Síndrome que esta associada a: depressão, tristeza, stress, cansaço físico extremo, ansiedade, alteração hormonal, fadiga adrenal, insônia crônica, sedentarismo, obesidade, neurodegeneração, falta de atividade física, excesso de carboidratos...
A fibromialgia, que é uma patologia da reumatologia, não é uma doença, no sentido literal da palavra (apesar de ser tratada como) e pelos sintomas envolvidos enquadra-se no que chamamos de síndrome e dentre seus fatores desencadeantes associados estão relacionados: depressão, tristeza, stress, cansaço físico extremo, ansiedade, alteração hormonal, fadiga adrenal, insônia crônica, sedentarismo, obesidade, neurodegeneração, falta de atividade física, baixos níveis do hormônio serotonina e do aminoácido triptofano.
Síndrome é um conjunto de sinais e sintomas que definem uma enfermidade. Doença é alteração da saúde causada por agentes internos, normalmente derivados por efeitos crônicos (câncer, doença autoimune, processo inflamatórios específicos) ou externos, que na maioria das vezes, é de efeito agudo (infecções por vírus, bactérias, fungos, parasitas), sujeita à mudança de status e, na maioria das vezes, à cura ou controle. O que hoje se define comofibromialgia é uma síndrome, que tem suas causas pouco conhecidas e não tem cura comprovada.
Durante muitos anos, pessoas que sentiam dor pelo corpo, além de cansaço, tristeza, dormência nas mãos, tonteira, alteração de memória, alteração do sono e alterações intestinais, eram considerados com problemas puramente psicológicos. Em alguns casos era utilizada a nomenclatura “fibrose”associada a estas patologias.
Hoje já se sabe que a fibromialgia tem como base uma alteração genética associada a três fatores:
ALTERAÇÕES NEUROENDOCRINOLÓGICAS: substâncias modulam o humor, o ânimo e a gordura de todo o nosso organismo;
ALTERAÇÕES DE NEUROTRANSMISSORES: substâncias que modificam as emoções no cérebro;
DISFUNÇÃO NEUROSENSORIAL: alteração no sistema neurológico que pode modificar o modo como sentimos a dor.
É comum a ambos os sexos, mas há uma prevalência desta síndrome no sexo feminino de 2:1 para o sexo masculino. Ou seja, mulheres tem o dobro de chances de desenvolver a fibromialgia.
Sintomas, fatores, fatos e algumas mudanças necessárias:
- O diagnóstico da fibromialgia vem de uma anamnese feita por um questionário específico aonde estas respostas são confrontadas com o diagnóstico laboratorial final, aonde neste exame laboratorial (coleta sanguínea, salivar, etc) não foi encontrada nenhuma justificativa coerente e determinante para o quadro de dor generalizada do paciente.
- NUNCA descarte o tratamento tradicional. Ele é importante e único para o alivio das dores.
- Dores pelo corpo em lugares específicos e pré-determinados chamados de “tender points” = pontos sensíveis ou “triger points” = pontos de disparo da dor, que são o primeiro determinante para o diagnóstico da fibromialgia. Em média são 19 pontos espalhados por todo corpo. (foto abaixo)
- Em grande parte dos diagnósticos é uma patologia de ordem neurológica, tendo este paciente uma falta ou diminuição acentuada da modulação da dor e do controle do sistema nociceptivo, através da diminuição da secreção de dopamina, serotonina e norepinefrina no cérebro (doctor google te responde o que é isso).
- A menopausa, neste caso, denominada de evento precipitante, esta associada a uma piora no quadro clínico geral da fibromialgia, aumentando a intensidade das dores e também aumentando o número de pontos sensíveis.
- Alterações na audição, na visão (fotofobia), alterações hepáticas e intestinais severas.
- Disfunções, distúrbios e doenças mitocondriais (olha as mitocôndrias de novo ai) podem desencadear ou agravar o quadro clínico. Coenzimas podem ser utilizadas para amenizar o quadro clínico.
