terça-feira, 28 de junho de 2016

DESPERTANDO O CONHECIMENTO - PRINCÍPIO DE MENTALISMO - O NOSSO PODER MENTAL - “O Todo é Mente; o Universo é Mental.”

PRINCÍPIO DE MENTALISMO



“O Todo é Mente; o Universo é Mental.”


INSTRUÇÃO I

O Princípio de Mentalismo contém a verdade que “Tudo é Mente”. Significa “o Todo”, que é a Realidade substancial que se oculta em todas as manifestações e aparências que conhecemos sob o nome de Universo Material, Fenômenos da Vida, Matéria, Energia, tudo o que tem aparência aos nossos sentidos materiais.

Como se traduz “Tudo é Mente, o Universo é Mental”?

Quando se descobre a verdade que O Todo é Espírito, é incognoscível e indefinível em si mesmo, mas pode ser considerado como uma Mente Vivente Infinita e Universal. O mundo fenomenal ou universo é simplesmente uma Criação Mental do Todo, sujeita às Leis das Coisas criadas, e que o universo, como um todo, em suas partes ou unidades, tem sua existência na mente do Todo, em cuja Mente, vivemos, nos movemos e temos a nossa existência.

Poderíamos dizer que a nossa existência se baseia nas forças do universo para que nossas potencialidades sejam ativadas. É pelanatureza Mental do Universo que se explica todos os fenômenos mentais e psíquicos, habilitando as pessoas a acessar as Leis do Universo Mental para aplicá-las na própria felicidade e evolução. O Eu é pura energia ligada ao mentalismo universal, e quanto mais se busca a verdadeira natureza, o próprio Eu, mais se aproxima do campo da potencialidade pura, mais entendemos que somos parte da Inteligência Universal.

Como sintonizar a realidade universal de nossa essência através dos estudos herméticos?

O estudante hermetista que trilha os primeiros passos destes estudos, como o contato pela primeira vez com os conhecimentos desta instrução, por exemplo, ainda não sabe aplicar inteligentemente a grande Lei Mental, apesar de empregá-la de maneira casual. Já estudamos no grau de Aspirante que nosso ponto de referência interior é o espírito, o Eu, não o ego. Devemos, portanto, aprender a ignorar a busca da aprovação dos outros, querer controlar as coisas, ter necessidade do poder externo, da posse das coisas, para depois ir a busca da sintonia de nossa verdadeira essência com a realidade universal. 

Com a Chave-Mestra em seu poder, o estudante poderá abrir as diversas portas do templo psíquico, mental e espiritual do conhecimento e entrar por elas livre e inteligentemente. Podem-se acessar três importantes portais: o da persistência, o da coragem e o da humildade; com a Chave-Mestra nas mãos o universo se abrirá ao espírito buscador. A Bíblia se reporta a essas passagens com as referências: “Procurais e encontrareis”; “Bateis e sereis atendidos”; “Pedis e recebereis”. Tudo poderá ser realizado pelo poder da Lei Mental; a verdadeira natureza da Força, da Energia e da Matéria; tudo está subordinado ao domínio da Mente.      

“A Chave-Mestra” é o conhecimento que aciona a abertura das portas do Caminho do Domínio sobre as coisas. Aquele que compreende a verdade da Natureza Mental do Universo está bem avançado no Caminho do Domínio”, uma citação dos antigos hermetistas. É com a Chave-Mestra que se consegue o Domínio, o “Caminho do Domínio”; sem a Chave, o estudante baterá em vão nas diversas portas do Templo; com a Chave - Mestra, a potencialidade pura se torna possível ser acessada para o total Domínio, para a comunhão da essência divina do humano com a realidade universal.

Como ter o preparo em nossa vida terrena a todos esses poderes tão sublimes, a esses verdadeiros poderes?

