Energia Cósmica, Magia, Ciência e Tecnologia
Vejamos.
Temos a água, a terra, o ar (pois os sacrifícios e os atos de culto se
realizavam ao ar livre, isto é no espaço contínuo do "céu"); mas nos
falta o outro fator essencial: o fogo, o raio, a força energética e
cósmica, a radiação que tudo o transforma. Em uma palavra nos falta o
deus mesopotâmico que os sumérios chamavam En-lil, o vento cósmico. a
radiação cósmica. Pois bem, Salomão e Hiram haviam entendido que o raio
descarrega preferencialmente no metal, e que o melhor modo de atraí-lo
era "fabricar pára-raios sagrados" capazes de processar sua força. E
além disso, não eram de metal os meteoritos procedentes do espaço?; não
se esquentam mais os metais que as pedras expostas aos raios do sol?
Sendo assim, o raio e as radiações "magnetizam". Vejamos o que acontece
com a água. O sol carrega diretamente de magnetismo a água como a todo
outro corpo, e a polaridade resultante será negativa, também o
resplendor da lua magnetiza a água, e a polaridade também resultará
negativa. Os cristais carregam a água de magnetismo, que emana de seus
pólos e correspondem a ambas as polaridades. O imã carrega de magnetismo
a água, e este emanará de cada um dos dois pólos. A água pode ser
carregada magneticamente por indução elétrica, seja positiva, seja
negativamente, segundo a direção da corrente. Todo corpo que seja
submerso na água a carrega de magnetismo positivo. O magnetismo
resultante de um processo químico carregará a água com sua polaridade
própria. Se fontes tão diversas podem carregar magneticamente a água,
será oportuno recordar que nosso organismo é composto em grande parte de
água (uns 70%), portanto o ser humano não seria mais que um caso
especial da magnetização da água.
Eletromagnetismo e magia
Quando
se fala de magnetismo, é impossível não falar de eletricidade, de
fenômenos elétricos, de correntes elétricas e do modo de produzi-las, de
diferenças de potenciais, de tensões, de eletrolitos, de eletrodos, de
íons, de elétrons, de intercâmbios quânticos, do efeito fotoelétrico...
Desde sempre suspeitou-se que a antiga magia de alguma maneira tinha
algo que ver com o eletromagnetismo e que a alquimia, no fundo,
perseguia o ideal das reações termonucleares. E no entanto nunca, por
complexo de superioridade, foi abordada a perspectiva de averiguar se
por casualidade gente como Salomão e demais ocultistas, à vista dos
dispositivos e materiais que usavam, e das "idéias acerca da natureza e
vida do universo, assim como de sua origem", (dos conceitos de energia,
formas de energia, transformação de energia, ondas, eletrons, fotons,
átomos, moléculas, campos elétricos e magnéticos de forças, etc., em
definitivo; eles foram os autores, assim como de radiações,
transmutações, ação de dis
tância,
etc.) não eram considerados "magos" por dominar esses conhecimentos e
aplicá-los a utilidades práticas, conforme tecnologias simples.
Magia e ciência
Não
nos esquecemos, acerca do que cabe pensar de sua fama de "magos", que
na realidade todos os homens de ciência, possuidores de alguns
conhecimentos e algumas técnicas que estão longe do alcance do saber
vulgar e comum das massas, aos olhos destas realizam prodígios
"mágicos". E que a história é melhor manifestada pelos "homens de letras
que de ciência", ou melhor, pessoas cuja inteligência não se encontra
precisamente dedicada a averiguar os mistérios da física, da química e
da biologia, ramos do saber que frenqüentemente os encontram a nível de
analfabetos e semianalfabetos.
Existem
indícios sérios de que o grande saber oculto, de Salomão neste caso,
fosse oculto porque era ininteligível para a imensa maioria dos homens
de sua época, e que esse saber, era escarvado em busca do sentido
recôndito das religiões sumérias e egípcias das épocas mais longínquas,
se fossem decifradas as analogias das linguagens e relatos míticos,
indubitavelmente posteriores, ou obra de pessoas não versadas em
matéria, aparece simples e majestosamente como ciência, experimental,
teórica e aplicada.
