Veja como os pensamentos negativos e as emoções desordenadas podem tirar sua saúde
O
ser humano é um conjunto harmônico de energias, constituído de Espírito
e matéria, mente e perispírito, emoção e corpo físico, que interagem em
fluxo contínuo uns sobre os outros. Qualquer ocorrência em um deles
reflete no seu correspondente, gerando, quando for uma ação
perturbadora, distúrbios, que se transformam em doenças, e que, para
serem retificadas, exigem renovação e reequilíbrio do fulcro onde se
originaram. Desse modo, são muitos os efeitos perniciosos no corpo
causados pelos pensamentos em desalinho, pelas emoções desgovernadas,
pela mente pessimista e inquieta na aparelhagem celular.
Determinadas emoções fortes – medo,
cólera, agressividade, ciúme – provocam uma alta descarga de adrenalina
na corrente sanguínea, graças às glândulas suprarrenais. Por sua vez,
essa ação emocional reagindo no físico, nele produz aumento da taxa de
açúcar, mais forte contração muscular, face à volumosa irrigação do
sangue e sua capacidade de coagulação mais rápida.
A repetição do fenômeno provoca várias
doenças como a diabetes, a artrite, a hipertensão, etc., assim, cada
enfermidade física traz um componente psíquico, emocional ou espiritual
correspondente. Em razão da desarmonia entre o Espírito e a matéria, a
mente e o perispírito, a emoção (os sentimentos) e o corpo,
desajustam-se os núcleos de energia, facultando os processos orgânicos
degenerativos provocados por vírus e bactérias, que neles se instalam.
Conscientizar-se desta realidade é
despertar para valores ocultos que, não interpretados, continuam
produzindo desequilíbrios e somatizando doenças, como mecanismos
degenerativos na organização somática.
Por outro lado, os impulsos primitivos do
corpo, não disciplinados, provocam estados ansiosos ou depressivos,
sensação de inutilidade, receios ou inquietações que se expressam
ciclicamente, e que a longo prazo se transformam em neuroses, psicoses,
perturbações mentais. A harmonia entre Espírito e a matéria deve viger a
favor do equilíbrio do ser, que desperta para as atribuições e
finalidades elevadas da vida, dando rumo correto e edificante à sua
reencarnação.
As enfermidades, sobre outro aspecto,
podem ser consideradas como processos de purificação, especialmente
aquelas de grande porte, as que se alongam quase que indefinidamente,
tornando-se mecanismos de sublimação das energias grosseiras que
constituem o ser nas suas fases iniciais da evolução.
É imprescindível um constante renascer do
indivíduo, pelo renovar da sua consciência, aprofundando-se no
autodescobrimento, a fim de mais seguramente identificar-se com a
realidade e absorvê-la. Esse autodescobrimento faculta uma tranquila
avaliação do que ele é, e de como está, oferecendo os meios para
torná-lo melhor, alcançando assim o destino que o aguarda.
De imediato, apresenta-se a necessidade
de levar em conta a escala de valores existenciais, a fim de discernir
quais aqueles que merecem primazia e os que são secundários, de modo a
aplicar o tempo com sabedoria e conseguir resultados favoráveis na
construção do futuro.
Essa seleção de objetivos dilui a ilusão –
miragem perturbadora elaborada pelo ego – e estimula o emergir do Si,
que rompe as camadas do inconsciente (ignorância da sua existência) para
assumir o comando das suas aspirações.
Podemos dizer que o ser, a partir desse
momento, passa a criar-se a si mesmo de forma lúcida, desde que, por
automatismo, ele o faz através de mecanismos atávicos da Lei de
evolução.
A ação do pensamento sobre o corpo é
poderosa, ademais considerando-se que este último é o resultado daquele,
através das tecelagens intrincadas e delicadas do perispírito (seu
modelador biológico), que o elabora mediante a ação do ser espiritual,
na reencarnação. Assim sendo, as forças vivas da mente estão sempre
construindo, recompondo, perturbando ou bombardeando os campos
organo-genéticos responsáveis pela geratriz dos caracteres físicos e
psicológicos, bem como sobre os núcleos celulares de onde procedem os
órgãos e a preservação das formas.
