quinta-feira, 16 de outubro de 2014

DESPERTANDO A CONSCIÊNCIA - Depressão e os adolescentes

Depressão e os adolescentes


Depressão é principal doença da adolescência
Muitos jovens ficam sem diagnóstico, pois sinais se parecem com problemas típicos da idade, dizem especialistas


Fico muito triste de repente. Para aliviar essa tristeza, cortava a pele, me queimava, me mordia. Fiz isso várias vezes”. O relato é de uma jovem de 16 anos, a caçula da família. Ela vive uma rotina difícil, com pai alcoólatra, além de mãe e irmã mais velha dependentes de drogas. No colégio, a delicada situação familiar serve de motivo para o bullying, o que a levou a se isolar na biblioteca durante o recreio. Diz não ter amigos. Passa o intervalo lendo, gosta de romances como os de John Green, mas não consegue se concentrar, e seu rendimento escolar caiu.

O psiquiatra que a atende na Santa Casa de Misericórdia do Rio, Gabriel Landsberg, conta que ela sofre de depressão e ansiedade. Embora seu ambiente desestruturado colabore, as crises depressivas são comuns nesta fase. Um novo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que esta é a principal causa de doença entre jovens de 10 a 19 anos. O tratamento precoce é a melhor forma de prevenir problemas graves no futuro, não apenas de adolescente, mas de adultos, e por isso foi tema de mais uma edição da série Encontros O GLOBO Saúde e Bem-Estar, na Casa do Saber O GLOBO.

A automutilação não ocorreu para chamar atenção nem foi, de fato, uma tentativa de suicídio. É que a dor física era mais suportável do que a emocional - explica Landsberg ao falar sobre a menina. - Há muitos adolescentes sem diagnóstico porque não pedem ajuda. Os pais acham que os sinais são típicos da idade.

Uma dor que permanece oculta

Isolamento, irritabilidade, rebeldia, melancolia. Características consideradas típicas da adolescência podem ser indícios de uma depressão. A psicanalista Sara Kislanov, palestrante dos Encontros, acrescenta que o jovem passa por modificações hormonais, está em busca de uma identidade e tem a perda de idealizações, por exemplo do corpo ideal, que podem se transformar em conflitos mais sérios.

- É um momento muito sofrido, de muitas perdas, que provavelmente contribui p“Fico muito triste de repente. Para aliviar essa tristeza, cortava a pele, me queimava, me mordia. Fiz isso várias vezes”. O relato é de uma jovem de 16 anos, a caçula da família. Ela vive uma rotina difícil, com pai alcoólatra, além de mãe e irmã mais velha dependentes de drogas. No colégio, a delicada situação familiar serve de motivo para o bullying, o que a levou a se isolar na biblioteca durante o recreio. Diz não ter amigos. Passa o intervalo lendo, gosta de romances como os de John Green, mas não consegue se concentrar, e seu rendimento escolar caiu.

O psiquiatra que a atende na Santa Casa de Misericórdia do Rio, Gabriel Landsberg, conta que ela sofre de depressão e ansiedade. Embora seu ambiente desestruturado colabore, as crises depressivas são comuns nesta fase. Um novo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que esta é a principal causa de doença entre jovens de 10 a 19 anos.

 O tratamento precoce é a melhor forma de prevenir problemas graves no futuro, não apenas de adolescente, mas de adultos, e por isso foi tema de mais uma edição da série Encontros O GLOBO Saúde e Bem-Estar, na Casa do Saber O GLOBO.

- A automutilação não ocorreu para chamar atenção nem foi, de fato, uma tentativa de suicídio. É que a dor física era mais suportável do que a emocional - explica Landsberg ao falar sobre a menina. - Há muitos adolescentes sem diagnóstico porque não pedem ajuda. Os pais acham que os sinais são típicos da idade.

Uma dor que permanece oculta

Isolamento, irritabilidade, rebeldia, melancolia. Características consideradas típicas da adolescência podem ser indícios de uma depressão. A psicanalista Sara Kislanov, palestrante dos Encontros, acrescenta que o jovem passa por modificações hormonais, está em busca de uma identidade e tem a perda de idealizações, por exemplo do corpo ideal, que podem se transformar em conflitos mais sérios.
- É um momento muito sofrido, de muitas perdas, que provavelmente contribui para o aumento do índice de depressão - afirma.