A aquisição do conhecimento
Costuma-se
objetar, a propósito, que é impossível que homens vivos há milhares de
anos possam ter usado sua inteligência de maneira semelhante aos
cientistas de nossos dias "porque careciam de meios e de métodos", e
todo o mundo se cala, porém resulta que a objeção somente aparentemente
tem força, e em seguida vamos ver como não é mais que um sofisma.
Abordemos a questão por partes. Primeiro, qualquer ser humano, no
momento de nascer, e da mesma forma que nasça em 1986 ou tenha nascido
no ano 20000 a.C., não possui ciência infusa nenhuma. Enquanto
indivíduo, possui "curiosidade de saber" e capacidade de observação. A
sociedade em que nasceu lhe "ensina", porém nem todos se conformam com
receber passivamente "os saberes oficiais de sua época"; sempre existe
quem não ache satisfatórias as explicações e as respostas que são en-
sinadas, não por espírito de contradição, mas porque obviamente descobre
que não são mais que hipóteses dogmatizadas, pontos de vista parciais,
aparentemente sólidos não por vera- cidade essencial, mas por virtude de
coerência lógico-sistemática-estrutural.
Ciência e tecnologia heterodoxas
Esta
vitalidade crítico-construtiva do ser humano não é monopólio da
sociedade ocidental do século XVII e seguintes; e se não a ver como
foram construídas as pirâmides e as máquinas a vapor e a ar comprimido
dos egípcios, ou as pilhas elétricas de Bagdá, ou os discos magnéticos
da Mongólia, ou a cartografia suméria e egípcia, etc. Por arte de magia?
Como se conheceu a astronomia e foram confeccionados os calendários
astronômicos? Para que foram feitas as lentes telescópicas da
Mesopotâmia, da Austrália central e da civilização pré-incáica? Como foi
possível a metalurgia e a navegação, se consta que a bússola e o
magnetismo não eram nenhum mistério para os antigos? Tudo isso foi
realizado não racionalmente, por "azar", assistematicamente, por
"acaso"? Tudo isso foi feito usando ordenadamente, isto é, com método, a
inteligência e as observações e dados recolhidos por esta. E quanto à
questão de que não dispunham, em épocas longínquas, de aparelhos e
instrumentos, a coisa dá um pouco de riso. Sejamos sinceros. De quais
instrumentos dispunham Galvani, Volta, Galileu, Faraday, Franklin,
Edison, etc.? Ninguém pretende tirar destes grandes personagens da
história de nossa Ciência a glória que merecem, porém se eles
conseguiram realizar suas decisivas descobertas com instrumentos
mínimos, precários, etc., se a Newton foi suficiente refletir sobre o
porque caiu uma maçã sobre sua cabeça para tirar da manga a teoria da
gravitação universal, porque não conceder a pensadores de épocas
longínquas, vistos os resultados práticos de sua ciência em obras e
realizações, a mesma capacidade de efetuar descobertas e configurar
teorias científicas idênticas, análogas ou semelhantes às que efetuaram
os pioneiros e fundadores do saber científico de nosso tempo e de sua
tecnologia derivada
As Quatro Grandes Colunas do Conhecimento Gnóstico
“Investigamos
nas fontes da China, nas obras sânscritas da Índia, nos velhos
manuscritos tibetanos... Nos preocupamos pelo estudo das peças
arqueológicas, investigamos profundamente muitos códices, analisamos a
sabedoria das antigas civilizações, realizamos estudos comparativos
entre o México, Egito, Índia, Tibete, Grécia, etc., etc., e chegamos à
conclusão de que a Sabedoria Universal é sempre a mesma, só mudam seus
aspectos, de acordo com os povos, nações e línguas.” (Samael Aun Weor,
na conferência: “Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?”)