Como tudo na vida, desde nossa primeira educação na infância, os passos são longos e cada um ao seu tempo; o descortinamento ocorre para todos os buscadores, sem exceção; o preparo do nosso mental, o desabrochar do nosso Eu é muito particularizado para cada criatura; é como a floração das diferentes espécies, cada uma ao seu tempo, e com florescência própria, com sua particular e individualizada beleza e perfume.  A vida é alquimia pura, mudanças, transformações e evolução constante, sempre o esforço premiado pela transmutação. Os estudos, as meditações, a dedicação acelera o preparo; a experiência de vida, a experiência cronológica na vida traz ensinamentos da escola da vida que acelera nossas habilidades de acesso às ferramentas de contato com o etéreo, com nosso divino; além disso, temos a dimensão da eternidade da vida da alma que é eterna aprendiz. Sempre é tempo de começar, ou de continuar, a jornada do esclarecimento, da luz, da transmutação. Nossa divindade se encontra em estado de graça sempre que a descobrimos, ou a redescobrimos. É tão intenso e arrebatador esse poder que se encontra grande prazer em se ligar às pessoas hermetistas e elas a você. É o poder do vínculo originado do amor verdadeiro, do reconhecimento do divino, da essência divina em nós. É o reconhecimento que não estamos sós, que estamos em Deus, e todos somos deuses e deusas, essências da mesma essência.


Se desejamos desfrutar os benefícios da potencialidade pura, se queremos fazer pleno uso da criatividade, que é inerente à consciência pura, ao Mentalismo, à Consciência Cósmica, precisamos ter acesso a ela. A Mente, tão bem como os metais e os elementos, pode ser transmutada de estado em estado, de grau em grau, de condição em condição, de pólo em pólo, de vibração em vibração. A verdadeira transmutação hermética é uma “Arte Mental”. Essa transmutação hermética significa dizer que o aprendizado da prática do silêncio, da meditação e do conhecimento de grau em grau todos os ensinamentos, nos torna detentores de saberes, de valores, de poderes que devem ser utilizados usualmente na vida diária.

E praticar todo o tempo os valores herméticos apreendidos significa assumir o compromisso de atuar na vida com o viés da espiritualidade, da divindade humana, e isso é perene transmutação; é necessário nessa conduta, reservar sempre um tempo do dia para o contato mais profundo com o simplesmente ser, com a própria espiritualidade, pela meditação e pelo silencio; é permitir que o ser espiritual e mágico interno atue nas vinte e quatro horas do dia; é dar espaço para a verdadeira essência atuar, mais sábia que o Ego. 

Transmutação é um termo usualmente empregado para a antiga arte da transmutação dos metais, particularmente dos antes denominados metais impuros em ouro. A palavra transmutar significa mudar de uma natureza, forma ou substância, em outra; significa transformar. Da mesma forma, “Transmutação Mental” significa a arte de transformar e de mudar os estados, as formas e as condições mentais em outras. Portanto a Transmutação Mental é a Arte da Química Mental, ou uma forma de psicologia mística.

Isso acontece porque “O Todo é Mente; o Universo é Mental”, significando que a Realidade Objetiva do Universo é Mente; e o mesmo Universo é Mental, isto é, existente na Mente do Todo. Se o Universo é Mental na sua natureza, a Transmutação Mental pode ser considerada como a arte de “Mudar as Condições do Universo”, nas divisões de Matéria, Força e Mente. A Transmutação Mental é a Magia de que os antigos escritores muito trataram nas suas obras místicas, mas que dão muito poucas instruções práticas para o real uso.

Se Tudo é Mental, então a arte que ensina a transmutar as condições mentais pode tornar o Mestre diretor das condições materiais tão bem como das condições chamadas ordinariamente mentais. De fato, a alquimista necessita estar adiantado na Alquimia Mental para obter o grau necessário de poder a fim de dominar as grosseiras condições físicas e os elementos da Natureza. Que tais homens tenham existido e existam ainda hoje, é matéria da maior certeza para todos os ocultistas adiantados de todas as escolas. Que existem Mestres e que eles têm estes poderes, os melhores instrutores asseguram-no a seus discípulos, tendo experiências que os justificam nestas opiniões e declarações. Estes Mestres não exibem em público os seus poderes, mas procuram o afastamento do tumulto dos homens, com o fim de abrir melhor o seu caminho na Senda do Conhecimento. Mencionamos aqui a sua existência simplesmente com o fim de chamar a atenção para o fato de que o seu poder é inteiramente Mental, e de que eles operam conforme as linhas da mais elevada transmutação mental, e em conformidade com o Principio Hermético de Mentalismo – “O Universo é Mental”.