Há pouco mais de um ano, Vinícius Brandão teve a doença. Mudou-se de cidade, ficou desempregado, tinha saudade da vida anterior. Sentia-se sozinho e isolava-se cada vez mais. Conseguiu sair desse ciclo vicioso com a ajuda médica.

- Na terapia acabei descobrindo que tive depressão desde bem novo. Era tímido, gordinho, me sentia excluído, sofria muito bullying - comenta o jovem, que hoje planeja realizar um documentário sobre a doença. - Descobri que há muita desinformação sobre o tema, muitos acham que é uma frescura.

Chefe da psiquiatria infantil da Santa Casa, Fábio Barbirato destaca que 12% dos jovens de 12 a 18 anos sofrem de depressão, enquanto esse índice não chega a 10% entre adultos. Além disso, 77% dos adultos com depressão tinham histórico de sintomas também na infância ou adolescência.

- Há riscos graves de uma depressão não tratada, entre eles, evasão escolar, abuso de álcool e até suicídio, a terceira maior causa de morte entre adolescentes - exemplificou o psiquiatra que está reestruturando o ambulatório da Santa Casa para receber até 80 crianças e jovens com depressão. - A doença pode ser grave, mas às vezes é vista como um mal menor.
“Fico muito triste de repente. Para aliviar essa tristeza, cortava a pele, me queimava, me mordia. Fiz isso várias vezes”. O relato é de uma jovem de 16 anos, a caçula da família.

 Ela vive uma rotina difícil, com pai alcoólatra, além de mãe e irmã mais velha dependentes de drogas. No colégio, a delicada situação familiar serve de motivo para o bullying, o que a levou a se isolar na biblioteca durante o recreio. Diz não ter amigos. Passa o intervalo lendo, gosta de romances como os de John Green, mas não consegue se concentrar, e seu rendimento escolar caiu.
O psiquiatra que a atende na Santa Casa de Misericórdia do Rio, Gabriel Landsberg, conta que ela sofre de depressão e ansiedade. Embora seu ambiente desestruturado colabore, as crises depressivas são comuns nesta fase. Um novo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que esta é a principal causa de doença entre jovens de 10 a 19 anos.

 O tratamento precoce é a melhor forma de prevenir problemas graves no futuro, não apenas de adolescente, mas de adultos, e por isso foi tema de mais uma edição da série Encontros O GLOBO Saúde e Bem-Estar, na Casa do Saber O GLOBO.

- A automutilação não ocorreu para chamar atenção nem foi, de fato, uma tentativa de suicídio. É que a dor física era mais suportável do que a emocional - explica Landsberg ao falar sobre a menina. - Há muitos adolescentes sem diagnóstico porque não pedem ajuda. Os pais acham que os sinais são típicos da idade.

Uma dor que permanece oculta

Isolamento, irritabilidade, rebeldia, melancolia. Características consideradas típicas da adolescência podem ser indícios de uma depressão. A psicanalista Sara Kislanov, palestrante dos Encontros, acrescenta que o jovem passa por modificações hormonais, está em busca de uma identidade e tem a perda de idealizações, por exemplo do corpo ideal, que podem se transformar em conflitos mais sérios.

- É um momento muito sofrido, de muitas perdas, que provavelmente contribui para o aumento do índice de depressão - afirma.

Há pouco mais de um ano, Vinícius Brandão teve a doença. Mudou-se de cidade, ficou desempregado, tinha saudade da vida anterior. Sentia-se sozinho e isolava-se cada vez mais. Conseguiu sair desse ciclo vicioso com a ajuda médica.

- Na terapia acabei descobrindo que tive depressão desde bem novo. Era tímido, gordinho, me sentia excluído, sofria muito bullying - comenta o jovem, que hoje planeja realizar um documentário sobre a doença. - Descobri que há muita desinformação sobre o tema, muitos acham que é uma frescura.

