sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

DESPERTANDO O CONHECIMENTO - Sexualidade sagrada

Sexualidade sagrada

Muito se tem escrito e falado sobre SEXUALIDADE SAGRADA nesta ERA, ainda que para muitos, isso não passe de um conceito poético inatingível e ininteligível.
A sexualidade sagrada reside na visão do sexo como uma ligação entre dois seres divinos que (se)respiram juntos, em fusão.
Esta fusão do corpo é encarada como uma união espiritual de dois seres que a dada altura se sentem UM, em união não só um com o outro mas com o TODO.
A busca do orgasmo e do êxtase corporal perde “valor” face ao potencial de elevação e êxtase espiritual atingido numa relação sexual deste calibre.
Os dois vivem e sentem em consciência, unindo os seus chakras e a sua energia numa dança vibracional indescritível. O intelecto perde a capacidade de descrever e nomear as sensações e experiências vividas numa relação sexual sagrada.
A incorporação da energia masculina une-se com a incorporação da energia feminina em casamento sagrado, em alquimia. O masculino dá e a o feminino recebe.
Será importante salientar contudo que aqui a energia masculina e a energia masculina não representam o homem e a mulher. Numa relação homossexual, haverá também uma troca entre um elemento ativo e um elemento passivo, existindo esta dança cósmica da mesma forma. Não falamos aqui da mulher e do homem mas antes do masculino e do feminino, enquanto energias.
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A sexualidade sagrada é um caminho para o divino e uma possibilidade para a expansão do nível de consciência de ambos.
Procura-se um nível mais profundo no relacionamento, assim como a cura de comportamentos sexuais menos saudáveis.
Atenção que, para que isto seja possível, essa cura tem de ser realizada a nível individual primeiro, caso contrário, aquilo que guardamos nos padrões mentais sobre amor e sexo está tão deturpado que atraímos algo bem diferente da “energia” da verdadeira união sagrada.
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A sexualidade sagrada é uma prática (arte) ancestral que se foi perdendo e pervertendo ao longo da experiência humana. A sua deturpação culminou nas relações sexuais que buscam apenas o êxtase do orgasmo numa ligação ligeira e carnal, sem qualquer envolvimento emocional e espiritual. Muitos de nós encontram-se na fase de curar esses padrões entendendo que o sexo é antes de mais transmissão de AMOR, puro e incondicional, uma homenagem ao ser divino que cada um É, em essência. A sexualidade sagrada é um reconhecimento da alma do outro e da nossa através do corpo e da comunhão energética. Um encontro com a ESSÊNCIA e com o ser divino que somos.
O corpo surge à luz de outro entendimento e com outro potencial:
PÉNIS=
(Sânscrito) LINGAM – Wand of light (vara de luz – emissor)
VAGINA=
(Sânscrito) YONI – Sacred space – (espaço sagrado – receptor)
O correto entendimento da sexualidade sagrada gera em nós o respeito pelo corpo, fazendo com que não o partilhemos de forma irresponsável.
Será importante referir que quando nos partilhamos sexualmente com outra pessoa, ficamos recetivos às energias que transporta, assim como respetivos bloqueios e/ou energia das pessoas com quem essa pessoa se partilha ou partilhou. É como se nos enfiássemos na cama com mais do que uma pessoa. Se essa pessoa não gere a sua sexualidade de forma consciente transmite karma e energia de outras pessoas para a pessoa com quem se envolve sexualmente.
Assim será conveniente:
*Que apenas nos envolvamos sexualmente com quem nos honrar como nós honramos o outro
*Que façamos escolhas conscientes
*Que respeitemos o nosso corpo
*Que impeçamos pessoas energeticamente “menos limpas” de chegarem a nós de forma íntima
*Que passemos a encarar a sexualidade como sagrada
*Que integremos o AMOR nas nossas ligações sexuais
*Que o nosso corpo seja um canal transmissor e receptor de AMOR, mais do que um invólucro que permite aceder a um orgasmo físico
Entenda-se que o orgasmo em união sagrada vai muito além da sensação física e que permite aceder a sensações e energias inexplicáveis… só e apenas quando ambos se encontram num estágio de evolução que permita este entendimento e esta transmutação.
Sexualidade sagrada tem a ver com o sentimento de amor incondicional e benção por sermos um ser infinito capaz de amar de forma transcendente.
Implica uma experiência meditativa e contemplativa, implica respiração conjunta e consciência.
Uma relação sexual sagrada pode durar algumas horas (não interessa quantas) e durante este espaço de tempo o tempo desaparece… assim como o espaço. É um fluir e confluir, uma dança espiritual que, correndo bem, permite a ambos atingirem outros níveis de consciência. Sem drogas. 🙂
O nível físico funde-se com o emocional, energético, mental e espiritual.
Seguindo as considerações anteriores, haverá também um ativamento da energia kundalini, criando-se uma dança dentro do nosso corpo entre a energia feminina e masculina (com início no chakra da base – na raíz – subindo pelos restantes chakras até atingir o chakra da coroa que nos liga ao universo e nos faz sentir o amor incondicional e a sensação de benção/felicidade).
A nossa atenção foca-se essencialmente nos olhos do/a parceiro/a. O coração a dada altura expande… E nessa expansão abre-se uma porta para o espaço secreto de ambas as almas.
Tornam-se UM, não apenas um no outro e um com o outro mas com TUDO, com o TODO, com o UNO que são.
Que o sexo seja acima de tudo a união do nosso anseio de conexão e plenitude.  Uma união da consciência cósmica.
Tu és E.U. – especial e UNO – Honrando o ser especial que somos, reconhecemo-nos no outro
«But it’s safe here, friend.
Safe to feel unprotected.
Vulnerable, raw, open.
No judgement, no shame, no blame.
Just this open space,
the field that embraces.
My heart is open;
there is nothing to prove;
we are held by the ground.»
«Mas é seguro aqui, amigo/a.
É seguro sentires-te sem proteção
Vulnerável, cru, aberto/a.
Sem julgamento, sem vergonha, sem culpa.
Apenas este espaço aberto,
Este campo que abraça.
O meu coração está aberto;
Sem nada para provar;
somos suportados pelo chão.»

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