AME QUEM VOCÊ É - FALANDO DE AMOR NA PRÁTICA
Para falar de amor, é preciso falar de humildade. Humildade vem do latim humus,
que significa "filhos da terra". Refere-se à qualidade daqueles que não
tentam se projetar sobre as outras pessoas nem tentam mostrar ser
superiores a elas. A humildade é a virtude que dá o sentimento exato da
nossa modéstia, cordialidade, respeito, simplicidade, honestidade e
passividade. Talvez seu significado nos remeta a ter ciência de que ela
(a humildade) só se constrói, aqui na Terra, em sucessivas encarnações,
portanto o amor também, pois, no período em que estamos habitando este
plano, somos “filhos deste lugar”.
Saber aceitar nossos
desígnios é aprender a não nos separarmos de todo o universo que nos
rodeia. Porém, como existe algo em nós que nos separa de todo o universo
existente, o ego negativo, infelizmente o ser humano se preocupa mais
com o seu mundinho e pouco com todo o contexto, ou seja, com todo o
resto. E mais: o ego negativo, além de fazer ver somente a si mesmo,
separa-se da fonte primordial e da essência da alma. Muitas vezes
acreditamos que Deus está tão distante de nós e que somos tão
imperfeitos para alcançar a perfeição que nem tentamos nos aproximar
disto.
Saber amar é saber receber e
doar na mesma proporção. É o dom de transformar conhecimento em
sabedoria. É ser simples como a natureza. É estar disposto a reconhecer
nossas necessidades e as de quem faz parte da nossa vida, sem
interferir, ou seja, compreendendo o limite do outro, com compaixão.
A falta de amor despreza a
beleza, a alegria, separa corações e traz tristeza. Isso nos afasta de
outras pessoas, porque achamos que somos autossuficientes e por não
reconhecermos o verdadeiro papel da doação. Ora nos afastamos para não
sofrer, ora doamos demais para não ser rejeitados.
Resgatar o amor de forma humilde e
consciente dos propósitos pelos quais nos trouxeram a este plano físico
talvez seja uma maneira de doar e receber equilibradamente.
O que fazemos, normalmente, é medir o
amor que sentimos pelas pessoas através das características que nós
julgamos ser favoráveis. Enquanto o outro for conforme com o que eu
quero, eu o amo. Caso esta pessoa mude, as condições que nos envolviam
não nos fazem mais amá-la. Sendo assim, podemos dizer que amamos por
conveniência. Se uma pessoa que convivemos diariamente começa a nos
dizer sempre não para tudo, por exemplo, já começamos a questionar o
sentido desta relação. E diante desta situação, questionaremos se vale a
pena mantê-la perto de nós ou não.
O amor é verdade, é cura, é entrega, é
compreensão... Enfim, é tudo o de que o ser humano precisa para se
religar com a Fonte Divina, a qual é a sua própria.
A grande lição que aprendemos ao amar é:
mesmo sabendo que estamos errando, ainda assim nos amarmos. Mesmo
sabendo que nosso mundo está errado, ainda assim amá-lo. Mesmo vendo as
pessoas fazer tudo errado, ainda assim amá-las.
Fácil? Não, porque falta humildade para
reconhecer isso; falta reconhecer que somos filhos da nossa “Mãe Terra”;
falta compreender quem somos e o que precisamos melhorar; falta
respeito entre nós e os outros seres; enfim, são tantas coisas que fazem
parte do nosso aprendizado que poderia ficar páginas e páginas
escrevendo somente sobre isso. Entretanto, é necessário aceitar e
entender o conceito de amor, vendo-o como algo próximo de nós, pois, se
formos estudar profundamente o seu significado, nós acabaremos nos
distanciando dele. A proposta a partir de agora é a de podermos nos
aproximar do que este sentimento representa em nossas vidas e deixá-lo
fazer parte de nós, sempre.
Por Cátia Bazzan – Autora do livro Ame Quem Você é – Saiba
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