Chefe da psiquiatria infantil da Santa Casa, Fábio Barbirato destaca que 12% dos jovens de 12 a 18 anos sofrem de depressão, enquanto esse índice não chega a 10% entre adultos. Além disso, 77% dos adultos com depressão tinham histórico de sintomas também na infância ou adolescência.

- Há riscos graves de uma depressão não tratada, entre eles, evasão escolar, abuso de álcool e até suicídio, a terceira maior causa de morte entre adolescentes - exemplificou o psiquiatra que está reestruturando o ambulatório da Santa Casa para receber até 80 crianças e jovens com depressão. - A doença pode ser grave, mas às vezes é vista como um mal menor.

No Brasil, 21% dos jovens entre14 e 25 anos têm sintomas indicativos de depressão. Entre as mulheres, a proporção é de 28%, segundo dados do 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas, realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

- Notamos ainda que o álcool estava relacionado ou ocorria ao mesmo tempo em que o jovem contava que se sentia deprimido ou pensava em atos suicidas - ressalta Ilana Pinsky, professora da Unifesp e uma das coordenadoras do estudo, que ainda explica: 

- O álcool é um depressor do sistema nervoso central, além de estimular atos impulsivos.
Além do abuso do álcool, outro fator que preocupa quando o tema é depressão ou ansiedade é o uso de medicamentos. Não à toa, a FDA (agência de remédios nos EUA) e o Instituto de Saúde Mental do país pedem maior cuidado na prescrição de adolescentes. Na verdade, o alerta deve ser geral, defendem especialistas. O uso de antidepressivos e ansiolíticos é recomendado para casos específicos e pode causar dependência. Mesmo assim, uma legião de pessoas parece não se importar com os riscos.

Medicamento para quem precisa
Para se ter uma ideia, na comparação entre abril de 2010 e abril de 2014, a venda do popular ansiolítico Rivotril cresceu 25% (de 40,3 mil unidades para 50,3 mil), segundo levantamento feito pelo IMS Health a pedido do GLOBO. Isso torna o país o segundo maior consumidor desse medicamento no mundo. Além disso, a venda de antidepressivos cresceu 7% na comparação entre abril deste ano e de 2013; e atingiu o montante de R$ 2,2 bilhões só em abril passado.

- O tratamento da depressão não se restringe à prescrição de remédios. Eles têm efeitos colaterais sérios, e digo sempre que a cura não pode ser pior que a doença - afirmou o psiquiatra Marco Antonio Alves Brasil, palestrante dos Encontros.

O psiquiatra, assim como Ilana Pinsky, admite que há casos em que os remédios de fato ajudam. É o que também busca lembrar Karen Terahata, de 38 anos, diagnosticada com depressão e síndrome do pânico. Ela hoje mantém o blog “Sem Transtorno” para esclarecer “pontos negros” sobre essas doenças. E o uso de medicamentos é um dos principais:

- Um dos meus objetivos com o blog é quebrar preconceitos, entre eles o da medicação. Claro que nem todos devem usá-la, mas eu mesma resistia ao uso pelos medos criados na sociedade: de que causam dependência, são a falsa pílula da felicidade, e por aí vai. Hoje tenho uma qualidade de vida que não tinha.


IO - Se toda tristeza fosse depressão, não sobra

Muito além de uma simples tristeza

Médicos debatem sintomas e tratamentos de um mal que atinge 340 milhões no mundo


Se toda tristeza fosse depressão não sobraria ninguém são. A provocação é do psiquiatra Marco Antonio Alves Brasil, durante a última edição dos Encontros O GLOBO Saúde e Bem-Estar, realizada na quarta-feira passada na Casa do Saber O GLOBO, no Rio. Segundo o especialista, essa tristeza é frequentemente confundida com a doença, mas ele alerta: o diagnóstico só é feito por um conjunto de sintomas, e não apenas um deles.
- As pessoas não dizem mais que estão tristes, dizem que estão deprimidas. E, se está deprimido, tem uma doença - critica o psiquiatra, que raciocina: - Quando ansiedade, tristeza e medo deixam de ser condições normais do dia a dia para se tornar uma doença? É quando as pessoas ficam limitadas no trabalho e na atividade social, quando esses fatores comprometem sua qualidade de vida.
Melancolia, perda da libido e do apetite, ansiedade, pensamentos suicidas, cansaço constante, dor de cabeça, náusea, vômitos e perda de memória são alguns dos sinais da depressão. Além disso, há o desequilíbrio do sono.
- Recebo no meu consultório pessoas cansadas, que dormem mal, e muitas vezes esta alteração do sono, em que a pessoa dorme muito ou pouco, pode ser uma manifestação da depressão - lembrou o cardiologista Cláudio Domênico, curador do evento. - Esta é a principal doença incapacitante do mundo e atinge 340 milhões de pessoas.

