O que é Rinite
A rinite nada mais é que uma inflamação da mucosa nasal.
A doença pode ser causada por vírus ou bactérias, mas, de um modo geral, surge de uma reação alérgica. Assim como outras formas de alergia, não existe cura para o problema, ainda que a medicina ofereça hoje diversas formas de tratamento. Quando aspiramos alguma substância que causa a alergia, as vias respiratórias reagem, produzindo uma grande quantidade de muco. Por isso, os principais sintomas da rinite são:
- espirros
- coriza
- entupimento das vias nasais
- coceira no nariz ou na boca
Como se pega
A forma mais rara de rinite pode ser contraída através do ar, com a contaminação com vírus o bactérias que causem o problema. Já no caso da rinite alérgica, não se pega a doença. Vários fatorem contribuem para que se tenha predisposição para reações alérgicas, como a herança genética e ambiente favorável. Nesse caso, os alérgenos presentes no ar, como excrementos de ácaro, pólen, pelos de animais, entre outros, causa a irritação.
Como prevenir
No caso da rinite alérgica, é possível preveni-la evitando entrar em contato com as substâncias causadoras da alergia. A questão é que é muito difícil se manter afastado de todos os alérgenos, pois estão presentes em todos os tipos de ambiente. O foco, por tanto, deve ser em casa, onde podemos atuar diretamente no ambiente. É importante manter os cômodos e móveis sempre limpos e livres de poeira. Almofadas, roupas de cama, sofás, colchões, carpetes e outros objetos costumam ficar repletos de ácaros. Por isso, devem ser higienizados com frequência, de preferência sendo expostos ao sol. Também é importante manter a casa arejada, garantindo a entrada de ar puro e luz solar diariamente.
Remédios
Recentemente, ensinamos a preparar um remédio para tratamento da rinite, à base de hortelã. A receita ajuda a desentupir as vias respiratórias, através da inalação do vapor da erva. Desse modo, alivia os sintomas da alergia, acalmando a mucosa nasal. Outra opção de tratamento é o chá com folhas de eucalipto. A ingestão do chá também combate os principais sintomas da rinite alérgica, amenizando os espirros e secreção nasal.
Basta um pouco de poeira, fumaça ou cheiro forte para quem sofre com a rinite começar a espirrar instantaneamente. O problema atinge uma parte considerável da população – cerca de 20% – e surge principalmente em sua forma alérgica. Além dos espirros, a rinite também causa coriza, coceira no nariz e congestão nasal. Isso acontece quando há uma inflamação da mucosa, provocada por agentes alergênicos, bactéria ou vírus.
O principal causador desse tipo de reação é o ácaro, um aracnídeo minúsculo, cujos excrementos provocam a alergia. Os ácaros são encontrados em colchões, almofadas, travesseiros, roupas de cama, tapetes e bichinhos de pelúcia. Por isso, uma boa forma de evitar a rinite alérgica é manter esses itens sempre limpos e os ambientes bem arejados.
A hortelã também pode ajudar a reduzir os sintomas da rinite alérgica. A erva atua no sistema respiratório, atenuando a inflamação da mucosa nasal. Por isso, o uso da hortelã pode inibir a coriza e acabar com os espirros causados pela rinite. O remédio que ensinamos logo abaixo é um ótimo tratamento para esses sintomas. Veja como preparar.
Você vai precisar de:
- 1 punhado de folhas de hortelã
- 1/2 litro de água
Modo de Preparo:
Com a ajuda de um almofariz, esmague as folhas até que elas liberem um sumo verde escuro. Depois acrescente a água na pasta de hortelã e leve ao fogo até que levante fervura.
Posologia
Com a mistura ainda quente, aspire o vapor da hortelã. Para facilitar o processo, faça um funil de papel para aspirar o vapor através dele. Use a receita sempre que sentir os sintomas da rinite incomodando.
Cuidado
O vapor quente pode queimar a pele. Evite se aproximar muito do recipiente e espere a mistura esfriar um pouco antes de utilizar.
SINUSITE – SINTOMAS, CAUSAS E TRATAMENTO
Sinusite é a doença provocada pela inflamação dos seios da face, que resulta em sintomas como dor na face, dor de cabeça, congestão nasal e mau hálito.
Sinusite ou sinusopatia é o nome que se damos à inflamação dos seios paranasais, também conhecidos como seios da face. A sinusite pode ser resultado de infecções (virais, bacterianas ou fúngicas), alergias ou alterações do sistema imunológico, incluindo as doenças autoimunes.
Neste texto abordaremos as seguintes questões sobre a sinusite:
O QUE SÃO OS SEIOS PARANASAIS?
Os seios paranasais, também chamados de seios nasais ou seios da face, são cavidades cheias de ar dentro dos ossos do crânio e da face, que comunicam-se com a cavidade nasal.
São 4 o número de seios paranasais, a saber:
– Seio frontal.
– Seio etmoidal.
– Seio esfenoidal.
– Seio maxilar.
– Seio etmoidal.
– Seio esfenoidal.
– Seio maxilar.
Os seios nasais desempenham várias funções, entre elas:
– Umidificação e aquecimento do ar respirado pelo nariz.
