quarta-feira, 23 de abril de 2014

SAÚDE E EQUILÍBRIO - O que é Hipertensão?

O que é Hipertensão? 

A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença caracterizada pela elevação dos níveis tensionais no sangue. É uma síndrome metabólica geralmente acompanhada por outras alterações, como obesidade. Cerca de 20% da população brasileira é portadora de hipertensão, sendo que 50% da população com obesidade tem a doença. A hipertensão pode acontecer quando nossas artérias sofrem algum tipo de resistência, perdendo a capacidade de contrair e dilatar, ou então quando o volume se torna muito alto, exigindo uma velocidade maior para circular. Hoje, a hipertensão é a principal causa de morte no mundo, pois pode favorecer uma série de outras doenças.

Quando o seu coração bate, ele contrai e bombeia sangue pelas artérias para o resto do seu corpo. Esta força cria uma pressão sobre as artérias. Isso é chamado de pressão arterial sistólica, cujo valor normal é 120 mmHg (milímetro de mercúrio). Uma pressão arterial sistólica de 140 ou mais é considerada hipertensão. Há também a pressão arterial diastólica, que indica a pressão nas artérias quando o coração está em repouso, entre uma batida e outra. Um número normal de pressão arterial diastólica é inferior a 80, sendo que igual ou superior a 90 é considerada hipertensão.
Hipertensão

Tipos

A hipertensão pode ser dividida em três estágios, definidos pelos níveis de pressão arterial. Esses números, somados a condições relacionadas que o paciente venha a ter, como diabetes ou histórico de AVC, determinam se o risco de morte cardiovascular do paciente é leve, moderado, alto ou muito alto. Além disso, quanto mais alta a pressão arterial, maior a chance de o paciente precisar usar medicamentos.
  • Estágio I: hipertensão acima de 140 por 90 e abaixo que 160 por 100
  • Estágio II: hipertensão acima de 160 por 100 e abaixo de 180 por 110
  • Estágio III: hipertensão acima de 180 por 110.

Fatores de risco 

A hipertensão é herdada dos pais em 90% dos casos. Em uma minoria, a hipertensão pode ser causada por uma doença relacionada, como distúrbios da tireoide ou em glândulas endocrinológicas, como a suprarrenal. Entretanto, há vários outros fatores que influenciam os níveis de pressão arterial, entre eles:

Além desses fatores de risco, sabe-se que a incidência da hipertensão aumenta com a idade. Isso porque com o passar do tempo nossas artérias começam a ficar envelhecidas, calcificadas, perdendo a capacidade de dilatar - são chamados de vasos menos complacentes. Com isso a hipertensão arterial é mais fácil de acontecer - cerca de 70% dos adultos acima dos 50 ou 60 anos possuem a doença. 

Sintomas de Hipertensão

Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito: podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal. 

Diagnóstico de Hipertensão

O diagnóstico de hipertensão é feito pela medida da pressão. A forma mais comum é a medida casual, feita no consultório com aparelhos manuais ou automáticos. A hipertensão também pode ser diagnosticada por aparelhos que fazem aproximadamente 100 medidas de pressão durante 24 horas.

Tratamento de Hipertensão

A hipertensão não tem cura, mas tem tratamento para ser controlada. Somente o médico poderá determinar o melhor método para cada paciente, que depende das comorbidades e medidas da pressão. É importante ressaltar que o tratamento para hipertensão nem sempre significa o uso de medicamentos - mas se estes forem indicados, ela deve aderir ao tratamento e continuar a tomá-lo mesmo que esteja se sentindo bem. Mas mesmo para quem faz uso de medicação é imprescindível adotar um estilo de vida saudável:
Saiba mais
  • Manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares
  • Não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos
  • Praticar atividade física regular
  • Aproveitar momentos de lazer
  • Abandonar o fumo
  • Moderar o consumo de álcool
  • Evitar alimentos gordurosos
  • Controlar o diabetes e outras comorbidades.
Getty Images Medir a pressão constantemente ajuda no controle da doença
 

SAÚDE E EQUILÍBRIO - Siga as dicas que combatem a insônia e ajudam a dormir melhor

