terça-feira, 8 de abril de 2014

DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA - Distúrbios Sexuais – Parte 3

Distúrbios Sexuais 

 


A Doutrina Espírita procura não condenar ninguém, recomendando sempre que tenhamos com todos o máximo de respeito, consideração e carinho, inclusive para com as pessoas desequilibradas sexualmente, uma vez que elas constituem espíritos que atravessam um momento difícil (até mesmo tormentoso) em que necessitam promover a sua edificação moral, através de uma conduta sexual equilibrada. A esse respeito, Emmanuel finaliza o livro “Vida e Sexo” com a seguinte recomendação: “Diante de toda e qualquer desarmonia do mundo afetivo, seja com quem for e como for, colocai-vos, em pensamento, no lugar dos acusados, analisando as vossas tendências mais íntimas e, após verificardes se estais em condições de censurar alguém, escutai no âmago da consciência, o apelo inolvidável do Cristo: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

A recomendação do Espiritismo, para o respeito e a compreensão diante dos irmãos que transitam em condições sexuais desequilibradas, ocorre não só em função do sentimento de fraternidade e caridade que deve presidir o relacionamento humano, mas também pelo fato de que nenhum de nós possui autoridade suficiente para condenar quem quer que seja, pois todos nós possuímos algum tipo de dificuldade moral e/ou material grave que, certamente, precisa de educação. Sobre isso André Luiz, no livro “Sinal Verde”, fala-nos o seguinte: “Se alguém errou na experiência sexual, consulte o próprio íntimo e verifique se você não teria incorrido no mesmo erro se tivesse oportunidade. Em todos os desafios e problemas do sexo, cultive a misericórdia para com os outros, recordando que, nos domínios do apoio pela compreensão, se hoje é o seu dia de dar, é possível que amanhã seja o seu dia de receber”.
 
 


De posse dessas informações, creio que então possamos entender o quanto é importante mantermos sempre uma conduta moral elevada, especialmente no que diz respeito ao sexo. Afinal, segundo André Luiz afirma, no livro “No Mundo Maior”: “A personalidade não é obra da usina interna das glândulas, mas produto da química mental. Compreendamos, pois, que o sexo reside na mente, a expressar-se no corpo espiritual, e conseqüentemente no corpo físico, por santuário criativo de nosso amor perante a vida, e, em razão disso, ninguém escarnecerá dele, desarmonizando-lhe as forças, sem escarnecer e desarmonizar a si mesmo”.

Para finalizar, deixo aqui uma reflexão, também de André Luiz, sobre relacionamentos afetivos, que talvez todos já tenham ouvido falar de alguma forma, mas creio que nunca é demais lembrar. Esse texto está presente no livro “Sinal Verde”: “Em toda comunicação afetiva, recorde a regra áurea: ‘não faça a outrem o que não deseja que outrem lhe faça’. Você receberá de retorno, tudo o que der aos outros, segundo a lei que rege os destinos”.


Livros citados

“Sinal Verde” – André Luiz / Chico Xavier
“Vida e Sexo” – Emmanuel / Chico Xavier
“O Consolador” – Emmanuel / Chico Xavier
“No Mundo Maior” – André Luiz / Chico Xavier
Estudos Espíritas” – Joanna de Ângelis / Divaldo Franco
“Evolução em Dois Mundos” – André Luiz / Chico Xavier / Waldo Vieira

DESPERTANDO A CONSCIÊNCIA - Distúrbios Sexuais – Parte 2

Distúrbios Sexuais

 


Emmanuel, em sua obra “Vida e Sexo”, nos informa que, quase sempre, os que chegam no além-túmulo, sexualmente desequilibrados, depois de longas perturbações, renascem no mundo tolerando moléstias insidiosas, amargando pesadas provas como conseqüência dos excessos que cometeram no passado. Então, se reencarnamos com uma distorção relacionada à área sexual, isso nos deve ser encarado como sinalizador de que cometemos graves deslizes nessa área e que necessitamos de ajustes, principalmente no setor moral.