A FILOSOFIA
Realmente
a Gnose, como filosofia, implica sempre uma mensagem, uma orientação,
um ensinamento dirigido sempre para a Consciência do ser humano, que
convida o homem à reflexão consciente. A filosofia gnóstica busca
sempre, mediante uma reflexão serena, elevar o homem às alturas do Real
Ser (o divino que existe em cada criatura humana).
O gnóstico filósofo ama a sabedoria e busca sem descanso a verdade que existe em suas profundezas mais íntimas.
Quando
se fala de filosofia, é um grave erro referir-se apenas à filosofia dos
antigos gregos, à filosofia de um Platão, um Sócrates ou um Sólon.
Realmente,
como filosofia, a Gnose é uma atividade muito natural da Consciência e
brota, como já afirmamos, de diversas latitudes. Aqueles que pensam que
sua origem está unicamente na Grécia, na Pérsia, no Iraque ou na
Palestina, ou na Europa medieval, estão equivocados; a Gnose, como
Philosophia Perennis et Universalis, se encontra em qualquer obra hindu,
em qualquer pedra arqueológica etc.
Chegou
a hora de compreender que em todos os países do mundo palpita a
sabedoria oculta. Chegou a hora de entender que sob as pirâmides do
Egito floresceu a sabedoria dos hierofantes. Chegou o momento de saber
que nas pirâmides de Teotihuacan ainda se escuta o Verbo que ressoa dos
antigos mestres de Anahuac...
Em nome da verdade, temos que dizer que a sabedoria cósmica vibra e palpita em tudo o que foi, é e será.
Através
do tempo, distintos Hierofantes do saber resplandeceram na noite
profunda de todas as idades; ora Hermes Trismegisto, o Três Vezes Grande
Deus Íbis de Thot, gravando sua sapiência na Tábua Esmeraldina; ora os
grandes sábios da antiga Grécia, ensinando às multidões nos Mistérios de
Eleusis; ora os sacerdotes Incas, que brilharam como sóis
resplandecentes no Alto Cuzco do Peru; ora a sapiência soberana dos
grandes iniciados de Anahuac.
Sim, por aqui, lá e acolá resplandece a sabedoria de todas as idades, a sabedoria oculta.
Este
é um momento de confusão; a humanidade se encontra em estado caótico,
há crise mundial e bancarrota de todos os princípios éticos e morais. As
pessoas se lançaram à guerra, uns contra outros e todos contra todos.
Nestes
momentos, não nos resta mais remédio que aprofundar-nos na sabedoria do
passado, extrair dos códices a orientação precisa para guiar-nos no
momento presente, beber na fonte tradicional da augusta sabedoria da
natureza, buscar as vertentes originais da sapiência cósmica.
Este,
amigo leitor, é o propósito da Antropologia Gnóstica. Mediante um
estudo amplo, a Antropologia Gnóstica busca redefinir aqueles PRINCÍPIOS
ÉTICOS que constituem a pedra fundamental das grandes culturas do
passado.
A
Antropologia Gnóstica é uma Antropologia Psicoanalítica. Podemos, por
meio da psicoanálise, extrair de cada peça (nicho, pirâmide, tumba
etc.), os princípios psicológicos contidos em tais peças.
Através
da Antropologia Gnóstica, conhecemos os distintos cenários do mundo,
esquadrinhando neles os arcanos ou segredos que, de forma transcendente,
lancem luz sobre os controvertidos enigmas da existência.
Chegou
o momento em que devemos voltar a estudar os ensinamentos do passado,
mas com a visão correta, sabendo extrair, da letra morta, o espírito que
dá vida.
É
evidente, contudo, que sem uma prévia informação sobre Antropologia
Gnóstica, será mais que impossível o estudo rigoroso das diversas peças
antropológicas das culturas Asteca, Tolteca, Maia, Egípcia etc.
Em
questões de “antropologia profana” (desculpem-me a similitude), se se
quer conhecer resultados, deixe-se um macaco, símio ou mico em plena
liberdade dentro de um laboratório e observe-se o que acontece.