Siga as dicas que combatem a insônia e ajudam a dormir melhor

 

 

Evitar álcool, escolher um bom colchão e associar a cama ao sono são alguns dos segredos



Dormir é relaxante e ainda faz bem para a saúde. Tem coisa melhor? Tem sim, saber que ele ainda ajuda a viver mais. Um estudo realizado pela American Academy of Sleep Medicine provou que dormir bem é um dos segredos para a longevidade. A partir da análise de 2.800 pessoas, os resultados mostraram que cerca de 65% das pessoas relataram que sua qualidade de sono foi boa ou muito boa e o tempo médio diário de sono foi 7,5 horas, incluindo cochilos.

Porém, para algumas pessoas, uma boa noite de sono não é conquistada tão facilmente. A insônia pode ser decorrente de problemas de saúde. "O problema pode ser decorrente de transtorno ansioso, quadro depressivo, problemas neurológicos como a síndrome das pernas inquietas, apneia do sono ou mesmo um transtorno chamado de movimentos periódicos do sono, entre outros", enumera Stella Tavares, neurofisiologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Mas, antes de pensar que o problema é de saúde, vale cogitar: será que você está tendo hábitos saudáveis antes de dormir? "Alguns costumes como uso excessivo de computadores, alimentação pesada antes de dormir e situações de tensão podem sim prejudicar o sono", lista Daniel Inoue, médico especialista em Medicina do Sono do Hospital Santa Cruz de São Paulo. Para resolver o problema nesses casos, listamos alguns cuidados que podem ajudar a melhorar a qualidade do seu sono. Mas se nada disso funcionar, vale então procurar um médico.

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Travesseiro - Getty Images

Escolha o melhor travesseiro

Ao pensar em um bom travesseiro, é importante sempre levar em conta a posição em que você dorme. "Ao deitar-se de lado, é importante que ele seja mais alto, para que o pescoço fique alinhado com resto da coluna. Agora, se você deita de barriga para cima, o ideal é usar um travesseiro mais baixo, para que a cabeça não fique muito acima", considera o ortopedista Cássio Trevizani, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Agora, se sua posição favorita é de bruços, o ideal é não usar travesseiro nenhum.

Porém, essas regras se invalidam caso você tenha algum problema específico de saúde. "No caso de doenças associadas como o refluxo gastroesofágico e também algumas cardiopatias, a recomendação por travesseiros mais altos é feita", recomenda Daniel Inoue, médico especialista em Medicina do Sono do Hospital Santa Cruz de São Paulo.

Quanto ao material, vale escolher o que você preferir. Alguns conservam suas características por mais tempo, como o de viscoelástico, por exemplo. Mesmo assim, sempre que você perceber que o travesseiro está ficando mais baixo, o ideal é comprar outro. "A troca deve ser feita quando apresentarem deformidades ou algum tipo de incômodo para a pessoa dormir", alerta Inoue.

Colchão sem pressão - Getty Images

Colchão também é importante

Tão essencial quanto o apoio para a cabeça é a base em que ficará o resto do corpo. Por isso mesmo o colchão é um item fundamental para um sono de qualidade. "É sempre importante pensar que a sua coluna deve estar alinhada ao se deitar", pondera o ortopedista Trevizani. "Do ponto de vista prático, existem os modelos ortopédicos, com maior resistência e densidade, que normalmente são feitos com molas e com espuma de viscosidade mais alta", finaliza.

A regra principal, no entanto, é que ele seja confortável e que ao acordar você não sinta dores no corpo. E se com o tempo você começar a acordar com desconfortos, talvez já seja hora de trocar.
Moça abrindo as cortinas de manhã - Foto: Getty Images

O valor de uma boa cortina

Ter uma cortina de boa qualidade pode não parecer, mas é tão importante quanto o colchão e o travesseiro. Isso porque a iluminação está diretamente relacionada com o sono, já que tudo isso é regido pelo ciclo circadiano, que leva em conta, entre outros fatores, o dia e a noite. "Um dos hormônios ligado ao sono é a melatonina, e ela é melhor produzida quando estamos no escuro. A luminosidade alta interfere em sua liberação", ensina enumera Stella Tavares, neurofisiologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

