segunda-feira, 4 de julho de 2016

DESPERTANDO A CONSCIÊNCIA - Como receber as dádivas de Deus

"Eu renovo todas as coisas"


O caminho da religião transcende o mundo da “causa e efeito”. É o caminho que ultrapassa o “mundo dos sonhos”, o mundo do carma, da personalidade ou ego ou “eu inferior” E o caminho que vê o “mundo dos sonhos” como inexistente.
Enquanto vivermos dentro do “mundo dos sonhos” considerando-o como existente, não poderemos livrar-nos das consequências que advirão fatalmente das leis do carma, que pertence ao mundo do pequeno eu ou da causalidade desse “mundo dos sonhos.”
Para que possamos ser salvos, devemos despertar do “sonho” e sair do “mundo da causalidade”. Devemos saber que somos filhos de Deus e superiores à “causalidade” do “mundo dos sonhos”.
Devemos também saber que o “filho de Deus” possui uma força que tudo renova e devemos, através do pensamento, dominar todas as coisas e realizar somente as coisas boas que desejamos.
O “filho de Deus” recebeu a “força do pensamento” como instrumento para renovar todas as coisas. No Apoca­lipse (21.5) consta: “Eis que eu renovo todas as coisas”. Este é o caminho que transcende o mundo da causalidade ou carma.
Realizar as coisas almejadas com o poder de “filho de Deus”
Desperte para a Verdade de que é filho de Deus e proclame no seu pensamento: “Eu, com o poder de filho de Deus, já consegui essa coisa boa”. Especifique a imagem dessa “coisa boa” e conserve-a firme no pensamento.
Assim você estará focalizando, dentre as inúmeras “coisas boas” já existentes no mundo da Imagem Verdadeira, aquela que você deseja. Então ela se concretizará infalivelmente.
E necessário manter esse pensamento durante algum tempo. Mesmo quando tiramos fotografia, é necessário permanecermos focalizando o objeto por um determinado espaço de tempo.
Este mundo é projeção da mente. Portanto, quando se mantém um pensamento, é impossível que esta coisa mentalizada não se realize.
Desenhe na sua imaginação aquilo que você deseja e continue mantendo essa imagem. O poder da imaginação é poder criador.
Desenhe na mente o objeto do seu desejo
Para realizar o almejado através da “força do pensa­mento”, é melhor fazer a autossugestão um pouco antes de dormir e logo depois de acordar, quando o seu consciente não estiver vigilante.
Nesses momentos, as ideias que você mentaliza e exprime verbalmente penetram com facilidade no subconsciente, pois não precisam passar por uma censura rigorosa.
Faça, pois, nessa hora, o pleno uso do poder da imaginação: desenhe com clareza na mente a imagem do objeto do seu desejo, e desperte a sensação de que ele já existe.
Mentalize forte e nitidamente que isso já existe. Se é uma coisa boa, isso já existe no mundo da verdadeira existência (Imagem Verdadeira).
Embora ainda não tenha aparecido no mundo fenomênico, a sua “existência” é uma realidade. Voltar-se para essa realidade e mentalizá-la é o mesmo que focalizara objetiva da máquina fotográfica para um objeto e acionar o disparador.
Infalivelmente o objeto aparecerá na “foto”, isto é, no mundo fenomênico. Acredite e passe para a chapa seguinte. Se ficar abrindo a máquina para examinar o filme toda vez que bater uma foto, todo o filme ficará inutilizado, afetado pela luz.
“A Verdade vos tornará livres”
O homem, quando conhece a Verdade, se torna real­mente livre. É como disse Jesus: “A verdade vos tornará livres”. Quando se torna realmente livre, o homem transcen­de o espaço.
Sem se deslocar, conseguirá alcançar tudo, assim como Buda. O espaço e a matéria não mais serão obstáculos. Como a matéria é produto do pensamento, conseguirá dominá-la a seu bel-prazer.
Se enfrentar a matéria acreditando que ela existe, você será dominado pela matéria. A matéria é “nada”. Com­preenda que ela é “sombra do pensamento”. Quando com­preender que a matéria é “sombra do pensamento”, ela deixará de ser um obstáculo resistente.
Mas isto não quer dizer que o aço vá amolecer como geleia. Significa que as coisas surgem quando necessárias e desaparecem quando desnecessárias, como as imagens de cinema.
Se você mentalizar, alguém trará ou levará embora as coisas mentaliza- das, pois esta é a lei do mundo fenomênico.
Apague da mente a imagem do fracasso
Não tema os fracassos do passado. Não fique segurando na mente os fracassos do passado. O passado já se foi.
Aquele que segura os fracassos do passado na mente teme novo fracasso quando defronta com alguma situação semelhante. Fazendo as coisas com a imagem de fracasso na mente, fracassará novamente exatamente conforme imaginou.


