quarta-feira, 12 de junho de 2013

Samadhi - a concentração e meditação

Samadhi - a concentração e meditação



                                                                     

Samadhi e a concentração

Quando o último véu da ilusão é retirado, a grande heresia da separatividade é vista em sua verdadeira natureza e o vidente pode dizer com o Cristo:

 “E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em Mim;
 para que todos sejam um, como tu Pai, és em Mim e Eu em Ti;
que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste.

 E a glória que Tu me deste Eu a dei a eles, para que eles sejam um, como Nós somos um: Eu neles, e Tu em Mim, para que eles sejam perfeitos em unidade e para que o mundo possa saber que tu Me enviaste a mim e que os tens amado, como tens amado a Mim” (Jogo XV II. 20-23)”.

“O iogue do Oriente aplica a palavra Samadhí àquele estado de consciência no qual o mundo em que o homem espiritual funciona e os níveis ou planos sem forma de nosso sistema solar são contatados, vistos e conhecidos.


 
 O campo de conhecimento dos três mundos, o reino de maya e da ilusão, podem ser contatados à vontade pelo vidente empunhando o instrumento que lhe é fornecido para isto, mas um novo mundo se abre, no qual ele vê sua consciência como una com todas as demais energias, ou expressões conscientes da vida divina.  (1)

A harmonia interior e exterior nos une no centro da União de todas as almas. Meditando atento na respiração podemos sentir o coração de Deus em nosso coração, em nosso respirar. A(Inspira) Hum (expira) assim, estamos fluindo em na rede da vida ,vibrando e circulando no movimento da dança de Shiva.
Eu sou Um-a só consci~encia.
Quando sentimos que estamos respirando com a Unidade podemos sentir o amor e o Poder de Deus Uno.

A concentração  nos exercícios de yoga, na dança ou na contemplação facilita alcançar a condição superior de meditação, e nela o homem espiritual está plenamente desperto nos planos que transcendem definição. Ele está consciente , num sentido amplo (completo) de sua identidade  Espiritual.

“Quando este estado super-contemplativo é alcançado o Iogue adquire a conscientização espiritual pura, através da quietude equilibrada ( ou substância mental), e assim,  podemos alcançar a pura realização espiritual. O resultado é o contato da mônada, ou Espírito , pela Alma, e o conhecimento deste contato é transmitido ao cerebro físico”

Bailey afirma que “Quando a mente aquieta , livre da treva da impureza, então as sattva da substância pensante, cuja essência é a luz, tem um limpido fluxo contínuo e harmonioso. isto é claridade, isto é  a realização da consciência  no equilíbrio interno, e assim, o discípulo adquire uma calma interna impertubável, ou  seja , a visão do lampejo da visão interna.

 O homem conseguiu (através da disciplina; seguindo os meios da ioga e pela perseverança na meditação) dissociar-se de todas as formas (ilusão) e identificar-se com o sem-forma.

Ele chegou ao ponto no coração de seu ser. Desse ponto de pura realização espiritual, ele pode cada vez mais trabalhar no futuro. Pela prática, ele fortalece essa realização e toda a vida, trabalho e circunstâncias são vistos como um espetáculo que passa, que não lhe diz respeito.

 Sobre eles porém, pode apontar o holofote do espírito puro; ele próprio é a luz e se conhece como parte da “Luz do Mundo” e “nessa luz ele verá luz”.

 Ele conhece as coisas como elas são e se dá conta de que tudo aquilo que até agora encarou como realidade nada mais é do que ilusão. Ele penetrou na Grande Maya e ultrapassou-a até a luz que a produz e, para ele, erros futuros são impossíveis; seu senso de valores é correto; seu senso de proporção é exato. Ele não mais está sujeito a ser enganado e está livre de ilusões. Quando este ponto é conscientizado, dor e prazer não mais o afetam; ele está perdido na bem aventurança da Auto-Realização.

 Sua percepção é agora infalivelmente exata, (ou, sua mente revela apenas a Verdade).

Um resultado disto é a demonstração da lei e do exato cumprimento do propósito de Deus. Isto é conscientizado pelo Yogue que conseguiu eliminar todas as formas de sua consciência e tornou-se consciente do que está por traz de todas as formas.