De acordo com a especialista, você pode até ter uma pequena luminosidade no quarto, até porque algumas pessoas não conseguem dormir sem ela. Mas quando a luz fica muito forte, o corpo sente como se não fosse o momento certo de adormecer. Além disso, a luz que entra de manhã pela janela favorece o despertar. Portanto, vale a pena ficar com as cortinas fechadas se você quer dormir um pouco mais.
Moça dormindo - Getty Images

Associe a cama ao sono

Usar a cama para outras atividades que não seja um belo cochilo podem piorar suas crises de insônia. "A cama deve ser restrita ao sono e as atividades sexuais", ressalta o médico do sono Inoue. Isso porque, quando seu cérebro entende que a cama é um local de dormir, fica mais fácil fazer com que o sono venha. Agora, se você costuma comer, usar o computador ou mesmo ler um livro na cama, a sonolência pode ser tornar mais difícil.
Homem com televisão no quarto - Foto: Getty Images

Cuidado com eletrônicos no quarto

Isso vale para o uso de objetos eletrônicos no quarto, que são muito estimulantes. "Assistir filmes de ação, navegar pela internet, utilizar redes sociais ou mesmo jogos online, podem aumentar o grau de excitação e isso pode ser prejudicial ao sono", considera Inoue. O ideal é que uma hora antes de dormir você se desconecte um pouco e relaxe. Para esse momento, vale diminuir a intensidade da luz, colocar uma música relaxante ou fazer uma leitura tranquila, nada que desperte muito a sua mente.
Casal brigando antes de dormir - Foto: Getty Images

Evite brigas no quarto

Não adianta limpar o ambiente apenas dos estímulos tecnológicos. Evitar brigas, estresse e discussões de problemas no quarto também é muito importante. "Em situações de tensão, encontramos aumento das catecolaminas, que são substâncias responsáveis pela excitação e responsáveis pelo aumento do nível de atenção", explica o médico do sono Inoue. Portanto, isso só vai dificultar que seu cérebro relaxe até o estado de subconsciência.
Homem dormindo tranquilamente - Getty Images

Reduza a ansiedade

Quando a insônia bater por ansiedade, você pode usar algumas técnicas para reduzi-las. Experimente algo que você sabe que costuma relaxar vocês. Por exemplo, para pessoas mais tranquilas e que já tenham feito ioga, por exemplo, experimentar uma mentalização pode ser uma boa pedida. "Mas se você não está acostumado, isso pode piorar sua ansiedade em querer dormir logo", considera a neurofisiologista Stella. Melhorar a respiração, fazendo exercícios de inspirar e expirar lentamente, também pode ser uma boa pedida, mas treine fazer isso acordado!
Chá - Getty Images

Bebidas que ajudam

O conselho da vovó de beber um chá pode muito bem estar certo. "Chás calmantes como a camomila, erva doce e cidreira contribuem para dormir melhor, pois ajudam no relaxamento", considera o médico do sono Daniel Inoue. O leite morno pode ser uma pedida também, por conter triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, mesmo que em quantidades pequenas. Uma boa dica para potencializar essas bebidas é incluir o mel. Alguns tipos desse doce, como o silvestre, o de flor de laranjeira e o assa-peixe tem propriedades calmantes e ajudam corpo e mente a relaxarem, de acordo com a nutricionista Thais Souza, da Rede Mundo Verde.
Cuidado com o álcool - Getty Images

Cuidado com o álcool

Mas uma bebida que você com certeza deve passar longe é o álcool. Apesar de ele também ser um relaxante, a qualidade do seu sono ao beber uma cerveja, vinho ou destilado não será das melhores. "Como ele relaxa a musculatura toda, inclusive do pescoço, ele deixa a via aérea aberta, o que favorece a apneia do sono, fazendo com que a pessoa durma de forma irregular ao longo da noite", explica Stella Tavares. Por isso que quando você bebe pode inclusive roncar mais!
Moça correndo - Foto: Getty Images

Exercícios na hora certa

Além da luz, a temperatura corporal também ajuda a regular o sono: quando ela cai, ficamos mais sonolentos. Porém, quando fazemos atividades físicas, a tendência é que fiquemos mais quentes. "O ideal é não fazer exercícios à noite, pois isso acaba atrapalhando o sono", estatiza Stella. Mas, caso seja o único horário que você tem, o melhor é deixar para deitar-se até três horas depois.

