Samadhi - a concentração e meditação
Samadhi e a concentração
Quando
o último véu da ilusão é retirado, a grande heresia da separatividade é
vista em sua verdadeira natureza e o vidente pode dizer com o Cristo:
“E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em Mim;
para que todos sejam um, como tu Pai, és em Mim e Eu em Ti;
que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste.
E
a glória que Tu me deste Eu a dei a eles, para que eles sejam um, como
Nós somos um: Eu neles, e Tu em Mim, para que eles sejam perfeitos em
unidade e para que o mundo possa saber que tu Me enviaste a mim e que os
tens amado, como tens amado a Mim” (Jogo XV II. 20-23)”.
“O
iogue do Oriente aplica a palavra Samadhí àquele estado de consciência
no qual o mundo em que o homem espiritual funciona e os níveis ou planos
sem forma de nosso sistema solar são contatados, vistos e conhecidos.
O
campo de conhecimento dos três mundos, o reino de maya e da ilusão,
podem ser contatados à vontade pelo vidente empunhando o instrumento que
lhe é fornecido para isto, mas um novo mundo se abre, no qual ele vê
sua consciência como una com todas as demais energias, ou expressões
conscientes da vida divina. (1)
A
harmonia interior e exterior nos une no centro da União de todas as
almas. Meditando atento na respiração podemos sentir o coração de Deus
em nosso coração, em nosso respirar. A(Inspira) Hum (expira) assim,
estamos fluindo em na rede da vida ,vibrando e circulando no movimento
da dança de Shiva.
Eu sou Um-a só consci~encia.
Eu sou Um-a só consci~encia.
Quando sentimos que estamos respirando com a Unidade podemos sentir o amor e o Poder de Deus Uno.
A concentração nos
exercícios de yoga, na dança ou na contemplação facilita alcançar a
condição superior de meditação, e nela o homem espiritual está
plenamente desperto nos planos que transcendem definição. Ele está
consciente , num sentido amplo (completo) de sua identidade Espiritual.
“Quando
este estado super-contemplativo é alcançado o Iogue adquire a
conscientização espiritual pura, através da quietude equilibrada ( ou
substância mental), e assim, podemos
alcançar a pura realização espiritual. O resultado é o contato da
mônada, ou Espírito , pela Alma, e o conhecimento deste contato é
transmitido ao cerebro físico”
Bailey afirma que “Quando
a mente aquieta , livre da treva da impureza, então as sattva da
substância pensante, cuja essência é a luz, tem um limpido fluxo
contínuo e harmonioso. isto é claridade, isto é a realização da consciência no equilíbrio interno, e assim, o discípulo adquire uma calma interna impertubável, ou seja , a visão do lampejo da visão interna.
“O
homem conseguiu (através da disciplina; seguindo os meios da ioga e
pela perseverança na meditação) dissociar-se de todas as formas (ilusão)
e identificar-se com o sem-forma.
Ele
chegou ao ponto no coração de seu ser. Desse ponto de pura realização
espiritual, ele pode cada vez mais trabalhar no futuro. Pela prática,
ele fortalece essa realização e toda a vida, trabalho e circunstâncias
são vistos como um espetáculo que passa, que não lhe diz respeito.
Sobre
eles porém, pode apontar o holofote do espírito puro; ele próprio é a
luz e se conhece como parte da “Luz do Mundo” e “nessa luz ele verá
luz”.
Ele
conhece as coisas como elas são e se dá conta de que tudo aquilo que
até agora encarou como realidade nada mais é do que ilusão. Ele penetrou
na Grande Maya e ultrapassou-a até a luz que a produz e, para ele,
erros futuros são impossíveis; seu senso de valores é correto; seu senso
de proporção é exato. Ele não mais está sujeito a ser enganado e está
livre de ilusões. Quando este ponto é conscientizado, dor e prazer não
mais o afetam; ele está perdido na bem aventurança da Auto-Realização.
Sua percepção é agora infalivelmente exata, (ou, sua mente revela apenas a Verdade).
Um
resultado disto é a demonstração da lei e do exato cumprimento do
propósito de Deus. Isto é conscientizado pelo Yogue que conseguiu
eliminar todas as formas de sua consciência e tornou-se consciente do
que está por traz de todas as formas.
