Perdão, a cura para os relacionamentos feridos
O perdão é o melhor remédio para a saúde emocional. O perdão é a 
assepsia da alma, a faxina da mente, a alforria do coração, a cura das 
emoções. Perdoar é lembrar sem sentir dor. Perdoar é zerar a conta e não
 cobrar mais a dívida. O perdão é ato de misericórdia e manifestação da 
graça. O perdão é absolutamente necessário. E isso, por várias razões:
1. O perdão é necessário porque temos queixa uns dos outros. Nós
 não somos perfeitos, não viemos de uma família perfeita, não temos um 
casamento perfeito, não temos filhos perfeitos nem frequentamos uma 
igreja perfeita. Consequentemente, nós temos queixas uns dos outros. Na 
verdade, nós decepcionamos as pessoas e as pessoas nos decepcionam. 
Nossas fraquezas transpiram em nossas palavras e atitudes. Sem o 
exercício do perdão ficamos entupidos de mágoas e a mágoa gera raiz de 
amargura no coração. Não somente isso, a amargura perturba a pessoa que a
 alimenta e contamina as pessoas ao redor.
2. O perdão é necessário porque fomos perdoados por Deus. Quem
 é receptáculo do perdão precisa transformar-se em canal do perdão. 
Aqueles que retêm o perdão ao próximo fecham-se para receber o perdão de
 Deus. Não existe uma pessoa salva que não tenha sido perdoada. Na 
verdade, no céu só entrarão os perdoados. Logo, é impossível ser um 
cristão sem exercitar o perdão. Devemos perdoar assim como fomos 
perdoados. Como Deus nos perdoou devemos nós também perdoar uns aos 
outros. Quando compreendemos a enormidade do perdão recebido por Deus, 
não temos mais motivos para sonegar perdão ao próximo. Nossa dívida com 
Deus era impagável e Deus no-la perdoou completamente. Não fomos 
perdoados por mérito, mas por graça. Perdão não é reinvindicação de 
direito, mas o clamor solícito da misericórdia.
3. O perdão é necessário porque por meio dele restauramos relacionamentos feridos. A
 Bíblia não oculta o perigo devastador da mágoa dentro da família e da 
igreja. Exemplos como Caim e Abel, José e seus irmãos, Absalão e Amnon 
retratam essa amarga realidade. Há pessoas feridas dentro do lar e 
também na assembleia dos santos. Há pessoas doentes e perturbadas 
emocionalmente porque um dia foram injustiçadas por palavras impiedosas e
 atitudes truculentas. Há pessoas prisioneiras de traumas e abusos 
sofridos na infância. Há indivíduos que não conseguem avançar 
vitoriosamente rumo ao futuro porque nunca se desvencilharam das amarras
 do passado. O perdão destampa esse poço infecto. Espreme o pus da 
ferida. Cirurgia os abcessos da alma. Promove uma assepsia da mente e 
proclama a libertação das grossas correntes do ressentimento. O perdão 
constrói pontes no lugar que a mágoa cavou abismos. O perdão passa o 
óleo terapêutico da cura, onde o ódio abriu feridas. O perdão promove 
reconciliação onde a indiferença quebrou relacionamentos. O perdão 
expressa o triunfo da graça, onde o ódio mostrou a carranca do desprezo.
4. O perdão é necessário para experimentarmos plena felicidade.Uma
 pessoa que nutre mágoa no coração não é feliz. O ressentimento é 
autofagia, é autodestruição. Guardar mágoa é a mesma coisa que o 
indivíduo beber um copo de veneno pensando que o outro é quem vai 
morrer. Nenhum calmante químico pode aquietar uma alma desassossegada 
pela mágoa. Nenhum prazer deste mundo pode aliviar a dor de um coração 
ferido pelo ódio. A mágoa produz muitas doenças. Quem não perdoa adoece 
física, emocional e espiritualmente. Mas, o perdão traz cura completa 
para o corpo e felicidade plena para a alma.
ipbvit.org.br____Rev. Hernandes Dias Lopes
 