Os
códices mexicanos, papiros egípcios, tijolos assírios, pergaminhos do
Mar Morto, estranhos pergaminhos, templos antiquíssimos, monólitos
sagrados, velhos hieróglifos, pirâmides, sepulcros milenares, etc.,
oferecem, em sua profundidade simbólica, um sentido Gnóstico que,
definitivamente, escapa à interpretação literal e que nunca teve um
valor explicativo de índole exclusivamente intelectual.
O
racionalismo especulativo dos antropólogos e historiadores modernos, em
vez de enriquecer a linguagem, a empobrece terrivelmente, já que os
relatos gnósticos, escritos ou alegorizados em qualquer forma artística,
orientam-se sempre para o SER. E é nesta interessantíssima linguagem da
Gnose, semi-filosófica e semi-mitológica, onde se apresentam uma série
de invariantes extraordinárias, símbolos com um fundo esotérico que
falam à Consciência em silêncio. Bem sabem os Divinos e os humanos que
“o silêncio é a eloquência da Sabedoria”.
A ARTE
Existem
dois tipos de arte: primeiro, a arte subjetiva que a nada conduz;
segundo, a Arte Régia da Natureza, a arte objetiva, real,
transcendental.
Obviamente,
esta última arte contém em si mesma preciosas verdades cósmicas...
Esta, amigos, é a arte gnóstica, a arte que encontramos em todas as
peças antigas, nas pirâmides e nos velhos obeliscos, nos hieróglifos e
nos baixos-relevos do Egito dos Faraós, em todas as obras do México
antigo, nas relíquias arqueológicas dos Maias, Astecas, Zapotecas,
Toltecas, etc.; nos velhos pergaminhos da Idade Média, nas pinturas e
esculturas de Michelangelo; na música de Beethoven, Mozart, Lizst,
Richard Wagner, nas obras da literatura universal, a Ilíada de Homero, a
Divina Comédia de Dante etc.
Indubitavelmente,
a arte gnóstica se baseia na “Lei do Sete”, na “Lei do Eterno
Heptaparaparshinock” (a lei que põe em ordem todo o criado: os sete dias
da semana, as sete cores do prisma, as sete notas musicais etc.).
Quando
se descobre qualquer relíquia, qualquer peça arqueológica, normalmente
se pode observar certas inexatidões intencionais, pequenas rupturas que
quase sempre são atribuídas à picareta dos trabalhadores. Em todo caso,
qualquer inexatidão dentro da “Lei do Sete” foi colocada
intencionalmente, como para indicar-nos que ali, naquela peça, se
transmite à posteridade um ensinamento, uma doutrina, uma verdade
cósmica.
Com
as pinturas acontece a mesma coisa; a “Lei do Sete” domina todas essas
pinturas antigas. Todas as gravuras e desenhos dos astecas, maias,
egípcios, fenícios, etc., transmitem preciosos ensinamentos. Também
encontramos belas representações de grandes ensinamentos em todos esses
velhos quadros medievais, nas catedrais góticas etc.
Recordemos
a Gioconda, por exemplo. Nessa magna obra podemos ver a Divina Mãe,
“Stella Maris”, como diziam os alquimistas medievais, a Virgem do Mar,
que guia sabiamente os trabalhadores da Grande Obra. Entre os astecas
ela é Tonantzin, entre os gregos é a casta Diana, entre os egípcios é
Ísis, a Mãe Divina, a quem nenhum mortal levantou o véu... Não é demais
aclarar de forma enfática que cada um de nós tem sua própria Mãe Divina
particular, individual.
Realmente devemos afirmar que a Arte Régia da Natureza é um meio transmissor dos ensinamentos cósmicos.
As
danças sagradas, por exemplo, eram verdadeiros livros informativos que
transmitiam deliberadamente certos conhecimentos cósmicos
transcendentais.
Os dervixes dançantes não ignoravam as “sete tentações” mutuamente equilibradas dos organismos vivos.
