segunda-feira, 11 de julho de 2016

DESPERTANDO A CONSCIÊNCIA - O INEVITÁVEL ENCONTRO CONSIGO MESMO - UMA JORNADA QUE TODOS TEMOS QUE FAZER...

O INEVITÁVEL ENCONTRO CONSIGO MESMO




É difícil assumir que as escolhas são nossas, que o problema não é o outro, e sim nós mesmos. Temos, de ter em mente que amar alguém não se aprende nos livros, não existe fórmula, não vem no nosso DNA, não se nasce sabendo, se aprende no dia a dia, (con)vivendo, errando, acertando e, principalmente, se amando.

Temos medo de entrar no nosso “Universo Particular”, temos medo de nos questionarmos, de analisar por que agimos ou reagimos de uma forma agressiva ou até mesmo indiferente. E se as perguntas já causam medo, imagine as respostas. Sendo assim, não fazemos nem uma coisa e nem outra; e continuamos superficiais e vítimas do mundo. Se não estivermos dispostos a usar nosso potencial cerebral para

sermos mais do que “papagaios de TV”, nada vai mudar. Muitos problemas que enxergamos nos outros estão na nossa incapacidade de reconhecer que também somos assim.

Como disse Cury (2004), se o Eu da própria pessoa não tiver consciência da necessidade de mudança e não atuar como autor de sua história, todo esforço do mais hábil psiquiatra ou psicólogo, terapeuta ou até das pessoas próximas será completamente impotente diante de um Eu inativo, que não utiliza seu potencial de questionamento, reflexão e de querer ser mais.

Trabalhamos incansavelmente para criar uma fachada, máscaras, uma persona, para que ninguém descubra nossos desejos mais obscuros, nossos pensamentos mais sombrios, impulsos e histórico pessoal. E neste esconde-esconde nos perdemos na nossa própria escuridão. Só que, ao mesmo tempo, como disse Debbie Ford no livro “O efeito sombra – encontre o poder escondido na sua verdade”, nossa persona nos convence de que não há nada que desconheçamos a nosso respeito – de que somos, de fato, a pessoa que vemos no espelho e acreditamos ser. 

No entanto, uma vez que compramos a história de “esse é quem sou”, fechamos a porta para qualquer outra possibilidade, e negamos a nós mesmos tudo o que poderíamos ser. 
Perdemos a liberdade de ser quem, de fato, queremos ser, porque não conseguimos fazer nada fora do âmbito da personalidade que estamos encenando. 
A persona previsível que construímos agora está no controle. Nos tornamos cegos às imensas possibilidades de nossa vida. 
Somente quando pararmos de fingir ser o que não somos – quando já não sentimos a necessidade de esconder ou compensar por nossa fraqueza ou nossos talentos – conheceremos a liberdade de expressar o verdadeiro Eu, tendo habilidade para escolher com base na vida que verdadeiramente desejamos viver.



Quando rompemos esse transe e já não nos preocupamos se somos adequados, nem tememos o que as pessoas pensam de nós, podemos nos abrir e aproveitar as oportunidades que poderiam passar despercebidas quando estamos encurralados em nossa história, por trás de nossa máscara, em nossa escuridão.

Debbie Ford disse que, sem perceber, nos posicionamos para provar que somos mais, melhores ou diferentes que o restante, ou tentamos ficar invisíveis para nos adequar sem chamar atenção, chegando até à própria anulação. 
Esforçamo-nos para criar a persona que acreditamos que nos trará a aprovação e o reconhecimento que desesperadamente precisamos, ou que de modo alternativo, nos dê uma desculpa para não viver na íntegra uma vida que amamos. 
E vamos nos desconfigurando, nos fragmentando, rompendo com nosso Eu, até que, um dia, a casa cai.

Para que possamos estar em constante contato conosco precisamos exercitar a filosofia – o pensar, o duvidar das nossas crenças, o criticar de forma construtiva nossos comportamentos – e construir uma visão positiva de nós mesmos e uma vida que esteja pertinente aos nossos desejos, pensamentos e sentimentos. 
A mudança é uma prova de amor para o nosso Eu. 
É o reconhecimento de que podemos mais, de que somos mais e de que merecemos mais.

ANA MATOS

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