Quando voce está concentrado em
sua respiração voce está protegido do vampirismo, de uma mente dominadora, de
obssessores, perda de energia, pensamento compulsivos, emoções
desconcontroladas, muitas vezes da depressão principalmente, se voce faz
exercícios físicos e caminhadas, ajuda muito.
Quando sua mente está centrada,
voce está no centro em harmonia com o Espirito, com a Alma. Você está protegido,
pode ouvir sua intuição e estar ligado com o seu Anjo da
Guarda.
Se a
mente está sendo dominada pelo ambiente, pelo ódio, descontrole emocional, com a
meditação e a concentração na respiração, voce está no controle da sua vida e na
roda do dharma.
A Inteligência
fixada no Espírito que respira é o centro do Ser ao redor do qual a mente e os
sentidos giram é a Inteligência que é a fundação da vida e das sensações.
O Todo é Espírito
– Mente Viva Infinita – Consciência - É
Luz Clara...
“A consciência
da respiração é o caminho para a consciência.
Respirar é trazer nossa força da vida em uma espiral de sintonia com a hélice universal que carrega toda a força no cosmos.
Todos respiramos o mesmo ar. esse ar é Spiritus (latim "respiração de vida"). A presença do Spiritus dá vida. O Ar é a presença da essência da vida.
A magia da consciência da respiração é a consciência do Espírito da
Unidade.
"Segredos e Métodos para praticar
a Respiração”.
As práticas de
parar e observar tem por finalidade atingir a liberação, isto é, a liberdade da
prisão.
A que estamos
presos? Antes de tudo, caímos na distração que nos faz perder a plena atenção.
Vivemos como se estivéssemos num sonho. Somos arrastados de volta ao passado e
empurrados para o futuro.
Estamos presos
às nossas tristezas, agarramo-nos à raiva, aos sentimentos de intranquilidade e
medo. Aqui “liberação” significa ir além e deixar para trás essas condições a
fim de vivermos totalmente despertos, com alegria e suavemente, tranquilos e em
paz.
Viver dessa
maneira significa que a vida vale a pena ser vivida. Vivendo assim, somos uma fonte
de alegria para nossa família e para aqueles que vivem conosco e em torno de
nós.
O budismo
muitas vezes se refere à “emancipação”, isto é, ir além e abandonar nascimento
e morte. Sentimo-nos ameaçados pela morte. Quanta intranquilidade e medo têm
sido criados pelo medo da morte!
A meditação
nos permite ficarmos livres dessas prisões de intranquilidade e medo.
Por favor, use
quaisquer métodos que sejam... Respire! Você está vivo mais
adequados à sua situação presente e, em primeiro lugar, pratique-os. Ao parar,
observar já está presente, mais ou menos; ao observar, há um parar natural.
Os tópicos da plena consciência sugeridos
abaixo podem ser divididos em sete categorias:
1) Seguir a
respiração na vida diária — elimina o esquecimento e o pensamento desnecessário
(Métodos 1 -2)
2) Consciência
do corpo (Método 3)
3) Realizar a
unidade corpo e mente (Método 4)
4) Nutrir a
nos mesmos com a alegria da meditação (Méto—
dos 5-6)
5) Observar os
sentimentos (Métodos 7-8)
6) Controlar e
liberar a mente (Métodos 9-12)
7) Observar
afim de derramar luz sobre a verdadeira natureza de todos os dharmas (Métodos
13-16)
- Os leigos, e
os monges também, devem saber como praticar o primeiro tópico (seguir a
respiração na vida diária) e o quarto (alimentarmos a nós mesmos com a alegria
da meditação).
- Toda vez que
praticamos a meditação sentada, devemos sempre começar com esses dois tópicos.
Somente depois disso deveremos passar para
outros tópicos. Toda vez que notarmos que nosso estado mental tornou-se
agitado, disperso, sem tranquilidade, devemos praticar o quinto tópico
(observar a fim de derramar luz sobre nossos sentimentos).
- O sétimo
tópico é a porta que se abre para liberar nascimento e morte, e todos aqueles
de grande compreensão têm de passar por essa porta.
Esse tema é o maior presente que o Buda nos
deu. Os seis primeiros tópicos envolvem parar e observar, mas o sétimo enfatiza
a observação. Somente depois que adquirimos a capacidade de concentrar a mente
com grande estabilidade, podemos mergulhar nesse tema.
O Primeiro Tópico da Plena Consciência: seguir a
respiração na vida diária — eliminar a distração e o pensamento desnecessário
(Métodos 1-2)
Inspirando,
ele
sabe que está inspirando e expirando, ele sabe que está expirando.
Inspirando uma respiração longa, ele sabe que “Inspiro uma respiração
longa” e agora ele sabe que “inspiro uma respiração curta”.