Ainda o Espírito Emmanuel, em “O Consolador”, nos mostra que Deus não extermina as paixões dos homens, mas fá-las evoluir, convertendo-as pela dor em sagrados patrimônios da alma, competindo às criaturas dominar o coração, guiar os impulsos e orientar as tendências, na evolução sublime dos seus sentimentos. Informa Emmanuel que observamos almas numerosas aprendendo, entre as angústias sexuais do mundo, a renúncia e o sacrifício, em marcha para as mais puras aquisições do Amor Divino. De acordo com André Luiz, no livro “No Mundo Maior”, “desejo, posse, simpatia, carinho, devotamento, renúncia, sacrifício, constituem aspectos dessa jornada sublimadora. Por vezes, a criatura demora-se anos, séculos, existências diversas de uma estação a outra”.


Creio que seja importante esclarecer que nem todos os transtornos sexuais estarão sempre relacionados às experiências passadas do Espírito. Claro que, como todos nós estamos dentro de um processo maior de evolução, qualquer problema que nos afeta, invariavelmente poderá ser considerado um problema “da alma”, sendo assim, os problemas de ordem sexual podem ser considerados como resultado de dificuldades e equívocos vivenciados ao longo desta trajetória de evolução do nosso Espírito; mas, apesar disso, não podemos desconsiderar jamais as influências e os fatores da vida presente, que podem influenciar (e muito) no comportamento sexual. Aí sim, de acordo com as vivências da vida presente, pode-se vir a adquirir alguns débitos que, se não forem resolvidos nesta existência, certamente ficarão para uma próxima.


Ocasionalmente poderão aparecer, inclusive, Espíritos obsessores, e eles conseguirão influenciar aqueles que estiverem desequilibrados, mas não podemos colocar a responsabilidade toda encima da Espiritualidade, afinal, os Espíritos obsessores quase sempre possuem alguma afinidade vibracional com os obsediados, daí a sua atração (através da conduta e dos pensamentos). Além disso, são eles, também, sofredores que merecem ajuda.
 


Joanna de Ângelis
, em “Estudos Espíritas” fala sobre como deve se dar o reajuste de uma pessoa desequilibrada sexualmente (de dentro para fora, com a Medicina tradicional aliada à ‘Medicina da Alma’): “frustração, ansiedade, exacerbação, tormento, tendências inversas e aflições devem ser solucionados, do espírito em processo de reajuste ao corpo em reparação. Mediante a terapêutica da prece e do estudo, da aplicação dos passes e do tratamento desobsessivo, a par de assistência psicológica ou psiquiátrica correta, os que se encontram comprometidos com anomalias do corpo ou da emoção, recuperam a serenidade, reparam os tecidos ultra-sensíveis do perispírito, reestruturando as peças orgânicas para a manutenção do equilíbrio na conjuntura reencarnatória”. Sobre esse assunto, André Luiz, em “No Mundo Maior” complementa essa idéia, mas faz um alerta, falando: “A endocrinologia poderá fazer muito com uma injeção de hormônios, à guisa de pronto-socorro às coletividades celulares, mas não sanará lesões do pensamento”.

CONTINUA...

DESPERTANDO A CONSCIÊNCIA - Distúrbios Sexuais – Parte 1

Distúrbios Sexuais



Ontem foi dia de “blogagem coletiva” e o tema abordado foi “pedofilia”. Bom, a pedofilia, como todos sabem, é uma perversão sexual. Pesquisei bastante e na verdade não achei nada na Doutrina Espírita falando sobre a pedofilia em si, mas ela fala sim, de casos de distúrbios sexuais, no que podemos, sem dúvida, incluir a pedofilia. Hoje, portanto, continuarei abordando aqui este tema, por considerá-lo de extrema importância. Falarei um pouco sobre os distúrbios sexuais sob a perspectiva da Doutrina Espírita, de uma forma mais abrangente. Como o texto ficou muito grande, separei em 3 partes. Espero que gostem.

Espiritualmente falando, todos nós somos seres em busca do equilíbrio. A maior parte de nós traz graves comprometimentos no que diz respeito ao campo sexual. André Luiz, no livro “Sinal Verde” afirma que “psicologicamente, cada pessoa conserva, em matéria de sexo, problemática diferente”.


Ainda André Luiz, no livro “No Mundo Maior”, fala que os enigmas do sexo não se reduzem a meros fatores fisiológicos, e acrescenta ainda, em “Evolução em Dois Mundos”, que a sede real do sexo não se acha no veículo físico, mas sim na entidade espiritual, em sua estrutura complexa.


