Livre-se do Hábito de Palavras Negativas
“Aguarde um milagre — ele pode acontecer”
Pensadores
positivos livram-se de palavras. Eles abandonam toda palavra negativa que
impeça o crescimento pessoal e o progresso — palavras como se, não posso, e impossível. Eles, direta e imediatamente
cortam- nas do seu vocabulário e pensamento.
Uma palavra
negativa é símbolo de um conceito negativo que pode ser prejudicial.
Abandoná-la é da maior importância. Na verdade é bom até enterrar essas
palavras geradoras de fracasso.
Além disso,
ponha na sua mente outra palavra, uma palavra de vitória, uma palavra de
triunfo que opera maravilhas — milagre. O pensador positivo crê. Ele crê que
nada é bom demais para ser verdade, logo acredita em milagres.
Um homem que
pensava negativo casou-se com uma mulher que pensava positivo. Foi na época da
Depressão e, como a maioria das famílias, tinham problemas, a maior parte deles
de ordem financeira. Ele resmungava constantemente:
— Se
pudéssemos resolver esta situação, eu poderia ver uma saída. Mas é impossível.
Mas a esposa pensava
positivamente e canta noutro tom:
— Como vamos
resolver este problema? Sei que somos capazes. Não é um grande problema. É
perfeitamente possível. Os dois se amavam e ela o impelia para a frente,
suprindo-0 de fé e otimismo. Ele conseguiu conservar seu emprego enquanto a
maioria das pessoas ficava desempregada. A fé que tinha nele era responsável
por isso...
Ele trabalhava
numa loja que vendia mercadorias da Grã- Bretanha, principalmente lã. Este
homem, Henry, estava um dia desembrulhando uma mercadoria quando encontrou
dentro do pacote um pedaço de papel dobrado. Ele abriu e leu: “Aguarde um
milagre — ele pode acontecer” Quem será que escreveu isso e por quê? disse a si
mesmo. Ia jogar o papel na cesta, mas algo o fez parar. Acho que vou mostrar
isto a Helen. Ela gosta destas bobagens. Colocou o papel no bolso.
Aquela noite
ele mostrou o papel a Helen.
— Meu bem,
olhe que coisa engraçada. Algum maluco na Inglaterra colocou esta mensagem numa
caixa que abri hoje. Acho que é um tolo.
Ela leu a
mensagem e sentou-se pensativa, olhando para o papel.
— Não, Heenry,
não acho que a pessoa que colocou este papel naquela caixa era maluco ou tolo.
Deve ter tido algum problema, talvez como o nosso, e resolveu passar este
recado adiante desta maneira curiosa para ajudar alguém, nós por exemplo.
— Não
conseguimos resolver algumas coisas. Façamos o seguinte. Tomemos um dos nossos
pequenos problemas e vamos testá-lo, vamos esperar um milagre.
— Ah, meu bem,
deixe de bobagem! Milagre é uma coisa romântica que só acontece em contos de
fada. Milagres não acontecem nesta era científica.
Discutiam
amistosamente. Helen foi até a estante.
— Vamos ver o
que nosso amigo Webster diz sobre milagres. — Ela leu no dicionário: —
Milagre... “um acontecimento maravilhoso”. — E — declarou triunfante — não diz
que milagre é contrário à ciência. Fico pensando se a gente chama algo de
milagre simplesmente por não entendê-lo.
E quando entendemos, então isso faz
parte do corpo científico do conhecimento. Luzes elétricas também eram, e o telefone.
Algum dia o que hoje chamamos milagres, como a cura fora das conhecidas leis da
medicina e fenômenos psíquicos, tudo será cientificamente comprovado.
E
finalmente — ela concluiu — talvez cheguemos à conclusão de que até a fé seja
parte das leis de Deus, o criador que fez todas as leis.
— Garota
inteligente — foi tudo que Henry conseguiu responder. — Você pode ter razão. —
Então os dois concordaram que esperariam um milagre, um acontecimento
maravilhoso relacionado com um dos seus problemas menores.
O pensamento
positivo de ambos começou a agir; nela, através de uma atitude positiva forte,
nele de uma forma mais fraca.
