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Clarividência, mediunidade, “magnetismo “, constituem capacidade reais do ser humano. A biopsicoenergética estuda os processos energéticos sutis que constituem a base de tais mecanismos extra sensoriais.
Os tipos de perceptores extra-sensoriais (sensitivos) são, genericamente, dois: passivos e ativos. Os primeiros manifestam suas faculdades de forma praticamente involuntária; por isso, possuem um controle relativo do mecanismo e dos fatores que podem concorrer no processo. É o caso mais comum e fácil de se verificar, e o mais propício de ocorrer nos tipos humanos Naturais.
Os perceptores ativos, ao contrário, possuem uma formação basicamente distinta, e as faculdades que detêm são resultantes de uma elaboração treinada e disciplinada; por isso, possuem controle voluntário dos fenômenos. É o caso menos comum, e mais factível nos tipos humanos Mentais.
Com a adequada disciplina, um sensitivo passivo pode passar a ativo, e isso, geralmente, implica sua transformação de tipo Natural em Mental.
Principais formas de percepção extra-sensorial
Far-se-ão referências às faculdades mais conhecidas e suas variantes mais comuns.
Clarividência É a percepção de formas e/ou cores fora da gama visual comum, ou, o que é o mesmo, uma ampliação do campo perceptivo acima e/ou abaixo da categoria de longitudes de onda que abarca aproximadamente entre 0,4 a 0,7 mícron/ciclo (ou as suas frequências correspondidas). Tecnicamente, “a capacidade perceptiva clarividente está dada pela faixa de ampliação dentro das oitavas inferiores ou superiores, que se vão repetindo, em progressão geométrica, de forma teoricamente indefinida.”
Tal capacidade varia de um perceptor para outro, e é por isso que um dado sujeito pode apreciar maiores gamas que outro, dentro de uma mesma região, caso sua faculdade estiver mais desenvolvida. Também num mesmo indivíduo pode variar a faixa de percepção (ampliada ou diminuída), conforme ao que, e como se dedique.
A clarividência pode ser tanto de “olho aberto” como de “olho fechado”. As percepções à distância operam essencialmente pelo centro interno e respondem à segunda modalidade. As percepções diretas (por exemplo do campo energético de um sujeito em observação) podem ser tanto de um modo como do outro, embora seja mais seguro o de “olho aberto” (mas não por isso deixa de operar o centro interno).
Muitos perceptores de “olho fechado” não podem operar sua faculdade com os olhos abertos, mesmo quando o sujeito em estudo esteja diante de si.
As variantes da clarividência
1) Levando se em conta a Figura 1, “Atos conscientes”, percebe se a incidência da energia eletromagnética do plano apropriado, que induz correntes no nervo ótico. Tais correntes produzem no centro cerebral do perceptor a sensação visual de cor e/ou forma correspondente ao sinal que atua do exterior. Nesse sentido, o nervo ótico opera de forma similar a uma antena de receptor rádio elétrico.
Este fenômeno se verifica em todos os seres humanos, mas é no sensitivo que ele se torna ponderável. Admitindo se seguir com a similitude rádio elétrica, o centro de percepção clarividente (organicamente a glândula hipófise a sua conveniente interconexão com a pineal) representaria o receptor propriamente dito que, com suficiente sensibilidade e seletividade (por devida elaboração e ajuste) torna possível a manifestação. O olho físico praticamente não influi, sobretudo nos casos em que a precitada elaboração e ajuste se produza inconscientemente (perceptores passivos).
2) Caso em que o vórtice da hipófise está suficientemente desenvolvido e conectado, por algum dos circuitos possíveis, com o vórtice coronário. A percepção, neste caso, é realizada primordialmente pelo vórtice da hipófise, que transfere por indução a informação ao centro visual cerebral. O olho físico praticamente não influi.
Dá se tanto em perceptores passivos como ativos.
Idêntico ao anterior, mas a “olho aberto”. Nesse caso, há um incremento do fator de apreciação, mas exige se um “alinhamento”, ajuste, ou “colocação em fase” da percepção visual com a captação vorticiana. É mais factível em perceptores ativos.
Clariaudiência É a percepção da energia eletromagnética do som. Deve-se ter sempre presente o fato de que todo som e cor são dois aspectos diferenciados de uma mesma causa ou fato essencial.
