Oh! Grande Espírito,
Cuja voz ouço nos ventos, e cujo alento dá origem a toda a vida.
Ouça-me, sou pequeno e fraco, necessito de Sua força e sabedoria.
Deixa-me andar na beleza,
Faze meus olhos contemplarem sempre o vermelho e o púrpura do Pôr do Sol.
Faze com que minhas mãos respeitem as coisas que criastes,
e que meus ouvidos sejam aguçados para ouvir a Tua voz.
Faze-me sábio para que eu possa compreender as coisas que ensinaste ao meu povo.
Deixa-me aprender as lições que escondeste em cada folha, em cada rocha.
Busco força. Não para ser maior que o meu irmão,
mas para vencer o maior inimigo, eu mesmo.
Faze-me sempre pronto para chegar a Ti,
com as mãos limpas e olhar firme, a fim de que quando a vida se apague,
como se apaga o poente, o meu espírito possa chegar a Ti sem se envergonhar.
Que você possa vir pela água, pelo vento,
caminhos limpos ou cheios de folhas de outono.
Mas que, de qualquer modo, você venha, e que se cumpram
todas as profecias dos deuses e deusas que um dia nos conheceram,
quando éramos ainda mais crianças em espírito.
Que se cumpram todas as promessas que fizemos um ao outro,
sob a luz da lua e enquanto tínhamos o solo sagrado sob os nossos pés.
Eu te consagro nesse momento e em todos os outros
em que ainda vou olhar o horizonte distante, e esperar por você.
Eu peço o poder das estrelas e de toda a dança do Universo,
Para receber você em meu coração, de onde, na verdade, você nunca saiu.
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