quinta-feira, 20 de setembro de 2018

DESPERTANDO O CONHECIMENTO - Como saber qual Orixás pertenço? – A verdade sobre qual o seu Orixá de cabeça

Como saber qual Orixás pertenço? 

orixá de frente
Há diversos conceitos e estudos necessários para poder afirmar a alguém qual seu Orixá de cabeça, ou de que Orixá ele é filho. Muitos lugares prometem dizer por uma consulta, através da data de nascimento, signo, numerologia, qual o seu Orixá, mas saiba que isso é impossível e explicaremos o porquê.
Os Orixás são representações das forças da natureza, nós temos o costume de humanizá-los, os imaginando como pessoas, mas tanto essa visão quanto a crença de que é simples identificar quais desses seres poderosos nos regem é algo muito superficial e infundado segundo as religiões que os cultuam.
O intuito desse artigo é orientá-lo com a verdade de que não há como definir uma fórmula para que você descubra seu Orixá. E assim, guiar os seus pensamentos para a compreensão dessas religiões brasileiras de raízes afro, que são a Umbanda e o Candomblé.

O conceito dos Orixás

Orixás são Deuses representantes das forças naturais que regem todas as energias do Universo. Assim como os Santos, ou os Deuses de outra religiões, eles protegem, punem e guiam toda a vida na Terra.
O que muitas pessoas não sabem, é que as religiões de cultura afro-brasileira são monoteístas. Um bom exemplo é se compararmos essas religiões ao catolicismo por exemplo: há um Deus, o qual por meio de seu amor procura estabelecer a harmonia entre os homens, e para isso nos enviam os Anjos e os Santos. Da mesma forma se baseia as religiões provindas da essência da cultura africana, onde os Orixás são como os Anjos que existem para nos orientar.
Esse Deus maior é chamado Olorum, que enviou os seu filhos para nos guiar. Por sua vez, o seu filho mais antigo e o que devotou o seu amor à humanidade é Oxalá, desta forma ele recebe o seu sincretismo como Jesus. Todas essas representações dos Deuses do Panteão da África, compõem desde a criação às características principais do homem.

Descobrir Orixá de cabeça pela data de nascimento

Levando o conceito para o lado da religião isso não é possível. Quem procura por Orixa de cabeça pela data de nascimento Umbanda ou Candomblé, encontrará somente dados de Astrologia misturados a energia dos Orixás, porém para encontrar realmente qual o Orixá te representa há todo um caminho a ser estudado e aprofundado na cultura.
Portanto, há muito mais a ser trilhado por quem procura assuntos como: “como saber meu Santo de cabeça ?”.

Brasileiras, mas coração africano

A Umbanda e o Candomblé possuem suas raízes nas crenças africanas, porém são de formações diferentes. Ambas possuem diversas vertentes que ganham formas e cultos diferentes dependendo da região onde foram estabelecidas, porém podemos destacar:

Candomblé

Esta é a religião de matriz africana mais conhecida no mundo, apesar de provir do animismo africano (onde seres não humanos possuem o conceito espiritual), ela se difere em vários pontos, e isso não é somente de país para país, mas também há pontos distintos dentro do mesmo estado por exemplo.
A explicação é bem simples e fácil de compreender. Os povos que cultuavam as religiões africanasforam trazidos como escravos para nosso país, (eles já vieram de diversos pontos da África) não havia como estabelecer um contato para criar padrões e conceitos únicos. Sua fé e crença era a única coisa que eles puderam carregar de suas terras, era o que os mantinham confiantes e os permitiam ainda sonhar com a liberdade.
Diversas gerações nasceram durante a escravidão e a prática de suas religiões prevaleciam, de forma tímida e escondida, pois seguir uma fé diferente da do seu “senhor” era motivo de tronco e até mesmo a morte. Desta forma os cultos foram ganhando formatos ainda mais diferentes, mas todos com a mesma essência do poder dos Orixás. Portanto, Candomblé não é uma religião criada no Brasil, mas também não segue à risca a sua prática idêntica à sua origem africana.