– Aumento da ressonância da voz.
– Equilíbrio das pressões intracranianas quando há variações na pressão atmosférica (mergulhos, viagens de avião ou subidas a grandes altitudes).
– Secreção de muco para proteção das vias aéreas superiores.
– Absorção de impacto em casos de trauma (materiais ocos absorvem mais impacto do que materiais maciços).
– Aumento da ressonância da voz.
– Equilíbrio das pressões intracranianas quando há variações na pressão atmosférica (mergulhos, viagens de avião ou subidas a grandes altitudes).
– Secreção de muco para proteção das vias aéreas superiores.
– Absorção de impacto em casos de trauma (materiais ocos absorvem mais impacto do que materiais maciços).
Os seios paranasais são bilaterais e simétricos, ligam-se à cavidade nasal por pequenos orifícios por onde é drenado o muco produzido. Quadros de alergia ou gripe, por exemplo, causam edema da mucosa nasal e aumento das secreções, obstruindo facilmente a drenagem dos seios da face. A impossibilidade de escoar o muco produzido leva à congestão dos seios paranasais e, consequentemente, à sinusite.
O termo rinossinusite (rinite+sinusite) é tecnicamente mais correto que apenas sinusite, pois enfatiza a concomitante inflamação da mucosa nasal e dos seios paranasais. Temos um texto que aborda somente a rinite alérgica: RINITE ALÉRGICA | Sintomas e tratamento.
TIPOS DE SINUSITE
A sinusite pode acometer qualquer um dos 4 seios paranasais, podendo ser bilateral ou unilateral.
A sinusopatia por ser classificada em:
– Sinusite aguda: quando os sintomas duram menos de 4 semanas.
– Sinusite subaguda: quando os sintomas duram entre 4 e 12 semanas
– Sinusite crônica: quando os sintomas duram mais que 12 semanas.
– Sinusite recorrente: quando há 4 ou mais episódios de sinusite durante o ano.
– Sinusite subaguda: quando os sintomas duram entre 4 e 12 semanas
– Sinusite crônica: quando os sintomas duram mais que 12 semanas.
– Sinusite recorrente: quando há 4 ou mais episódios de sinusite durante o ano.
A imensa maioria das sinusites agudas são de origem viral ou alérgica, porém, a obstrução e estase do muco nos seios favorece a proliferação de bactérias, podendo levar à sinusite bacteriana. Portanto, o paciente pode ter um quadro inicial de sinusite alérgica que, após contaminação com bactérias das vias respiratórias, se transforma em um quadro de sinusite bacteriana.
As sinusites bacterianas que não são completamente curadas podem progredir para o quadro de sinusite crônica (explico a sinusite crônica na parte final do texto).
SINTOMAS DA SINUSITE
Os sintomas da sinusite aguda incluem congestão nasal, corrimento nasal purulento (coriza com catarro), dor de cabeça (leia: DOR DE CABEÇA), dor facial, dor na arcada dentária superior, dor em volta dos olhos, sensação de pressão quando se abaixa a cabeça, ouvidos entupidos, tosse (principalmente noturna), hálito ruim (leia: SAIBA COMO ACABAR COM O MAU HÁLITO) e/ou diminuição do paladar e do olfato.
É comum a presença de dor quando fazemos pressão com os dedos sobre os seios nasais, principalmente nos seios frontais e maxilares, que são os mais superficiais.
A maioria dos casos de sinusite viral ou alérgica melhora espontaneamente dentro de 10 dias. Sinusites bacterianas leves também podem ser autolimitadas, mas nos casos mais sintomáticos,com febre alta e coriza purulenta, a cura geralmente só vem com tratamento antibiótico.
Quando há contaminação da sinusite por bactérias é comum surgir febre. Porém, como a gripe pode desencadear sinusopatia e também cursar com febre, nem sempre é fácil fazer a distinção entre uma sinusite viral e uma sinusite bacteriana (leia: DIFERENÇAS ENTRE GRIPE E RESFRIADO).
Como já foi salientado, uma sinusopatia pode começar como uma infecção viral ou um quadro alérgico e depois de alguns dias se transformar em sinusite bacteriana.
Em muitos casos não é possível distinguir uma sinusite viral de uma sinusite bacteriana nos primeiros 10 dias de doença. A existência de uma rinossinusite bacteriana aguda deve ser suspeitada em pacientes com qualquer uma das seguintes características: 1) sinais ou sintomas de sinusite aguda com duração de 10 ou mais dias sem melhora clínica, 2) início do quadro já com sintomas mais graves, como febre maior que 39ºC e descarga nasal purulenta, com duração de pelo menos três dias consecutivos, 3) um quadro de sinusopatia aguda que melhora após poucos dias, mas subitamente volta a piorar, surgindo febre, dor na face e coriza purulenta.
