segunda-feira, 16 de setembro de 2013

EQUILÍBRIO EMOCIONAL - Liberte-se da sua carga emocional negativa

Liberte-se da sua carga emocional negativa

Num estado de abatimento, ocupamos o espaço que poderia ser preenchido com energia capacitadora e positiva. Perdemos a oportunidade para flexibilizarmos o pensamento e para relativizarmos o momento que estamos a viver.  Perdemos a oportunidade para sermos o nosso maior aliado, para puxarmos por nós, para perspetivarmos um caminho que nos faça sentir melhor ou que possa minimizar o sofrimento.
sentimentos

DE ONDE VEM TODA ESSA NEGATIVIDADE?

Durante todo o curso das nossas vidas, todos nós tivemos experiências que foram difíceis e dolorosas e consequentemente foi complicado lidar com elas. Esses acontecimentos foram certamente fontes óbvias de energia negativa. Podemos até reconhecer que o trauma das experiências extremas podem ter-nos deixado um pouco traumatizados. Naturalmente, encontrar uma maneira de deixar os resíduos dessas experiências teriam benefícios duradouros.
O que você pode não perceber é que, além das fontes mais óbvias, há pequenas coisas que você pode estar fazendo a cada dia que geram efeitos colaterais negativos, como problemas emocionais e neurológicas.

Apresento sete geradores de carga emocional negativa

1. OLHAR A VIDA ATRAVÉS DE FILTROS NEGATIVOS

A nossa percepção cria a nossa visão da realidade. Se vemos a vida através de filtros negativos, certamente irão distorcer a nossa forma de experienciar tudo o que fazemos, pensamos e sentimos. Mais especificamente, ficamos especialistas em amplificar o negativo e minimizar o lado positivo. A um nível emocional, a espiral negativa vai crescer, os pensamentos começam a ficar tóxicos, podendo desenvolver várias formas de sentimentos negativos oriundos de uma visão demasiado negativista da vida. O rancor, o ódio, a irritabilidade, a vitimização, a tristeza, a angústia são alguns dos sentimentos que usualmente emergem em consequência dos filtros negativos.
Mesmo perante cenários desvantajosos é importante adotar uma atitude positiva. A pessoa deve esforçar-se por implementar o pensamento positivo na sua vida, investindo no entendimento dos seus sentimentos e tentando perceber que num estado de abatimento temos tendência para fazer distorções do pensamento que prejudicam o bom desenvolvimento da vida.

2. DEMASIADA CRÍTICA NEGATIVA

Esta é uma armadilha que é fácil cair, porque nós facilmente associamos o nosso comportamento com a nossa identidade pessoal. Na posse de alguns comportamentos que nos podem ter conduzido à situação crítica, e exacerbado pelos sentimentos negativos presentes, tendemos a construir um diálogo interno autocrítico. A autosabotagem promove o stress e este não só corrói os nossos recursos emocionais, como também tem uma influência negativa sobre a forma como nos conduzimos e a maneira como reagimos aos outros e até mesmo às nossas ações. Se quando nos encontramos numa fase critica da nossa vida queremos que os outros nos deem o benefício da dúvida e resistam à tentação de nos julgar, não devemos estar dispostos a fazer o mesmo?
Monitorize o seu diálogo interno, não se deixe ser demasiado duro consigo. Seja o seu principal aliado. Tente não culpabilizar-se, mas sim responsabilizar-se pelas ações que possam melhorar o estado em que se encontra. Se a sua voz crítica negativa ecoa na sua cabeça, orientando os seus pensamentos de forma destrutiva promovendo sentimentos negativos, certamente não o ajudará em nada. É primordial que reoriente essa voz, de forma a que o possa capacitar para a ação. E igualmente para a procura de soluções que possam fazer com que se sinta melhor.

3. PROCURAR O CULPADO OU ONDE ESTÁ A CULPA

De quem foi a culpa? Porque é que tinha de acontecer comigo? Porquê fazer este tipo de perguntas? Provavelmente estas questões surgem porque procuramos algo ou alguém ou até mesmo uma característica nossa que assuma a responsabilidade ou justifique o sucedido. Queremos colocar a culpa sobre algumas dessas coisas para que não se associe a nós mesmos. Conseguir alguém ou algo para que nos retire o fardo do sucedido, pode equiparar-se como se estivéssemos evitando algo de terrível, mas tudo o que realmente contribui é para a libertação de uma enxurrada de energia negativa que vai enfraquecer a capacidade de lidar com tudo o que está acontecendo.
Uma das melhores maneiras para nos fortalecermos é simplesmente aceitar a responsabilidade das nossas ações subsequentes aos acontecimentos.

