A palavra pé, podos, em grego, relaciona-se à palavra
paidos, que quer dizer criança.
É possível escutar o corpo e conhecer sua linguagem, que muitas vezes se expressa por sensações prazerosas, por bloqueios ou pela dor, que nada mais é do que um grito para pedir atenção.
O corpo não mente.
As doenças ou o prazer que animam algumas de suas partes têm significados profundos.
Elas podem ser nosso guia em uma viagem de autoconhecimento que toca em aspectos físicos, emocionais e espirituais:
Primeiro, podemos notar qual é nosso ponto fraco, o lugar de nosso corpo em que vêm se alojar, regularmente, a doença e o sofrimento.
Há a escuta psicológica pela qual podemos prestar atenção no medo ou na atração que vivemos em relação a algumas partes do corpo.
E há ainda a escuta espiritual.
O espírito está presente em nosso corpo, e certas doenças e algumas crises são manifestações do espírito, que quer trilhar um caminho, que quer crescer, que quer desenvolver-se em membros que lhe resistem.
Algumas depressões estão ligadas a fatores emocionais, a um rompimento, uma perda, uma falência.
Mas há também depressões iniciáticas, em que a vida nos ensina, por meio de uma queda, um acidente, que devemos mudar nosso modo de viver.
Pés, as nossas raízes.
Será que experimentamos prazer em estar sobre a terra? Podemos imaginar o corpo como uma árvore.
Se a seiva está viva em nós, ela desce às raízes e sobe até os mais altos galhos. É de nosso enraizamento na matéria que depende nossa subida à luz.
É da saúde de nossos pés que vem o enraizamento.
Existem diferentes práticas de ioga há a purificação dos pés, que são mergulhados na água salgada.
Pelos pés podem escorrer nossas fadigas e tensões.
Cuidar dos pés de alguém é cuidar da criança que o habita.
Perguntei a um sábio: ‘O que posso fazer para ajudar alguém?’
Ele respondeu: ‘Lembre-se de que essa pessoa foi uma criança, que ainda é uma criança. E que tem dor nos pés.’”
Preste atenção: verifique se seus pés são seu ponto fraco. Como você se apoia sobre eles?
Em seguida, toque-os, sentindo ossos, músculos e partes mais ou menos sensíveis.
Quais são suas raízes familiares? Quais as expectativas de seus pais em relação a você? Qual seu sentimento em relação a filhos?
Um exercício para equilibrar seu corpo:
Perceba o quanto é importante estar bem “plantado” ao chão aonde quer que você esteja.
Principalmente para quem pratica meditação e práticas espirituais diversas, muitas vezes nos sentimos flutuando, ou desacoplados, com uma desagradável sensação de estar “anuviado”. Saiba que é hora de aterrar um pouco.
Mais corpo, mais matéria, mais chão, é o que lhes recomendo.
Já falei em uma postagem mais antiga sobre o primeiro chakra – muladhara na base da coluna. Um tanto temido por sua energia mais primal, relacionada aos instintos mais básicos e viscerais do ser humano, o muladhara é também conhecido como chakra raiz. Taí mais uma forma de aterrar, meditando nesta região, imaginando raízes profundas que partem do seu corpo até o centro da Terra.
Principalmente para quem pratica meditação e práticas espirituais diversas, muitas vezes nos sentimos flutuando, ou desacoplados, com uma desagradável sensação de estar “anuviado”. Saiba que é hora de aterrar um pouco.
Mais corpo, mais matéria, mais chão, é o que lhes recomendo.
Já falei em uma postagem mais antiga sobre o primeiro chakra – muladhara na base da coluna. Um tanto temido por sua energia mais primal, relacionada aos instintos mais básicos e viscerais do ser humano, o muladhara é também conhecido como chakra raiz. Taí mais uma forma de aterrar, meditando nesta região, imaginando raízes profundas que partem do seu corpo até o centro da Terra.