Vejamos um resumo do que André Luiz nos fala, sobre as “enfermidades do instinto sexual”, no livro “No Mundo Maior”:

“As cargas magnéticas do instinto, acumuladas e desbordantes na personalidade, à falta de sólido socorro íntimo para que se canalizem na direção do bem, obliteram as faculdades, ainda vacilantes, do discernimento e, alheia ao bom senso, a criatura lesada em seu equilíbrio sexual costuma entregar-se à rebelião e à loucura em síndromes espirituais de ciúme ou despeito.
 

Daí nascem as psiconeuroses, os colapsos nervosos, as fobias numerosas, os desvios da libido, a neurose obsessiva, as psicoses e as fixações mentais diversas que originam na ciência de hoje as indagações e os conceitos da psicologia de profundidade, na esfera da Psicanálise, que identifica as enfermidades ou desajustes do instinto sexual sem oferecer-lhes medicação adequada, porque apenas o conhecimento superior, gravado na própria alma, pode opor barreiras à extensão do conflito existente, traçando caminhos novos à energia criadora do sexo, quando em perigoso desequilíbrio.

Inútil é supor que a morte física ofereça solução pacífica aos espíritos em extremo desequilíbrio, que entregam o corpo aos desregramentos passionais. A loucura, em que se debatem, não procede de simples modificações do cérebro: dimana da desassociação dos centros perispiríticos, o que exige longos períodos de reparação.

Assim, à face das torturas genésicas a que se vê relegada, (a criatura) gera aflitivas contas cármicas a lhe vergastarem a alma no espaço e a lhe retardarem o progresso no tempo. Desse modo, por semelhantes rupturas dos sistemas psicossomáticos, harmonizados em permutas de cargas magnéticas afins, no terreno da sexualidade física ou exclusivamente psíquica, é que múltiplos sofrimentos são contraídos por nós todos, no decurso dos séculos, porquanto, se forjamos inquietações e problemas nos outros, com o instinto sexual, é justo que venhamos a solucioná-los em ocasião adequada”.


Joanna de Ângelis confirma estas informações, no livro “Estudos Espíritas”, onde afirma que o sexo, queira-se ou não, nas suas funções importantes em relação à vida, procede do Espírito, cujo comportamento numa existência grava na próxima (existência) as condições emocionais e estruturais necessárias à evolução moral.

CONTINUA...

DESPERTANDO O CONHECIMENTO - Passe e Água Fuidificada.

Passe e Água Fuidificada.



– Nos processos de cura, como deveremos compreender o passe?

Emmanuel - Assim como a transfusão de sangue representa uma renovação das forças físicas, o passe é uma transfusão de energias psíquicas,com a diferença de que os recursos orgânicos são retirados de um reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são do reservatório ilimitado das forças espirituais.

– Como deve ser recebidos e dados os passes?

Emmanuel - O passe poderá obedecer à fórmula que forneça maior porcentagem de confiança, não só a quem o dá, como a quem o recebe. Devemos esclarecer, todavia, que o passe é a transmissão de uma força psíquica e espiritual, dispensando qualquer contato físico na sua aplicação.

– A chamada “benzedura”, conhecida nos meios populares, será uma modalidade do passe?

Emmanuel - As chamadas “benzeduras”, tão comuns no ambiente popular, sempre que empregadas na caridade, são expressões humildes do passe regenerador, vulgarizado nas instituições espirituais de socorro e de assistência.

Jesus nos deu a primeira lição nesse sentido, impondo as mãos divinas sobre os enfermos e sofredores, no que foi seguido pelos apóstolos do Cristianismo primitivo.

Toda boa dádiva e dom perfeito vêm do Alto” – dizia o apóstolo, na profundeza de suas explanações.
 

A prática do bem pode assumir as fórmulas mais diversas. Sua essência, porém, é sempre a mesma diante do Senhor.

– No tratamento ministrado pelos Espíritos amigos, a água fluidificada, para um doente, terá o mesmo efeito em outro enfermo?

Emmanuel - A água pode ser fluidificada, de modo geral, em benefício de todos; todavia, pode sê-lo em caráter particular para determinado enfermo, e, neste caso, é conveniente que o uso seja pessoal e exclusivo.

– Existem condições especiais para que os Espíritos amigos possam fluidificar a água pura, como sejam as presenças de médiuns curadores, reuniões de vários elementos etc etc?

Emmanuel - A caridade não pode atender a situações especializadas. A presença de médiuns curadores, bem como as reuniões especiais, de modo algum podem constituir o preço do benefício aos doentes, porquanto os recursos dos guias espirituais, nessa esfera de ação, podem independer do concurso medianímico, considerando o problema dos méritos individuais.

