domingo, 15 de fevereiro de 2015

DESPERTANDO O CONHECIEMNTO - E qual é o verdadeiro significado dos relacionamentos que atraímos?

Relacionamentos Cármicos e Relacionamentos Dármicos: quais as diferenças?



E qual é o verdadeiro significado dos relacionamentos que atraímos ?
Na minha vida profissional tenho me deparado com o problema crucial de nossas vidas: nossos relacionamentos e a nutrição emocional que necessitamos.
Há dois tipos básicos de relacionamentos: relacionamentos cármicos (aprendizagem pela dor) e dármícos (aprendizado pelo amor). O que são?
Quando buscamos nosso par imaginamos uma pessoa capaz de nos compreender e capaz de trazer para nossas vidas carinho e o fim da solidão.
E passado o período inicial, vemos que muitas vezes somos incompreendidos e ainda abrimos mão de um valor inestimável: nossa liberdade de ser.
Por que acontece isso?
Viemos aqui para sermos felizes. Mas esse prêmio, a felicidade, é resultado de um trabalho profundo de autoconhecimento e do encontro de nossa verdadeira vocação, coisa que cada um deve fazer sozinho.
Enquanto não tivermos esse trabalho realizado, atrairemos pessoas que serão um desafio para que isso possa ser descoberto, já que é nosso principal objetivo, mesmo que não estejamos tão conscientes disso.
Nem todos conseguem. Talvez alguns nem se dêem conta disso, julgando que ser feliz é estar com a pessoa certa.
Na verdade, a felicidade é um sentimento que brota de dentro de nós, não é externo.
Quando estamos felizes somos capazes de vibrar com a felicidade que existe em nossa volta, isso sim. Porém outras pessoas podem nos proporcionar momentos alegres e felizes, podem preencher momentaneamente nossas carências porque a verdadeira felicidade é um encontro que temos com nossa verdadeira essência, a descoberta de nosso eu mais íntimo e essencial. Só então saberemos o que queremos e o que buscamos.
Só então poderemos identificar nosso verdadeiro parceiro, que pode nos auxiliar a desenvolver cada vez mais nossa verdadeira natureza.
Neste campo, onde há dor, há falta de compreensão.
Quando duas pessoas que possuem vínculos emocionais com seus mundos internos tão diferentes tentam conversar, normalmente é um desastre porque a linguagem pode ser uma fonte de mal-entendidos.
Seus medos influenciam, não conseguem conversar, expor seus pontos de vista tranqüilamente porque a verdade pode ser ameaçadora para quem quer manter suas expectativas a qualquer custo:
Só quem tem coragem para acolher a verdade do outro pode acolher sua própria verdade.
Também é preciso ter disposição para ouvir e para falar de si, com sinceridade.
Buscar ser fiel ao presente, não ao passado.
O Romantismo, o mal do século XIX, continua fazendo mal até hoje: a idéia de que só seremos felizes quando encontrarmos nossa alma gêmea limita nossas possibilidades.
Na verdade, só quem sabe viver bem, com satisfação, sozinho é que pode entrar em um relacionamento com o outro conhecendo os limites dessa interação e seus propósitos: não adianta pensar que nossa felicidade está fora de nós, ela está dentro de nós.
Essa conscientização gera o desapego, fruto dessa consciência. E o desapego nos torna capazes de amar de forma total, sem imbutir negatividades, como o sentimento de posse.
E como o verdadeiro objetivo de todo relacionamento é nossa evolução espiritual, ele só é benéfico enquanto vivo, expressão de nosso momento atual.
Quando dois seres atingem a cura total de relacionamentos doentios, isto é, quando se tornam amigos além do corpo, então esse relacionamento transcendeu e cumpriu sua finalidade. Neste caso, pode ser também o sinal de um ciclo que se completou.
Tudo está em contínua mutação, e um relacionamento vivo é aquele que através do tempo continuamos ensinando e aprendendo com amor, tendo as necessidades afetivas e sexuais dos dois sendo preenchidas de forma satisfatória.
Stela Vecchi

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