Transmutando o Sofrimento…
O filósofo francês Jean Paul Sartre afirmou certa vez: “Não importa o que a vida fez de você, mas o que você faz com o que a vida fez de você”.
Essa afirmação me leva a refletir sobre a capacidade que algumas pessoas possuem de fazer dos eventos de sua vida, mesmo os piores deles, uma oportunidade para se transformar, crescer e tirar da experiência algo de valor.
Outros, ao contrário, mesmo diante de problemas não tão significativos, encaixam-se definitivamente no papel de vítimas infelizes e passam a carregar este fardo ao longo da vida, sem se dar a chance de virar a página, de deixar os acontecimentos ruins no único lugar em que deveriam permanecer: o passado.
Uma das imagens mais incríveis que assisti sobre o terremoto no Haiti foi a das pessoas nas ruas se dando as mãos e cantando. Apesar de terem perdido absolutamente tudo, elas se recusavam a se entregar ao desespero e à infelicidade.
Fazer esta virada não é fácil, requer uma consciência permanente sobre o poder que temos de direcionar nossa vida para uma ou outra direção.
Os pensamentos que alimentamos possuem um poder inimaginável, pois se tornam os guias de todas as nossas ações.
Então, se acreditarmos que nossa trajetória será para sempre uma sucessão de tragédias, naturalmente que este destino virá ao nosso encontro, inevitavelmente.
A saída é nos lembrarmos de que temos, sim, o poder de escolher todos os dias entre a tristeza e o sofrimento, ou o equilíbrio e a serenidade. SEMPRE TEM UMA SAÍDA. Não podemos é continuar com nossa vidinha “mais ou menos” por acomodação simplesmente.
Por mais desesperadora que seja a realidade ao nosso redor, precisamos nos lembrar de que sempre será possível dar voz à essência divina que habita nosso ser.
Elisabeth Cavalcante
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