terça-feira, 22 de abril de 2014

DESPERTANDO O CONHECIMENTO - A FORÇA DE VONTADE OU DESEJO VERDADEIRO



A FORÇA DE VONTADE OU DESEJO VERDADEIRO


 
Comparemos a mente humana — espelho vivo da consciência lúcida — a um grande escritório, subdividido em diversas seções de serviço.
 Aí possuímos o Departamento do Desejo, em que operam os propósitos e as aspirações, acalentando o estímulo ao trabalho;  o Departamento da Inteligência, dilatando os patrimônios da evolução e da cultura;  o Departamento da Imaginação, amealhando as riquezas do ideal e da sensibilidade;  o Departamento da Memória, arquivando as súmulas da experiência,  e outros, ainda, que definem os investimentos da alma.
 Acima de todos eles, porém, surge o Gabinete da Vontade.  A Vontade é a gerência esclarecida e vigilante, governando todos os setores da ação mental.
 A Divina Providência concedeu-a por auréola luminosa à razão, depois da laboriosa e multimilenária viagem do ser pelas províncias obscuras do instinto.
 Para considerar-lhe a importância, basta lembrar que ela é o leme de todos os tipos de força incorporados ao nosso conhecimento.
 A eletricidade é energia dinâmica.
 O magnetismo é energia estática.
 O pensamento é força eletromagnética.
 Pensamento, eletricidade e magnetismo conjugam-se em todas as manifestações da Vida Universal, criando gravitação e afinidade, assimilação e desassimilação, nos campos múltiplos da forma que servem à romagem do Espírito para as Metas Supremas, traçadas pelo Plano Divino.
 A Vontade, contudo, é o impacto determinante.
Nela dispomos do botão poderoso que decide o movimento ou a inércia da máquina.
 O cérebro é o dínamo que produz a energia mental, segundo a capacidade de reflexão que lhe é própria;  no entanto, na Vontade temos o controle que a dirige nesse ou naquele rumo, estabelecendo causas que comandam os problemas do destino.
 Sem ela, o Desejo pode comprar ao engano aflitivos séculos de reparação e sofrimento, a Inteligência pode aprisionar-se na enxovia da criminalidade,  a Imaginação pode gerar perigosos monstros na sombra,  e a Memória, não obstante fiel à sua função de registradora, conforme a destinação que a Natureza lhe assinala, pode cair em deplorável relaxamento.
 Só a Vontade é suficientemente forte para sustentar a harmonia do espírito.
 Em verdade, ela não consegue impedir a reflexão mental, quando se trate da conexão entre os semelhantes,  porque a sintonia constitui lei inderrogável,  mas pode impor o jugo da disciplina sobre os elementos que administra, de modo a mantê-los coesos na corrente do bem.



Pensamento e vida — Emmanuel

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