A depressão tem causas ainda não muito claras. Especialistas acreditam na influência da genética, mas não é um fator isolado. Felizmente há formas de controlá-la.
- Não acredito que, uma vez deprimido, sempre deprimido. É possível se ver livre dos sintomas, e não necessariamente eles voltarão - defendeu a psicanalista Sara Kisnalov durante o debate.

Jornal O Globo

POR FLÁVIA MILHORANCE  25/05/2014 6:00-  Jornal O Globo

DESPERTANDO A CONSCIÊNCIA - ESTRATÉGIAS DA MENTE PARA EVITAR O AGORA

ESTRATÉGIAS DA MENTE PARA EVITAR O AGORA
"A perda do agora: a ilusão central"

Mesmo que eu aceite que o tempo é uma ilusão, que diferença isso fará na minha vida? Tenho que continuar a viver em um mundo absolutamente dominado pelo tempo.

O entendimento intelectual é apenas mais uma crença e não vai fazer muita diferença para a nossa vida. Para perceber essa verdade temos que vivenciá-la. Quando cada célula do
nosso corpo está tão presente que vibra com a vida, e quando conseguimos sentir essa vida a cada momento como a alegria do Ser, podemos dizer que estamos livres do tempo.

Mas ainda tenho de pagar as contas e sei que vou envelhecer e morrer, exatamente como todas as pessoas. Como posso dizer que estou livre do tempo?

As contas de amanhã não são um problema. A degeneração do corpo não é um problema. A perda do Agora é o problema, ou melhor, a ilusão central que transforma uma situação
simples, um acontecimento ou uma emoção em um problema pessoal e em sofrimento. Perder o Agora é perder o Ser.

Livrar-se do tempo é livrar-se da necessidade psicológica tanto do passado quanto do futuro. Isso representa a mais profunda transformação de consciência que você possa
imaginar. Em casos muito raros, essa mudança na consciência acontece de forma drástica e radical, de uma vez por todas. Quando isso acontece, normalmente é através de uma
completa rendição, em meio a um sofrimento intenso. Muitas pessoas, entretanto, têm de trabalhar para obtê-la.

Depois dos primeiros vislumbres do estado atemporal de consciência, passamos a viver em um vaivém entre a dimensão do tempo e a presença. Primeiro, você começa a perceber
que a sua atenção raramente está no Agora. Entretanto, saber que você não está presente já é um grande sucesso. O simples saber já é presença – mesmo que, no início, dure só
alguns segundos no tempo do relógio antes de desaparecer outra vez. Depois, com uma freqüência cada vez maior, você escolhe dirigir o foco da consciência para o momento
presente. Você se torna capaz de ficar presente por períodos mais longos. Portanto, antes que sejamos capazes de nos estabelecer com firmeza no estado de presença, oscilamos,
periodicamente, de um lado para o outro, entre a consciência e a inconsciência, entre o estado de presença e o estado de identificação com a mente. Perdemos o Agora várias
vezes, mas retornamos a ele. Por fim, a presença se torna o estado predominante.

A maioria das pessoas nunca vivencia a presença. Ela acontece apenas de modo breve e acidental, em raras ocasiões, sem ser reconhecida pelo que é. Muitos seres humanos não
se alternam entre a consciência e a inconsciência, mas somente entre diferentes níveis de inconsciência. 

A INCONSCIÊNCIA COMUM E A INCONSCIÊNCIA PROFUNDA 

O que você quer dizer com diferentes níveis de inconsciência? 