Mas mesmo um padrão de pensamento positivo débil
tem seu poder como nos ensina Mateus 17:20 “Se tiveres fé como um grão de
mostarda... nada será impossível?
Pouco tempo
depois, Henry e Helen tiveram a oportunidade de serem gratos a uma série de
coincidências e circunstâncias estranhas. Eles aplicaram o princípio “espere um
milagre — ele pode acontecer” a um problema que tinham e começaram a ver
resultados. Não necessariamente os resultados que esperavam, mas a solução foi
a correta.
Até Henry começou a acreditar em milagres. Mas Helen, uma pensadora
positiva que livrara-se de palavras negativas, foi a responsável por fazer
milagres acontecerem em suas vidas, abandonando a idéia do impossível e
concentrando-se no possível. Com o passar do tempo, Henry tornou-se um ferrenho
pensador positivo.
Ele chegou até
lá pelo caminho mais longo, mas quando se convenceu de que nos tornamos o que
pensamos, e que o que pensamos transforma-se em realidade, ele se juntou à
esposa na prática do pensamento positivo. Tornaram-se um time eficiente que
conseguia resultados positivos.
O pensamento
positivo traz melhores resultados a quem se dedica a atingir o máximo. E todos,
creio, queremos o melhor para nós e nossas famílias. Você gostaria de ter o
melhor, ou se contenta com qualquer coisa? Claro que gostaria de ter o melhor.
E como consegui-lo? Pense no melhor, não no pior, porque ao final você tende a
conseguir o que pensa.
Se você
realmente quer saber o que provavelmente acontecerá em sua vida daqui a cinco
ou dez anos, tudo quem a fazer é ler os pensamentos que dominam sua mente
agora.
Com o tempo, a continuidade do tipo de pensamento dominante em sua mente
ativará as forças ao seu redor para que produzam condições externas que
correspondam ao seu pensamento básico. Seus pensamentos formam seu futuro.
Pensamentos externizam-se em fatos.
Você não pode ver um pensamento, mas pode
sentir seus efeitos. E todos os seus pensamentos têm um resultado. Com o tempo
você se torna o que habitualmente pensa.
O pensador
positivo tem sucesso na vida. Ao livrar-se de palavras negativas ele expulsou
do seu estilo de vida uma doença mental perniciosa chamada expectativa negativa
que faz com que sempre se espere que coisas ruins aconteçam.
Expressões
comuns que indicam expectativas negativas são “as coisas nunca dão certo
comigo”, “sei que não vou conseguir”, “vai ser um dia péssimo”. Algumas pessoas
chegam a pensar que são perdedoras natas. Pais que pensam negativo fazem um
grande mal a seus filhos, condicionando suas mentes ao fracasso, apesar de
fazerem isso inadvertidamente.
Uma jovem veio
me procurar à saída do auditório onde eu tinha proferido uma palestra sobre o
pensamento positivo. Ela estava muito preocupada com o que chamava de “um
pensamento fixo”, do qual queria se livrar.
— Desde a
infância venho fracassando. Começava o ano letivo muito bem, mas logo depois
minhas notas baixavam. Daí em diante meu desempenho piorava tanto que frequentemente
eu era reprovada — ela me disse com
tristeza.
Concluiu seu
curso depois dos seus colegas e conseguiu um emprego. Era uma moça bonita e
simpática e causava muito boa impressão à primeira vista, mas eventualmente o
velho hábito de fracassar apossava-se dela.
Perguntei-lhe:
— Tem idéia da
causa deste hábito de fracasso tão enraizado em você?
Ela hesitou.
— Não gosto de
culpar ninguém, mas, para lhe dizer a verdade, acho que é culpa da minha mãe.
Realmente não gosto de dizer isso porque mamãe é uma pessoa maravilhosa e eu a
amo. Mas desde que eu era pequena que ela falava sobre suas preocupações. Ela
era a pensadora negativa número um. Para ela nada daria certo. Tudo estava
fadado ao fracasso.
Ela costumava
dizer: “Meu bem, é melhor esperar o pior para não ficar desapontada! Então, inconscientemente,
sempre
esperei o
pior. Não fiquei desapontada, mas me tornei uma pessoa infeliz. O que posso
fazer?