O
modo pelo qual ele faz isto é revelado pela segunda tradução. A
substância mental, estando agora completamente quieta, e estando o homem
polarizado naquele fator que não é nem a mente, nem qualquer dos
envoltórios, pode transmitir diretamente ao cérebro físico, acuradamente
e sem erros, o que é percebido na Luz do Shekinah que flui do Santo dos
Santos onde o homem conseguiu entrar.
A
verdade é conhecida e a causa de cada forma em todos os reinos da
natureza revelada. Esta é a revelação da verdadeira magia e a chave para
o grande trabalho mágico do qual participam todos os verdadeiros iogues
e adeptos.
O estado super contemplativo. Nesta condição a percepção é infalivelmente precisa e os outros modos de visão são percebidos em
suas corretas proporções. Os sentidos não mais são necessários ao
observador, exceto quando os utiliza para fins de trabalho construtivo
em seus respectivos planos.
Ele
está agora de posse de uma faculdade que o protege de erros e de um
sentido que só lhe revela as coisas como elas são. As condições que
controlam este estado podem ser enumeradas como se segue:
1. O homem está polarizado em sua natureza espiritual
2. Ele se reconhece e funciona como alma, o Cristo
3. Ele tem a chitta, ou substância mental, num estado de quietude,
4.
O sutratma, ou fio, está funcionando adequadamente e os corpos
inferiores estão alinhados sobre ele, formando um canal direto de
comunicação com o cérebro físico.
5. O cérebro está adestrado para servir apenas como um delicado receptor de impressões da verdade
6.
O terceiro olho está em processo de desenvolvimento. Posterior- mente, à
medida que os centros forem despertados e colocados sob controle
consciente, colocam o homem em relação com os vários septenatos de
energia nos sete planos do sistema, e por estar desenvolvida a faculdade
de percepção da verdade, o homem é assim protegido contra erros e
perigos.
Isto foi muito apta e claramente dito por Charles Johnston em seu comentário sobre este aforismo, que é o seguinte:
“Cada
estado ou campo da mente, cada campo de conhecimento, por assim dizer,
que é alcançado por energias mentais e emocionais, é um esta psíquico,
do mesmo modo com o quadro mental de um palco com os atores, é um campo
ou estado psíquico.
Quando
a visão pura, como a do poeta, do filósofo e do santo, preenche todo o
campo, todas as vistas e visões inferiores são afastadas. Esta elevada
consciência desloca todas as consciências menores. Contudo, de um certo
modo, aquilo que é visualizado como parte, mesmo pela visão de um sábio,
ainda tem um elemento de ilusão, um fino véu físico, não importando o
quão puro e luminoso seja este véu.
Ë o último e o mais elevado estado psíquico”.
Quando este estado de percepção é, por sua vez, também contido (ou superado), então o Samadhi puro é conquistado.
Esta
percepção especial é única e revela o que a mente racional (empregando
testemunhos, inferências e deduções) não pode revelar.
Pode-se
dizer que o significado aqui é que a mente do homem, em seus vários
aspectos e usos, pode revelar as coisas que dizem respeito à
objetividade, mas que somente a identificação com o espírito pode
revelar a natureza e o mundo do espírito.
“Nenhum
homem jamais viu Deus em qualquer ocasião, o único Filho gerado, que
está no seio do Pai, ele O revelou”. Até que um homem se identifique
como um Filho de Deus, até que o Cristo em cada homem esteja em
manifestação e que a vida Crística eteia plenamente expressa e até que o
homem seja um com a realidade espiritual interna que é o verdadeiro
ser, o conhecimento especial aqui tratado (conhecimento de Deus e do
espírito, independente da matéria ou forma) é impossível.
O
testemunho dos tempos indica uma força ou vida espiritual no mundo; a
inferência a ser colhida da experiência de vida de milhões é a de que o
espírito existe; a dedução a ser tirada de uma consideração do mundo ou
da grande maya é que uma Causa, auto-persistente e auto-existente, deve
estar por traz daquela maya.
Só
o homem, todavia, que pode ultrapassar todas as formas e transcender
todas as limitações nos três mundos (mente, emoção e as coisas dos
sentidos, ou o “mundo, a carne e o diabo”) pode saber, além de toda
controvérsia e discussão que Deus é e ele próprio é Deus. Ele conhece
então a verdade e essa verdade o torna livre.
Alice Bailey
Pesquisado por dharmadhannyael
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