Uma dica para cada sentido - Paladar - ofato - Audição - Visão e Tato
Os rituais e tradições orientais contam com uma série de práticas voltadas ao bem-estar. A seguir, você confere receitas trazidas desta cultura que vão mostrar como é fácil aguçar nossos sentidos e, de quebra, obter uma grande paz de espírito. Pratique!
Perfume dos deuses
O incenso de vareta, com o qual estamos mais habituados, é o formato do incenso hindu, composto de resina e ervas aromáticas. Quando acendê-lo, pare um instante e tente experimentar a sensação de tranquilidade espiritual proporcionada. Se desejar, vale até fazer uma breve oração. A seguir, veja alguns tipos de incenso e suas propriedades:
ARRUDA – é ideal para proteção, limpeza psíquica, física e de ambientes carregados.
CRAVO-DA-ÍNDIA – beneficia a espiritualidade e estimula a sensualidade.
MANJERICÃO – atrai sorte, dinheiro e também é usado para defumação.
MIRRA – traz saúde, purifica e serve como oferenda aos deuses.
Temperos da vida
Exóticas e saborosas, as especiarias exaltam o prazer à mesa. Mas sua importância se estende também para fora das cozinhas. Foi atrás delas, por exemplo, que os portugueses no século 14 cruzaram os oceanos e, dizem por aí, descobriram sem querer uma terra que mais tarde batizaram de Brasil.
No período das Grandes Navegações, esses ingredientes ajudavam a mascarar o gosto ruim dos alimentos que, com as longas viagens, apodreciam facilmente. Além disso, por trás de cada um desses temperinhos existem histórias únicas e fascinantes. As primeiras notícias que se tem do uso do cravo-da-índia, por exemplo, vêm da China, onde os súditos da dinastia Han (206 a.C – 220 d.C) mascavam cravo antes de falar com os imperadores. Desde aquela época, esta especiaria é usada como condimento, remédio e aromatizante.
Hoje, sabe-se que o eugenol, óleo essencial dessa planta, tem efeito antiinflamatório, cicatrizante e analgésico. O curry, o gengibre, a hortelã, o manjericão e a pimenta-do-reino são outras especiarias vindas do Oriente e muito comuns à nossa culinária e cotidiano.
O som da meditação
A meditação em mantras é uma meditação cantada. Durante sua recitação, é fundamental manter o foco no controle da respiração e na vibração que o som produz dentro de sua cabeça. Para começar a praticar, a dica é optar pela entoação do famoso “Om Mani Padme Hum” – os tibetanos pronunciam “Aum Mani Peh-meh Hoom”.
O “Om” é o mais importante de todos os mantras, considerado o som do infinito e do absoluto. É um mantra altamente positivo, que afasta os pensamentos negativos e atrai boas energias.
Mãos à obra
Que o contato com a natureza faz bem à alma e à saúde, todo mundo sabe. Mas para quem não tem tempo de fugir para longe da poluição, praticar a ikebana pode ser uma boa alternativa. A arte japonesa de arranjar flores, ramos e galhos naturais, além de demandar concentração e elevar a espiritualidade, leva-nos a trabalhar a sensibilidade a partir do manuseio dessas plantas.
Para praticá-la, é preciso seguir algumas regras, como prestar atenção ao tamanho dos galhos e caules para cortar apenas o que não é necessário e deixar mesmo as folhas com pequenas imperfeições, afinal, a ideia é dar vazão para que os arranjos acompanhem o ritmo da vida e as imperfeições fazem parte dela.
Tantos cuidados fazem com que os arranjos sobrevivam com muito mais vida, ao mesmo tempo em que despertam nossa harmonia interior. Vale a pena experimentar.
Imagens que emanam energia
Simbólicos, eles emanam energias puras e versam sobre qualidades diferentes. Para os budistas, cada um dos oito símbolos auspiciosos traz uma “chuva de bênçãos”, como se costuma dizer no Tibete. Pintá-los é uma ação virtuosa que ajuda a suavizar, e até anular, o carma negativo e que também gera méritos, ou carma positivo.
Os benefícios da prática de pintar tankhas também podem ser compartilhados em pensamento com pessoas queridas em uma pequena cerimônia de dedicação de méritos.
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