Enquanto
escutava esta jovem infeliz e confusa, mas obviamente inteligente, que tentava
desesperadamente se encontrar, admirava sua percepção.
Ela reconhecia que
estava presa a um complexo padrão de pensamento autodestrutivo profundamente
enraizado no seu consciente. Sugeri que as raízes mentais das expectativas
negativas fossem cortadas. Essas expectativas então murchariam e ela poderia
arrancá-las da mente como ervas daninhas.
Tive a
comprovação da sua inteligência pelo entusiasmo com que percebeu a figura de
linguagem “raízes das expectativas negativas”.
— Dê-me uma
prescrição imediatamente para que eu me liberte — declarou. — Eu sei que o
senhor pode.
— Com todo o
seu negativismo, você é muito positiva com relação a isto — disse-lhe com um
sorriso.
— Vamos tentar. Qualquer hábito destrutivo antigo pode ser eliminado e
substituído por um padrão de comportamento saudável se você fizer o seguinte:
primeiro queira que tal mudança ocorra. Um desejo intenso é o primeiro
requisito.
Tem que ser mais que uma vontade tíbia. Segundo, saiba
especificamente o que quer mudar. No seu caso você quer substituir seu hábito
de fracasso por um hábito de sucesso. Terceiro, determine um tempo exato no
qual começará o processo de eliminação desse hábito, enquanto espera que o
padrão de sucesso esteja estabelecido.
— Ah —
exclamou ela — já conheço isso. Vou começar agora, e a data para a mudança é
hoje, imediatamente.
— Contenha sua
impaciência — repliquei: — Não estamos falando de um processo fácil. Hábitos
mentais formam- se lentamente e insinuam-se intricadamente no seu
subconsciente. Desemaranhar-se desses hábitos leva tempo.
— Mas — disse
ela — lembro-me de que li em algum lugar, que o senhor, dr. Peale, tinha um
enorme complexo de inferioridade. O senhor rogou a Deus e disse-lhe que “Ele
podia transformar ladrões em gente honesta e bêbados em pessoas sóbrias;
portanto, poderia livrá-lo disso imediatamente”.
— Sim —
concordei —, e acredito nisso, só que Deus não fez isso imediatamente no meu
vaso. Levou algum tempo. Eu era um caso difícil, mas Ele me transformou e a
transformará também. Então continuei: — Quarto, comece agora mesmo a
visualizar-se ou imaginar-se como gostaria de ser.
Veja-se livre daquele velho
hábito de fracasso e adote um novo, vital e dinâmico hábito de sucesso. Quinto,
comece imediatamente a praticar o princípio de “como se”. Se quiser ser algo
que não é, haja como se possuísse a qualidade desejada. Se isto for feito com
persistência você obterá eventual- mente esta qualidade.
No seu caso
comece agora a agir como se fosse acostumada ao sucesso. Agir como se algo
fosse de determinada maneira pode fazer com que realmente seja daquela maneira.
Sexto, você está agora pronta para o processo dinâmico de mudança de vida pela
fé.
Admita ao Senhor que não pode operar uma mudança pessoal tão profunda sem
Sua ajuda. A Bíblia diz: “Tudo é possível para quem crê.” (Marcos 9:23) Se você
acreditar, e se realmente quiser, peça a Deus que o criou, que o recrie. Se
tiver fé nesse princípio, ele acontecerá.
Isto não é
sonho ou fantasia, nem tolice religiosa. Este processo tem funcionado através
dos séculos para milhões de pessoas e funciona hoje neste mundo moderno. Se
fosse somente teoria ou uma vaga alegação sem substância, teria sido
desacreditado há muito tempo.
Mas a validade da mudança mental e espiritual da
personalidade é amplamente reconhecida como uma verdade científica. A jovem
cuja experiência é aqui relatada é apenas um exemplo de uma pessoa que, pelo
processo de mudança e substituição de idéias, tornou-se uma nova pessoa. Ela
pôs este processo em andamento.
mudança não foi rápida ou fácil, mas
gradualmente e o objetivo que ela traçou foi atingido. Ela eliminou o velho
hábito de fracassar. Tornou-se bem-sucedida profissionalmente porém, mais
importante que isso, tornou-se bem-sucedida como pessoa.