– O fato de um guia espiritual receitar para determinado enfermo, é sinal infalível de que o doente terá de curar-se?

Emmanuel - O guia espiritual é também um irmão e um amigo, que nunca ferirá as vossas mais queridas esperanças.

Aconselhando o uso de uma substância medicamentosa, alvitrando essa ou aquela providência, ele cooperará para as melhoras de um enfermo e, se possível, para o pleno restabelecimento de sua saúde física, mas não poderá modificar a lei das provações ou os desígnios supremos dos planos superiores, na hipótese da desencarnação, porque, dentro da Lei, somente Deus, seu Criador, pode dispensar.




Retirado do livro "O Consolador" - Pelo Espírito Emmanuel - Psicografia de Francisco Cândido Xavier - Ed. FEB.

DESPERTANDO O CONHECIMENTO - Você acredita em reencarnação?

Você acredita em reencarnação?

Acredita que voltaremos vezes inúmeras a este planeta.
 
Isso porque experiências no campo da psicologia, entre outras, têm demonstrado que essa é uma verdade inconteste.
Alguns pesquisadores e cientistas igualmente já incorporaram essa verdade, provada por anos de experimentações, envolvendo, entre elas, a regressão de memória.
De forma muito estranha, no entanto, não temos nos comportado como quem acredita nessa verdade.
Vejamos o exemplo do nosso planeta. Seria óbvio que, se temos a certeza de que retornaremos a este local, desejássemos que ele nos oferecesse, nesse retorno, as melhores condições de vida.
Entretanto, que fazemos? Preocupamo-nos em preservar a mata?
Os exemplos demonstram que um número expressivo de nós está mais preocupado em ganhar dinheiro.
Dinheiro para gastar agora, nesta vida, sem pensar no futuro. Dinheiro para adquirir uma mansão, um carro, um iate. Dinheiro para viajar pelo mundo e gozar esta vida.
Não estamos absolutamente pensando que se o desmatamento prosseguir, teremos problemas para respirar, para a manutenção das chuvas regulares, para a preservação dos mananciais.
Aliás, as reservas do precioso líquido, água, não estão a nos merecer maior atenção?
Destruímos as matas ciliares, em total desleixo pela preservação de rios preciosos. Tudo porque a lavoura que nos garantirá dinheiro é mais importante do que zelarmos pela natureza.
Quando muito bem poderíamos, com um pouco menos de ambição, ter boa colheita e preservar o meio ambiente.
Um pouco de investimento, maior cuidado, mais atenção.
E quanto à camada de ozônio, cujo buraco se amplia a cada ano, que temos feito?
Preocupamo-nos em não utilizar materiais que a agridam, de forma paulatina?
Ou estamos mais preocupados em gozar dos bens que a vão destruindo?
Temos zelado e exigido que as nossas indústrias criem mecanismos não invasivos a esse precioso espaço que nos preserva a saúde?
Que estamos construindo para o nosso futuro?
Vivemos exatamente como quem, de forma egoística, vê somente o hoje.
O importante é gozar o mais possível. As gerações futuras haverão de dar um jeito para sua sobrevivência.
Damo-nos conta de que as gerações do futuro, por essa lei chamada reencarnação, seremos nós mesmos de retorno?
Que planeta estamos preparando para nós?
Se somos tão egoístas a ponto de não pensar em nossas crianças, esses pequenos que nos merecem todo cuidado, será que pensamos no que estamos deixando para nós mesmos, no amanhã que virá?
A reflexão se faz de oportunidade. Não se trata de um mero apelo, ou de digressões filosóficas, visando convencimento de quem quer que seja.
Trata-se de uma questão de bom senso e discernimento.
Por isso, pensemos: onde desejamos ser recebidos, em nosso retorno?
Num planeta árido, enfermo, com condições insalubres?
Ou num planeta abençoado pela mata verde, o ar puro, as fontes cristalinas cantando melodias de vida?
Um planeta de pedras e montanhas de picos agudos, nus, erguendo-se para o céu?
Ou um local cheio de flores, pássaros cantantes e animais de espécies variadas, mantendo o perfeito equilíbrio ecológico?
A decisão nos pertence. O amanhã depende de nós. A hora de construir e preservar é agora.
O melhor local: onde nos encontramos, no lar, na escola, no escritório, na rua.
Pensemos nisso!
 