Variantes
Este fenômeno se verifica em todos os seres humanos, mas é no sensitivo que ele se torna ponderável. Admitindo se seguir com a similitude rádio elétrica, o centro de percepção clarividente (organicamente a glândula hipófise a sua conveniente interconexão com a pineal) representaria o receptor propriamente dito que, com suficiente sensibilidade e seletividade (por devida elaboração e ajuste) torna possível a manifestação. O olho físico praticamente não influi, sobretudo nos casos em que a precitada elaboração e ajuste se produza inconscientemente (perceptores passivos).
2) Caso em que o vórtice da hipófise está suficientemente desenvolvido e conectado, por algum dos circuitos possíveis, com o vórtice coronário. A percepção, neste caso, é realizada primordialmente pelo vórtice da hipófise, que transfere por indução a informação ao centro visual cerebral. O olho físico praticamente não influi.
Dá se tanto em perceptores passivos como ativos.
Idêntico ao anterior, mas a “olho aberto”. Nesse caso, há um incremento do fator de apreciação, mas exige se um “alinhamento”, ajuste, ou “colocação em fase” da percepção visual com a captação vorticiana. É mais factível em perceptores ativos.
Clariaudiência É a percepção da energia eletromagnética do som. Deve-se ter sempre presente o fato de que todo som e cor são dois aspectos diferenciados de uma mesma causa ou fato essencial.
Variantes
1) Considerando se a mesma Figura 1, “Atos conscientes”, e com o mesmo critério anterior, pode se dizer que a energética eletromagnética do plano apropriado incide induzindo correntes no nervo auditivo, as quais produzem no centro cerebral do perceptor a sensação sonora correspondente ao sinal que atua do exterior. Aqui também são válidas as mesmas similitudes citadas com referência a antena e receptor. O ouvido físico praticamente não influi; é faculdade típica de perceptores passivos.
2) Essa variante dá se quando o vórtice cardíaco, suficientemente desenvolvido e conectado por meio de algum dos circuitos adequados ao cérebro, atua como “canalizador primário”, e o talo vorticiano como uma espécie de “linha de transmissão”, ou, mais particularmente, como uma “guia de onda”, até induzir se no centro cerebral auditivo. É factível tanto em perceptores passivos como ativos, embora estes últimos possam controlar a abertura do vórtice para não serem indevidamente influenciados quando não o desejarem.
Observações importantes
Dois perceptores (um clarividente e outro clariaudiente), ante um mesmo fenômeno ou objeto analisado, podem perceber cada um no seu plano de captação respectivo. Isso esclarece as confusões que costumam surgir pelas mais do que superficiais e levianas “avaliações” parapsicológicas correntes de manifestações extra sensoriais diferenciadas, que respondem essencialmente a uma mesma a única realidade.
Finalmente, cabe comentar a percepção (tanto de forma como de cor) que se produz por via do plexo solar externo, ou mesmo do médio. Por seu relativamente baixo valor de frequência operativa (em relação aos valores do campo superior), somente podem entrar em ressonância com energias de seu mesmo plano ou oitava, que são, por isso mesmo, de baixo nível quântico.
Essas são as percepções certamente reais, mas desagradáveis e nocivas em grau máximo que tão frequentemente se comentam em livros com distintos nomes (baixo astral, oitava esfera, etc.).
Existe ainda uma pseudo escola, bastante conhecida, que destaca as propriedades da hipófise como transmissor e do plexo solar como receptor. Mas isso não passa de uma lamentável tergiversação dos ensinamentos primitivos, ou da verdadeira Tradição.
Mediunidade
Em primeiro lugar, convém esclarecer que médium significa “meio” e, por extensão, “mediador” ou “intermediário”. Um médium é, portanto, um veículo através do qual pode manifestar-se uma energia mais ou menos organizada ou estruturada, ou então algum corpo energético sutil externo.
A condição de mediunidade é factível pura a exclusivamente nos indivíduos Naturais, e tal estado operativo prescreve a máxima passividade possível, para que a mensagem traduzida pelo veículo se exteriorize com a máxima fidelidade (ou mínima deformação).
Em todo transdutor ou sistema de transferência tem se sempre uma deformação, por mínima que seja e a isso não escapa o veículo mediúnico. A vida privada, a conduta, a ordem e o meio ambiente onde se desenvolve esse tipo particular (embora bastante numeroso) de sensitivo devem ser muitas éticas e tranquilas, se é que se pretende uma mediação com estruturas elevadas.