Expirando uma respiração longa, ele sabe que “Expiro uma respiração
longa.
A maioria dos
leitores deste livro não vive em florestas, debaixo de árvores, ou em
monastérios. Em nossa vida diária, dirigimos carros e esperamos ônibus,
trabalhamos em escritórios e fábricas, falamos ao telefone, limpamos nossas
casas, preparamos comida, lavamos roupa e assim por diante.
Portanto, é
muito importante aprendermos a praticar a plena consciência na respiração durante
nossa vida diária. Usualmente, quando desempenhamos essas tarefas, nossos
pensamentos vagueiam, e nossas alegrias, tristezas e raiva ficam difíceis de
seguir de perto. Apesar de estarmos vivos, não conseguimos trazer nossa mente
para o momento presente e vivemos no esquecimento.
Podemos
começar nos tornando conscientes de nossa respiração, seguindo a nossa
respiração. Inspirando e expirando sabemos que estamos inspirando e expirando,
e podemos sorrir para afirmar que somos nós mesmos que estamos no controle de
nós mesmos.
Através da
consciência na respiração, podemos estar despertos no (e para o) momento
presente. Ficando atentos, já estabelecemos o “parar”, isto é, a concentração
da mente. Respirar com plena consciência ajuda nossa mente a vagar menos em
pensamentos confusos e sem fim.
A maior parte
de nossas atividades diárias pode ser realizada enquanto seguimos a respiração
de acordo com as instruções do sutra. Quando nosso trabalho demanda uma atenção
especial para evitar confusão ou acidente, podemos unir a plena consciência ria
respiração com a própria tarefa.
Por exemplo,
quando estamos carregando uma panela de água fervendo ou fazendo consertos na
eletricidade, podemos estar conscientes de cada movimento de nossas mãos, e
alimentar essa consciência por meio da respiração:
“Expiro consciente de que minhas mãos estão
carregando uma panela de água fervendo” ou “Inspiro consciente de que minha mão
direita está segurando um fio elétrico”, ou mesmo “Inspiro consciente de que
estou passando por um outro carro. Expiro consciente de que a situação está sob
controle”. Podemos praticar assim.
Na realidade,
não é suficiente combinar a consciência na respiração somente com tarefas que
exigem muita atenção. Devemos também combinar a plena consciência de nossa
respiração com todos os movimentos de nosso corpo: “Inspiro e estou sentando”,
“Inspiro limpando a mesa”, “Inspiro sorrindo para mim mesmo”, “Inspiro
acendendo o forno”. Parar os pensamentos aleatórios e deixar de viver na
distração é um passo gigantesco no sentido da prática da meditação. Podemos
realizar essa etapa seguindo nossa respiração e combinando-a com a consciência
de nossas atividades diárias.
Há pessoas que
não têm paz nem alegria e ficam até alucinadas porque não conseguem parar o
pensamento desnecessário. São obrigadas a tomar sedativos para se aquietarem e
dormirem, simplesmente para dar sossego aos seus pensamentos. Porém, até mesmo
em sonho, continuam sentindo medo, ansiedade e intranquilidade. Pensar demais
pode causar dor de cabeça, empobrecendo o ser espiritual.
Seguindo sua
respiração e combinando a respiração consciente com suas atividades diárias,
você pode cortar o fluxo de pensamentos perturbadores e derramar a luz do
despertar.
A plena consciência da expiração e da inspiração
é algo maravilhoso que qualquer pessoa pode praticar. Mesmo se você vive em um
monastério ou em um centro de meditação, pode praticar dessa maneira.
Combinar a
plena consciência da meditação com a plena consciência dos movimentos do corpo
durante as atividades diárias — andar, parar, deitar, sentar, trabalhar — é uma
prática básica para cultivar a concentração e viver em um estado desperto.
Durante os primeiros minutos de meditação
sentada, você pode usar este método para harmonizar sua respiração e, se
parecer necessário, pode continuar seguindo a respiração com plena consciência
durante o período todo.
O Segundo Tópico da Plena Consciência: consciência
do corpo (Método 3)
Inspiro, consciente do meu corpo todo. Expiro,
consciente do meu corpo todo.
Durante a
prática de meditação, corpo e mente se tornam uma unidade. Na posição de
sentar, deitar, levantar ou andar podemos praticar a consciência de nosso
corpo, começando pelas suas diferentes partes, uma por uma, e depois vendo o
organismo como um todo.
Podemos
começar com o nosso cabelo e depois descer até as pontas dos dedos do pé. Por
exemplo, quando na posição de meditação sentada, depois de regular sua
respiração, você começa expirando e observa:
“Expiro
consciente dos cabelos em minha cabeça”. “Inspiro consciente dos conteúdos de
meu crânio”.