Os
dançarinos antigos conheciam as sete partes independentes do corpo e
sabiam muito bem o que são as sete linhas distintas do movimento. Os
dançarinos sagrados sabiam muito bem que cada uma das sete linhas do
movimento possui sete pontos de concentração dinâmica.
Os
dançarinos da Babilônia, da Grécia e Egito não ignoravam que tudo isto
cristalizava no átomo dançarino e no planeta gigantesco que dança ao
redor de seu centro de gravitação cósmica.
Se
pudéssemos inventar uma máquina que imitasse com plena exatidão todos
os movimentos dos sete planetas de nosso sistema solar ao redor do sol,
descobriríamos com assombro o segredo dos dervixes dançantes. Realmente,
os dervixes dançantes imitam, com perfeição, todos os movimentos dos
planetas ao redor do Sol.
As
danças sagradas dos templos do Egito, Babilônia, Grécia, etc., vão
ainda mais longe, transmitindo tremendas verdades cósmicas,
antropogenéticas, psicobiológicas, matemáticas etc.
O
sábado, o dia do teatro, o dia dos Mistérios, foi muito popular nos
antigos tempos. Então se apresentavam dramas cósmicos maravilhosos.
O
drama serviu para transmitir aos iniciados valiosos conhecimentos. Por
meio do drama, transmitiu-se aos iniciados diversas formas de
experiência do Ser e manifestações do Ser.
Entre
os dramas, o mais antigo é o do Cristo Cósmico. Os iniciados sabiam
muito bem que cada um de nós deve converter-se no Cristo de tal drama,
se é que de verdade aspiramos o Reino do Super-Homem.
Os
dramas cósmicos se baseiam na “Lei do Sete”. Certos desvios
inteligentes de tal lei, como dissemos, foram sempre utilizados para
transmitir ao neófito conhecimentos transcendentais.
Em
música, é bem sabido que certas notas podem produzir alegria no centro
pensante, outras podem produzir tristeza no centro sensível e, por
último, outras podem produzir religiosidade no centro motor.
Realmente,
os velhos Hierofantes jamais ignoraram que o conhecimento íntegro
somente pode ser adquirido com os três cérebros; um só cérebro não pode
dar informação completa.
A
dança sagrada e o drama cósmico, sabiamente combinados com a música,
serviram para transmitir aos neófitos tremendos conhecimentos arcaicos
de tipo cosmogenético, psicobiológico, físico-químico, metafísico, etc.
Cabe
aqui mencionar também a escultura. Esta foi grandiosa em outros tempos.
Os seres alegóricos cinzelados na dura pedra revelam que os velhos
Mestres não ignoraram nunca a “Lei do Sete”.
Recordemos
a Esfinge de Gizé, no Egito. Ela nos fala dos quatro elementos da
natureza e das quatro condições básicas do Super-Homem.
Contudo,
conforme o ser humano se precipitou pelo caminho da involução e da
degeneração, conforme foi se tornando cada vez mais e mais materialista,
seus sentidos também foram se deteriorando e degenerando, e o amor pela
verdadeira sabedoria, como é lógico, foi desaparecendo.
Depois
da Segunda Guerra Mundial nasceram a filosofia e a arte
existencialistas. Quando vimos os atores existencialistas em cena,
chegamos à conclusão de que são verdadeiros doentes, maníacos e
perversos.
Os
artistas de cada nova geração se converteram em verdadeiros apologistas
da dialética materialista. Todo alento de espiritualidade desapareceu
da arte ultramoderna.
Está comprovado pela observação e experiência que a ausência de valores espirituais produz degeneração.
Os
artistas modernos já nada sabem sobre a “Lei do Sete”, nada sabem de
Dramas Cósmicos, nada sabem sobre as Danças Sagradas dos antigos
Mistérios.
A pintura atual, a música, a escultura, o drama, etc., não são senão o produto da degeneração.