Outras dicas: pisar na grama, se conectar a uma árvore, comer alimentos que são raízes, como a mandioca, por exemplo. Você pode praticar uma dança, tai chi, yoga, caminhar na beira do mar, ficar um pouco descalço em casa mesmo.
Há exercícios específicos também. Vamos lá:
Há exercícios específicos também. Vamos lá:
1 – Tire os sapatos, desligue celulares e aparelhos eletrônicos que possam lhe distrair. Coloque uma música suave, que lhe remeta a um relaxamento.
2- Fique de pé, pernas afastadas apenas na largura do seu quadril. Braços estendidos ao longo do corpo, bem relaxados.
3 – Feche os olhos e percorra mentalmente seus pés e pernas. Estão relaxados? Verifique se os joelhos não estão hiperestendidos e relaxe.
4 – Sinta como esta a distribuição de peso do seu corpo, verifique se os dois pés recebem igual carga. Reajuste se necessário.
5 – Permita que os joelhos tenham uma leve flexão e coloque sua consciência em quanto seus pés e pernas lhe sustentam. Fique com suas percepções por um ou dois minutos.
6 – Esteja! Mantenha-se presente nas pernas e pés.
7 – Energize mentalmente toda a região pélvica, pernas e pés. Sinta a conexão, perceba a sustentação do elemento terra.
8 – Crie raízes, que vem de camadas profundas da terra, sobem pelas pernas, percorrem sua coluna vertebral e chegam até o topo da sua cabeça, mantendo o eixo vertical de seu corpo.
9 – Perceba-se forte, poderoso como uma grande árvore.
10 – Com uma atitude mental de agradecimento, abra os olhos devagar e retorne.
2- Fique de pé, pernas afastadas apenas na largura do seu quadril. Braços estendidos ao longo do corpo, bem relaxados.
3 – Feche os olhos e percorra mentalmente seus pés e pernas. Estão relaxados? Verifique se os joelhos não estão hiperestendidos e relaxe.
4 – Sinta como esta a distribuição de peso do seu corpo, verifique se os dois pés recebem igual carga. Reajuste se necessário.
5 – Permita que os joelhos tenham uma leve flexão e coloque sua consciência em quanto seus pés e pernas lhe sustentam. Fique com suas percepções por um ou dois minutos.
6 – Esteja! Mantenha-se presente nas pernas e pés.
7 – Energize mentalmente toda a região pélvica, pernas e pés. Sinta a conexão, perceba a sustentação do elemento terra.
8 – Crie raízes, que vem de camadas profundas da terra, sobem pelas pernas, percorrem sua coluna vertebral e chegam até o topo da sua cabeça, mantendo o eixo vertical de seu corpo.
9 – Perceba-se forte, poderoso como uma grande árvore.
10 – Com uma atitude mental de agradecimento, abra os olhos devagar e retorne.
O exercício parece muito simples, mas se você se sensibilizar para os pequenos detalhes, sentirá uma energia muito forte. Além de todo caráter imaginativo, para quem prefere explicações mais lógicas, basta observar como funciona um circuito elétrico e sua relação com o “fio terra”. Em caso de sobrecarga, é preciso haver descarga, não é mesmo? É preciso criar polarização.
Imagine os benefícios de praticar o aterramento durante a TPM, por exemplo, quando o corpo feminino direciona a energia para baixo
Jean-Yves Leloup
Escalda-pés: uma prática milenar, terapêutica e restauradora
Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, baseada no equilíbrio da polaridade Yin e Yang, o escalda-pés é uma prática muito antiga e auxilia a distribuir essa energia yang – na cabeça – para a extremidade fria, os pés – energia yin. Esse equilíbrio energético funciona muito bem quando se está cansado, estressado, com fadiga física ou mental, sendo um excelente remédio para aliviar dores de cabeça, cansaço, tensões musculares, preocupações, acalmar uma mente muito inquieta, insônia, excitação nervosa, irritabilidade, impaciência, problemas respiratórios e depressão.