Se adquirimos
idéias erradas, podemos também abandonar idéias erradas. Se nos acostumamos a
padrões de pensamento errôneos, podemos, se realmente quisermos, abandoná-los.
Se somos motivados por um desejo real, podemos adotar um novo e positivo estilo
de vida. Existe um poder extraordinário na expectativa criativa positiva.
Conheço um
homem que fez exatamente isso. Um grupo de pessoas adquiriu um terreno no qual
iam construir uma grande instituição de serviço social. Mas, como sempre,
algumas dessas pessoas duvidavam do projeto. Diziam: “Se tivéssemos mais apoio,
se tivéssemos mais dinheiro, se... se... se.” Muitos empreendimentos e muita
gente fracassa por causa dessa palavrinha se, que é quase tão prejudicial
quanto a palavra impossíve!.
Outras pessoas
nesse grupo tinham opiniões desanimadoras, “Isso não pode ser feito. Não há
meio. Não pode ser, não pode... não pode... não pode.”
Outras eram
ainda mais explícitas. “É impossível’ declaravam. “Não há meio de fazermos
isso. E impossível.., impossível... impossível’ Assim, palavras negativas e
mortais soavam incessantemente.
Mas um homem
positivo, inovativo, surgiu com uma idéia única. Ele era um generoso doador de recursos
para o empreendimento, e quando pediu um pedaço do terreno que tinha sido
adquirido, não lhe podiam negar. Mas todos estavam curiosos e admirados quando
ele explicou que queria o pedaço de terra para um “cemitério”. Cercou o pequeno
lote e fez três lápides.
Então anunciou
o funeral, as pessoas vieram, e ele descobriu as três pedras tumulares. Numa
estava gravada a palavra Se, na outra, Não Pode Ser, e na terceira, Impossível. “Aqui jazem palavras que
poderiam causar o fracasso do nosso empreendimento. Deixem-nas enterradas”
disse. Todos entenderam a mensagem.
Esta saída
criativa foi encontrada por um pensador positivo que livrou-se de palavras. Ele
abandonou e enterrou aquelas palavras negativas e derrotistas.
O famoso
psiquiatra, dr. Smiley Blanton, observou que frequentemente seus pacientes se
queixavam “se eu não tivesse feito aquilo,” “se eu tivesse agido assim” era um
“se” infrutífero depois do outro. Seu tratamento criativo teve sucesso.
Ele
aconselhou cada paciente a imaginar uma abertura na cabeça na qual a gravação
da palavra se fosse removida, e as palavras da próxima vez fossem inseridas.
O
paciente deveria “escutar” atentamente até ouvir o “dique” da nova gravação.
Esse processo de imaginação teve um sucesso notável na eliminação do conceito
do “se” substituído pela afirmação positiva das palavras “da próxima vez”.
Os
pensamentos, idéias e conceitos que se alojam em nossa mente resultam em
atitudes e crenças, e estas por sua vez determinam se vamos ter experiências de
fracassos ou sucessos. A atitude “se” é desesperadora, e uma maneira totalmente
ineficaz de olharmos para o que passou: se eu tivesse comprado aquelas ações; se
eu não as tivesse vendido; se eu tivesse aceitado aquele trabalho; se eu não
tivesse chateado meu marido tanto que ele me deixou; se eu não tivesse
maltratado minha esposa. Tenho certeza que você também acrescentaria alguns
exemplos.
O pensador
positivo está livre dessas recriminações fúteis. Ele não pensa em “se”. Ele
pensa de uma maneira muito mais forte, dinâmica, ele pensa em esperanças e
perspectivas.
Ele pensa na “próxima vez” Com este conceito ele consegue
resultados positivos ilimitados. Se comete um erro, não faz o que deveria ter
feito, ou faz o que não deveria ter feito, ele vira as costas a tudo isto e
simplesmente afirma “Da próxima vez agirei diferente, com mais inteligência.