Já
não aparecem no cenário os iniciados de outros tempos, as dançarinas
sagradas, os verdadeiros artistas dos grandes tempos. Agora só aparecem
nos palcos autômatos doentes, cantores degenerados, rebeldes sem causa.
Os teatros ultramodernos são a antítese dos teatros sagrados dos grandes mistérios do Egito, Grécia, Índia etc.
A arte atual é tenebrosa, é a antítese da Luz, e os artistas modernos são tenebrosos.
A
pintura surrealista e marxista, a escultura ultramoderna, a música
afro-cubana e as bailarinas modernas são o resultado da degeneração
humana.
Os
rapazes e moças das novas gerações recebem, por meio de seus três
cérebros degenerados, dados suficientes para converterem-se em
estelionatários, ladrões, assassinos, bandidos, homossexuais,
prostitutas, etc.
Ninguém faz nada para acabar com a arte ruim e tudo caminha para uma catástrofe final por falta de uma Revolução da Dialética...
A CIÊNCIA
Quando
falamos em ciência, pensamos na Ciência Pura, não nessa podridão de
teorias que hoje abundam por toda parte; ciência pura como a da Grande
Obra, a ciência dos alquimistas medievais; ciência pura como a de um
Paracelso ou a de um Paulo de Tarso; ciência pura como a que utilizaram
Jesus ou Moisés para realizar prodígios.
A ciência pura é experiência direta, vívida e real. A ciência pura é ética superior, análise posta a serviço do SER.
A
ciência destes tempos é uma ciência falsa, uma ciência cheia de
interesses personalistas; uma ciência que não respeita os interesses
espirituais do ser humano; uma ciência onde o fim justifica os meios,
ainda que estes incluam o sofrimento físico e psicológico de qualquer
criatura vivente; uma ciência para a qual a palavra “progresso” serve
para justificar as mais terríveis atrocidades.
Além
disso, a ciência de hoje em dia é uma ciência que afirma dogmaticamente
uma tese e amanhã, com essa soberba que a caracteriza, afirma
totalmente o contrário. Uma ciência cheia de contradições, que
paradoxalmente diz acreditar só no que vê e, não obstante, sustenta com
firmeza hipóteses absurdas que nunca foram comprovadas. Esta é a ciência
moderna...
Atualmente,
estão sendo feitos certos comentários muito simpáticos. A ciência
materialista inventa todos os dias novas hipóteses. Estabeleceu-se uma
cadeia curiosa e ridícula por excelência com relação aos nossos
possíveis antepassados. Como rei dessa cadeia aparece o tubarão, do qual
descendem, segundo dizem os antropólogos, os lagartos. Teoria que chega
a ser ridícula, não?
Depois,
prosseguem com o famoso oposum, criatura similar ao crocodilo, um
pouquinho mais evoluída segundo enfatizam. Daí passam, seguindo o curso
da grande cadeia de maravilhas, para certo animalzinho ao qual se tem
dado muita importância. Refiro-me de forma enfática aos lêmures.
Atribuem-lhes uma placenta discoidal, questão que é refutada pelos
zoólogos.
Contradições
gigantescas são encontradas nos labirintos da falsa ciência, que
prossegue dizendo que dos lêmures, que podem ter existido há uns 150
milhões de anos, descende por sua vez o macaco e, por fim, o gorila.
Nessa fantástica cadeia, o gorila é o nosso antecessor imediato, o
predecessor do homem.
Alguns
antropólogos não deixam de encaixar nestas questões o pobre rato, e até
querem inclui-lo nesta cadeia. Como? De que maneira? Procuram
semelhanças, querem fazer crer que a forma da cabeça e da boca do
tubarão dá origem a outros mamíferos, entre eles o irmão rato.
Isso
de que certos traços do rosto se parecem não pode servir de base para a
hipótese de uma possível descendência. Isso é no fundo tão empírico
como supor que o homem foi feito de barro, no sentido literal, sem
perceber que a frase tem um sentido simbólico.