Você pode
continuar assim até chegar às pontas dos dedos do pé. No curso da prática,
sentimentos e considerações podem surgir.
Por exemplo,
estou passando pelo meu coração e de repente noto uma ansiedade despontando em
mim a respeito das condições do coração de um amigo próximo.
Não afasto
esse sentimento, sou conhecedor dele: “Inspiro consciente de minha ansiedade
por causa das condições do coração de meu amigo”. Então, você continua sua
jornada de observação de seu corpo sob a supervisão da plena consciência na
respiração.
Aqui está um
outro exemplo: à medida que fico consciente de meus órgãos digestivos, vejo
milhões de diminutos seres vivos que estão vivendo comigo em minhas entranhas.
Não afasto essa percepção, SOU um simples sabedor dela:
“Inspiro
consciente de que organismos minúsculos vivem junto comigo e em mim”. Sua
consciência do relacionamento simbólico com esses organismos pode lhe tocar
como um assunto rico para meditação.
Reconheça-o
como tal e marque um encontro com você mesmo para retornar a este assunto mais
tarde, e depois continue com sua jornada de observação pelo resto do seu corpo.
Geralmente,
prestamos muito pouca atenção para os órgãos de nosso corpo. Estamos
conscientes deles somente quando nos causam dor e começamos a ficar doentes.
Você pode
passar metade da sua vida buscando riquezas e fama sem nunca ter segurado seu
dedinho do pé com a consciência desperta. Seu dedinho é muito importante. Ele
tem sido muito bom para você durante muitos anos.
Se um dia no
futuro aparecer um sinal diferente nele, o que você vai fazer? Talvez você
pense que estar consciente do corpo não é muito importante, mas isso não é
verdade. Qualquer fenômeno fisiológico, psicológico ou físico pode ser uma
porta que conduz à verdade.
Você pode meditar sobre seu dedinho e alcançar
a meta da realização. O segredo dessa prática é concentrar a mente para
observar cada órgão do corpo com plena consciência. Se praticar dessa maneira,
um dia (talvez amanhã ou mesmo hoje à tarde) você poderá ver coisas profundas e
maravilhosas capazes de mudar sua perspectiva e maneira de viver.
O cabelo da sua cabeça parece muito comum, mas
você deveria saber que ele é um embaixador da verdade. Por favor, receba as credenciais
desse cabelo. Observe bem e descubra a mensagem de que cada fio de cabelo é
portador. Seus olhos são um fenômeno físico comum? Eles são as janelas que se
abrem para o milagre da realidade. Observe profundamente e verá. Essa é a
prática da meditação.
Durante outro
período de meditação, observe seu corpo todo sem discriminar as diferentes
partes. “Inspiro consciente de meu corpo todo.
O Terceiro Tópico da Plena Consciência: realizar a
unidade de corpo e mente (Método 4)
Inspiro,
fazendo todo corpo todo ficar calmo e em paz. Expiro, fazendo meu corpo todo ficar
calmo e em paz.
Durante outro
período de meditação, observe seu corpo todo sem discriminar as diferentes
partes. Inspiro conscientemente de meu corpo todo (Método 3 no sutra)
Nesse ponto,
deixe respiração, corpo e mente observadora se tornarem todos um. Respiração e
corpo são um. No momento da observação, a mente não é uma entidade que existe
independentemente, fora da sua respiração e do seu corpo. A fronteira entre o
sujeito que observa e objeto observado não mais existe. Nós observamos “o corpo
no corpo”.
A mente não
fica fora do objeto para observá-lo. A mente é uma com o objeto que ela
observa. Este é o primeiro princípio — “sujeito e objeto são vacuidade (sujeito
e objeto não são dois)” — que tem sido amplamente desenvolvido na tradição
Mahayana.
Praticando
dessa maneira por dez ou vinte minutos, o fluxo de sua respiração e o seu corpo
ficam muito calmos e a mente muito mais descansada. Logo que você inicia essas
práticas, tudo parece bastante desordenado, como trigo moído grosseiramente.
Mas a farinha vai se tornando cada vez mais fina.
O quarto
método na respiração o acompanha nesse caminho. É como beber um copo de
limonada gelada num dia quente e sentir que seu corpo está ficando frio por
dentro.
Quando você
inspira, o ar entra no seu corpo e acalma todas as células. Ao mesmo tempo,
cada “célula” na respiração fica mais pacificada e cada “célula” da mente
também fica mais pacificada.
Os três são um e cada um é todos três. Essa é
a chave para a meditação. A respiração traz a doce alegria da meditação. É
alimento. Se você é alimentado pela doce alegria da meditação, ficará alegre,
suave e tolerante, e todos ao seu redor se beneficiarão da sua alegria.