Umbanda

A Umbanda é uma religião que surgiu no Brasil em 1908, ela mistura diversas tradições e crenças religiosas, com destaque às raízes afro, indígenas e a filosofia espírita. Apesar de lembrar bastante ao Candomblé, ao entendermos melhor seu conceito, poderemos observar as grandes diferenças.
As principais divindades são sim os Orixás, mas aqui há um culto maior à Santíssima Trindade em sua forma sincretizada, além da presença dos espíritos de caboclos, pretos velhos, pomba giras e ciganos como guias, que são por sua vez a representação de uma figura urbana excluída, mas que ao desencarnar aceitam a missão de orientar aos que os procuram.
A maior curiosidade sobre essa religião, é que ela surgiu durante uma reunião espírita e foi instituída por um caboclo que se apresentou no corpo de Zélio, um rapaz enfermo que encontrou a cura com a ajuda espiritual.

Filhos e filhas de Orixás – Como saber Orixa de cabeça

Aqui está um dos pontos mais interessantes e que mais desperta curiosidade das pessoas que buscam conhecer um pouco sobre ambas religiões. Quem tem conhecimento básico sobre as religiões de origem afro, já se perguntou: “Qual Orixá que me protege“, “Como saber de que Santo sou filho ?” ou “Qual o meu Orixá ?”. A resposta não é tão simples de conseguir devido a diversos motivos.
Quando vemos análises de signos, datas e numerologia que te apontam como filhos de um Orixá, na verdade eles podem até puxar por peculiaridades que remetem aos aspectos desses seres de luz, porém a precisão sobre qual o que rege de verdade a sua vida é impossível de determinar com dados tão superficiais.
As pessoas praticantes de uma dessas tradicionais religiões, podem encontrar em você pontos que lembram um tipo de Orixá, (água ou fogo por exemplo) e até sentirem uma energia mais propensa a algum deles, mas nunca eles darão certeza com dados somente de convivência, conversas nem em um jogo de Búzios por meio de uma consulta convencional.

Alguns apontamentos relevantes

Qualquer Orixá pode nos auxiliar, não necessariamente só o de cabeça, mas carregamos em nós traços marcantes dos que estão presente em nossa linha de frente. Em algumas tradições (não são todas), não é somente 1 Orixá que é o principal em nossa vida, quando falamos de auxílio direto, na maioria das religiões afro-brasileiras são 3 os principais responsáveis por uma pessoa:
  • O Orixá de frente: esse é o mais conhecido dentre todos, é o que muitos entendem como o Orixá de cabeça e do qual nos denominamos como filhos;
  • O Orixá Juntó: esse segundo Orixá auxilia a mantermos nosso equilíbrio, nos levando sempre ao melhor caminho;
  • O Orixá Ancestral: ele é um Orixá fixo, que não se modifica em nenhuma de nossas vidas.

Descobrindo o Orixá de cabeça na Umbanda – Qual meu Orixá protetor

Se te interessa como saber quem é seu Orixá de cabeça na Umbanda, é necessário mergulhar na religião. Um Pai ou Mãe de Santo podem observar qual é a presença energética mais forte em uma pessoa, mas somente o autoconhecimento e o fortalecimento da espiritualidade irão te mostrar com precisão qual o seu Pai ou Mãe de cabeça. Ou seja, ninguém melhor do que você para sentir a presença da vibração que te domina e te guia, pois só olhando para o mais profundo do seu ser, você será capaz de observar o verdadeiro instinto que te impulsiona e que faz teu coração bater mais forte, sua verdadeira essência espiritual.

