terça-feira, 11 de junho de 2013

AME QUEM VOCÊ É - FALANDO DE AMOR NA PRÁTICA

AME QUEM VOCÊ É - FALANDO DE AMOR NA PRÁTICA



Para falar de amor, é preciso falar de humildade. Humildade vem do latim humus, que significa "filhos da terra". Refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas nem tentam mostrar ser superiores a elas. A humildade é a virtude que dá o sentimento exato da nossa modéstia, cordialidade, respeito, simplicidade, honestidade e passividade. Talvez seu significado nos remeta a ter ciência de que ela (a humildade) só se constrói, aqui na Terra, em sucessivas encarnações, portanto o amor também, pois, no período em que estamos habitando este plano, somos “filhos deste lugar”.
            Saber aceitar nossos desígnios é aprender a não nos separarmos de todo o universo que nos rodeia. Porém, como existe algo em nós que nos separa de todo o universo existente, o ego negativo, infelizmente o ser humano se preocupa mais com o seu mundinho e pouco com todo o contexto, ou seja, com todo o resto. E mais: o ego negativo, além de fazer ver somente a si mesmo, separa-se da fonte primordial e da essência da alma. Muitas vezes acreditamos que Deus está tão distante de nós e que somos tão imperfeitos para alcançar a perfeição que nem tentamos nos aproximar disto.
            Saber amar é saber receber e doar na mesma proporção. É o dom de transformar conhecimento em sabedoria. É ser simples como a natureza. É estar disposto a reconhecer nossas necessidades e as de quem faz parte da nossa vida, sem interferir, ou seja, compreendendo o limite do outro, com compaixão.
            A falta de amor despreza a beleza, a alegria, separa corações e traz tristeza. Isso nos afasta de outras pessoas, porque achamos que somos autossuficientes e por não reconhecermos o verdadeiro papel da doação. Ora nos afastamos para não sofrer, ora doamos demais para não ser rejeitados.
Resgatar o amor de forma humilde e consciente dos propósitos pelos quais nos trouxeram a este plano físico talvez seja uma maneira de doar e receber equilibradamente.
O que fazemos, normalmente, é medir o amor que sentimos pelas pessoas através das características que nós julgamos ser favoráveis. Enquanto o outro for conforme com o que eu quero, eu o amo. Caso esta pessoa mude, as condições que nos envolviam não nos fazem mais amá-la. Sendo assim, podemos dizer que amamos por conveniência. Se uma pessoa que convivemos diariamente começa a nos dizer sempre não para tudo, por exemplo, já começamos a questionar o sentido desta relação. E diante desta situação, questionaremos se vale a pena mantê-la perto de nós ou não.
O amor é verdade, é cura, é entrega, é compreensão... Enfim, é tudo o de que o ser humano precisa para se religar com a Fonte Divina, a qual é a sua própria.
A grande lição que aprendemos ao amar é: mesmo sabendo que estamos errando, ainda assim nos amarmos. Mesmo sabendo que nosso mundo está errado, ainda assim amá-lo. Mesmo vendo as pessoas fazer tudo errado, ainda assim amá-las.
Fácil? Não, porque falta humildade para reconhecer isso; falta reconhecer que somos filhos da nossa “Mãe Terra”; falta compreender quem somos e o que precisamos melhorar; falta respeito entre nós e os outros seres; enfim, são tantas coisas que fazem parte do nosso aprendizado que poderia ficar páginas e páginas escrevendo somente sobre isso. Entretanto, é necessário aceitar e entender o conceito de amor, vendo-o como algo próximo de nós, pois, se formos estudar profundamente o seu significado, nós acabaremos nos distanciando dele. A proposta a partir de agora é a de podermos nos aproximar do que este sentimento representa em nossas vidas e deixá-lo fazer parte de nós, sempre.

Por Cátia Bazzan – Autora do livro Ame Quem Você é – Saiba

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