Tais condições interessam muito mais do que o nível cultural ou a informação consciente possuída pelo médium, já que estes últimos fatores causam, frequentemente, distorções na tradução das mensagens.
Fica fácil entender isso quando se pensa que o médium deve traduzir palavras relacionadas com fatos, sons, imagens, perfumes, etc., e/ou realizar desenhos ou escritos que possam, consequentemente, conter um alto percentual de ingrediente subjetivo.
Essencialmente, a mediunidade consiste no deslocamento relativamente fácil das conexões ou enlaces energéticos que unem os vórtices de uma estrutura com outra (por exemplo, entre etérico e astral) a partir da ação de uma energia externa. Dessa forma, tal energia externa pode se inserir naquele circuito e transferir mensagens.
Na relação veículo entidade, tem vigência a seguinte lei: para que exista enlace, o valor cume (máximo nível quântico) do veículo deve pelo menos alcançar o valor mínimo da entidade. Se assim não for, não existirá relação possível com tal entidade ou estrutura, e deverá eventualmente produzir se conexão com outra de mais baixo valor mínimo. As condições éticas já assinaladas, às quais devem se somar outras do mesmo teor, altamente cultivadas, permitem às vezes o aparecimento de veículos excepcionais. Isso é o que se tinha, por exemplo, no Egito e na Grécia antigos, com as célebres pitonisas e oráculos. No presente, ainda existem sensitivos mediúnicos desse porte (embora sejam muito raros); tais seres se desenvolvem em ambientes próprios a seu nível.
Embora seja amplo o panorama dos sensitivos em geral, o é de forma particular o campo da mediunidade e dos médiuns, bem como dos múltiplos mecanismos (diretos e indiretos) de enlace; e isso sem levar em conta os processos de ectoplasmia e de incorporação, que são questões ainda mais específicas.
A mediunidade pode ocorrer tanto em homens como em mulheres, e esses sensitivos também estão sujeitos tanto à evolução como à involução.
Em geral, trata se de uma faculdade que implica certos perigos psíquicos e, contrariamente ao que se supõe, não traz nenhuma “fortuna” a quem a possui (salvo temporariamente para aqueles que a exercitam no plano concretamente especulativo ou de “divertimento”).
Alguns dos grandes médiuns mais conhecidos e recentes foram (cada um com as lógicas diferenças circunstanciais e de nível de desenvolvimento do Ser): Joana D’Arc, Santa Teresa, Santa Rosa de Lima, H. P. Blavatsky, Alice Bailey, Amália Domingos Soler, Maria S. Loredo de Subiza, Don Orione, São Francisco de Assis, São Tomás de Aquino, Dom Bosco, São João Vianney, Francisco Cândido Xavier, Múcio Ambrósio, etc. Na vida de alguns deles, operaram se sutilizações energéticas que produziram a feliz evolução do estado mediúnico à condição conhecida como Adeptado ou Iluminação.
As duas energéticas do magnetismo animal
Emprega-se este termo por ser o mais comum, embora não seja exatamente o mais apropriado.
Na operação magnetológica, intervêm duas modalidades energéticas principais, que emanam com maior ou menor intensidade de todo ser.
Na Figura 2, “Magnetismo”, aprecia se um duplo circuito, a saber: um partindo (o caso mais comum) do vórtice grande axilar, enlaçando se com o vórtice interno da articulação do cotovelo ae seguindo até o vórtice grande da palma da mão.
Trata se, primordialmente, de energética etérica da camada mais próxima da pele, e para a percepção extra-sensorial ele aparece normalmente de cor rosada. É energia resultante, em seu caudal e tonalidade, do estado geral de saúde do indivíduo; na mesma proporção ou medida desse estado, essa energia é agente salutar.
A outra energia parte (o caso mais comum) do vórtice da hipótese, enlaça-se com o vórtice do ombro, em seguida com o vórtice exterior do cotovelo, e finalmente se localiza nos vórtices médios do dorso da mão. Trata se de energética etérica de cor azulada, propagada na forma de ramais finos, “pungentes”, ao contrário da rosada, que tem configuração mais “gasosa”.