O modo pelo qual ele faz isto é revelado pela segunda tradução. A substância mental, estando agora completamente quieta, e estando o homem polarizado naquele fator que não é nem a mente, nem qualquer dos envoltórios, pode transmitir diretamente ao cérebro físico, acuradamente e sem erros, o que é percebido na Luz do Shekinah que flui do Santo dos Santos onde o homem conseguiu entrar.

 A verdade é conhecida e a causa de cada forma em todos os reinos da natureza revelada. Esta é a revelação da verdadeira magia e a chave para o grande trabalho mágico do qual participam todos os verdadeiros iogues e adeptos.

O estado super contemplativo. Nesta condição a percepção é infalivelmente precisa e os outros modos de visão são percebidos  em suas corretas proporções. Os sentidos não mais são necessários ao observador, exceto quando os utiliza para fins de trabalho construtivo em seus respectivos planos.

Ele está agora de posse de uma faculdade que o protege de erros e de um sentido que só lhe revela as coisas como elas são. As condições que controlam este estado podem ser enumeradas como se segue:

1. O homem está polarizado em sua natureza espiritual
2. Ele se reconhece e funciona como alma, o Cristo
3. Ele tem a chitta, ou substância mental, num estado de quietude,

4. O sutratma, ou fio, está funcionando adequadamente e os corpos inferiores estão alinhados sobre ele, formando um canal direto de comunicação com o cérebro físico.
5. O cérebro está adestrado para servir apenas como um delicado receptor de impressões da verdade

6. O terceiro olho está em processo de desenvolvimento. Posterior- mente, à medida que os centros forem despertados e colocados sob controle consciente, colocam o homem em relação com os vários septenatos de energia nos sete planos do sistema, e por estar desenvolvida a faculdade de percepção da verdade, o homem é assim protegido contra erros e perigos.

Isto foi muito apta e claramente dito por Charles Johnston em seu comentário sobre este aforismo, que é o seguinte:

“Cada estado ou campo da mente, cada campo de conhecimento, por assim dizer, que é alcançado por energias mentais e emocionais, é um esta psíquico, do mesmo modo com o quadro mental de um palco com os atores, é um campo ou estado psíquico.

 Quando a visão pura, como a do poeta, do filósofo e do santo, preenche todo o campo, todas as vistas e visões inferiores são afastadas. Esta elevada consciência desloca todas as consciências menores. Contudo, de um certo modo, aquilo que é visualizado como parte, mesmo pela visão de um sábio, ainda tem um elemento de ilusão, um fino véu físico, não importando o quão puro e luminoso seja este véu.
Ë o último e o mais elevado estado psíquico”.

 Quando este estado de percepção é, por sua vez, também contido (ou superado), então o Samadhi puro é conquistado.

 Esta percepção especial é única e revela o que a mente racional (empregando testemunhos, inferências e deduções) não pode revelar.

Pode-se dizer que o significado aqui é que a mente do homem, em seus vários aspectos e usos, pode revelar as coisas que dizem respeito à objetividade, mas que somente a identificação com o espírito pode revelar a natureza e o mundo do espírito.

“Nenhum homem jamais viu Deus em qualquer ocasião, o único Filho gerado, que está no seio do Pai, ele O revelou”. Até que um homem se identifique como um Filho de Deus, até que o Cristo em cada homem esteja em manifestação e que a vida Crística eteia plenamente expressa e até que o homem seja um com a realidade espiritual interna que é o verdadeiro ser, o conhecimento especial aqui tratado (conhecimento de Deus e do espírito, independente da matéria ou forma) é impossível.

 O testemunho dos tempos indica uma força ou vida espiritual no mundo; a inferência a ser colhida da experiência de vida de milhões é a de que o espírito existe; a dedução a ser tirada de uma consideração do mundo ou da grande maya é que uma Causa, auto-persistente e auto-existente, deve estar por traz daquela maya.

Só o homem, todavia, que pode ultrapassar todas as formas e transcender todas as limitações nos três mundos (mente, emoção e as coisas dos sentidos, ou o “mundo, a carne e o diabo”) pode saber, além de toda controvérsia e discussão que Deus é e ele próprio é Deus. Ele conhece então a verdade e essa verdade o torna livre. 
 
Alice Bailey
 
 Pesquisado por dharmadhannyael
 
 
 

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