As 7 Grandes Regras de Paracelso para o Desenvolvimento Espiritual
Paracelso, pseudônimo de Phillipus Aureolus
Theophrastus Bombastus von Hohenheim, (Einsiedeln, 17 de dezembro de 1493 —
Salzburgo, 24 de setembro de 1541) foi um famoso médico, alquimista, físico e
astrólogo suíço.
.
«Se durante alguns meses se
observarem rigorosamente as prescrições que se dão a seguir, verás operar na
tua vida uma MUDANÇA TÃO FAVORÁVEL, que jamais as abandonarás. Mas, leitor
irmão, para que obtenhas o êxito desejado, é necessário, isso sim que adaptes a
tua vida à estrita observação destas regras. São simples e fáceis de seguir,
mas é preciso segui-las com perseverança muito firme. Não achas que a felicidade
vale bem algum esforço? Se não és capaz de seguir estas regras tão fáceis, com
que direito te podes queixar dos teus fracassos? Que custaria fazer uma
experiência? São regras ensinadas pelas mais Antigas Sabedorias e existe nelas
mais TRANSCENDÊNCIA do que a sua simplicidade te leva a supor.
I
A primeira é melhorar a saúde. Para
isso deve-se respirar, com a maior frequência possível profunda e ritmicamente,
enchendo bem os pulmões; ar livre ou assomando-se a uma janela. Beber
diariamente, em pequenos sorvos, dois litros de água, comer muitas frutas;
mastigar os alimentos do modo mais perfeito possível, evitar álcool, o tabaco e
os medicamentos, excepto se por um motivo grave esteja submetido a algum
tratamento.
TOMAR BANHO DIARIAMENTE É UM HÁBITO
QUE DEVES À TUA PRÓPRIA DIGNIDADE.
II
Afastar absolutamente do teu ânimo,
por mais razões que existam, toda a ideia de pessimismo, rancor, ódio, tédio ou
tristeza. Fugir como da peste de todas as ocasiões de lidar com pessoas
maldizentes, viciadas, ruins, bisbilhoteiras, indolentes, mexeriqueiras,
vaidosas, ordinárias e inferiores por natural baixeza intelectual ou pelos
tópicos sensualistas que constituem a base dos seus discursos ou ocupações.
A observância desta regra é de
importância decisiva: trata-se de mudar a contextura espiritual da tua ALMA. É
o único meio de mudar o teu destino, pois isto depende dos nossos actos e
pensamentos… O AZAR NÃO EXISTE.
III
Faz todo o bem possível. Auxilia
todos os desgraçados sempre que possas, mas jamais tenhas debilidades por
nenhuma pessoa. Deves cuidar das tuas próprias energias e fugir de todo o
sentimentalismo.
IV
É necessário esquecer todas as
ofensas: mais ainda, esforça-te por pensar bem do teu maior inimigo: a tua alma
é um templo que não deve ser profanado pelo ódio.
V
Deves recolher-te todos os dias aonde
ninguém possa perturbar-te, nem que seja por meia hora, sentar-te o mais
comodamente possível e NÃO PENSAR EM NADA Isto fortifica energicamente o
cérebro e o espírito por-te-ás em contacto com boas influências.
Nesse estado de recolhimento e
silêncio costumam ocorrer-nos ideias luminosas, susceptíveis de mudar toda uma
existência. Com o tempo todos os problemas que se apresentam serão resolvidos
vitoriosamente pois uma voz interior te guiará em tais instantes de silêncio, a
sós com a tua consciência. Esse é o DAIMON de que falava Sócrates. Todos os
grandes espíritos deixaram-se guiar por essa suave voz interior. Mas não a
encontrarás assim de imediato, tens que preparar-te durante algum tempo,
destruir as sobrepostas capas dos velhos hábitos, pensamentos e erros que pesam
sobre o teu espírito, que é divino e perfeito em si, mas impotente por causa do
imperfeito do veiculo que lhe ofereces hoje para se manifestar. A carne é
fraca.
VI
Deves guardar silêncio absoluto de todos
os assuntos pessoais; abster-te como se tivesses feito juramento solene, de
referir aos outros, por mais íntimos que sejam, tudo quanto pensas, ouças,
saibas, suspeitas, aprendas ou descubras. Durante muito tempo pelo menos, deve
ser como CASA MURADA ou JARDIM FECHADO: é regra de suma importância.
VII
Nunca temas aos homens nem te inspire
sobressalto o dia de amanhã.
Mantém a tua alma forte e limpa e
tudo te correrá bem. Nunca te julgues só, nem débil, porque há atrás de ti
poderosos exércitos, que não concebes nem em sonhos. Se elevas o teu espírito,
não existirá mal que te possa tocar. O único inimigo a quem deves temer é a TI
MESMO. O medo e a desconfiança do futuro são mãe funesta de todos os fracassos,
atraem as más influências e com elas o desastre. Se estudares atentamente as
pessoas de “boa sorte”, verás que instintivamente observam grande parte das
regras antecedentes; muitas das que obtêm riquezas, o mais certo é que não são
de todo boas pessoas, no sentido justo, mas possuem muitas das virtudes que
acima se mencionam. Por outro lado, a riqueza não é sinónimo de felicidade:
pode ser um dos factores que a ela conduz, pelo poder que nos dá para exercer
grandes obras nobres, mas a felicidade mais duradoura só se consegue por outros
caminhos, lá onde não impera o antigo SATÁN da lenda, cujo verdadeiro nome é o
EGOÍSMO. Nunca te queixes de nada. Domina os teus sentidos e foge tanto da
modéstia como da vaidade, porque são funestas para o êxito. A modéstia
retirar-te-á forças e a vaidade é tão nociva, que é como se disséssemos pecado
mortal contra o Espírito Santo. Muitos grandes espíritos caíram despenhados dos
mais elevados cumes por causa da vaidade, devendo a ela a sua queda muito
possivelmente Júlio César, aquele homem extraordinário que se chamou Napoleão e
outros.»
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