Aquele que teme recordando os fracassos passados perde a coragem, perde a força, não consegue demonstrar toda a capa­cidade, e não lhes restará outra coisa senão fracassar.
Até mesmo um campeão de sumô fica inibido e não consegue demonstrar força total quando enfrenta um adver­sário de quem costumava perder.
Isto porque a recordação de ter sido derrotado por esse adversário no passado forma a imagem da derrota e a imagem se materializa.
E preciso apagar da mente essa imagem da derrota do passado. Para apagar a imagem é preciso renascer. Renascer não significa retornar ao ventre materno.
Mentalize da seguinte forma: “Sou filho de Deus, portanto renovo todas as coisas; tenho a autoridade para apagar o passado, e já o apaguei; o passado não existe”.
Eu e Pai somos Um-a só consciência. Eu Sou tudo aquilo que é. Eu sou UM.
Tenha a convicção de que você é “filho de Deus”. Saiba que este mundo, que é “produto da mente de Deus”, pode ser totalmente dominado pelo “filho de Deus” que conhece o “poder do pensamento” e espelha a luz do Criador. Faça pleno uso desse “poder do pensamento”.
Deus não tem forma mas encerra em si a consciência do “infinito” e nos dá as coisas exatamente de acordo com o molde criado pela nossa mente.
E como os raios do Sol que, sendo incolores, encerram as sete cores do arco-íris e manifestam diversas cores, tais como amarelo e vermelho, de acordo com o objeto que os reflete.
Se nós não criarmos os novos “moldes” conscientemente, com o nosso pensamento, este mundo fenomênico terá de ser inevitavelmente conduzido dentro do molde do “carma” acumulado desde o passado.
Eliminemos, pois, o velho “molde do carma”, vamos desprogramar a punição imposta pela culpa e pela ignorância e criemos, desenhando no pensamento, o “molde da criação” exata­mente como desejamos ou como o Criador pensou.
Para manifestar o “Criador” ou Divina Presença, ou Eu Superior que espelha a mente de Deus - é necessário a União com tudo e com todos para compartilhar a luz.
A mente em harmonia com a Unidade espelha a luz do “Criador.”
Assim como a luz incolor do Sol manifesta-se nas cores verde ou amarela de acordo com o corpo que a reflete, também o infinito conteúdo de Deus materializa-se e vem a nós exatamente de acordo com o molde mental que nós desenhamos com o nosso pensamento.
Cada um tem consciência do “Criador” de acordo com o sua visão de mundo material e espiritual.
Deus criou e já nos deu todas as coisas boas. Porém estas não se revelam aos nossos olhos carnais porque são “dádivas espirituais”. São como programas transmitidos pela televisão: já estão no ar mas não são visíveis porque continuam em forma de ondas.
As dádivas de Deus se tomarão visíveis aos olhos quando sintonizarmos a nossa mente para recebê-las.
Um lugar no paraíso
Todas as coisas boas já estão criadas por Deus. O paraíso já está concluído. Deus “viu tudo quanto fizera e eis que era bom” (Gn 1.1-31).
Abrindo-se os olhos para a Imagem Verdadeira, vê-se que já existem as boas coisas almejadas. No palácio do paraíso os lugares já estão reservados. Que lugar vai ocupar, depende da escolha de cada um; e cada um tem também a liberdade de não ocupar o seu lugar apesar de haver lugares reservados para todos.
A “parábola do filho pródigo” da Bíblia refere-se às pessoas que não querem ocupar o assento que lhes está reservado. Isto também é da sua livre escolha. Deus jamais força alguém a ocupar um lugar no paraíso.
Como realizar o paraíso na Terra
A “felicidade” que você obtém neste mundo, na ver­dade, não é o “fruto de seus esforços”, nem a “recompensa de seus trabalhos”.
Se olharmos apenas sob o ponto de vista fenomênico, ela é realmente “fruto do esforço” e também “recompensa do trabalho”.
Porém isso não passa de uma aparência projetada na tela do mundo fenomênico, uma vez que este mundo é uma sombra projetada.