Onde
estão os elos? Como é possível que do esqualo, sem mais nem menos, da
noite para o dia ou através de uns quantos séculos, apareça o lagarto?
Milhões de anos se passaram e os tubarões continuam tranquilos. Nunca se
viu nascerem novos lagartos de uma espécie de tubarão, seja no
Atlântico ou no Pacífico.
Contudo,
não são eles por acaso os senhores da ciência materialista, que dizem
que não acreditam senão no que vêem, que não aceitam nada que não hajam
visto? Que terrível contradição! Acreditam em suas hipóteses e nunca as
viram.
São
esses mesmos cientistas modernos os que se opõem a essa questão das
dimensões superiores da natureza e do cosmos. A que se deve isso?
Simplesmente a que suas mentes estão decrépitas, degeneradas, não
conseguem ver além de seus narizes, isso é óbvio.
Que
existe uma quarta coordenada, uma quarta vertical, é inegável, mas isso
incomoda os materialistas. No entanto, Einstein aceitou a quarta
dimensão.
Em
matemática, ninguém pode negar a quarta vertical. Mas os materialistas
desta época nem sequer consideram que possa existir outra dimensão ou
dimensões superiores na natureza. Querem, à força, que nos encerremos ou
nos auto-encerremos todos no mundo tridimensional de Euclides. E,
devido a essa falsa posição absurda, o avanço da física está
completamente paralisado.
A
estas horas, já deveriam existir naves cósmicas capazes de viajar
através do infinito, mas tal aspiração não seria possível enquanto a
física continue engarrafada no dogma tridimensional de Euclides.
Não
está longe o dia em que estas dimensões da Natureza poderão ser vistas
através de sofisticados aparelhos de ótica. Mas até esse dia chegar,
seguramente nós, os antropólogos gnósticos, teremos que suportar a mesma
zombaria que Pasteur suportou quando falava de seus micróbios.
Mas
um dia essas dimensões serão perceptíveis por meio da ótica e então a
zombaria acabará. Já estão sendo feitas experiências para transformar as
ondas sonoras em imagens e, quando isto for feito, poderemos ver todos
os processos evolutivos e involutivos da Natureza. Então o Anticristo da
falsa ciência será desnudado diante do veredicto solene da consciência
pública.
Assim,
existem dois tipos de ciência: a ciência profana e a ciência pura. Na
ciência pura não existem teorias, mas fatos. Se eu dissesse a vocês que o
Conde Saint-Germain viveu durante os séculos 15, 16, 17, 18 e 19 e que
ainda vive, vocês me achariam louco. Conheço o Conde Saint-Germain, e
dou testemunho disso. Vive sim, sustentado por uma ciência que vocês não
conhecem, a ciência pura, a ciência do Super-Homem, a ciência que
conhecem os extraterrestres que viajam através do espaço infinito, a
ciência dos senhores da vida e da morte, a ciência daqueles que abriram a
Mente Interior...
Aqueles
que ainda não abriram sua Mente Interior se baseiam somente em teorias,
em hipóteses que não comprovaram. Por que teríamos que aceitar todas as
utopias materialistas? Por que teríamos que aceitar o dogma da
evolução, o dogma tridimensional? Por que teríamos nós que viver dentro
do mundo das hipóteses?
O
cientista gnóstico tem sistemas diferentes para a investigação; temos
disciplinas especiais que permitem ao ser humano pôr em atividade certas
faculdades latentes no cérebro, certos sentidos de percepção
completamente desconhecidos para a ciência materialista e que permitem
verificar diretamente todas estas interrogações...
A RELIGIÃO
Se fizermos um estudo comparativo das grandes religiões, descobriremos que todas elas descansam sobre os mesmos pilares.
RELIGIÃO
provém do termo “RELIGARE”, ou seja, o objetivo fundamental de todo
princípio religioso é “re-ligar-se”, voltar a se unir com sua própria
Divindade, regressar ao ponto de partida original, ao SER da filosofia
experimental.
