O orgulho é uma verdadeira chaga na tragetória do espírito imortal
Para o espiritismo, o orgulho é o pai de todos os males, é ele que desencadeia todos os outros defeitos. Não é difícil constatar essa verdade. É por orgulho que discutimos, é por orgulho que brigamos, é por orgulho ferido que nos magoamos, é o orgulho que dificulta o perdão.
É interessante notar que o orgulho é um exagero do amor-próprio, e o amor-próprio é necessário; você deve amar a si mesmo.
Mas o orgulho exagera esse sentimento, que deixa de ser amor para se transformar numa coisa doentia.
Alziro Zarur, fundador da LBV, diferenciava o bom do mau orgulho.
É que a linguagem humana não tem palavras suficientes para expressar tudo.
O bom orgulho seria o orgulho que se tem dos filhos, o orgulho do lugar onde se nasceu, a satisfação consigo mesmo.
O problema é saber os limites desses sentimentos.
Eu tenho orgulho dos meus filhos.
Mas não posso achar que eles são melhores que os outros.
Eu sou patriótico, mas não posso transformar isso em nacionalismo.
Fico muito satisfeito comigo mesmo quando consigo realizar o que me proponho. Mas tenho que tomar cuidado para não me achar mais do que sou na verdade.
Talvez a manifestação mais comum do orgulho no dia-a-dia seja o não saber perder. Isso nos acontece todos os dias. Não queremos perder nada pra ninguém, não aceitamos ser preteridos em nada. Você não é assim?
Você não quer perder uma discussão, você não quer que o outro carro ultrapasse o seu, você não quer perder a promoção na empresa, você não quer perder o namorado, você não quer que o seu time perca, você não quer perder nem par ou ímpar.
É claro que devemos ser competitivos. É bom querer ser sempre mais e melhor. Mas para isso não precisamos esmagar quem está por perto. E não podemos competir por competir. Por que dói tanto ficar para trás? Por que é tão amargo o gosto da derrota? Porque na maioria das vezes perdemos pra nós mesmos, e é extremamente difícil reconhecer nossas falhas, nossas fraquezas, nossa incompetência. Por causa do orgulho.
Quer uma demonstração disso?
Lembre-se da última vez em que você discutiu com alguém.
Lembra que você revidou as críticas? Você já parou pra pensar porque sempre se revida a crítica num bate-boca? Para evitar que ela se repita.
Revidamos imediatamente a crítica para não termos que ouvi-la de novo.
Porque se prestarmos atenção à crítica, teremos que olhar pra dentro de nós mesmos.
E nada fere tão profundamente o orgulho como olhar pra dentro de si mesmo.
Se você olha pra dentro de si mesmo, se você se vasculha interiormente, descobre montes de lixo que o orgulho não aceita como sendo seus.
É o orgulho que nos impede de olhar pra dentro de nós mesmos. Pelo orgulho, nos achamos grande coisa, nos achamos muito mais do que somos na verdade.
Não é de um dia pro outro que vamos nos livrar de um defeito que nos acompanha há milênios.
O orgulho é uma verdadeira chaga na tragetória do espírito imortal. Mas não podemos mais ser condescendentes com nós mesmos. Não temos, na atual reencarnação, a desculpa da ignorância, do desconhecimento. Então já passou o tempo de dizer, simplesmente, “eu sou assim”. Você é assim? Pois deixe de ser! (Não se aborreça; essa última frase eu disse pra mim mesmo, me olhando no espelho que tenho à minha frente).
Não há fórmula mágica para se livrar de um defeito tão entranhado em nosso espírito.
É um exercício diário. Analise mais a si mesmo, faça boas leituras, seja mais tolerante. Aceite perder, de vez em quando. Você é especial, não há dúvida em relação a isso.
Mas todos são especiais.
Todos somos filhos de Deus, criados à sua imagem e semelhança; portanto, perfectíveis. Reforma íntima é um hábito.
É a escolha de uma vida.
Eu fiz a minha escolha.
E você?
Morel Felipe Wilkon
Cuidado Com O Orgulho Ele Pode Roubar Sua Vida...
O orgulho é algo insano, ele mapeia quem nós somos sem que percebamos, e com isso a cada dia nos distanciamos mais de nós mesmos, e dos outros, por coisas insignificantes...