Da
próxima vez farei um melhor julgamento”. Essa maneira de pensar “da próxima
vez” se direciona para a frente, para um melhor resultado! Não seja um pensador
de “se’ porque isso pertence ao passado — a erros, perdas, decisões erradas,
situações que você não pode modificar.
Minha esposa,
Ruth, conheceu certa vez um fazendeiro de Dakota num jantar de uma igreja nas
planícies do Oeste. Como presidente nacional do conselho de missões domésticas
da sua denominação, ela era conferencista numa assembléia eclesiástica.
Sentou-se de frente para o fazendeiro no jantar e tentou entabular conversação,
mas ele não era muito eloquente, não estava, obviamente, acostumado a “conversa
fiada’. Procurando suscitar seu interesse, ela perguntou:
— Como estão
as colheitas este ano?
— Não foram
boas, madame. Na realidade, não houve colheitas. Eu consegui salvar talvez dez
por cento da minha safra, mas meu irmão perdeu tudo.
Espantada,
minha esposa perguntou:
— Mas o que
aconteceu?
— Tivemos um
furacão. Em dez minutos perdemos tudo.
— Então, ele
se calou.
— O que o
senhor faz quando uma coisa dessas acontece?
— O que faço?
— Ele parou como se estivesse tentando pensar. — O que se faz? A gente tenta
esquecer.
Este homem
vive perto da natureza há muitos anos. Convive com o vento, a geada, o calor e
furacões. Já experimentou anos bons e anos ruins. Ele trabalhou em parceria com
Deus, o Criador, que nos deu a terra e que nos vigia em tempos bons e tempos
ruins. Este homem de valor calmamente aceitou os acasos e as devastações como
fatos da vida. E não se lamuriou pateticamente “se eu tivesse’ mas aguentou
firme, esperando pela próxima vez.
Ele sempre se
reorganizava, sempre ia em frente, construindo, sempre construindo.
Ele se
encaixava na definição de um pensador positivo: uma pessoa resistente, mental e
espiritualmente firme, que vê as dificuldades, mas as encara de frente. Sabe
que no final o bem neste mundo é maior que o mal. Sabe que com a ajuda do bom
Deus ele tem o que é preciso para vencer. Ele encontra as respostas e sempre
triunfa.
Quando você
for atacado por se, não pode ser e é impossível, o que fará então? Ora,
simplesmente defenda-se com da próxima vez, pode ser e é possível. E muito simples,
apesar de não ser muito fácil. Por vezes é duro, duro de verdade, mas se
perseverar, pensar positivo e tiver fé, você sairá vencedor, talvez até um
grande vencedor.
Além do mais,
você aprende a ser filósofo. Frequentemente o que parecem ser adversidades
destrutivas acabam sendo vantagens criativas, e essas vantagens não teriam se
tornado suas se algo, que a princípio parecia arruinar tudo para você, não
tivesse acontecido. Quando as coisas estão dando errado, podem, ao final, dar
certo. Portanto, quando suas esperanças, metas e sonhos forem destruídos,
procure nos destroços. Você pode achar sua oportunidade de ouro onde parece só
haver ruína.
Lembra-se da
história de Mordecai Brown, um dos maiores jogadores de beisebol do seu tempo?
Seus pais eram muito pobres, mas, como bons americanos, nem sabiam que o eram.
Seu filho sonhava em ser arremessador num grande time de beisebol, e desde
pequeno parecia ter muito talento. Mordecai trabalhava numa fazenda para ajudar
nas despesas da casa, como faziam outros meninos naquela época. Um dia, ele
prendeu a mão numa máquina e perdeu metade do polegar e deformou o dedo
indicador. “Lá se vão minhas esperanças de ser um lançador’ era o que diria um
pensador negativo. “Se eu não tivesse sofrido aquele acidente... Agora não
posso mais lançar a bola com esta mão arruinada.
Meu sonho fugiu pela janela. E impossível’ Mas
não foi assim que este menino pensou e falou. Ele aceitou o fato e seguiu cm
frente, fazendo o melhor que podia com aquela mão. Aprendeu a lançar a bola com
os dedos que lhe restavam. Finalmente foi aceito num time local.