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

DESPERTANDO O CONHECIMENTO - MARCAS DE NASCENÇA E A REENCARNAÇÃO!!!!

MARCAS DE NASCENÇA E A REENCARNAÇÃO!!!!


Um dia desses uma prima me perguntou se indicaria algo sobre as marcas de nascença e a reencarnação. Achei o tema interessante e fui pesquisar para esta postagem que espero traga esclarecimentos a todos.
Torna-se cada dia mais evidente tudo quanto a doutrina espírita tem afirmado nesses seus 156 anos de vida.
 

Não foram os espiritualistas reencarnacionistas que vieram a público fazer tal afirmação, mas sim aqueles que não acreditavam em vida após a vida (na carne). Hoje são dezenas de médicos, psiquiatras, psicoterapeutas que vêm afirmar que seus pacientes revelaram, e de forma inconteste, que foram protagonistas de episódios existenciais ocorridos em outras vidas que não a atual.
 
É do domínio dos interessados que a TVP (Terapia de Vivências Passadas) corre o mundo todo, curando fobias, traumas psicológicos e muitos males de ordem psíquica, tanto em adultos quanto em crianças.
Queremos, nesta oportunidade, referirmo-nos às recordações de vidas passadas vividas por crianças.
 
Um livro nos chamou a atenção porque a sua autora era uma céptica em matéria de reencarnação e nunca havia imaginado entrar em processo hipnótico e ser conduzida à recordação de outras vidas. Queremos nos referir à norte-americana Carol Bowman e a seu livro "Crianças e suas vidas passadas", com prefácio de Brian Weiss, médico psiquiatra de fama mundial, bastante conhecido no Brasil. Aqui já esteve muitas vezes, e sua fama começou após lançar o livro best-seller "Muitas vidas, muitos mestres", oportunidade para relatar o caso de Catherine, uma de suas pacientes.
 
Carol Bowman também viveu, após entrar em estado hipnótico, episódios de vidas passadas, e com facilidade. Ela escreveu que se uma criança descreve, com tanta convicção, apesar de toda a sua inocência, haver vivido antes, serenamente descreve a sua morte e a sua viagem de volta à vida carnal, dá testemunho inequívoco de uma verdade insofismável: somos almas imortais, já vivemos e continuaremos sempre a viver. Afirma peremptoriamente que essas lembranças das crianças se constitui na maior evidência da reencarnação. Em outras palavras, ela quer dizer: os espíritas estão certos! Aliás, sempre estiveram.
 
Para esta escritora, quando uma criança fala espontaneamente de suas vidas passadas, sem serem colocadas em estado hipnótico, estão, na verdade, dando aos pais conselhos práticos para que eles reconheçam a existência da reencarnação, e que as ajudem a se curarem de seus medos através das revivescências de certos fatos ocorridos no passado, os quais estão repercutindo negativamente em suas vidas, hoje. Pedem ajuda de seus responsáveis diretos, e de uma forma pouco comum, ainda.
 
Todo o processo de crença absoluta na reencarnação começou, para Carol, quando seu filho caçula Chase, principalmente, demonstrava um intenso terror, um medo fóbico de barulho de tiros, de fogos estourando, estrondos fortes, etc. Resolveu, após conselhos de uma amiga, procurar um hipnoterapeuta para livrar o filho do medo. Causando espanto a todos, o filho recorda ter sido um soldado na Guerra Civil americana, descrevendo fatos com detalhes impressionantes, os quais foram depois devidamente comprovados por um historiador, o que lhe havia acontecido durante a guerra. O mais notável viria após: ele curou-se de sua fobia em seguida à vivência de sua morte na guerra, ocorrida em meio de barulhento e terrível tiroteio.
 
A partir daí, Carol começou todo um trabalho de investigação das lembranças de vidas passadas em outras crianças, constatando que viveram também as mesmas experiências verificadas com seu filho. Ela entrevistou pais que também estiveram perplexos diante dos filhos e de seus relatos de vidas passadas. Visitou bibliotecas em busca de autores que tivessem abordado o assunto que a estava fascinando. O resultado foi esse livro com um apreciável manancial de fatos incontestáveis mostrando as crianças descrevendo suas antigas vidas, espontaneamente, e também após serem levadas a uma visualização, fazendo-as entrar em estado de alteração da consciência.
 