- Todo e qualquer fator bioquímico interno (endógeno) ou fator externo do dia a dia (exógeno) que baixe os níveis séricos e normais de serotonina pode agravar ou ser um dos gatilhos determinantes para o desenvolvimento do quadro clínico de fibromialgia.
- Fatores psicológicos podem ser determinantes na intensidade das dores musculares. A associação entre depressão e fibromialgia esta presente em mais de 50% dos casos detectados. A grande maioria os pacientes tem sentimentos e emoções negativistas e pessimistas sobre tudo que os cercam. Alterações nos padrões cognitivos de percepções. Traumas emocionais.
- Quase 100% de chances que no exame laboratorial de sangue a “Proteína C Reativa” estará bem aumentada (mesmo que isto não seja usado como fator pra determinar o diagnóstico final)
- Bipolaridade e mudanças repentinas no humor. Vai da alegria extrema à ira e a raiva ou melancolia em frações de segundos ou minutos.
- Fadiga crônica diária mesmo sem motivos aparentes ou sem a prática excessiva de atividade física.
- E existe sim um fator e uma predisponibilidade genética para o desenvolvimento da fibromialgia.
- Adotar hábitos de higiene mental e emocional. Se possível se afastar ou erradicar de sua vida pessoas “nocivas” e “vampiros” emocionais.
- Diminuir estresse oxidativo e melhorar o funcionamento das suas mitocôndrias.
- Uso do GH (hormônio do crescimento) pode ser interessante
- Aumentar ingestão de Ômega 3 e diminuir ingestão de ômega 6 (óleos vegetais processados).
- Precisa ter níveis ótimos de Vitamina D “ativada”. Para estar ativada precisa de bronzeamento solar natural (sem uso de filtro solar). E se necessário iniciar suplementação de Vitamina D3 ou D2 (sempre utilizando os raios UVB ou ultra violeta B para a ativação)
- Fazer uso de suplementação de Zinco e Magnésio.
- Aumentar ingestão de proteínas de alto valor biológico e aminoácidos essenciais. Também suplementar creatina e carnitina.
- Dietas Cetogênicas, Vegetarianas ou Veganas são uma excelente alternativa para começar uma reeducação alimentar e para amenizar as dores e sintomas. Normalmente indivíduos com fibromialgia tem doença intestinal inflamatória, alergia ao gluten, lactose e afins.
- Diminuir substancialmente a ingestão de carboidratos simples (açúcares).
- O Glutamato, que é sintetizado a partir de glutamina, e também pode ser sintetizado a partir do α-cetoglutarato (um intermediário do ciclo de Krebs) e o Aspartato (que é um aminoácido não essencial, codificado pelo dna humano), são considerados aminoácidos excitatórios e podem aumentar a sensação de dor diminuindo o efeito do GABA (neuro-relaxante). Você sabia que quase 90% dos produtos industrializados contem glutamato na sua composição? Pois é…
A abordagem do tratamento da fibromialgia atua em quatro importantes pilares:
>Exercícios para fortalecimento muscular ou treinamento de força ou musculação, assim como para condicionamento cardiorrespiratório ou treinamento de aerobiose = corrida, ciclismo, indoor ou outdoor e esportes de endurance em geral, desde que feitos em intensidade moderada (trabalhar sempre entre 30% e 40% da carga máxima de 1RM). Em casos menos intensos da síndrome a hidroginástica pode ajudar a amenizar as dores. Em casos mais intensos, além de todos os processos para amenizar as dores, sexo pode ser uma ótima opção.
>Técnicas de alongamento e relaxamento para prevenir espasmos musculares.
>Reeducação alimentar, restrição de carboidratos e mudança de hábitos nutricionais e diários para melhorar a qualidade de vida e reduzir o estresse.
>Medicações para o controle da dor e dos distúrbios do sono.
Obs.: Medicamentos, quando necessários, devem ser prescritos pelo médico. Isso porque para cada quadro clínico a fibromialgia pode se manifestar de forma diferente, necessitando de diferentes abordagens farmacológicas.
Por Eduardo Schwab
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