Os discípulos do hermetismo de fato operam e interferem no mundo mental e no material, pois tudo o que chamamos fenômenos psíquicos, influencia mental, ciência mental, ou fenômenos de pensamento, se realizam pela mesma linha geral, porque nisto está mais um princípio oculto do que é a matéria cujo nome é dado ao fenômeno. O discípulo que é praticante da transmutação mental opera no plano mental, transmutando as condições mentais, os estados em outros, de acordo com diversas fórmulas ora mais, ora menos eficazes. Os diversos tratamentos, as afirmações e negações das escolas da ciência mental são antes fórmulas, frequentemente muito imperfeitas e não científicas, da Arte Hermética. A maioria dos praticantes modernos são ignorantes a respeito dessa arte, em comparação com os antigos Mestres, pois eles carecem do conhecimento fundamental sobre que é baseada a operação de sua prática. 

Ações espiritualistas de conquistas em diferentes necessidades, nas diversas denominações religiosas conhecidas, são resultados de ações ora mais ora menos eficazes do poder do mentalismo. Não somente os próprios estados mentais podem ser mudados ou transmutados pelos métodos herméticos, mas também os estados mentais dos outros o podem, e são mesmo constantemente transmutados, quase sempre inconscientemente, mas por vezes conscientemente por uma pessoa que conheça as leis e os princípios nos casos em que a pessoa influenciada não esteja informada dos princípios e da proteção própria. E, ainda mais, como sabem os discípulos e praticantes da ciência mental, toda condição material que dependa das mentes dos outros pode ser mudada ou transmutada de acordo com o desejo, a vontade e os tratamentos reais da pessoa que deseja mudar as condições da vida.

Entendemos então que nessas intervenções na Natureza, lidamos com forças invisíveis, mas reais energias que atuam na matéria. Do que é feito esse material, de onde vem e para onde se direciona?

Debaixo e dentro de todas as aparências ou manifestações exteriores, sempre houve uma Realidade Substancial. Esta é a Lei. O homem, considerando o Universo, de que é simplesmente uma partícula, observa que tudo se transforma em matéria, em forças e em estados mentais. Ele conhece que nada é real, mas que pelo contrário, tudo é móvel e condicional. Nada está parado; tudo nasce, cresce e morre; no momento que algo chega a seu auge, logo começa a declinar; a Lei do Ritmo está em constante ação; não há realidade, qualidade duradoura, fixidez ou substancialidade em qualquer coisa que seja; nada é permanente, tudo se transforma. O homem que observa as Leis do Universo vê que todas as coisas evoluem de outras coisas, e resolvem-se em outras; vê uma constante ação e reação, um fluxo e refluxo, uma criação e destruição, o nascimento, crescimento e a morte. O homem hermetista realizará todas essas coisas mutáveis mediante os conhecimentos que vai adquirindo do Todo, que serão, contudo, aparências ou manifestações exteriores da mesma Força Oculta, da mesma realidade substancial. O Todo pode ser chamado de divindade (sob vários títulos), eterna e infinita energia, diferentemente de acordo com os diferentes dogmas criados pela humanidade.

Nós hermetistas aprendemos que o Todo, em si mesmo, é incognoscível, o Hermetismo considera O Todo incognoscível, mas os estudos não se centram no desvendar e sim no conhecer, no vivenciar, no interagir; o hermetismo considera todas as teorias, conjecturas e especulações dos teólogos e metafísicos a respeito da natureza íntima do Todo como esforços infantis das mentes finitas para compreender o segredo do Infinito. Considera-se que tais esforços sempre se desviaram da verdadeira natureza do seu fim. Uma pessoa que prossegue em tais investigações vai, de circuito em circuito no labirinto do pensamento prejudicar seu são raciocínio, a sua ação e a sua conduta, até ficar totalmente inutilizada para o trabalho da vida. É como o esquilo, que furiosamente corre dentro de redondeza da sua gaiola, caminhando sempre sem nunca chegar a parte alguma, e parando somente quando se assusta: é enfim um prisioneiro.

Devemos atuar, aprender a interagir, trazer do não manifesto ao manifesto as criações, mas não nos preocuparmos com explicações dos atributos do Todo, porque na verdade nunca saberemos, porque são presunçosos os que atribuem ao Todo a personalidade, as qualidades e propriedades como atributos e características deles mesmos, e querem que o Todo tenha emoções, sensações e outras características humanas como desejo de lisonjas, de louvores, desejos de oferendas e adorações, e todos os outros atributos que sobrevivem desde a infância da espécie humana.

Seria essa a diferença entre a religião e a teologia?