Para não tornar longo este capítulo, deter-nos-emos em um único caso dos muitos registrados por Carol Bowman. Ele se encontra no final de seu livro, assim mesmo o faremos o mais resumido possível. Contudo, ele será mais do que suficiente para qualquer pessoa se convencer da realidade reencarnatória, das muitas vidas do espírito, desde que não seja tão céptica e não alimente tantas dúvidas sobre a nossa imortalidade.
Por mais terrível seja para os pais a morte de sua criança, com a crença na reencarnação essa dor será absorvida rapidamente, não precisando os pais perderem a fé em DEUS, em Sua Justiça e Compaixão pelas Suas criaturas.
A reencarnação oferece uma esperança plausível, a de que a própria criança que "morreu" retorne da "morte" para a vida, na mesma família.
 
A família Pollack, da Inglaterra, sofreu o que se costuma dizer na Terra uma tragédia inimaginável. Joanna e Jacqueline, de onze e seis anos, respectivamente, foram atropeladas e "mortas" quando estavam andando por uma calçada.
Bem antes do acidente, o pai, John Pollack, um católico convicto, acreditava firmemente na reencarnação. Na sua fé pedia a DEUS que lhe desse uma prova insofismável da reencarnação. Mal sabia ele o que lhe estava reservado, como veremos.
 
Após o acontecimento trágico, pedia agora a DEUS que lhe devolvesse as filhas.
Em menos de um ano a sua esposa, Florence, fica grávida e John assegurou a todos que as suas filhas iam voltar para a família, e como gêmeas. John contradizia até o ginecologista que afirmava ser a gravidez de apenas um bebê. No dia 4 de outubro de 1958, Florence deu à luz dois bebês, duas gêmeas idênticas, que receberam os nomes de Jennifer e Gillian.
 
Perceberam, de imediato, que Jennifer, mas não Gillian, tinha duas marcas de nascença - uma linha branca na testa e uma marca marrom na cintura - que correspondiam em tamanho, forma e localização a uma cicatriz e a uma marca congênita que Jacqueline tinha na testa e na cintura. Tal fato era notável, porque, segundo pesquisa do Dr. Ian Stevenson, gêmeas idênticas teriam que ter marcas de nascença idênticas, o que agora não se dava.
 
Crescidas as meninas, o suficiente para falarem, lembraram detalhes de suas "irmãs mortas", elas que não tinham meios de saber, absolutamente nenhum. Feito um teste pelos pais e parentes, elas identificaram com detalhes brinquedos que haviam pertencido a Joanna e a Jacqueline. Ao visitarem pela primeira vez a cidade onde haviam vivido (os Pollack se mudaram quando as meninas ainda eram bem pequenas), apontaram corretamente para a antiga casa da família, foram até o parque e o playground, tendo descrito a escola e os balanços antes de vê-los.
 
É um caso com todos os sinais característicos de lembranças de vidas passadas, especialmente as marcas de nascença.
 
John Pollack acreditava mais e mais em DEUS, ELE lha havia restituído as filhas como resposta à sua fé e à sua crença na reencarnação. A prova que pedira a DEUS lhe fora concedida de forma incontestável. Vale, pois, a pena crer em DEUS, ou não?
 
* Escritor, orador e radialista, autor dos livros: Ser, Crer e Crescer - Elucidações Para uma Vida Melhor

DESPERTANDO O CONHECIMENTO - Corpo Espiritual (Perispírito)

Corpo Espiritual (Perispírito)




RETRATO DO CORPO MENTAL


Para definirmos, de alguma sorte, o corpo espiritual, é preciso considerar, antes de tudo, que ele não é reflexo do corpo físico, porque, na realidade, é o corpo físico que o reflete, tanto quanto ele próprio, o corpo espiritual, retrata em si o corpo mental (3) que lhe preside a formação. Do ponto de vista da constituição e função em que se caracteriza na esfera imediata ao trabalho do homem, após a morte, é o corpo espiritual o veículo físico por excelência, com sua estrutura eletromagnética, algo modificado no que tange aos fenômenos genésicos e nutritivos, de acordo, porém, com as aquisições da mente que o maneja. Todas as alterações que apresenta, depois do estágio berço-túmulo, verificam-se na base da conduta espiritual da criatura que se despede do arcabouço terrestre para continuar a jornada evolutiva nos domínios da experiência. Claro está, portanto, que é ele santuário vivo em que a consciência imortal prossegue em manifestação incessante, além do sepulcro, formação sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, noutra faixa vibratória, à face do sistema de permuta visceralmente renovado, se distribuem mais ou menos à feição das partículas coloides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica, e apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta.