Antigamente, o principal objetivo do escalda-pés era aquecer os pés e tirar a friagem após uma caminhada em dias muito frios, exposição à chuva, nos casos de gripes, resfriados e dores articulares. Na Medicina Chinesa. quando os pés estão bem aquecidos é um sinal de saúde, significando que a energia está circulando bem.
Nesse sentido, o escalda-pés age positivamente no seguinte princípio: o bem-estar acontece quando temos os pés quentes e a cabeça fria! Portanto, pode ser realizado sem restrições quanto à periodicidade, somente sendo contra-indicado para casos de diabetes, arteriosclerose ou doença de Buerger – afeta os vasos sanguíneos das mãos, braços, pernas e pés, provocando o seu inchaço e impedindo a circulação do sangue, isquemia. De minha parte, conheci essa prática desde criança, já utilizada por ambas avós como uma forma de terapia preventiva para manter a saúde.
Já na Medicina Ayurvédica ou Indiana, ele é extremamente benéfico para as pessoas do tipo ou dosha Vata, que geralmente possuem os pés e extremidades mais frias no inverno, ajustando o equilíbrio energético do corpo e ativando a circulação sanguínea das extremidades.
Poucas pessoas lembram que os pés são a base de sustentação do corpo, além de possuir, com base na reflexologia, o mapa de todos os nossos órgãos.
Assim, tratando-os de maneira correta, é possível obter muitos benefícios para o organismo em vários níveis. Nossos pés têm uma importância fundamental para nosso corpo e nossas vidas.
Fortes e ao mesmo tempo delicados, eles estão expostos a um esforço incrível: estimam-se mais de 20 mil passos por dia e uma carga diária de 100 toneladas.
Conta a história que o Escalda-pés já era utilizado para efeito de limpeza e relaxamento há 6 mil anos, mais conhecido como Lava-Pés. Há uma passagem bíblica que envolve esta prática: No Cenáculo, durante a Ceia Pascal, Jesus como Mestre e Senhor, despoja-se do manto, pega uma bacia e põe-se a lavar os pés dos discípulos. Na tradição judaica, oferecer água para lavar os pés era sinal de hospitalidade e acolhida, um ato geralmente realizado por escravos, empregados ou pessoas que cometiam delitos. Jesus com este gesto reverencia seus convidados e deixa uma mensagem de humildade.
Portanto, colocar num recipiente sal marinho, ervas, óleos essenciais, algumas pedrinhas, pequenos cristais polidos/ arredondados ou bolinhas de gude proporcionam uma ótima massagem na planta dos pés, de forma a pressioná-los levemente sobre estes pequenos objetos, realizando movimentos circulares. Graças aos sais e ativos naturais dissolvidos juntos ao calor da água, os músculos e a cabeça sentem grande alívio, promovendo uma limpeza energética ao descarregar toda a tensão elétrica do corpo. Imediatamente, os poros dilatam, a circulação é ativada e a mente relaxa.
A indicação é realizar essa terapêutica uma ou duas vezes por semana, com a temperatura adequada, medindo o calor na água de acordo com a sensibilidade da sua pele: nem muito fria, nem muito quente.
São coisas simples que você pode fazer em casa. Esta receita tradicional com as pedrinhas ou bolinhas de gude ajuda a aliviar a pressão dos pés, descansar as pernas, reduzir calos e aliviar o estresse do dia-a-dia. Da mesma forma, de acordo com a acupuntura, nos pés estão cerca de 70 mil terminações ou pontos nervosos que estão associados aos diversos órgãos do corpo humano. Portanto, a pressão e o aquecimento desses pontos causam um reflexo imediato na parte física e também no equilíbrio energético de todo o corpo.
Mergulhar os pés numa bacia com água morna-quente deve ser realizado até ou passando um pouco a altura dos tornozelos – pedilúvio – por 15 minutos, no mínimo, e não ultrapassando 25 minutos, a fim de que as toxinas não retornem ao corpo, no caso de escalda-pés para desintoxicação. Assim, para um trabalho eficiente, acrescente na água:
* Sal grosso ou fino (de preferência marinho, pois contém minerais que não se encontram no sal refinado) – duas colheres (sopa): proporcionam sensação de leveza nos pés, ajudando a drenar o excesso de líquidos e reduzir o inchaço. Repetir esse escalda-pés três vezes por semana também combate infecções causadas por fungos.