Quando alimentamos o orgulho dentro de nós, ele cresce exponencialmente, é assustador, pois acontece de forma natural, e o pior é geralmente não percebemos...
A princípio, são duas ou três coisas que dizemos não tolerar, porque temos “brio”, ou porque é “humilhação demais”, e que “por nada nos prestaríamos a esse papel”. Vendo assim parece até razoável dizer que não admite algumas situações, afinal as pessoas tem o direito de não gostar de atitudes e todos devem respeitar isso.
Contudo, o problema é que o que começa com três ou quatro exceções, e de repente cresce, e sem percebermos queremos ser superiores, não aceitar críticas, ou que alguém chame nossa atenção.
Outras vezes coisas ainda mais bobas como não querer parecer fraco, ou submisso, não admitir que alguém esteja certo e que estejamos errados...
Enfim, são episódios comuns na vida, mas que o orgulho transforma em situações inadmissíveis pra nós...
O orgulho envenena nosso coração, até mesmo contra quem amamos, as vezes, não queremos admitir nossos erros nem mesmo para aqueles que sabemos que não vão nos julgar, não queremos “dar o braço a torcer” nem mesmo para pessoas que nos conhecem tão bem que nem precisamos dizer para que elas percebam...
Mas mesmo assim não queremos aceitar nossa condição de ser humano, errantes e limitados como somos...
Por orgulho, muitas vezes nós perdemos o que seriam grandes momentos de nossa vida; por orgulho abrimos mão de voltar atrás e consertar mal-entendidos, de pedirmos perdão e nos reconciliarmos, de agradecer e mostrarmos satisfação...
Esses desentendimentos dependem da personalidade das pessoas e das situações pelas quais elas passam, mas resultam do mesmo péssimo conselheiro: o orgulho...
Ele nos cega, nos faz enxergar absurdos onde não há, ele nos faz desperdiçar oportunidades por “picuinhas”, por soberba, por motivos que realmente não fazem sentido e não valem a pena...
E por isso que devemos acordar enquanto é tempo, reconhecer nossas falhas e ver que todos nós temos pontos fracos, todos nós estamos sujeitos a erros, e necessidades que não podem ser supridas apenas por nós mesmos.
Devemos riscar o orgulho de nossas vidas e perceber que sim dependemos dos nossos semelhantes, seja para nos ensinar, nos criticar, nos ajudar, ou talvez apenas nos ouvir e aconselhar...
O fato é que seres humanos precisam de seres humanos, vivemos melhor quando estamos em harmonia, e o orgulho é uma das grandes barreiras que rompe essa conexão!
Portanto, reconheçamos que em alguns momentos estamos por baixo, e que não há nada de errado em precisar de alguém, faz parte da vida...
Caso contrário, qual seria o prazer de dar a volta por cima, e não ter ninguém pra celebrar, e pra dizer: “você viu?, eu consegui!”?
Esqueça o orgulho
Hoje em dia é muito fácil encontrar pessoas com o orgulho ferido. Mas será que dá para se ferir um sentimento? Afinal, o que é o orgulho?
Orgulho é a vaidade nua a crua. Mas, saiba que, mais alto que a vaidade, temos a modéstia.
Quando não é aceito pelas pessoas, o orgulhoso passa a atacar e nisso ele se fere porque na maioria das vezes é ignorado; o orgulhoso não suporta ser ignorado.
Tem um ditado que diz: o orgulho dos pequenos é sempre falar de si próprio. E dos grandes é nunca falar de si.
Gente, quem tem orgulho acaba sofrendo muito, porque existem algumas características do orgulhoso que acabam espantando aqueles com quem ele convive.
Ser orgulhoso é querer ser sempre o centro das atenções. O orgulhoso não aceita seus erros, preocupa-se muito com a aparência exterior, acha que todos devem servi-lo, não admite se humilhar diante de ninguém, entre outras coisas.
Quem é que agüenta estar durante todo o seu tempo do lado de uma pessoa orgulhosa? Ninguém! Nem mesmo os espiritualmente mais evoluídos porque não aceitam tal situação.
Por isso, se você percebeu que possui o orgulho que tanto o atrapalha, encare-o de frente, esqueça os bens materiais e dê mais valor aos tesouros eternos.
Marcia Fernandes
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