Descubra seu Orixá no Candomblé – Meu Orixá protetor

Assim como na Umbanda, como saber seu Santo no Candomblé, saiba que a afirmação do Orixá vem somente quando se faz a cabeça. Claro que, a Mãe ou Pai de Santo podem através dos Búzios ver o Orixá que está à sua frente naquele momento, mas como dito anteriormente, temos diversos Orixás nos protegendo e guiando, e ao adentrar mais a religião você pode se surpreender ao descobrir que quem regia aquele seu momento não é o mesmo Orixá que é teu Pai ou tua Mãe.
Portanto, se você não tem o interesse de participar dessas religiões, mas possui a curiosidade de descobrir seu Orixá de cabeça, um jogo de Búzios com um Pai e Mãe de Santo de confiança poderá sim te mostrar uma possível janela do teu espírito, mas lembre-se que essa afirmação nunca poderá ser levada como a verdade absoluta, pois você pode estar sob influência de um Orixá diferente em diversos momentos da sua vida.
Então, se você quer saber como descobrir o seu Orixa protetor, compreenda esses princípios antes de achar que foi enganado por algum representante religioso e principalmente: não existe no mundo ninguém capaz de descobrir mais sobre sua vida e sua essência do que você mesmo, use sua fé e os Oráculos para buscar autoconhecimento e se fortaleça para poder viver o melhor que a natureza te envia!

Quando falamos em estrutura da coroa mediúnica,
primeiro temos que discorrer sobre a glândula pineal.

estrutura1

A glândula pineal, em muitas filosofias e religiões, tem sido considerada o centro de nosso relacionamento com as outras dimensões. Há mais de dois mil anos, a glândula pineal (ou epífise) é tida como a sede da alma. Os gnósticos dizem que na glândula pineal está o átomo do Espírito Santo. Os Orientais afirmam que na glândula pineal se acha o lótus de mil pétalas. Para os praticantes da ioga, a pineal é o ajna chakra, ou o “terceiro olho”, que leva ao autoconhecimento. O filósofo e matemático francês René Descartes, em Carta a Mersenne, de 1640, afirmou que “existiria no cérebro uma glândula que seria o local onde a alma se fixaria mais intensamente”.

A glândula pineal está localizada no meio do cérebro, na altura dos olhos, é uma estrutura cinza-avermelhada do tamanho aproximado de uma ervilha (8 mm em humanos), tem a forma de um grão e é considerada o centro orgânico da mediunidade.

No entorno da glândula pineal há cristais de apatitas – e todo médium já vem com o seu períspirito preparado para que, ao vibrar esses cristais, eles produzam ondas eletromagnéticas que permitam a comunicação com a espiritualidade, através do exercício da mediunidade. Em “Missionários da Luz”, André Luiz observa que no médium, em serviço mediúnico, essa glândula transforma-se em “núcleo radiante”, e em derredor, seus raios formam um “lótus de pétalas sublimes”.

Assim, quando temos a missão de sermos médiuns, nós carregamos certa estrutura psíquica e espiritual diferenciada e preparada para o contato com o mundo astral. Além desta particularidade no tocante aos cristais de apatita, ainda contamos com uma carga maior de fluído nervoso (ectoplasma) para facilitar as manifestações. Isso não nos transforma em pessoas melhores, apenas mais adaptadas para o trabalho que será realizado: mas note-se que isso é como uma ferramenta, o seu bom uso dependerá do usuário e não da ferramenta.

A cabeça (física) é a contraparte do Ori – o Ori é extrafísico, não está no mundo material/físico, está no perispírito. Exatamente onde se encontra a glândula pineal é onde está realmente situado o nosso Ori (na contraparte etéreo-astral da glândula pineal), entendendo-se que Ori é um campo de força que nos acompanha nas reencarnações. No núcleo do Ori há o Ipori.

No início da nossa criação, quando ainda éramos apenas uma centelha do Criador (uma mônada), fomos atraídos por um Orixá que ficou responsável por moldar a forma do nosso períspirito, magnetizando-nos com as suas virtudes. Assim, a conexão de cada indivíduo com este Orixá que o magnetizou em sua Origem é eterna, irá perdurar por todas as encarnações que a pessoa tiver – esse Orixá é como se fosse o nosso Pai/Mãe que nos gerou espiritualmente.