Embora a meta
do quarto método da respiração seja trazer calma para os movimentos do corpo,
seu efeito é trazer calma para sua respiração e para sua mente também. Acalmar
um acalma todos três. Na calma da meditação, a discriminação entre corpo e
mente não existe e você permanece descansado no estado de “corpo e mente como
um”, não mais sentindo que o sujeito da meditação existe fora do objeto da
meditação.
O Quarto Tópico da Plena Consciência:
alimentarmo-nos com a alegria da meditação (Métodos 5-6)
Inspiro,
sentindo- me alegre. Expiro, sentindo-me alegre.
Inspiro,
sentindo-me feliz. Expiro, sentido- feliz.
Aqueles que
praticam meditação deverão saber se alimentar na paz e na alegria da
concentração meditativa, a fim de alcançar urna real maturidade e ajudar o mundo.
A vida neste
mundo é dolorosa e milagrosa. As tradições das escolas do Norte do Budismo nos ajudam compreender e apreciar
as maravilhas da vida. Bambu, violeta, flores amarelas, nuvens brancas todos são
expressões maravilhosas do Darmakaya,
o corpo do Darma.
O corpo do ser humano, apesar de impermanente,
sem um self independente e preso ao sofrimento, é também infinitamente
maravilhoso.
A alegria inicial da meditação é como sair da
cidade, deixando sua hiperatividade e todos os seus encontros perturbadores, e
ir para o campo sentar debaixo de uma árvore, sozinho. Que alegria, que alívio;
é como quando você termina um exame difícil e sente que deixou de lado, para
sempre, toda ansiedade.
No fim de um
dia trabalhoso, você pode ligar a televisão, acender um bastão de incenso
tornando o ambiente perfumado, sentar de pernas cruzadas e começar a praticar
respirando com um meio sorriso. Você vai sentir uma grande alegria!
Essa é a
sensação inicial de paz e alegria da meditação. O quinto método de meditação
nos ajuda a ficarmos conscientes dessa sensação. Se você puder deixar de lado o
estresse e as complicações do seu dia, entrará em meditação cheio de alegria. A
partir desse estado, é fácil chegar ao estado de paz e felicidade.
O sexto método
estabelece a consciência de paz e felicidade que surge quando nos tomamos
livres de aborrecimentos e preocupações, e do fato de que corpo e mente estão tranquilos.
Quando temos
uma dor de dente, sabemos que não ter dor de dente é um sentimento agradável.
Mas quando, na realidade, não temos dor de dente, a maioria de nós não tem
consciência desse sentimento agradável.
Somente depois de ficarmos cegos sabemos que
ter olhos para ver um céu azul e nuvens brancas é um milagre. Enquanto podemos
ver, raramente estamos conscientes desse milagre. Praticar meditação é estar
consciente do que é doloroso e do que é miraculoso. Felicidade é o alimento do
meditador e não é necessário olharmos para fora de nós.
Só precisamos
estar conscientes da existência da felicidade a fim de possuí-la imediatamente.
Sentimentos de prazer são como o ar em torno de nós — podemos gozá-los quando
precisamos deles.
Na psicologia
budista, diz-se que há três tipos de prazer: agradável, desagradável e neutro.
Mas quando praticamos meditação, sabemos que podemos transformar os sentimentos
neutros em agradáveis e alimentarmos a nós mesmos.
Os sentimentos agradáveis que se transformados
a partir dos neutros são mais saudáveis e duradouros do que outros sentimentos
agradáveis. Quando somos constantemente alimentados pela felicidade da
meditação, ficamos tranquilos conosco e
com os outros. Passamos a ser tolerantes e compassivos e nossa felicidade é
transmitida para todos os que estão ao nosso redor.
Somente quando temos a paz dentro de nós
podemos compartilhá-la com os outros. Só então realmente temos bastante firmeza
e paciência para trabalhar ajudando os outros, enfrentando as muitas
dificuldades com paciência e perseverança”. Thich Nhat Hanh
Respire! Você
está vivo
Respire com a
vida.
Respire com a
Alma.
Respire e
saiba que está vivo.
Respire e
saiba que tudo está ajudando-o.
Respire e
saiba que você é o imundo.
Respire e
saiba que a flor está respirando também.
Respire por
você e respire pelo mundo.
Respire por
compaixão e respire de alegria.
Respire e seja
um com o ar que respira.
Respire e seja
um com o rio que corre.
Respire e seja
um com a terra que pisa.
Respire e seja
um com o fogo que incandesce.
Respire e
quebre o pensamento de nascimento e morte.
Respire e veja
que impermanência é vida.
Respire de
alegria por estar firme e calmo.
Respire para sua
tristeza sair correndo.
Respire para
renovar cada célula de seu corpo.
Respire para
renovar as profundezas de sua consciência.
Respire e
permaneça no aqui e agora.
Respire e tudo
o que você tocar é novo e real.
Annabel Laity
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