A religião para nós é a realização institucional da existência do Todo, e sua relação para com ele, ao passo que a teologia representa o esforço do homem em atribuir-lhe personalidade, qualidades e características, as teorias a respeito dos seus negócios, planos, desejos e vontades, e as apropriações de tudo isso para o ofício de “mediadores” entre o Todo e o povo. A religião tem seu princípio na Realidade; a teologia se constitui no mais incerto apoio para a mente ou a alma do homem. Esse é o ponto de vista do hermetismo. Existem, entretanto, verdades conexas do Todo que a mente humana detectou e as aceita, mormente quando concordam com testemunhos de Iluminados dos Planos Superiores.


As verdades – 

Primeira: O Todo é tudo o que é real. Nada pode existir fora do Todo, porque do contrário o Todo não seria mais o Todo; 

Segunda: O Todo é infinito, porque não há quem defina, restrinja e limite o Todo. É infinito no tempo ou eterno; existiu sempre sem cessar; porque nada há que o pudesse criar, e se ele não tivesse existido, não poderia existir agora; existirá perpetuamente, porque não há quem o destrua, e ele não pode deixar de existir, porque aquilo que é alguma coisa não pode ficar sendo nada. É infinito no espaço; está em toda a parte porque não há lugar fora do Todo; é contínuo no Espaço sem cessação, separação ou interrupção, porque nada há que separe, divida ou interrompa a sua continuidade, e nada há para encher lacunas. É infinito ou Absoluto em poder; porque não há nada para limitá-lo, restringi-lo, ou acondicioná-lo; não está sujeito a nenhum outro poder, porque não há outro poder; 

Terceira: O Todo é imutável, ou não está sujeito a ser mudado na sua natureza real, nada há que possa operar mudanças nele, nada há em que possa ser mudado nem nada que tenha sido mudado. Não pode ser aumentado nem diminuído, nem fica maior ou menor, seja qual for o motivo. Ele sempre foi e sempre será tal como é agora: O Todo. Nada houve, nada há e nada haverá em que ele possa ser mudado.
Mas se estamos numa realidade onde as coisas mudam, como podemos estar dentro do Todo?

O Todo sendo infinito, absoluto, eterno e imutável, segue-se que tudo que é finito, passageiro, condicional e mutável não é O Todo. Como não há nada real fora do Todo, as coisas finitas não são reais. Não é intenção assustar aos estudantes neófitos com estas colocações; não pretendemos discutir neste momento, dogmas, por exemplo, de algumas ciências espirituais, como a cristã, dentre outras, que se fundamentaram sobre a parte inferior da filosofia hermética. Há uma Reconciliação frente a esses dogmas para o agora aparente estado contraditório do assunto, que será tratado mais adiante.

Mas vemos ao redor de nós que aquilo que se chama Matéria,constitui o princípio de todo as formas. Seria o todo simplesmente matéria?

Absolutamente, não! A Matéria não pode manifestar a Vida ou a Mente, e como elas são manifestadas no Universo, porque nada é superior à sua própria origem, nada se manifesta como efeito que não esteja na causa, nada evolui como conseqüente que não tenha involuido como antecedente. Quando a ciência moderna nos diz que não há realmente outra coisa senão matéria, devemos saber que aquilo que ela chama matéria é simplesmente uma energia ou força interrompida, isto é, uma energia ou força com poucos graus de vibração. A ciência materialista já abandonou a teoria da matéria e agora se apóia sobre a base da energia.

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  • Seria então O Todo é simplesmente Energia ou Força?

Não é Energia ou Força, como é empregado esses termos pela ciência comum, porque essas são coisas cegas e mecânicas, privadas de Vida e de Mente. A Vida ou a Mente não pode evoluir da Energia ou Força cega, pela razão dada acima, que “Nada é superior à sua própria origem; nada evolui que não tenha involuido; nada se manifesta como efeito que não tenha a sua causa”. Assim O Todo não pode ser simplesmente Energia ou Força, porque se assim fosse não teriam existência a Vida e a Mente, e sabemos que elas existem, porque nós temos Vida, e empregamos a Mente para considerar esta questão, assim como os que pretendem que a Energia ou Força seja Tudo.

Hoje aprendemos que o superior no universo à Matéria e Energia, são a Vida e a Mente, em todos os seus diversos graus de desenvolvimento. O Todo é a Mente Vivente, muito acima do que nós mortais conhecemos como Vida e Mente; a Infinita Mente é muito superior à Vida e à Mente finitas. O Todo é a Infinita Mente Vivente que o Iluminado denomina Espírito!

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