 Por Nathalie Ayres

SAÚDE E EQUILÍBRIO - Conheça os prós e contras de cada posição para dormir

A melhor posição é a de lado, mas as outras podem ser corrigidas

Poucos hábitos são tão eficientes para melhorar a saúde do que dormir: fortalece a memória, ajuda a controlar a hipertensão e o diabetes, diminui riscos de doenças cardiovasculares e até mesmo previne a obesidade e a depressão! Mas para conseguir todos esses benefícios, só tendo uma noite muito bem dormida. E um dos fatores que podem estragar tudo isso é a posição em que nos deitamos. "Para podermos descansar e relaxar a musculatura, precisamos de suporte adequado para não torcer ou tensionar as articulações", comenta o ortopedista Cássio Trevizani, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Mecidina da Universidade de São Paulo (FMUSP). "Ao dormir em uma posição não adequada, a pessoa pode acordar com dores nos músculos, membros, músculos ou na cabeça, além de sensação de sono não profundo", completa o especialista.Ficou preocupado com a forma como você dorme? Para você saber se está errando ou acertando nessa hora, desvendamos as principais posições para dormir e indicamos como deixá-las melhores ou até mesmo a aprender a mudar e adotar uma forma mais saudável na hora do sono!
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Moça dormindo de lado - Foto: Getty Images

Dormir de lado

Se você costuma deitar-se completamente de lado, parabéns! Essa é considerada a melhor posição para dormir. Você sabe por quê? "A questão é que ao se deitar de lado, você consegue manter a coluna mais alinhada", ensina o ortopedista Cássio Trevizani, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Além disso, é uma posição que permite que tanto a cabeça quanto os pés fiquem da altura do coração, o que facilita muito a circulação, fazendo com que o corpo funcione normalmente durante o período em que você está dormindo. 
Moça dormindo de lado corretamente - Foto: Getty Images

Como melhorar a posição de lado

Porém, não adianta apenas ficar deitado do jeito certo, alguns ajustes são necessários. Primeiro, o travesseiro: "o ideal é que ele tenha a altura do ombro, para a cabeça não ficar inclinada", estabelece o ortopedista Alexandre Podgaeti, coordenador da Comissão de Campanhas da Sociedade Brasileira de Coluna, membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. "Colocar um travesseiro entre os joelhos também é bom, porque um joelho bate no outro e assim eles ficam alinhados ao tronco", conclui o especialista.

A coluna também é um ponto a se ter atenção: tente respeitar as curvas naturais dessa estrutura, nada de tentar ficar retinho! Manter as pernas levemente flexionadas e o quadril relaxado também são ótimas pedidas para não forçar o nervo ciático. Quanto aos braços, nada de colocá-los para cima. "Dormir com o braço esticado em cima da cabeça pode fazê-lo acordar com dor no ombro, bursite ou tendinite... Isso é um reflexo de um travesseiro muito baixo", reflete Podgaeti.
Moça dormindo de barriga para cima - Foto Getty Images

Dormir de barriga para cima

Essa não é a posição mais indicada, mas também não é de todo ruim para o corpo. O lado bom é que as articulações conseguem relaxar de forma satisfatória, impedindo torções e dores. Porém, a coluna não fica perfeita. "Você acaba retificando seu corpo, e o melhor jeito de manter as curvas da colina perfeita é deitando de lado", pondera Podgaeti. Outra questão é a maior chance de problemas como a apneia ou ronco aparecerem em que se deita nesta posição. "A língua vai para trás, atrapalhando a respiração", comenta o especialista. Lembrando que esse não é único fator que pode causar esses processos.
Moça dormindo de barriga para cima - Foto Getty Images

Como melhorar a posição de barriga para cima

Uma das formas de garantir que você durma melhor de barriga para cima é com o travesseiro. Ao contrário da posição de lado, em que ele fica mais alto, ao deitar-se virado para cima ele deve ser bem baixinho. "Assim, evita-se uma tensão na musculatura cervical", explica Trevizani. Uma forma de garantir um relaxamento das pernas é colocar um travesseiro embaixo dos joelhos, o que permite que eles fiquem menos entendidos, relaxando os músculos da lombar e das coxas.