A energética rosada é o agente salutar propriamente dito, enquanto que a azulada é a que proporciona o “empurrão” para a penetração da primeira. A energética rosada não é outra senão a que foi denominada por Mesmer de “magnetismo animal”, enquanto que a energética azulada é primordialmente mental ou hipnótica.
Do adequado balanceamento de ambas surge uma resultante, que poderia denominar se “energética catártica”. O fator rendimento é importante aqui, em primeiro lugar pelo benefício do próprio magnetizador; ele surge do ajuste de proporções, segundo a pessoa ou objeto a que se destine a operação.
As proporções aportadas de uma e outra energética determinam uma ampla gama de efeitos no organismo ou elemento receptor.
Patologia extra sensorial
Chama se patologia extra sensorial às anomalias que resultam do funcionamento patológico de quaisquer das partes que constituem a totalidade da singularidade humana. Ela está em proporção direta com o grau patológico, e em relação à etiologia (orgânica, psíquica energética, etc.) do “dotado”.
Uma especificação do campo e das variantes patológicas extra sensoriais pressupõe, necessariamente, certos conceitos técnicos básicos sobre os três centros lineares (físico, emocional, mental) e sua relação com um quarto centro, existente no ser humano. As limitações destas palestras não permitem maiores comentários sobre esses centros.
Mas, desde já, esclarece se que enquanto não exista um alinhamento mínimo dos centros, não resulta conveniente, nem saudável, exercitar qualquer forma de predisposição extra-sensorial.
É imperativo, antes de tudo, ocupar se da obtenção de uma harmonização básica, que consumirá um lapso de tempo mais ou menos longo.
Perigos das “aberturas” sem o devido preparo
Quem pensa que esse processo de harmonização básica pode ser transmitido informativamente em horas, ou dias, demonstrará possuir um conceito muito pobre e elementar da estrutura humana.
A harmonização ou tarefa sintética de alinhamento dos diversos parâmetros humanos deve ser encarada por aqueles que conheçam, percebam e avaliem os mesmos (pelo menos no nível em que os possam coordenar). É necessário conhecer muito bem não apenas os efeitos, mas também as causas funcionais, pois efeitos parecidos frequentemente correspondem a causas opostas.
Tenha se também presente que restam ainda a mencionar muitos elementos, receptáculos, circuitos e apêndices energéticos que são determinantes do sentido dos efeitos.
Essas informações são fornecidas, por um lado, para, cordialmente, prevenir um possível setor de leitores que possam sentir se atraídos por esse panorama, para que não se submetam tão facilmente a “manipulações”: podem (e tanto mais quanto mais entusiasmo ou docilidade possuam) absorver excrementos energéticos provindos de “dotados” ou “paranormais” que não possuem a mínima noção objetiva de suas próprias energias.
Quanto a esses últimos, já foi feita menção da sua própria margem de inconvenientes.
Se certos processos energéticos fossem mais conhecidos, pelo menos em certa medida, possivelmente não existiria uma tão grande quantidade de pessoas francamente irresponsáveis (inconscientes, no fundo), que de tais “manipulações” fazem questão “esportiva”, “cultural”, de “divertimento”, de “terapia”, . . . ou comercial.
Por outro lado, o estruturador da BPE, professor Vinardi, insiste sempre em que não se deve descartar a possibilidade de que, com algum dos elementos expostos nestas palestras (propositadamente incompletos), elementos esses “complementados” com outros “conhecimentos”, de forma muito lamentável para si mesma, alguma pessoa pretendesse exercitar “poderes”!
Um detalhe que pode resultar muito significativo, como guia, é o seguinte: podem se encontrar indivíduos cuja estrutura psíquica e mental geral é pobre em valores a que, por aparente paradoxo, possuem certo “psiquismo” ou “dotes”. Por outro lado, existem outros seres de relativos valores altos que não apresentam o menor traço de manifestações parapsicológicas, mesmo esporádicas.
Quanto aos primeiros, é provavelmente mais fácil que se encontrem dentro do campo patológico, e no máximo correlacionados com os planos quânticos mais baixos (baixo astral, etc.); enquanto que os segundos, aplicando se a um trabalho verdadeiro, sistemático e consciente, poderão caminhar com maior segurança em direção do despertar de faculdades autênticas, saltando inclusive as etapas negativas.
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