sexta-feira, 14 de março de 2014

DESPERTAR DO CONHECIMENTO - "TAO" O que é TAOÍSMO?


O que é TAOÍSMO?
 
 

O Taoísmo se baseia num livro chamado Tao Te Ching , o livro do Tao e do Te. Tao (ordem do mundo) e Te (força vital) são antigos conceitos chineses, aos quais Confúcio deu uma interpretação um pouco diferente.

O Tao Te Ching, é um livrinho de apenas 20 ou 25 páginas, dividido em 81 capítulos. Ninguém sabe ao certo quem o escreveu, mas diz a lenda que foi o filósofo Lao-Tsé, que viveu no século VI a.C., tendo sido mais ou menos contemporâneo de Confúcio. As histórias sobre a vida de Lao-Tsé são muitas e variadas, e os historiadores não têm certeza sequer se ele de fato existiu. Feita esta advertência, a seguir, vamos nos referir à Lao-Tsé como o autor do Tao Te Ching. 
 

 
TAO - O Grande Princípio

Para Confúcio, o Tao era a suprema ordem do universo, que o homem tinha que seguir. Lao-Tsé, também concebia o Tao como a harmonia do mundo, especialmente do mundo natural. Só que ele foi mais além: o Tao é a verdadeira base da qual todas as coisas são criadas, ou da qual elas jorram. Várias vezes o Tao é descrito como o Céu, isto é, como algo divino, embora não seja um deus pessoal.

A diferença mais importante entre a concepção de Lao-Tsé sobre o Tao e as outras, é que Lao-Tsé acreditava ser impossível descrever o Tao de maneira direta e racional.

O Tao que pode ser descrito, não é o Tao real, disse ele Isso significa que o homem não pode investigar ou estudar a verdadeira natureza do Tao, não pode usar o intelecto para compreendê-lo. Ele deve meditar, imerso numa tranqüilidade sem nexos e esquecer todos os seus pensamentos a respeito de coisas externas, como o lucro e o progresso na vida. Só então irá alcançar a união com o Tao e será preenchido pelo Te, a força vital.

O Taoísmo implica passividade e não atividade. Para um sábio taoísta, a ação mais importante é a não-ação. Isso obviamente tem uma grande influência em sua visão comunitária. Enquanto Confúcio desejava educar o homem por meio do conhecimento, Lao-Tsé preferia que as pessoas permanecessem ingênuas e simples, como crianças. Enquanto Confúcio ansiava por regras e sistemas fixos na política, Lao-Tsé acreditava que o homem deveria interferir o mínimo possível no desdobramento natural dos fatos. Confúcio queria uma administração bem ordenada, mas Lao-Tsé acreditava que qualquer administração é má. Quanto mais leis e mandamentos existirem, mais bandidos e ladrões haverá, diz o Tao Te Ching.

O líder, devia ser um filósofo, e sua única tarefa era que sua passividade e seu distanciamento servissem de exemplo para os outros.

A caridade ativa não faz sentido para um taoísta. Mas ele tem uma boa vontade sem limites com todos os outros, sejam eles bons ou maus.

Alguns discípulos de Lao-Tsé direcionaram o misticismo natural para aspectos mais mágicos. Foram esses elementos de magia que encontraram maior ressonância entre as massas, ao se incorporarem às crendices e feitiçarias de tempos antigos. Por exemplo, Lao-Tsé acreditava que quando um indivíduo permanece passivo, preserva sua força vital por longo tempo, mantendo-a saudável e pura. Mais tarde, algumas pessoas começaram a interpretar essa idéia como a possibilidade de alcançar uma longevidade cada vez maior, e passaram a se interessar em se tornar imortais. Filósofos taoístas, além de meditar, exercitavam práticas mágicas e tentavam descobrir o Elixir da Vida Eterna.

Lado a lado com o taoísmo filosófico, foi se desenvolvendo uma religião popular, baseada em Lao-Tsé, mas que também tinha seus próprios deuses, templos, sacerdotes e monges . Havia rituais complexos, em parte inspirados pela prática budista, com procissões, oferendas de alimentos aos deuses e cerimônias em honra dos vivos e dos mortos.

ORIGEM DO TAOISMO:
Tradicionalmente, o Taoísmo é atribuído a três fontes principais:
O mais antigo, o mítico "Imperador Amarelo".

O mais famoso, o livro de aforismos místicos, o Dao De Jing (Tao Te Ching), supostamente escrito por Lao Zi (Lao Tse), que, segundo a tradição, foi um contemporâneo mais velho de Confúcio;
e o terceiro, os trabalhos do filósofo Zhuang Zi (Chuang Tse).
Outros livros ampliaram o Taoísmo, como o True Classic of Perfect Emptiness, de Lie Zi; e a compilação Huainanzi.
Além destes, o antigo I Ching, O Livro Das Mutações, é tido como uma fonte extra do taoísmo, assim como práticas de divinação da China antiga.

DEFINIÇÃO DE TAO:
O Tao não pode ser definido. E se for definido não é o Tao. O que isto significa? Significa que o Tao está acima e além da compreensão humana comum. A linguagem não possui palavras nem símbolos que o definam. É mais ou menos o que acontece quando queremos definir Deus.


ORIGEM DA PALAVRA:
A palavra Tao vem do livro de Lao-Tsé, intitulado, o Tao Te Ching. Este livro, constituído de 81 versos ou lições, surgiu há 2.600. E tudo isto começou quando ele, funcionário em uma corte depravada e corrupta, resolveu abandonar o país em busca de lugares mais serenos, onde pudesse repousar sua cabeça cansada. Consta que Lao-Tsé, ao deixar o país com as roupas do corpo e montado no lombo de um boi, dirigiu-se à fronteira. Lá chegando, encontrou um guarda que o reconheceu e pediu que este lhe ensinasse tudo o que sabia. Lao-Tsé aceitou a tarefa e em uma só noite escreveu o pequeno livro. Diz-se que Lao-Tsé estava mais do que inspirado, ele estava iluminado.

A BUSCA DA VERDADE:

A filosofia ocidental pergunta o que é a verdade; o taoísmo, o modo de atuar.

Para buscar a verdade, a nossa filosofia observa, argumenta, analisa e deduz, quer dizer, atua para conhecer. O taoísmo conhece para atuar e não chega ao conhecimento por uma ação prévia, mas sim por uma não-ação. Se observar e argumentar são as ferramentas da filosofia ocidental, a naturalidade e a espontaneidade são os meios de atuar dos taoístas.

Esta atitude está contida nos dois conceitos básicos do taoísmo, que são: Wu-wei = nada fazer e Tzu-jan = nada conhecer. A não-ação criativa do wu-wei é a pura naturalidade. O não conhecer do tzu-jan é a pura espontaneidade.

Resumindo:
Wu-wei quer dizer:

1) seguir a linha da menor resistência; 2) esperar o momento do retorno.

Tzu-jan quer dizer:

1) a mente em branco ou não mente; 2) o reflexo.

1) a mente em branco ou não mente; 2) o reflexo.

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