Já os braços, ao deitar-se de barriga para cima, devem ficar ao longo do corpo, ou com as mãos pousadas levemente sobre o abdômen. Sem por força, é claro, ou você acabará prejudicando a respiração. "Não é indicado colocar os braços para alto, pois acaba ficando desconfortável ao longo da noite", friza o especialista.
Moça dormindo de bruços - Foto: Getty Images

Dormir de bruços

Se dormir de barriga para cima é aceitável, dormir de bruços é completamente contraindicado! Além de deixar o corpo reto também, da mesma forma que a primeira posição, ainda tem o agravante do pescoço. "Ao se deitar de lado, você precisa se virar para respirar, torcendo o pescoço cerca de noventa graus. Quando você coloca um travesseiro, então, além de torcer, você o hiperestende, causando dores cervicais", descreve o ortopedista Podgaeti. Infelizmente, no caso dessa posição, não há muito o que resolver, de acordo com os especialistas. "Mesmo que muitas pessoas estejam adaptadas a essa posição e se sintam confortáveis, podem ocorrer problemas de cervicalgia, dor nos ombros, bursite, tendinite e até dor nas costas", enumera o especialista.
Moça que se mexe dormindo - Foto: Getty Images

E se mudo de posição ao longo da noite?

Infelizmente, só dá para controlar mesmo nossa posição antes de adormecer, depois disso, é normal que nosso corpo busque adaptação para ficar mais confortável, e nós acabemos nos movimentando um pouco. "Isso é normal, então o que você pode fazer é sempre começar seu sono numa melhor posição, o resto não dá pra controlar", aconselha Podgaeti.

Porém, se você se mexe até demais, pode ser indicativo de outros problemas de sono. "Quem se vira muito na cama a noite precisa verificar se não há alteração no sono que pode gerar agitamento. Para isso existem tratamento específicos e é importante procurar um especialista em sono", recomenda Trevizani.
Dormindo profundamente - Foto: Getty Images

Dá para mudar a posição em que eu durmo?

Outro problema é tentar mudar uma posição a qual seu corpo já está tão acostumado, não é mesmo? Mesmo os pequenos ajustes nas posições normais podem ser incômodos. Para o ortopedista Podgaeti, tudo é uma questão de treino e de insistência. "No começo sem dúvida você acaba voltando a posição ruim sozinho mesmo, mas com o tempo o corpo vai ficando cada vez mais na posição ideal e vai se acostumando", indica o especialista. Pode ser um processo cansativo, mas vale a pena tentar melhorar, para garantir um sono mais leve e reparador, que vai inclusive recuperar você de todo esse esforço!


 Por Nathalie Ayres

SAÚDE E EQUILÍBRIO - Seios flácidos e caídos: saiba como prevenir

Desbanque mitos e descubra as reais causas da flacidez das mamas

 

Toda mulher sofrerá com a gravidade dos seios quando ficarem mais velhas - certo? Não é bem assim. Segundo o cirurgião plástico Romeu Frisina Filho, o fator genético é o que mais pesa na sustentação dos seios. "Com a idade mais avançada, irá acontecer a flacidez de todos os tecidos do corpo e, consequentemente, das mamas, mas há mulheres idosas que podem ter mamas ainda muito firmes e bem posicionadas, por causa da sua genética", explica.