* Óleos essenciais – Pingue de 5 a 8 gotas, em média, para 2 litros de água. Dependendo, quando os óleos são mais fortes e resinosos, 3 gotas já são o suficiente.
– Eucalipto e Hortelã: combatem cansaço e livram as pernas da sensação de peso, além de auxiliar nos problemas respiratórios – eucalipto glóbulos;
– Arnica ou Laranja amarga/ doce: para reduzir o inchaço e relaxar;
– Lavanda (qualquer tipo) e Tea Tree: são relaxantes, regeneradores celulares e podem curar frieiras, pois são fungicidas, bactericidas e cicatrizantes;
– Calêndula (óleo ou flores): ajuda na circulação, nos problemas de varizes.
– Alecrim (óleo ou erva) trazem bem estar, alegria, e disposição.
– Manjericão (óleo ou folhas): é estimulante e tonificante para os nervos, alivia os sintomas de cabeça pesada, descongestionante.
– Capim limão (óleo ou folhas de capim-cidró ou cidreira): calmante, descongestionante, relaxante.
– Sálvia branca ou sálvia officinalis (óleo ou folhas): como tônico, antidepressivo, baixa a pressão e equilibra a circulação, renova a pele.
– Eucalipto e Hortelã: combatem cansaço e livram as pernas da sensação de peso, além de auxiliar nos problemas respiratórios – eucalipto glóbulos;
– Arnica ou Laranja amarga/ doce: para reduzir o inchaço e relaxar;
– Lavanda (qualquer tipo) e Tea Tree: são relaxantes, regeneradores celulares e podem curar frieiras, pois são fungicidas, bactericidas e cicatrizantes;
– Calêndula (óleo ou flores): ajuda na circulação, nos problemas de varizes.
– Alecrim (óleo ou erva) trazem bem estar, alegria, e disposição.
– Manjericão (óleo ou folhas): é estimulante e tonificante para os nervos, alivia os sintomas de cabeça pesada, descongestionante.
– Capim limão (óleo ou folhas de capim-cidró ou cidreira): calmante, descongestionante, relaxante.
– Sálvia branca ou sálvia officinalis (óleo ou folhas): como tônico, antidepressivo, baixa a pressão e equilibra a circulação, renova a pele.
No caso das ervas ou folhas, devem ser maceradas carinhosamente na água para que soltem seus óleos essenciais. No caso da flores, coloque-as por último e mergulhe-as lentamente, misturando-as aos outros ingredientes.
* Argila: outra coisa muito importante que costumo indicar é a argila, de preferência aquela vermelha que encontramos em qualquer supermercado e lojas de utensílios artísticos. Esse tipo de argila auxilia na descarga elétrica do corpo e, ao mesmo tempo, na “recarga” de energias, uma vez que nos aproxima do contato com a terra. Indico-a, principalmente, para aquelas pessoas que não tem muito tempo para poder colocar os pés na grama e estar em contato com a natureza na sua pureza e plenitude. Procuro realizar, ao final do escalda-pés, massagens com essa argila e os óleos essenciais ao longo das pernas até os joelhos, outra forma de estimular a circulação e retirar as dores e cansaço. Se for do seu intento, podem ser usadas outros tipos de argila de acordo com o que você necessita.
Então, desfrute ao máximo dessa prática, tão benéfica e simples, mas profunda na sua atuação. Lembre-se de honrar todos os elementos e consciências elementais que residem na alquimia da natureza que você estará usando, mentalizando durante esses minutos sagrados o que você precisa. Dialogue com seu corpo, com seus órgãos, sistemas e células, e eles responderão ao seu pensamento com amor! Agradeça e sinta o resultado!
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