COMPLICAÇÕES DA SINUSITE
Como os seios da face apresentam íntima relação com órgãos nobres, como olhos, ouvidos e cérebro, a sinusite bacteriana pode levar a complicações graves. Portanto, é importante procurar atendimento médico sempre que houver as seguintes situações associadas à sinusopatia:
A sinusite bacteriana, apesar de apresentar uma taxa de mortalidade baixa, é uma infecção que não deve ser negligenciada, principalmente quando existem os sinais descritos acima. Entre as suas possíveis complicações podemos citar a infecção dos olhos, meningite (leia: SINTOMAS DA MENINGITE), abscesso cerebral, infecção dos ossos da face, otites (leia: OTITE MÉDIA AGUDA) e labirintite (leia: LABIRINTITE | Sintomas e tratamento).
DIAGNÓSTICO DA SINUSITE
O diagnóstico da sinusite é clínico. O otorrinolaringologista pode fazer uma rinoscopia (endoscopia nasal) para tentar visualizar diretamente os seios paranasais.
Em caso de dúvida, pode-se lançar mão de exames de imagem. A radiografia de seios da face, muito usada antigamente, não é mais considerado um bom exame, pois não consegue identificar a sinusite até 40% dos casos. Quando ela é positiva, como na foto ao lado que mostra uma sinusopatia do seio maxilar esquerdo, o diagnóstica é confirmado. O problema é que se a radiografia for normal, não dá para descartar a existência da sinusite.
O exame de imagem mais utilizado atualmente é a tomografia computadorizada (TC). Compare as imagens abaixo de duas tomografias computadorizadas dos seios da face e veja como a qualidade das imagens é muito superior.
A TC da direita está normal e os seios nasais estão preenchidos apenas com ar (imagem preta). À esquerda, podemos ver uma TC de seios da face evidenciando sinusopatia bilateral, mais evidente no seio maxilar direito, que está completamente tomado por líquido (imagem cinzenta). As imagens fornecidas pela TC são muito mais bem definidas. Ao contrário do que ocorre na radiografia simples dos seios da face, uma tomografia computadorizada normal é capaz de excluir o diagnóstico de sinusite.
TRATAMENTO DA SINUSITE
A maioria dos casos de sinusite aguda melhora espontaneamente em 7 a 10 dias. O tratamento, portanto, é basicamente sintomático. Mesmo as sinusites bacterianas costumam ter bom prognóstico, pois as complicações são pouco comuns.
Para o tratamento das sinusopatia agudas não bacterianas estão indicados a lavagem da cavidade nasal com solução salina (soro fisiológico) e aplicação de corticoides nasais em spray (leia: INDICAÇÕES E EFEITOS DA PREDNISONA E CORTICOIDES). Compressas mornas sobre o rosto podem trazer alívio, e ingestão vigorosa de líquidos ajuda a diluir as secreções. Fora essas orientações, nada mais é muito eficaz. Ao contrário do que a maioria das pessoa pensa, não é necessário se encher de remédios para tratar uma sinusite.
Os descongestionantes nasais são geralmente usados em excesso e desnecessariamente. Quando necessário, indica-se o seu uso por no máximo 3 dias, uma vez que estas drogas estão associadas a recaídas, provocadas por congestão nasal de rebote. O paciente usa o descongestionante, apresenta alívio temporário dos sintomas, mas quando o suspende, a congestão nasal retorna rapidamente, criando-se assim um ciclo vicioso.
O uso de anti-histamínicos (antialérgicos), apesar de ser muito prescrito, não apresenta evidências de benefícios na sinusite. Se não há um processo alérgico por trás, é pouco provável que essa classe de remédios traga algum benefício.
Durante as crises é importante evitar contato com fumaça de cigarro, pois este é um importante fator de irritação das vias aéreas. Além da fumaça é importante tentar identificar outros estímulos que possam ser irritantes para as vias aéreas, como frio ou produtor químicos de odor forte.
Os antibióticos só devem ser usados quando há evidências de sinusite bacteriana. Os mais usados são amoxacilina com ácido clavulânico, Bactrim®, levofloxacino, moxifloxacino, claritromicina ou azitromicina. Deve-se ter cuidado para não usar antibiótico indiscriminadamente para que não haja seleção de bactérias resistentes. Se a sinusopatia não tiver características de origem bacteriana, não há motivos para usar antibióticos.
SINUSITE CRÔNICA
A sinusite crônica é aquela que permanece por mais de 12 semanas consecutivas apesar do tratamento.
A sinusite crônica está muito associado à presença de desvio de septo nasal e/ou pólipos nasais. Os dois propiciam a cronicidade por causarem obstrução da comunicação entre os seios paranasais e as vias nasais (leia: PÓLIPOS NASAIS).
Outras causas de infecção crônica são a sinusite por fungos, doença do refluxo gastroesofágico (leia: HÉRNIA DE HIATO E REFLUXO GASTROESOFÁGICO), alergia respiratória recorrente, HIV, asma e fibrose cística.
Enquanto a sinusite aguda costuma resolver-se sozinha em alguns dias, a sinusite crônica é uma inflamação mais difícil de ser controlada, devendo ser sempre avaliada por um otorrinolaringologista. Apesar de ser de difícil cura, ela pode ser controlada com tratamento adequado.
Iremos falar sobre a sinusopatia crônica com mais detalhes em um texto à parte que será escrito brevemente.
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