Se aparecem imagens na tela (neste mundo fenomênico) é porque já existia o filme. E as imagens já existiam no filme. Na verdade, as imagens do filme é que se projetam na tela, mas quando assistimos ao filme com os olhos carnais, parece que são os personagens da tela que se movimentam e praticam as variadas ações.
O nosso trabalho consiste apenas em acender a luz do projetor e ajustar o foco para projetar as imagens que na verdade já existem.
Se a luz for fraca, a imagem existente não aparecerá com perfeição; e se não focalizarmos direito, a mesma não poderá aparecer com nitidez. Acender a luz significa “conhecer a verdade”.
Ajustar o foco significa escolher dentre as “imagens perfeitas já existentes” (Ima­gem Verdadeira) uma que se pretende projetar (materiali­zar), e fixar esta imagem na consciência, fitando-a com a mente concentrada.
Todas as imperfeições são falsas imagens
Desenhe na mente a imagem desejada e fixe-a dentro de sua consciência. Par este método você poderá realizar neste mundo fenomênico todas as coisas boas que desejar, tais como: um lar feliz, riqueza ou saúde. Este é o método para trazer ao mundo fenomênico aquilo que já existe no Céu (mundo da Imagem Verdadeira).
Se apareceram na sua vida diversas infelicidades, doenças ou imperfeições, é porque estava fraca a sua luz da Verdade (sabedoria para conhecer a Verdade) e também porque você não ajustou o foco naquilo que existe realmente.
Por isso as boas coisas que existem realmente não puderam projetar-se para este mundo fenomênico; foram projetadas as “falsas imagens” desenhadas pela sua ilusão. As infelicidades, doenças e outras imagens imperfeitas, por mais que pareçam existir, não têm existência real, pois são projeções de imagens falsas.
Estas imagens falsas não foram feitas por Deus; não passam de um sonho criado pelo próprio homem. Enquanto estamos sonhando, o sonho parece ter existência real mas na verdade não existe.
Os fatos desenrolados no sonho não são existências reais; por isso não são da respon­sabilidade de Deus, que criou a realidade.
O caminho para superar o mundo do carma
Desperte do sonho em que parece existir a imper­feição. Desperte do sonho em que parece existir o mal. Desperte do sonho em que parece existir a doença.
As imperfeições, as doenças e os infortúnios não são existências reais, “não fazem parte da minha realidade” porque não foram criados por Deus. As “falsas ima­gens” do sonho se apresentarão como existências reais enquanto a sua mente não despertar.
Quando você dá vida ao "Eu inferior', ou personalidade negativa, você alimenta o que você tem de pior dessa vida e de vidas passadas, uma personalidade destruidora que não acredita em Deus, ´e acredita naquilo que diz e cria negatividade e fracassos em sua vida.
Os personagens da tela cinematográfica, embora “imagens falsas”, movimentam-se dentro de uma sequência lógica de causa e efeito. Da mesma forma, os acontecimen­tos deste mundo fenomênico desenrolam-se regidos pela lei da causalidade (causa e efeito).
Esta causalidade que rege o desenrolar das “falsas imagens’* denomina-se carma.
Se não despertarmos a nossa mente e se permitirmos que o desenrolar do carma nos arraste, teremos inevitavelmente que cumprir a lei da causalidade, sem podermos fazer nenhuma correção.
E não teremos outra alternativa senão viver pagando fatalmente as contas num mundo de “olho por olho, dente por dente”. Nessas condições, não haverá salvação para o homem. Devemos abrir um caminho para transcendermos esse mundo fatal de causa e efeito.
Esse caminho é o da religião.
Tenha a convicção de que você é “filho de Deus”. Saiba que este mundo, que é “produto da mente”, pode ser totalmente dominado pelo “filho de Deus” que conhece o “poder do pensamento”. Faça pleno uso desse “poder do pensamento”.
Se não tiver a convicção de ser filho de Deus, rei da criação e dominador de todos os fenômenos, terá de ser dominado e carregado pela “força do carma” acumulado no passado”.
Masaharu Taniguchi.

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