Quando a Mentira vira doença.
A doença que faz mentir.
Mitomania ou pseudolalia é o nome dado à condição psiquiátrica ou desequilibro psicológico, em que o individuo possui o comportamento compulsivo de mentir. Como compulsão, entendemos o impulso irresistível de realizar determinado ato, sendo que a força de vontade do sujeito é insuficiente par impedi-lo de cometer tal ação, da mesma forma que acontece com viciados ou adictos em álcool ou drogas.
Quando mentir vira doença: não é necessário ser especialista para perceber quando o ato de mentir deixa de ser normal e passar a ser patológico. Mentir sai do âmbito da normalidade, quando deixa de ser algo esporádico e começa a ser frequente. Mentir passa a ser doentio quando não apenas um, mas todas as esferas da vida de uma pessoa (trabalho, família, amigos, etc.) são permeadas pelas mentiras.
Existem pessoas que criam mentiras que tem a intenção deliberada de enganar outras pessoas, a fim de obter vantagens sejam elas quais forem. O mais provável é que essas pessoas tenham algum de desvio de caráter, porém ainda existe a possibilidade de que elas também sofram de algum tipo de doença.
Para o mentiroso comum a mentira é uma ferramenta para se chegar a um objetivo, já para mitômano ela é uma espécie de consolo contra uma realidade negativa ou hostil. Diferentemente do fraudador, o mitômano acredita nas próprias mentiras, claro que no fundo o mitômano sabe que o que ele está falando é inverdade, porém este embuste é necessário para que ele mantenha a sua organização interna, traduzindo: a mentira o ajuda a não enlouquecer.
O mentiroso compulsivo comumente também desenvolve outras compulsões, comida, sexo, álcool, drogas etc. ele se utiliza desses mecanismos também com a finalidade de fugir da realidade.
Quais são as causas da mitomania ou pseudolalia?
Ao pesquisar a literatura da Psicologia e Psiquiatria, nos deparamos com várias hipóteses de causas para esse transtorno. Mas estudando melhor alguns casos de mitomania percebemos que ela se assemelha muito mais a um sintoma a um adoecimento propriamente dito.
De modo geral ela aparece associada a diversos fatores psicossociais e relacionada a transtornos psiquiátricos como depressão, TOC, Esquizofrenia entre outros.
Um histórico de conflitos familiares é recorrente nos prontuários de pacientes mitômanos, em alguns casos as mentiras inventadas estão relacionadas a uma família idealizada, como o caso de uma menina cujo pai era violento era retratado como carinhoso e que lhe enchia de presentes caros, quando na verdade sua família era muito pobre e estava impossibilitada de dar tais presentes.
Baixa autoestima é outro ponto em comum em mitômanos, nesses casos os embustes estão relacionados a ideias de grandeza, ostentação e proezas incríveis que o mentiroso diz a respeito de si mesmo. Essas mentiras têm como objetivo fazer com que o sujeito se senta melhor com si mesmo.
Necessidade de aceitação também aprece em mentirosos compulsivos. Há casos em que o mitômano acredita que ninguém irá gostar dele como ele realmente é por isso ele cria uma autoimagem fantasiosa.
Maquiar uma realidade difícil inaceitável, como eu mencionei anteriormente, a mentira pode servir como uma forma de consolo, ou melhor, uma fuga da realidade para quem tem pseudolalia.
Consequência desse problema:
A mentira tende a ser algo muito mais nocivo para o mitômano do que para sua “vitimas” um dos motivos é que as pessoas costumam se afastar do mentiroso, tornando-o um solitário (coisa que ele mais odeia). Outra questão é que o mitômano por vezes é obrigado a encarar a realidade da qual ele quer fugir, e por não estar acostumado a enxergar o mundo real, este lhe parece muito mais hostil e desamparador. Nesses momentos surge a depressão e a ideação suicida.
Por mais realística que uma mentira possa parecer ela sempre deixa falhas ou brechas, e por isso o por isso o mentirosos precisa criar nova inverdades para encobrir suas contradições tornando esse problema um circulo vicioso difícil de ser quebrado.
Qual tratamento para a mitomania ou pseudolalia?
O mentiroso compulsivo necessita de acompanhamento psiquiátrico para tratar principalmente A depressão e a ansiedade. A psicoterapia vai entrar para trabalhar as causas do problema, a auto aceitação, o fortalecimento do self e a autoestima.
Fonte:www.psicologosp.com
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