DOR NO QUADRIL, CUIDADO PODE SER BURSITE DE QUADRIL
A bursite do quadril também chamada de bursite trocanteriana é o nome de um conjunto de processos inflamatórios que ocorrem nas estruturas que se localizam no trocânter maior do fêmur.
Estes processos inflamatórios podem ser dos tendões dos músculos glúteos, em especial do glúteo médio, ou mesmo do músculo tensor do fáscia lata.
Estes processos inflamatórios podem ser dos tendões dos músculos glúteos, em especial do glúteo médio, ou mesmo do músculo tensor do fáscia lata.
A bursa trocanteriana propriamente dita, pode ser sede desta inflamação isoladamente ou em conjunto com os tendões devido a sua proximidade.
As mulheres são mais afetadas que os homens e a bilateralidade é comum.
Geralmente aparece dor na face lateral da coxa,
com irradiação para o joelho,
que se exacerba ao se cruzar às pernas,
ao correr e ao deitar-se sobre este lado.
A observação do alinhamento dos membros inferiores e avaliação muscular devem ser realizadas.
Radiografias são utilizadas para se observar a presença de calcificações, que é sinal da cronicidade da lesão, a forma da articulação do quadril, fator que pode predispor ao processo inflamatório e a presença de artrose (desgaste da articulação).
Exames podem ser solicitados como o ultrassom ou a ressonância magnética que pode detectar líquidos nas bursas ou nas bainhas tendinosas e a sua degeneração, podem ser utilizados, porém com uma grande incidência de falsos negativos (exames normais porém com o quadro clínico).O tratamento fundamenta-se na reabilitação fisitoterápica. Para os casos resistentes as infiltrações com corticoesteróides devem ser cogitadas.
O tratamento cirúrgico reserva-se para casos resistentes ao tratamento anterior, podendo ser via artroscópica ou aberta.
A recidiva é comum devido a sua causa multifatorial. É comum a recorrencia dos quadros de dor em especial quando associados ao quadro de artrose de quadril.
O tratamento pode incluir:
• Compressas de gelo sobre a face lateral do quadril por cerca de 20 a 30 minutos, a cada 3 ou 4 horas, por 2 a 3 dias - ou até que a dor passe.
• Antiinflamatórios prescritos pelo médico.
• Injeção de medicamentos, como cortisona, na bolsa sinovial para reduzir o edema e a dor
• O uso de coxins protetores, mais macios, para que quando deitar não apóie a região afetada sobre uma superfície dura,
• Evitar fechar, forçadamente, os membros inferiores passando uma perna sobre a outra, por exemplo, para não tensionar a musculatura e a fáscia sobre o trocanter.
Quando retornar ao esporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o paciente possa retornar ao esporte ou à atividade, o mais rápido e seguramente possível.
Se o retorno for precoce, existe o risco de agravar a lesão e causar danos permanentes ao paciente.
Como cada caso é diferente do outro, o retorno ao esporte dependerá da ausência da inflamação e da dor, não existindo um protocolo ou número exato de dias indicado para este retorno.
Geralmente, quanto mais tempo se demora para buscar auxílio e tratamento médico, após a presença dos sintomas da lesão, maior será o tempo para recuperá-la.
Para voltar ao esporte com segurança, o paciente precisa conseguir realizar, progressivamente, os itens descritos na lista abaixo:
• Possuir total alcance de movimento e força da coxa lesionada em comparação com a sã.
• Correr em linha reta sem sentir dor ou mancar.
• Correr em linha reta, a toda velocidade, sem mancar.
• Fazer viradas bruscas ou abruptas a 45º, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade
• Correr, desenhando no chão um "8" de 18 metros.
• Fazer viradas bruscas ou abruptas a 90º, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.
• Correr, desenhando no chão um "8" de 9 metros.
• Pular com ambas as pernas sem sentir dor e pular somente com o lado lesionado sem sentir dor.
Como evitar a bursite trocanteriana?
A melhor forma de prevení-la é aquecer e alongar corretamente os músculos da parte externa superior da coxa, e uma vez compreendido o mecanismo que em você causa os sintomas, evitá-lo.
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