Quanto mais consciente o ser, mais
saudáveis os seus equipamentos para o desempenho das relevantes tarefas
que lhe estão reservadas. Há exceções, no entanto, que decorrem de livre
opção pessoal, com finalidades específicas nas paisagens da sua
evolução.
O pensamento salutar e edificante flui
pela corrente sanguínea como tônus revigorante das células, passando por
todas elas e mantendo-se em harmonia no ritmo das finalidades que lhes
dizem respeito. O oposto também ocorre, realizando o mesmo percurso,
perturbando o equilíbrio e a sua destinação.
Quando a mente elabora conflitos,
ressentimentos, ódios que se prolongam, os dardos reagentes, disparados
desatrelam as células dos seus automatismos, degeneram, dando origem a
tumores de vários tipos, especialmente cancerígenos, em razão da carga
mortífera de energia que as agride.
Outras vezes, os anseios insatisfeitos
dos sentimentos convergem como força destruidoras para chamar a atenção
nas pessoas que preferem inspirar compaixão, esfacelando a organização
celular e a respectiva mitose, facultando o surgimento de focos
infecciosos resistentes a toda terapêutica, por permanecer o centro
desencadeador do processo vibrando negativamente contra a saúde.
Vinganças disfarçadas voltam-se contra o
organismo físico e mental daquele que as acalenta, produzindo úlceras
cruéis e distonias emocionais perniciosas, que empurram o ser para
estados desoladores, nos quais se refugia inconscientemente satisfeito,
embora os protestos externos de perseguir sem êxito o bem-estar, o
equilíbrio.
O intercâmbio de correntes vibratórias
(mente-corpo, perispírito-emoções, pensamentos-matéria) é ininterrupto,
atendendo aos imperativos da vontade, que os direciona conforme seus
conflitos ou aspirações.
Ideias não digeridas ressurgem em
processos enfermiços como mecanismos auto-purificadores; angústias
cultivadas ressumam como distonias nervosas, enxaquecas,
desfalecimentos, camuflando a necessidade de valorização e fuga do
interesse do perdão; dispepsias, indigestões, hepatites originam-se no
aconchego do ódio, da inveja, da competição malsã – geradora da
ansiedade – do medo, por efeito dos mórbidos conteúdos que agridem o
sistema digestivo, alterando-lhe o funcionamento.
O desamor pessoal, os complexos de
inferioridade, as mágoas sustentadas pela auto piedade, as
contrariedades que resultam dos temperamentos fortes de constantes
atritos com o organismo, resultando em cânceres de mamas(feminino), da
próstata, taquicardia, disfunções coronarianas, cardíacas, enfartos
brutais, etc.
Impetuosidade, violência, queixas
sistemáticas, desejos insaciáveis respondem por derrames cerebrais,
estados neuróticos, psicoses de perseguição, etc..
O homem é o que acalenta no íntimo. Sua
vida mental expressa-se na organização emocional e física, dando
surgimento aos estados de equilíbrio como de desarmonia pelos quais se
movimenta.
A conscientização da responsabilidade
imprime-lhe destino feliz, pelo fato de poder compreender a
transitoriedade do percurso carnal, com os olhos fitos na imortalidade
de onde procede, em que se encontra e para a qual ruma. Ninguém jamais
sai da vida.
Adequando-se à saúde e à harmonia, o
pensamento, a mente, o corpo, o perispírito, a matéria e as emoções
receberão as cargas vibratórias benfazejas, favorecendo-se com a
disposição para os empreendimentos idealistas, libertários e grandiosos,
que podem ser conseguidos na Terra graças às dádivas da reencarnação.
Assim, portanto, cada um é o que lhe
apraz e pelo que se esforça, não sendo facultado a ninguém o direito de
queixas, face ao princípio de que todos os indivíduos dispõem dos mesmos
recursos, das mesmas oportunidades, que empregam, segundo seu
livre-arbítrio, naquilo que realmente lhes interessa e de onde retiram
os proventos para sua própria sustentação.
Jesus referiu-se ao fato, sintetizando,
magistralmente, a Sua receita de felicidade, no seguinte pensamento: A
cada um será dado segundo as suas obras. Assim, portanto, como se
semeia, da mesma forma se colherá.
Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
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