Como você provavelmente sabe, o ser humano se desloca constantemente entre fases do sono em que sonha e que não sonha. Da mesma forma, a maioria das pessoas, quando
acordada, se alterna entre a inconsciência comum e a inconsciência profunda. Chamo de inconsciência comum essa identificação com os nossos processos de pensamentos e
emoções, nossas reações, desejos e aversões. É o estado normal da maioria das pessoas. Nesse estado, somos governados pela mente e não temos consciência do Ser. Não se
trata de um estado de sofrimento agudo ou de infelicidade, mas de um nível baixo e contínuo de desconforto, descontentamento, enfado ou nervosismo, como uma espécie de
estática ao fundo. Talvez você não perceba muito bem essa situação porque ela já faz parte da nossa vida “normal”, da mesma forma que você não percebe um barulho contínuo
ao fundo, como o zumbido do ar-condicionado, até ele parar. Quando isso acontece de repente, ocorre uma sensação de alívio. Muitas pessoas usam a bebida, as drogas, o sexo, a
comida, o trabalho, a televisão, ou até mesmo o ato de fazer compras como anestésicos, em uma tentativa inconsciente para acabar com esse desconforto básico. Quando isso
acontece, uma atividade que poderia ser muito agradável, se feita com moderação, passa a ter um componente de compulsão ou dependência, e tudo o que se obtém sob essa
influência traz uma sensação de alívio por um período extremamente curto.

A sensação de desconforto da inconsciência comum se transforma no sofrimento da inconsciência profunda, ou seja, um estado de sofrimento ou infelicidade mais agudo e mais
perceptível quando as coisas “vão mal”, quando o ego é ameaçado ou quando existe um desafio maior, tal como uma perda real ou imaginária em nossa situação de vida, ou um
conflito numa relação. A inconsciência profunda é uma versão ampliada da inconsciência comum, da qual difere na intensidade, mas não na espécie.
Na inconsciência comum, uma resistência habitual ou uma negação daquilo que é cria um desconforto que a maioria das pessoas aceita como algo normal. Quando essa resistência
se intensifica através de algum desafio ou ameaça ao ego, faz aflorar uma negatividade intensa que se manifesta sob a forma de raiva, medo profundo, agressão, depressão, etc.
A inconsciência profunda significa, com freqüência, que o sofrimento começou e que você passou a se identificar com ele. A violência física não aconteceria sem o estado de
inconsciência profunda. Ela pode explodir com facilidade quando as pessoas geram um campo coletivo de energia negativa.

O melhor indicador do nível de consciência é a maneira como você lida com os desafios da vida. É através desses desafios que uma pessoa já inconsciente tende a se tornar mais
profundamente inconsciente, e uma pessoa consciente a se tornar mais intensamente consciente. Podemos nos valer de um desafio para nos acordar ou para permitir que ele nos
empurre para um sono ainda mais profundo. O sonho no nível da inconsciência comum se transforma, então, em pesadelo.

Se você não consegue estar presente mesmo em situações normais, como, por exemplo, quando está sozinho em uma sala, caminhando no campo ou ouvindo alguém, certamente
não será capaz de permanecer consciente quando alguma coisa “vai mal”. Será dominado por uma reação, que é sempre, em última análise, alguma forma de medo, e empurrado
para uma inconsciência profunda. Esses desafios são os seus testes. Só o modo como você lida com eles lhe mostrará onde você está no que se refere ao seu estado de
consciência, e não a quantidade de horas que você consegue ficar sentado com os olhos fechados.
Portanto, é fundamental colocar mais consciência em sua vida durante as situações comuns, quando tudo está correndo de modo relativamente tranqüilo. É assim que se aumenta
o poder de presença. Ele gera um campo energético de alta freqüência vibracional em você e ao seu redor. Nenhuma inconsciência, nenhuma negatividade, nenhuma discórdia ou

violência pode penetrar nesse campo e sobreviver, do mesmo modo que a escuridão não consegue sobreviver na presença da luz. 

Gratidão Célia.

DESPERTANDO A CONSCIÊNCIA - Disposição para Mudar a Sorte.