4. COLECCIONAR EMOÇÕES NEGATIVAS

Agarrar-se a sentimentos negativos de qualquer tipo é como beber veneno. Todos nós temos experiências agradáveis ​​e não tão agradáveis. Se nos apegarmos às memórias e aos sentimentos ligados a experiências desagradáveis ocorridas no passado, isso certamente irá minar a perspetiva de futuro. As memórias do passado podem realmente comprovar-se como paralisantes dado que cada memória faz emergir o mesmo sentimento vivido aquando dos acontecimentos. Ao reviver uma e outra vez as memórias negativas e em alguns casos traumáticas, a pessoa altera o seu estado de ser. Num estado de ser negativo, tudo o que lhe segue será igualmente negativo.
Para que as memórias negativas e os sentimentos negativos relacionados ao passado não prejudiquem o momento presente, nem inviabilizem um futuro risonho, é importante deixar de identificar-se com os seus sentimentos negativos. você é mais que o seus sentimentos. Você é aquele que pode fazer coisas para sentir-se melhor. Deixe de tomar decisões baseadas nesse estado incapacitante. No entanto, se aprender a lidar com os seus sentimentos, a entendê-los e a perceber que pode ser capaz de utilizá-los a seu favor, certamente ficará muito mais esperançoso em libertar-se da sua carga emocional negativa.


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5. FAZER COMPARAÇÕES

Esse hábito vem de uma mentalidade de escassez que se alimenta na ideia de competição ou no seu lado oposto, na ideia de vitimização. A premissa subjacente é que, para alguém ganhar, alguém tem que perder. A vida não é um concurso com as outras pessoas. Devemos todos esforçar-nos para sermos a melhor versão possível de nós mesmos. Não pretendo passar a mensagem que os termos de comparação sejam por si só prejudiciais, não mesmo. No entanto, é importante que a comparação não passe a ser o porta estandarte dos seus objetivos, dos seus valores e interesses. A comparação pode tornar-se destruidora da sua autoestima, aniquilar os seus esforços de sucesso. Isto porque existirá sempre alguém melhor e com mais do que você.
Deixa para lá. Construa-se numa base sólida de acordo com aquilo que julga estar ao seu alcance. Contextualize sempre os seus objetivos com o momento que atravessa, com as suas habilidades, capacidades, valores e objetivos de vida. Levando estas varáveis em consideração, fica mais apto a não cair na tentação de fazer comparações.

6. AGRADAR AOS OUTROS

Não importa quem você é, o que pensa, o que faz, algumas pessoas vão gostar e algumas não, algumas irão concordar com você e algumas irão discordar. Não se preocupe com isso, não fique mudando a si mesmo na tentativa de viver de acordo com as expectativas dos outros. Isso só vai criar conflitos internos e confusão. Aprenda a conectar-se com o seu eu verdadeiro. Descubra o que você quer ser.
O que o impulsiona, o que você defende, o que valoriza, o que lhe é significativo, onde pretende chegar, essas são algumas das coisas que permitirão mantê-lo no seu próprio caminho. Agradando a você mesmo. Não quero dizer que não devemos levar os outros em consideração, claro que saber ouvir e saber analisar a viabilidade de uma opinião é uma mais valia. É no entanto importante que essa opinião vinda dos outros se encaixe na sua forma de ser e de estar no mundo.

7. FAZER PAPEL DE VÍTIMA

Certamente acontecem-nos coisas na nossa vida que nos são alheias, que fogem ao nosso controle, que na verdade podemos considerar-nos vítimas. Mas, isso não quer dizer que devamos adotar o papel de vítima. São coisas distintas. Mesmo perante o infortúnio, o trauma, o revés da vida, devemos esforçar-nos por atribuirmos a nós mesmos a responsabilidade de fazer algo para melhorar ou minimizar o incómodo que possamos estar a sentir. Se nós nos vemos como uma vítima, então somos impotentes para criar mudanças positivas. O sentimento de desamparo ou de desesperança podem fazer despoletar atitudes negativas, emergindo efeitos colaterais potencialmente incapacitantes.
Aceitar a responsabilidade pela sua vida é capacitar-se, porque você fica no comando das operações.  Abandonar a mentalidade de vítima vai eliminar uma grande quantidade de negatividade da sua vida.

DESAPEGO COMO UMA ESTRATÉGIA CONSTRUTIVA

Afirmar que devemos seguir em frente perante algumas adversidades da vida, sem implementar uma estratégia eficaz e suportada por determinadas habilidades que têm necessariamente de ser desenvolvidas, pode efetivar-se como uma atitude negligente e consequentemente vazia de significado. Assim, você deve certificar-se de encontrar uma maneira de parar de carregar a sua carga emocional negativa que está a interferir com a sua capacidade de criar a vida que realmente quer. Mudar a sua vida para melhor é certamente o seu objetivo. Para que isso se efetive de forma funcional é necessário investir no desapego de algumas das coisas que estão a impedir libertar-se da sua carga emocional.

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