Certa vez, o
técnico do time estava ao lado de Mordecai quando este lançou a bola. Ele ficou
absolutamente abismado com a perícia do jogador ao arremessar a bola com um
movimento giratório que a fez parar exatamente na luva do recebedor.
— Mordecai —
disse-lhe entusiasticamente o técnico —, você nasceu para jogar beisebol. Da
forma que você arremessa aquela bola nenhum batedor vai conseguir atingi-la.
Mordecai
arremessava a bola de tal maneira, que ela girava, dançava, volteava e passava
sobre os batedores sem lhes dar a chance de rebatê-la. Os batedores ficavam
boquiabertos. Ele tornou-se um dos maiores arremessadores do beisebol
americano.
Como este
menino conseguiu este triunfo transformando desastre em vantagem? Aqueles dedos
deformados, o polegar cortado e o indicador torto é o que fazia a bola girar e
voltear. Este menino confiante, criado num lar cheio de fé, simplesmente
acreditou que iria fazer o melhor possível com a sua desvantagem. Era um
pensador positivo, que com incrível perícia transformou o que parecia
impossível em possível. Ao livrar-se de palavras — jogando fora os se, não pode
ser e impossível — ele tornou-se um imortal do beisebol.
Sei que você
pode dizer: “Não sou uma pessoa fora de série como Mordecai Brown. Não posso mc
livrar da má sorte como ele”. Mas quando Mordecai sofreu o acidente na mão ele
também não era fora de série. O simples fato é que todos temos muito mais
qualificações do que imaginamos. Apenas afirme aquelas palavras criativas — da
próxima vez, pode ser, e é possível. E, como todo bom pensador positivo,
liberte-se das palavras se, não pode ser, e é impossível.
A vida pode
ser uma experiência maravilhosa e enriquecedora.
Apesar das
adversidades, a vida em si mesma é boa. Creia no valor da vida e na sua
infinita riqueza. Dentro dela, para aqueles que crêem e perseveram, estão a
alegria verdadeira, a paz e a realização. A satisfação é oferecida a todos pelo
Deus todo-poderoso, o Criador e Recriador de todos os que querem o melhor para
suas vidas.
Infelizmente,
algumas pessoas deixam de ver os grandes valores da vida por causa dos seus
processos de pensamento tristemente distorcidos. A razão principal pela qual
escrevo sobre o poder da fé e do pensamento positivo e a respeito da vitória
sobre qualquer forma de fracasso e adversidade, é que eu creio na vida e a amo.
Quero encorajar os outros a crerem e amarem-na também.
USA Today
publicou uma reportagem de página inteira sobre o suicídio de adolescentes. O
autor disse: “Quase todos parecem ter uma teoria sobre a causa: drogas, álcool,
sexo, desemprego, crianças maltratadas, divórcio, o declínio da importância da
religião nos lares, vida muito competitiva, conflito com os pais, o perigo da
guerra nuclear, muito tempo passado em frente à televisão, a facilidade de se
adquirir armas, desequilíbrios bioquímicos, mas ninguém tem uma resposta
satisfatória.”
Mas um
escritor, Don Wildmon, falando sobre o mesmo assunto, argumentou logicamente.
Ele pergunta:
Por que
estamos sofrendo esta tragédia? Porque nas duas últimas décadas nossa sociedade
tem vivido um hedonismo excessivo, colocando o materialismo e a auto-
indulgência no topo da nossa escala de valores.
Temos nos esquecido da natureza
espiritual do homem... Os meios de comunicação, especialmente a televisão, não
mais permitem que a criança seja criança ou que o adolescente seja adolescente.
Ao expô-las continuamente a um mundo adulto, que é basicamente materialista,
tiramos das crianças o privilégio da infância. Dizemos-lhes continuamente que
coisas materiais trazem felicidade e que felicidade é o principal objetivo na
vida. que devemos fazer? Restaurar os valores cristãos eternos...
Expor o
hedonismo como ele é realmente — uma grande mentira, uma miragem que
desaparece.*
Hedonismo — a
idéia de que o objetivo principal da vida é o prazer sensorial — é,
naturalmente, uma falsidade grosseira, uma mentira atrevida. A verdade sobre a
vida encontra-se não nos resmungos cínicos dos impuros, mas nos fatos límpidos
da Bíblia: “Aquele que me encontra [o Senhor] encontra a vida.” (Provérbios
8:35) “Eu [Jesus] vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” (João
10:10).