Além da hereditariedade, há uma série de hábitos que podem acelerar ou retardar o caimento natural, que vão desde fumar e perder peso até tomar sol. Confira o que especialistas recomendam para ter seios mais firmes e empinados, e desbanque alguns mitos, como o de que amamentação faria o peito ficar "caído". 
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Mãe amamentando o bebê - Foto: Getty Images
 
Amamentação
A afirmação de que amamentar faz as mamas caírem é controversa. Uma pesquisa da Universidade de Kentucky, nos EUA, por exemplo, indica que o aleitamento não necessariamente aumenta a flacidez.

O cirurgião Romeu Frisina explica que, durante a amamentação, ocorre um aumento da glândula mamária com produção e acúmulo de leite, aumento do tecido gorduroso e consequente estiramento da pele. "Com o término deste período, poderá haver uma involução da estrutura mamária e da pele, ou seja, uma atrofia que pode apresentar graus diferentes, podendo apresentar mais ou menos flacidez", afirma.  
 
Mulher fumando - Foto: Getty Images Tabaco: cuidado com ele!
O mesmo estudo da Universidade de Kentucky aponta que o vilão da saúde dos seios pode ser o tabaco. Segundo os pesquisadores, há substâncias do fumo que quebram a proteína elastina, que forma as fibras elásticas da pele e é responsável por deixá-la firme e saudável.

"Tanto o tabaco como o álcool são prejudiciais, pois alteram a circulação sanguínea e os níveis de oxigênio que chega aos tecidos, o que faz com que o metabolismo das glândulas e da pele da mama fique prejudicado", conta Romeu Frisina.
Sutiã - Foto: Getty Images O uso do sutiã é dispensável?
Nem sempre. Como o efeito da gravidade favorece a queda das mamas, mulheres com seios muito grandes podem se beneficiar da sustentação fornecida pelo uso do sutiã. O uso dessa peça íntima durante o sono, no entanto, não é um fator importante para a prevenção da flacidez. "É desnecessário dormir com sutiã, a não ser que a mulher tenha as mamas grandes e sinta-se mais confortável ao dormir com ele", afima Romeu Frisina.
FRutas e verduras - Foto: Getty Images Frutas e verduras no cardápio
É preciso variar a alimentação com boas fontes de nutrientes que ajudam na produção de colágeno e elastina, proteínas que dão sustentação à pele e evitam a flacidez. "Uma dieta balanceada é importante para saúde como um todo e influencia a pele também", afirma a dermatologista Juliana de Andrade, de São Paulo. Alimentos com vitaminas A e C, cobre, zinco e cálcio são boas opções. Já alimentos ricos em açúcar e carboidratos simples devem ser moderados, pois podem acelerar o processo de envelhecimento da pele.
Mulher tomando sol - Foto: Getty Images Excesso de sol
A exposição solar é importante para deixar a pele saudável ? mas desde que com moderação. "A radiação ultravioleta acelera o processo de degeneração das fibras colágenas e pode influenciar negativamente a flacidez", alerta a dermatologista Juliana Andrade. A recomendação da dermatologista Ediléia Bagatin, da Unifesp, é evitar exposições muito longas e em horário de sol forte (das 10h às 16h), além de passar protetor solar diariamente nas partes expostas do corpo, incluindo os seios.
Mulher correndo - Foto: Getty Images Corrida e outros esportes
"Oriento as minhas pacientes a usarem um top bem justo quando praticam este tipo de esporte, bem como outras atividades físicas", alerta o cirurgião plástico Romeu Frisina. O balanço dos seios ao correr força as estruturas de sustentação das mamas, o que pode provocar flacidez se a intensidade do exercício for acentuada.
Mulher que emagreceu demais - Foto: Getty Images Cuidado com a perda de peso
Perder muito peso ou emagrecer e engordar a toda hora - o famoso "efeito sanfona" - pode prejudicar a elasticidade da pele. "As mamas também têm tecido gorduroso, que aumenta quando a mulher engorda e diminui quando ela emagrece", conta Romeu Frisina. Se esse estiramento da pele for muito brusco ou frequente, pode destruir as fibras elásticas. "Com isso, a pele não retrai mais e fica fina, frouxa e distendida, assim como os ligamentos que seguram a glândula mamária, que ficam alongados e frouxos, resultando na flacidez", esclarece.

 Por Letícia Gonçalves