Esse é o que denominamos de Orixá Ancestral (ou Ancestre) e ele vibra em nosso Ipori (que fica no centro do Ori). O Ipori é eterno e imortal, outros corpos podem se deformar, como o perispírito pode se deformar em processo de ovoidização, mas o Ipori é indestrutível, nos acompanhará sempre. A partir do momento em que vamos realmente vivenciando as virtudes desse Orixá, vamos nos aproximando Dele até que consigamos evoluir suficientemente para não mais reencarnamos.

Na verdade, há dois Orixás Ancestrais – há uma quadratura: pai e mãe ancestral / pai e mãe de cabeça.  Quando se fala em Orixá Ancestral, estamos falando do Orixá Ancestral dominante que vibra no centro da coroa (e o Orixá Ancestral recessivo vibra no chacra básico).

Quando o nosso espírito aceita reencarnar na Terra, dois Orixás são designados para plasmar a forma como ele se apresentará na presente encarnação, sempre de acordo com as virtudes/qualidades que terá que aprender, em consonância ao seu plano e missão de vida. Esses Orixás que acompanharão a pessoa durante toda a encarnação dela na Terra são o Orixá de frente e o Adjunto (ou juntó/ajuntó) – pai/mãe de cabeça. Esses Orixás vão ficar o tempo todo vibrando as suas qualidades em nós para que possamos desenvolver essas qualidades. Ex. Se uma pessoa tem que vir à Terra para se aprofundar nos mistérios do amor incondicional (desapegando-se de ciúmes/egoísmo), Oxum será o seu Orixá de cabeça e assim por diante.

O Orixá de frente vai apontando o caminho correto para que a pessoa consiga cumprir a sua missão na Terra. O Adjunto é como um Orixá auxiliar que vai zelar pelo equilíbrio da pessoa. Ex.: o Orixá de frente fala: filho, segue esse caminho - a pessoa vai... vai...e passa do lugar, aí vem o adjunto e fala: filho, volta que você passou do caminho.

Não pode acontecer da pessoa ser filho de dois Orixás do mesmo sexo, pois não forma o par. Se um sacerdote desinformado disser que a pessoa é filho de Ogum e Xangô, isso estará errado. O que pode acontecer, nesses casos, é a pessoa ser filha de Ogum e o seu Ogum pessoal estar na vibração de Xangô – a atribuição principal é do Orixá de frente e do campo de atuação que esse Orixá de frente está trabalhando na vida da pessoa.

Esclareça-se que o jogo de búzios não é parte do fundamento da Umbanda para o levantamento do eledá (Orixá de frente+Adjunto), ou seja, a Umbanda não se vale deste tipo de jogo divinatório para qualquer que seja o motivo. Na Umbanda, essa afirmação se dá através do determinismo do Chefe de Terreiro manifestado no sacerdote da Umbanda (que, muitas vezes, fica confirmado pelo autoconhecimento do médium).

Portanto, temos que entender que o nosso Orixá Ancestral será o mesmo em todas as nossas reencarnações, pois foi ele quem nos fatorou enquanto ainda éramos uma centelha, uma mônada e, assim, nos presenteou com a sua essência, acompanhando-nos em todas as nossas reencarnações.

 

A nossa coroa mediúnica é formada pelo nosso Eledá (Orixá de frente+Adjunto), pelos Guias e Falangeiros e pelo nosso Exu Guardião, que é o grande comunicador, o mediador entre o mundo espiritual e o nosso planeta.

AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE CADA ORIXAS


Filhos de Ogum



Filhos de Oxóssi

Filhos de Iemanjá

Filhos de Oxum


Filhos de Iansã

Filhos de Xangô

Filhos de Oxalá


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