Disposição para Mudar a Sorte.






P D. Ouspensky (1878-1947), filósofo e místico russo, escreveu um ro­mance forte mas pouco conhecido, chamado Strange Life of Ivan Osokin.Ivan era um jovem que se encontrava à beira do suicídio. Tinha falhado em todos os seus empreendimentos e acabara de ser rejeitado pela mu­lher que amava.

Consultou um homem sábio, versado em magia, para reclamar da aridez de sua vida. Ivan afirmou que se pudesse viver sua vida novamente, tudo seria diferente. Em vez de lhe oferecer solidarieda­de, o mago discordou e disse a Ivan que ele iria repetir os mesmos erros uma segunda vez.

 Este ficou aborrecido, não acreditando no que o mago dizia. Perguntou-lhe se poderia ter a chance de reviver pelo menos parte de sua vida. O mago fez Ivan voltar doze anos no tempo e o rapaz ficou atônito ao se descobrir revivendo exatamente as mesmas experiências, da mesma maneira deprimente de antes. A despeito de tudo que tentava fazer, era incapaz de mudar a direção da sua vida.

Ivan procurou o mago outra vez para lhe perguntar como aquilo podia ser possível. O mago lhe explicou que, para que sua vida fosse diferente, ele teria que ser diferen­te.

Sua vida interior teria que mudar como um todo, e isso iria exigir muito trabalho e esforço. Contudo, uma vez que conseguisse fazê-lo, deixaria de ser um fracassado e obteria o sucesso que almejava.

Você pode mudar sua vida se quiser. O primeiro passo no caminho da autotransformação é o desejo de se tornar uma pessoa diferente. Depois, você terá de se analisar honestamente, procurar ajuda, se necessário, e ser persistente. Isso leva tempo e requer atenção, disciplina e bastante trabalho.

Você consegue perceber como se manteria calmo, com um sentimento de desapego e de aceitação difícil, tal como um acidente, uma vez que tivesse desenvolvido essas   características. Ao aperfeiçoar conscientemente essas qualidades, você se torna aberto a possibilidade de experimentar milagres na sua própria vida.

Sempre que faço uma palestra sobre o tema dos milagres, posso quase garantir que alguém irá me perguntar sobre o elemento sorte, e se podemos vivenciar um milagre devido à sua intervenção.


Respondo que a sorte desempenhar um papel em todas as coisas, incluindo os milagres, e que, ao aprimorarmos as oito qualidades discutidas neste texto, (fé, Esperança, contentamento, gratidão, intuição, serenidade, Equilíbrio, Amor Universal estaremos incentivando a sorte a estar do nosso lado.

A sorte pode sei definida como uma força ou uma combinação de circunstâncias que entra em ação para o bem ou para o mal na vida de alguém. A boa sorte supostamente ocorre como resultado do acaso, porém creio que há muito mais em jogo do que isso.

 Se nós deliberadamente promovermos as qualidades que desejamos, teremos maior probabilidade de obter os resultados que queremos (boa sorte),

sendo menos provável que experimentemos a má sorte. Não podemos descartar inteiramente o conceito de sorte, mas, certamente, temos o poder de colocar o acaso a nosso favor.

O crescimento surpreendentemente rápido do eBay constitui outro aparente milagre. Trata-se, entretanto, de mais um exemplo de alguém que estava mental mente preparado para aceitar uma oportunidade quan­do esta se apresentou.

 Pierre Omidyar, um estudante de tecnologia nas­cido na França, tinha comprado um indicador a laser para entreter seu gato. O animal gostava de perseguir o raio vermelho pela sala de estar. Infelizmente, depois de alguns dias, o indicador quebrou.

 Em vez de devolvê-lo à loja onde o tinha comprado, Pierre achou que seria diverti­do ver se conseguiria vendê-lo no Auctionweb, um site que ele havia criado na Internet em 1995.

 Ele o anunciou como “um indicador a laser quebrado” e ficou surpreso quando alguém o comprou por catorze dóla­res. Intrigado, Pierre enviou uma mensagem ao comprador para desco­brir por que ele havia comprado o indicador. O homem respondeu que gostava de consertar coisas.