CENTROS VITAIS - Estudado no plano em que nos encontramos, na posição de criaturas desencarnadas, o corpo espiritual ou psicossoma é, assim, o veículo físico, relativamente definido pela ciência humana, com os centros vitais que essa mesma ciência, por enquanto, não pode perquirir e reconhecer. Nele possuímos todo o equipamento de recursos automáticos que governam os bilhões de entidades microscópicas a serviço da Inteligência, nos círculos de ação em que nos demoramos, recursos esses adquiridos vagarosamente pelo ser, em milênios e milênios de esforço e recapitulação, nos múltiplos setores da evolução anímica. É assim que, regendo a atividade funcional dos órgãos relacionados pela fisiologia terrena, nele identificamos o centro coronário, instalado na região central do cérebro, sede da mente, centro que assimila os estímulos do Plano Superior e orienta a forma, o movimento, a estabilidade, o metabolismo orgânico e a vida consciencial da alma encarnada ou desencarnada, nas cintas de aprendizado que lhe corresponde no abrigo planetário. O centro coronário supervisiona, ainda, os outros centros vitais que lhe obedecem ao impulso, procedente do Espírito, assim como as peças secundárias de uma usina respondem ao comando da peça-motor de que se serve o tirocínio do homem para concatená-las e dirigi-las.

Desses centros secundários, entrelaçados no psicossoma, e, consequentemente, no corpo físico, por redes plexiformes, destacamos o centro cerebral contíguo ao coronário, com influência decisiva sobre os demais, governando o córtice encefálico na sustentação dos sentidos, marcando a atividade das glândulas endocrínicas e administrando o sistema nervoso, em toda a sua organização, coordenação, atividade e mecanismo, desde os neurônios sensitivos até as células efetoras; o centro laríngeo, controlando notadamente a respiração e a fonação; o centro cardíaco, dirigindo a emotividade e a circulação das forças de base; o centro esplênico, determinando todas as atividades em que se exprime o sistema hemático, dentro das variações de meio e volume sanguíneo; o centro gástrico, responsabilizando-se pela digestão e absorção dos alimentos densos ou menos densos que, de qualquer modo, representam concentrados fluídicos penetrando-nos a organização, e o centro genésico, guiando a modelagem de novas formas entre os homens ou o estabelecimento de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e à realização entre as almas.

CENTRO CORONÁRIO - Temos particularmente no centro coronário o ponto de interação entre as forças determinantes do espírito e as forças fisiopsicossomáticas organizadas. Dele parte desse modo, a corrente de energia vitalizante formada de estímulos espirituais com ação difusível sobre a matéria mental que o envolve, transmitindo aos demais centros da alma os reflexos vivos de nossos sentimentos, idéias e ações, tanto quanto esses mesmos centros, interdependentes entre si, imprimem semelhantes reflexos nos órgãos e demais implementos de nossa constituição particular, plasmando em nós próprios os efeitos agradáveis ou desagradáveis de nossa influência e conduta. A mente elabora as criações que lhe fluem da vontade, apropriando-se dos elementos que a circundam, e o centro coronário incumbem-se automaticamente de fixar a natureza da responsabilidade que lhes diga respeito, marcando no próprio ser as consequências felizes ou infelizes de sua movimentação consciencial no campo do destino.

ESTRUTURA MENTAL DAS CÉLULAS - É importante considerar, todavia, que nós, os desencarnados, na esfera que nos é própria, estudamos, presentemente, a estrutura mental das células, de modo a iniciarmo-nos em aprendizado superior, com mais amplitude de conhecimento, acerca dos fluidos que nos integram o clima de manifestação, todos eles de origem mental e todos entretecidos na essência da matéria primária, ou Hausto Corpuscular de Deus, de que se compõe a base do Universo Infinito.

