Yohimbe é uma planta originária da África do Sul.
Seu uso inicial sempre foi associado ao tratamento de condições como febre, tosse e lepra. Mas, no século XIX, missionários alemães descobriram uma função nova para ela, a de afrodisíaco.
Então, os estudos sobre a yohimbe começaram a ser feitos com mais critério em busca de respostas e comprovações sobre seus componentes químicos, entre os quais o destaque é a ioimbina. Este alcaloide promove a expansão dos vasos sanguíneos, inclusive nos órgãos genitais.
Ao longo do tempo, pesquisas realizadas pela indústria farmacêutica passaram a isolar e sintetizar a ioimbina, utilizando o composto como remédio no combate à impotência sexual.
Atualmente, a yohimbe vem sendo usada principalmente para aumentar a libido de homens e mulheres, graças à sua capacidade vasodilatadora natural. Ou seja, ela estimula o aumento do fluxo sanguíneo, auxiliando especialmente em casos de disfunção erétil e melhora da duração da ereção.
Diz-se inclusive que, antes do surgimento do viagra, muitos costumavam tomar chá feito do extrato da casca da árvore com intuito de reverter dificuldades no campo sexual. Com a vantagem de não precisar recorrer a fármacos muitas vezes cheios de efeitos colaterais fortes.
Mas existem outras formas de aproveitamento da yohimbe
O ganho de massa muscular seria uma delas. Relatos indicam que a ingestão da planta pode favorecer a hipertrofia porque ela seria capaz de agilizar a recuperação pós-treino, além de impulsionar a disposição física, turbinando o desempenho durante a prática de exercícios.
Outra vantagem do consumo de yohimbe seria a perda de peso. A alegação dos fabricantes de suplementos é que a planta ajuda a perder gordura localizada, inclusive aquela difícil de eliminar mesmo com atividade física intensa, que fica depositada no abdômen, coxas, pernas e glúteos.
Há relato de estudo clínico com 20 mulheres obesas submetidas a dieta de 1000 calorias por dia durante 3 semanas, sendo que 10 delas receberam ioimbina, enquanto as demais tomaram placebo. A conclusão: as que tomaram ioimbina perderam uma média de 3,55 quilos; já no grupo do placebo, essa média foi de 2,21 quilos a menos.
Os resultados podem ser animadores, porém, é necessário fazer mais pesquisas para de fato atribuir à yohimbe a função de emagrecedora. Também é preciso levar em conta os efeitos adversos que, em algumas situações, podem ser perigosos.
É bom lembrar que é fundamental o acompanhamento especializado, a supervisão profissional ao administrar ervas em nossa dieta. As plantas medicinais também podem ter contraindicações, efeitos colaterais e interações medicamentosas.
O conteúdo deste post tem função de informar. Apenas um nutricionista ou médico pode prescrever dietas e fazer alterações importantes na alimentação, de acordo com a situação específica de cada pessoa.
Possíveis efeitos colaterais da planta yohimbe
Aceleração nos batimentos cardíacos
Ansiedade
Ataque cardíaco
Aumento da pressão arterial
Cefaleia
Convulsões
Dificuldade para respirar
Dor de estômago
Edemas
Insônia
Insuficiência renal
Morte
Náuseas
Paralisia
Queda acentuada da pressão arterial
Reações alérgicas
Tontura
Tremores
Vômito
Quem não deve consumir yohimbe
Em geral, crianças, lactantes, gestantes, pessoas com tendência a hemorragias, homens com problema de próstata e indivíduos com doenças no fígado não devem ingerir yohimbe.
Pessoas com alterações na pressão arterial (alta ou baixa), cardíacos, diabéticos, doentes renais e pacientes com quadro depressivo também têm contraindicação quanto à ingestão da planta.
E mais: quem está prestes a passar por uma cirurgia e faz uso de yohimbe deve parar de consumir a planta no mínimo duas semanas antes da intervenção.
A conclusão à qual podemos chegar é a seguinte: a yohimbe parece trazer benefícios, sim, mas ainda requer mais estudos, para que suas propriedades sejam confirmadas. Portanto, só consuma a planta se houver realmente muita necessidade – e recomendação médica.
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