativos. Não apóiem essa prática.
Pense nisso. O sagrado Weengush representa o cabelo de Nokimis Akiin (a grande avó – a mãe terra)! Você realmente deseja ter alguma coisa a ver com um cabelo que é puxado pela raiz?
Algumas dessas pessoas ligadas aos movimentos “new age” devem sempre lembrar que os fins não justificam os meios. Algumas destas pessoas procuram onde se pode comprar objetos sagrados. Eles não entendem que o objeto não é sagrado. A planta só “torna-se” sagrada se for evocada na língua nativa, por um ancião que tenha direito de fazê-lo. Nativos e não nativos ainda precisam aprender tanto sobre como devem prestar atenção no processo. Deve ter integridade! O plantio, a colheita, o que existe por traz de todo o processo.
Gratidão
As plantas sagradas têm um papel especial a desempenhar na nossa vida.
Precisamos manter a idéia de gratidão sempre presentes na nossa mente. Não podemos manter os nosso espírito de visão cósmica vivo sem apreciar plenamente o conceito de gratidão.
A utilização adequada das nossas plantas sagradas nos ajuda a transmitir o significado de gratidão. Sempre que tomamos uma coisa, temos de nos lembrar de dar. Temos de ser capazes de agradecer antes de receber.
Para compreender que a vida é um dom e que tudo o que vem com ele – os nossos êxitos e as nossas derrotas – é realmente um dom de si mesmo.
O tabaco é o que é oferecido de volta à Nokimis Akiin – A Grande Avó – a mãe terra.
Quando encontramos uma pluma ou recolhemos medicamentos, nós o levamos conosco como um dom recebido dela. Oferecemos tabaco em gratidão. Quando caçamos animais, oferecemos tabaco à terra e ao Espírito Chefe daquele (Manitou) da planta ou animal que estamos pedindo para dar de si mesmo. Também oferecemos tabaco quando atravessamos um rio, antes de trovoadas quando alguém morre, quando vemos uma águia. Estaidéia de gratidão é o que nos une como povo nativo e nos mantém fortes.
Os quatro ervas sagradas completam o ciclo de vida. Sua fumaça é utilizada para purificar a mente, espírito, corpo e alma. Eles podem retirar forças negativas e refrescar-nos. Para atingir a honestidade dentro de si, para reconhecer quem e o que você é.
Faça isso e você pode ser honesto com todos os outros.
(Um homem sábio da Grande Nação Sioux)