CENTROS VITAIS E CÉLULAS - São os centros vitais fulcros energéticos quem sob a direção automática da alma, imprimem às células a especialização extrema, pela qual o homem possui no corpo denso, e detemos todos no corpo espiritual em recursos equivalentes, as células que produzem fosfato e carbonato de cálcio para a construção dos ossos, as que se distendem para a recobertura do intestino, as que desempenham complexas funções químicas no fígado, as que se transformam em filtros do sangue na intimidade dos rins e outras tantas que se ocupam do fabrico de substâncias indispensáveis à conservação e defesa da vida nas glândulas, nos tecidos e nos órgãos que nos constituem o cosmo vivo de manifestação. Essas células que obedecem às ordens do Espírito, diferenciando-se e adaptando-se às condições por ele criadas, procedem do elemento primitivo, comum, de que todos provimos em laboriosa marcha no decurso dos milênios, desde o seio tépido do oceano, quando as formações protoplásmicas nos lastrearam as manifestações primeiras. Tanto quanto a célula individual, a personalizar-se na ameba, ser unicelular que reclama ambiente próprio e nutrição adequada para crescer a reproduzir-se, garantindo a sobrevivência da espécie no oceano em que respiram, os bilhões de células que nos servem ao veículo de expressão, agora domesticadas, na sua quase totalidade em funções exclusivas, necessita de substâncias especiais, água, oxigênio e canais de exoneração excretória para se multiplicarem no trabalho específico que nosso espírito lhes traça, encontrando, porém, esse clima, que lhes é indispensável, na estrutura aquosa de nossa constituição fisiopsicossomática, a expressar-se nos líquidos extracelulares, formados pelo líquido intersticial e pelo plasma sanguíneo.

EXTERIORIZAÇÃO DOS CENTROS VITAIS - Observando o corpo espiritual ou psicossoma, desse modo, em nossa rápida síntese, como veículo eletromagnético, qual o próprio corpo físico vulgar, reconhecer facilmente que, como acontece na exteriorização da sensibilidade dos encarnados, operada pelos magnetizadores comuns, os centros vitais a que nos referimos são também exteriorizáveis, quando a criatura se encontre no campo da encarnação, fenômeno esse a que atendem habitualmente os médicos e enfermeiros desencarnados, durante o sono vulgar, no auxílio a doentes físicos de todas as latitudes da Terra, plasmando renovações e transformações no comportamento celular, mediante intervenções no corpo espiritual, segundo a lei de merecimento, recursos esses que se popularizarão na medicina terrestre do grande futuro.

CORPO ESPIRITUAL DEPOIS DA MORTE - Em suma, o psicossoma é ainda corpo de duração variável, segundo o equilíbrio emotivo e o avanço cultural daqueles que o governam, além do carro fisiológico, apresentando algumas transformações fundamentais, depois da morte carnal, principalmente no centro gástrico, pela diferenciação dos alimentos de que se provê, e no centro genésico, quando há sublimação do amor, na comunhão das almas que se reúnem no matrimônio divino das próprias forças, gerando novas fórmulas de aperfeiçoamento e progresso para o reino do espírito. Esse corpo que evolve e se aprimora nas experiências de ação e reação, no plano terrestre e nas regiões espirituais que lhe são fronteiriços, é suscetível de sofrer alterações múltiplas, com alicerces na adinamia proveniente da nossa queda mental no remorso, ou na hiperdinâmica imposta pelos delírios da imaginação, a se responsabilizarem por disfunções inúmeras da alma, nascidas do estado de hipo e hipertensão no movimento circulatório das forças que lhe mantêm o organismo sutil, e pode também desgastar-se, na esfera imediata à esfera física, para nela se refazer, através do renascimento, segundo o molde mental preexistente, ou ainda restringir-se a fim de se reconstituir de novo, no vaso uterino, para a recapitulação dos ensinamentos e experiências de que se mostre necessitado, de acordo com as falhas da consciência perante a Lei. Outros aspectos do psicossoma examinarão quando as circunstâncias nos induzam a apreciar-lhe o comportamento nas regiões espirituais vizinhas da Terra, dentro das sociedades afins, em que as almas se reúnem conforme os ideais e as tarefas nobres que abraçam, ou segundo as culpas dilacerantes ou tendências inferiores em que se sintonizam, geralmente preparando novos eventos, alusivos às necessidades e problemas que lhes são peculiares nos domínios da reencarnação imprescindível. (3) O corpo mental, assinalado experimentalmente por diversos estudiosos, é o envoltório sutil da mente, e que, por agora, não podemos definir com mais amplitude de conceituação, além daquela com que tem sido apresentado pelos pesquisadores encarnados, e isto por falta de terminologia adequada no dicionário terrestre.




Autor: André Luiz (espírito) - psicografia de Chico Xavier
(Nota do Autor Espiritual) Livro: Evolução em Dois Mundos