Esse era todo o encorajamento de que Pierre precisava. A Auctionweb logo se transformou no eBay e agora vende virtualmente tudo o que se possa imaginar. Ele tem o maior lote de carros dos Estados Unidos, ven­dendo um veículo utilitário esportivo a cada trinta segundos.

 Um jogo de computador é vendido a cada oito segundos. Mais de 150.000 internautas tornaram-se vendedores em tempo integral no eBay, alguns vendendo mercadorias no valor de 150.000 dólares todos os meses.

 O fato de Pierre ter estado atento às oportunidades,-usou sua intuição,  sua disposição para trabalhar com empenho, alegria, entusiasmo e sua habilidade de administrador aproveitaram o indicador a laser quebrado e criaram um dos negócios mais rendosos da Internet. Pierre é hoje multibilionário, um milagre segundo quaisquer padrões.

 Dr. Horacio diz que :"Todos trabalham com uma lei de potência. É a atração. O segredo é a Lei da Atração. Tudo o que está entrando em sua vida, você está atraindo para sua vida e o que você atrai para si, em virtude das imagens que você mantém em sua mente.

 É o que você está pensando. Seja o que for que está acontecendo em sua mente o que você atrai para si. Os sábios sempre souberam, agora pode voltar aos antigos babilônios. Eles sempre souberam disso. Por que você acha que um por cento da população ganha cerca de 96 por cento de todo o dinheiro se ganha? Você acha que é uma coincidência?

Ele  atraiu a sorte, ou a sorte estava dentro dele?
Será que ele chorava pelos cantos da casa e vivia  lamentando o seu passado? Ou estava alerta e feliz para ouvir sua intuição, a voz da Alma que conhece o mapa do tesouro?
“Se Desejas Algo , Acredita que Obterás e Obte-la-as”

. Condições favoráveis ​​à boa sorte acompanhar certas atitudes:   ser um observador atento da realidade, mantendo a mente inquisitiva da criança, tomar a iniciativa de converter eventos de   oportunidades, ser persistente e corajoso para seguir os ditames da intuição.

A melhor maneira de prever o   futuro é inventá-lo. Para conseguir isso, devemos arriscar ou jogar poker ou xadrez. O importante é estar presente quando a ideia   vai ter a sua chance. A boa sorte lá para ajudá-la, porque ela floresce na terra fértil de conhecimento e amor.

Para Edison "Genialidade é 10% inspiração e 90 de transpiração." 

O que tem e não é usado é perdido. Cervantes disse,   "aqueles que não podem fazer a maior parte de sua sorte, não tem direito de reclamar do que se  passa. "
O segredo da boa sorte é a   resposta ao acaso. O   otimista Pandora se aplica o princípio segundo o qual a esperança é o antídoto para todos os males é aprender a guiar o barco na direção certa.

 Não negligencie sua habilidade e sua formação, as   ondas e os ventos estão sempre do lado do marinheiro mais capaz. Também não reduza  a clareza de sua visão  com o desequilíbrio emocional, porque as ondas e os ventos só levam o barco daquele  que sabe qual o porto que deseja alcançar.

A luz da  sorte ilumina aqueles que sabem mergulhar no   mundo interior para conhecer a si mesmo. Concentre-se em objetivos ou nos seus projetos, esqueça o passado, o ódio cega aquele que precisa da intuição  e do instinto que alma inspira  em direção à felicidade".

Quando penso na sorte, penso na inteligência emocional que está relacionada ao equilíbrio das emoções (não ser dominado pela raiva, agressividade, violência, impulsividade, o egoísmo, ignorância...)

O vencedor pensa: “Se eu explodi agora minha raiva, o que é que eu vou ganhar?

"Quanto ao futuro, podemos escolher um papel passivo e tornar-se folhas levadas pelo vento. O ideal é se tornar arquitetos criadores ativos  de nossa boa sorte".

"Eu vejo o início do meu caminho feliz, eu fui o arquiteto do meu próprio destino. Vida você me deve! Venci! Estamos em paz" 

Dr. Horacio Krell.