Então, pensadores positivos que são
inteligentes o suficiente para descobrir uma mentira são pessoas que de forma
destemida e sofisticada livram-se de palavras. Elas jogam a palavra hedonismo
na lata de lixo, onde ela deve ficar, e continuam sendo felizes, na realidade
deleitam-se com a vida. Pensadores positivos amam a vida e fazem de cada dia um
acontecimento maravilhoso.
Enquanto
escrevo este capítulo, estou participando de uma convenção na qual tenho de
fazer duas conferências. Centenas de pessoas participam dessa convenção, e cada
uma delas conseguiu mais de um milhão de dólares de vendas no ano passado.
Associando-me
com estas pessoas, que tornaram-se notáveis realizadores, ouvi uma história
após a outra de homens e mulheres que livraram-se de pensamentos negativos,
atitudes negativas, idéias negativas. Elas viraram as costas a conceitos
derrotistas.
Abraçaram o positivo.
Foram à luta
Acreditaram
Imaginaram
Trabalharam e trabalharam, acreditaram e acreditaram. Tornaram-se vencedoras e realizadoras
e, com suas famílias, encontraram grande felicidade em todo este processo. E é
exatamente isso o que você pode fazer.
Um homem que
participou desta convenção disse-me:
— Não mereço
crédito nenhum pelo meu desempenho. Minha esposa fez de mim um homem de
sucesso. Ela me libertou de uma psicologia de fracasso e me iniciou na trilha
correta.
A esposa, que
estava ao seu lado, disse:
— Não acredite
nisto. Ele sempre foi um grande homem. Tudo que fiz foi lembrá-lo do que e quem
ele é.
Parece que
este homem não tinha confiança em si mesmo.
Sentia-se inadequado. Não acreditava que era
capaz. Tiiiha uma opinião errônea e baixa das suas habilidades e potencial.
Gradualmente suas conversas diárias ficaram cheias de idéias e expressões
negativas: “Isto não vai dar certo”, “É, pode ser que ele possa, mas eu não
posso”, “Não sou bom neste negócio”.
Quando prêmios eram concedidos por bons
desempenhos na empresa, ele se saía com um negativismo clássico: “Não me vejo
ganhando um prêmio desses.” Clássico porque isto indicava que ele nunca tinha
visualizado ou se imaginado tendo sucesso.
Bem, certa
manhã, quando começavam com seu negativismo costumeiro, sua mulher reagiu.
— Escute — ela
disse — vou lhe dizer uma coisa: estou cansada dessa sua atitude. Conheço-o e
sei que você é uma pessoa capaz, na realidade uma pessoa superior e eficiente,
mas mente constantemente para si próprio. Estou doente com esta situação e
cheia de sua conversa negativista. Se fosse verdade eu até concordava, mas como
não é, insisto que pare com isso.
O marido
começou a interromper seu desabafo indignado, mas ela disse:
— Não terminei
ainda. Eu o amo, o conheço, e creio em você. Não vou ficar parada observando-o
ser destruído por um complexo de inferioridade idiota. Pelo amor de Deus,
comece a pensar positivo. Seja homem e enfrente a vida. — Ela concluiu, num
arroubo: — Não vou escutar mais esta conversa negativa.
O marido
compreendeu. Na realidade, sabia que a mulher tinha razão. Agora, com medo de
falar coisas negativas, ele descobriu que tinha de falar positivamente. Com o
tempo, começou a experimentar o pensamento positivo. Depois, tentou a ação
positiva. Tentou e tentou, e finalmente foi bem- sucedido. Suas vendas
atingiram um milhão de dólares naquele ano. Ele recebeu um prêmio pelas vendas,
e foi por isso que estava naquela convenção. Colocando seu braço sobre os
ombros da mulher, olhou-a com satisfação.
— Não é
fabuloso ter uma mulher que faz cm que você seja o que ela sabe que você é
capaz de ser?
Norman Vincent
Peale
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