Estomago e Aparelho Digestivo x Emoções
DIGESTIVO, APARELHO:
Aceito ou rejeito? Prendo ou solto?
Compreende o tubo gastrintestinal e seus órgãos acessórios: língua,
dentes, glândulas salivares, vesícula biliar. O tubo gastrintestinal é
um tubo que se estende dos lábios ao ânus, sendo que cada parte que o
forma, é chamado por um nome distinto, como, boca, faringe, esôfago,
estômago, intestino delgado e grosso, cada parte contribuindo
distintamente para uma finalidade comum, ou seja, a transformação dos
alimentos em substâncias que possam ser aproveitadas pelas células do
organismo.
As causas não físicas dos males do estômago estão vinculadas a um
sentimento de rejeição oriundo da dificuldade em “digerir” novas
situações, pessoas e circunstâncias que são vistos e entendidos como
ameaçadores ou que promovem a necessidade de adequação, aceitação,
libertação e solução.
A possessividade e a raiva podem gerar dificuldades digestivas; o pavor e
o o medo podem gerar náuseas e vômitos. O vômito é, na verdade, o ponto
culminante da rejeição.
Entretanto, diz o Dr. Luiz F. Figueiredo, “considerando a gravidez, onde
os enjôos e vômitos são freqüentes, essa rejeição deve ser mais bem
analisada, pois comumente as pessoas enquadram os vômitos e náuseas como
fatores da rejeição ao bebê exclusivamente. E não é bem assim.
Excetuando as causas palpáveis que englobam uma série de modificações no
organismo em virtude da gravidez e considerando as causas metafísicas, a
rejeição pode estar associada a diversos fatores, tais como:
a) Rejeição ao sêmen,
proveniente de dificuldades no relacionamento entre o casal, momentos de
crise impróprios para a gestação. Uniões estabelecidas sem a
participação amorosa-afetiva e também fatores mais contundentes quando a
gravidez é decorrente de atos de violência.
b) Rejeição à função. Revelando que este sintoma é decorrente do medo
dos encargos da maternidade. O medo de não conseguir dar cumprimento as
obrigações de “futura mamãe”, o receio da responsabilidade que o ato de
ser mãe encerra, receio de não atingir às expectativas dos familiares,
entre outros anseios.”
As náuseas e vômitos estão comumente ligados a presença de fatores ou
situações inusitadas que rejeitamos, encargos que não suportamos, pois
no sentido vulgar, tudo aquilo que se nos apresenta como novo, tudo o
que não dominamos, e que nos ameaça, “mexe e revira” o nosso estômago.
Os Drs. Thorwald e Rudiger esclarecem: “o estômago recebe todas as impressões que provêm de fora e que deve digerir."
A capacidade de receber implica em estar aberto, exige passividade e
propensão no sentido de uma capacidade de entrega. Com essas
características, o estômago representa o pólo feminino.
Ao lado da capacidade de recepção, o estômago cumpre outra função que
devemos atribuir ao pólo masculino: a produção e distribuição do suco
gástrico (ácido). Os ácidos atacam: ardem, corroem, são visivelmente
agressivos.
O estômago reage com um aumento do seu teor de acidez produzindo sucos
corrosivos no nível físico numa tentativa de digerir e de lidar com
sentimentos que simplesmente não são materiais - um empreendimento
difícil, que provoca vários arrotos e sensação de uma pressão ascendente
cuja função é nos lembrar que é preferível não engolir os sentimentos,
poupando ao estômago a tarefa de digeri-los. Em outras palavras, o ácido
sobe porque precisa ser expresso. É aí que o paciente tem problemas
estomacais. Falta-lhe a capacidade para lidar com os seus aborrecimentos
e com a sua agressividade de forma consciente, resolvendo seus
problemas através de um senso de responsabilidade pessoal.
O indivíduo que sofre do estômago deixa totalmente de demonstrar sua
agressividade (engolindo tudo) ou exagera na agressividade - embora
ambos os extremos não o ajudem a resolver de fato os problemas, pois ele
carece de uma base segura de autoconfiança e da sensação fundamental de
proteção para confrontar com independência os obstáculos. É alguém que
não quer se permitir ter conflitos. Sente saudade da infância livre de
atritos, embora não tenha consciência do fato. Em síntese, a tendência
básica de dirigir os nossos sentimentos, as nossas paixões para dentro,
em vez de para fora, provoca com o tempo a formação de úlceras gástricas
(elas não são de fato excrescências ou tumores, mas perfurações na
parede do estômago). Nesse caso, o estômago não digere algo que provém
do exterior, mas sua própria parede!
A pessoa está digerindo a si mesma.
Fonte Cure seu Corpo
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