Uns chamam de tontura; outros, de vertigem. Para os médicos, porém, são duas variações da mesma coisa com algumas características que as distingue: “Na tontura há instabilidade corporal, quedas, sensação de desmaio. Na vertigem, o tipo mais comum de tontura, há sensação ilusória de que o corpo, imóvel, se move ou que tudo em volta está girando”, diz o otoneurologista Sérgio Albertino, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Isso é resultado do conflito entre as mensagens enviadas simultaneamente ao cérebro pelo labirinto (localizado no ouvido interno), pela visão e pelos receptores sensoriais espalhados por tendões, articulações e músculos — que compõem o sistema propriocepção, responsável pelo equilíbrio corporal. Quando a mensagem diverge, o cérebro entende que algo está fora de controle e dispara sinais de alerta contra um possível perigo, em forma de mal-estar. É assim que surge a vertigem em lugares altos. Apesar de o labirinto e os sensores indicarem que o corpo está apoiado, a visão mostra a distância em relação ao chão.
Repetida diversas vezes, essa experiência pode ser memorizada pelo cérebro e permitir que uma pessoa até ande numa corda bamba.
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