Mitos e Verdades na vida Sexual entre Homens e Mulheres.
A diferença do sexo entre os sexos influencia inclusive na hora H. O
homem “comanda” a transa, decide o dia, a hora, a carícia, a penetração,
a posição. A mulher acaba se deixando levar pela iniciativa dele e,
muitas vezes, acha até bom, se sente mais confortável. Mas é bom ter
cuidado, porque a passividade exagerada da mulher pode impedir o famoso
orgasmo.
Aquelas que não conseguem chegar ao êxtase ou têm dificuldade de
penetração, podem estar com alterações físicas ou psíquicas. Ansiedade,
medo, dúvidas, stress podem dificultar a transa. De acordo com Dr.
Benévolo, a exigência do orgasmo feminino e a pressa de alguns homens
para chegar à penetração tornam, muitas vezes, a relação sexual
indesejada.
Não podem esquecer das conquistas alcançadas pelas mulheres nos últimos
anos, inclusive no campo sexual. Hoje, elas estão mais liberais, mais
ousadas e, principalmente, mais esclarecidas. Modernidade que também
traz um lado negativo: a banalização do ato sexual. Os jovens têm
relações cada vez mais cedo e com mais parceiros.
De acordo com Kallyandre Medeiros, não existe idade certa para começar a
vida sexual, contanto que o casal esteja preparado para tomar os
cuidados necessários durante a transa, como prevenir as doenças
sexualmente transmissíveis e a gravidez indesejada. As variações no
comprimento ou na espessura do pênis não influenciam no prazer da
mulher, podendo até trazerem algum grau de desconforto na relação.
Da mesma maneira, a abertura da vagina não influencia no prazer sentido
pelo homem. “Existem, entretanto, algumas técnicas de fisioterapia
pélvica conhecidas que podem fortalecer a musculatura perineal da mulher
e promover vários efeitos benéficos, seja no controle da micção ou seja
na maior capacidade de contração da musculatura vaginal”, ensina
Kallyandre.
Na verdade, a área mais sensível da mulher, explica o terapeuta José
Araújo, apesar dela sentir todo o corpo como uma grande fonte de prazer,
é o clitóris, um órgão pequeno, cilíndrico que se localiza na entrada
do vestíbulo, na junção dos pequenos lábios. “É ele o ponto foco de
prazer sexual da mulher durante a relação quando estimulado”. A vagina
como é um órgão elástico se ajusta muito bem ao pênis, seja ele de
tamanho grande ou pequeno levando ambos a um momento de muito prazer e
satisfação.
Numa relação a dois, o sexo vai ser muito mais prazeroso se houver
intimidade e cumplicidade entre o casal. Para isso, não existe remédio,
técnica ou bruxaria. Carinho, demonstrações de afeto, companheirismo,
bons laços afetivos e, principalmente, a atração física são fatores que
devem estar sempre presentes na vida de um casal. Na falta de um, o
outro não pode substituir por muito tempo. É como dizem: para uma boa
relação à noite, comece com um beijo de bom dia. Lembre de não esquecer a
camisinha, o anticoncepcional e mãos à obra.
MULHERES
A necessidade sexual da mulher é menor que a do homem
Verdade: Tanto homens quanto mulheres possuem hormônios sexuais
responsáveis por despertar o desejo e a libido. Este tipo de mito faz
parte da cultura da sociedade, que carrega valores machistas e faz com
que muitas mulheres não consigam se expressar sexualmente.
A menopausa é o fim da vida sexual da mulher
Verdade: A queda da libido, devido à diminuição da taxa do hormônio
estrogênio no corpo da mulher, e a lubrificação vaginal podem ser
remediadas por meio da terapia hormonal ou uso de lubrificantes. Algumas
mulheres, inclusive, por não correrem o risco de engravidar durante a
menopausa, sentem-se mais à vontade e se expressam mais livremente
durante o ato sexual.
Sexualmente a mulher é passiva e o homem é ativo na hora do sexo
Verdade: Tanto homens quanto mulheres podem e devem ter iniciativa
sexual. Falar o que quer que o parceiro faça, dar instruções de onde
tocar, do que falar é papel tanto do sexo feminino quanto masculino para
que o prazer seja mais completo
O orgasmo feminino deve ser simultâneo ao do homem para uma relação prazerosa
Verdade: Cada pessoa é responsável por seu próprio orgasmo. A relação
deve ser vista como fonte de intimidade e prazer para o casal do início
ao fim e não somente na hora do clímax
A relação sexual acaba após a ejaculação do homem
Verdade: A relação sexual pode continuar após a ejaculação masculina.
Por meio do controle cuidadoso da variação e intensidade das técnicas de
estímulo, a ereção pode manter-se por maior tempo ou ser retomada
depois da ejaculação. A retomada da ereção varia entre os homens dentro
de um padrão de normalidade. Pode ocorrer segundos após a ejaculação e
pode levar horas ou dias
HOMENS
Homens não podem falhar na cama
Verdade: Falhar uma vez ou outra é normal e esta situação pode ocorrer
em momentos de muita ansiedade, estresse intenso e preocupação excessiva
O homem é encarregado de comandar o sexo e pelo orgasmo da mulher
Verdade: Para um desempenho sexual satisfatório não existe quem manda e
quem obedeça, exceto nos casos de fantasias sexuais. Homens e mulheres
são os responsáveis por seus próprios orgasmos, podendo obtê-los até
mesmo com a masturbação
A impotência sexual é um problema de idosos
Verdade: A incidência de casos (cerca de 40%) pode ser maior em homens
com mais de 40 anos, quando questões de saúde podem prejudicar o
desempenho. Mas, a maioria dos casos de impotência possui aspectos
psicológicos que podem aparecer independente da idade
Idosos não podem usar medicamento para ter ereção por causa do risco de infarto
Verdade: Fatores como idade avançada não representam perigo para o uso
deste tipo de medicamento, desde que o paciente seja acompanhado pelo
médico e que a atividade sexual em si não seja uma contra-indicação para
o paciente
O desejo e a potência sexual diminuem depois dos 40 anos
Verdade: Embora seja comum que a ereção em um homem na andropausa
(período em que há diminuição da produção de testosterona, hormônio
sexual masculino) demore mais a acontecer do que quando ele era jovem,
esta condição acomete apenas de 15% a 20% da população masculina com
mais de 40 anos e o homem continua fértil. Administração hormonal
masculina pode ajudar a resolver essa questão.
Edição 09 | Médicos bemViver - JUNHO/2009
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