Realmente,
de fato, somente existe UMA só RELIGIÃO, ÚNICA E CÓSMICA. Esta religião
assume diferentes formas religiosas segundo os tempos e as necessidades
da humanidade.
Portanto, as lutas religiosas são absurdas, porque no fundo todas são unicamente modificações da RELIGIÃO CÓSMICA UNIVERSAL.
Isso que estamos afirmando tem seu máximo expoente na enorme semelhança simbólica e teológica de todas as religiões.
É
evidente o amor que todas as instituições místicas do mundo inteiro
sentem pelo Divino: ALÁ, BRAHMA, TAO, ZEN, I.A.O., INRI, MÔNADA, SER,
DEUS etc.
Os
Mártires, Santos, Virgens, Anjos e Querubins são os mesmos Deuses,
Semideuses, Titãs, Sílfides, Cíclopes e Mensageiros da mitologia pagã.
A
trimurti cristã, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, tem seu expoente em
todas as trimurtis religiosas: Osíris, Ísis e Hórus, no Egito; Brama,
Vishnú e Shiva, na Índia; Kether, Chokmah e Binah, na Cabala etc.
Todos
os cultos têm seus Céus (dimensões superiores, Aeons da Cabala
hebraica) e sua contraparte, os Infernos, conhecidos também como
“Averno” (romano), “Tártaro” (grego), “Patala” (indiano), “Mixtlán”
(asteca), “Xibalbá” (maia) etc.
Entre
os Persas, Cristo é Ormuzd, Ahura-Mazda, o terrível inimigo de Arimã (o
Satã que levamos dentro de nós). Entre os hindus, Krishna é o Cristo. O
evangelho de Krishna é muito semelhante ao de Jesus de Nazaré. Entre os
Egípcios, Cristo é Osíris, e todo aquele que O encarnava era, de fato,
um Osirificado. Entre os Chineses é Fu-Hi, o Cristo Cósmico, que compôs o
“I-Ching”, O Livro das Leis, e nomeou ministros dragões. Entre os
gregos, o Cristo chamava-se Zeus, Júpiter, O Pai dos Deuses. Entre os
astecas é Quetzalcoatl, o Cristo mexicano. Nos Eddas germânicos é
Balder, o Cristo que foi assassinado por Hoder, Deus da Guerra, com uma
flecha de agárico. Assim, poderíamos citar o Cristo Cósmico em milhares
de livros arcaicos e velhas tradições que vêm de milhões de anos antes
de Jesus.
Maria,
a Mãe de Jesus, é a mesma Ísis, Juno, Deméter, Ceres, Maya, Tonantzin,
etc., que recebem seu filho em uma imaculada concepção. Fu-Hi,
Quetzalcoatl, Buda e muitos outros são o resultado de imaculadas
concepções, que são realmente abundantes em todos os cultos antigos.
Maria
Madalena é, fora de qualquer dúvida, a mesma Salambo, Matra, Ishtar,
Astarté, Afrodite e Vênus de todas as religiões. Maria Madalena, a
pecadora arrependida, é a mesma Gundrígia, a Kundri do drama wagneriano.
Todos
os cultos antigos tentaram conduzir o homem à ÚNICA GRANDE VERDADE, e
por isto é assombrosa a grande semelhança entre todas as formas
religiosas, a repetição de símbolos, idéias etc.
Frases como: ”eu estou com a verdade” ou “minha religião é a única que serve” denotam soberba e uma supina ignorância.
Contudo,
seguindo esta ordem de idéias, temos que levar em conta uma coisa
extremamente importante: todos os preceitos, ensinamentos ou indicações
dos cultos religiosos de nada servem, se não os experimentamos em nós
mesmos...
Por isso, em questões de religião, estudamos a religiosidade em sua forma mais profunda. A Gnose estuda a Ciência das Religiões.
A
religiosidade que possuímos é altamente científica. A Gnose não se
conforma com aceitar a existência de um Deus sentado em um trono,
julgando os vivos e os mortos. O gnóstico cria a fé a partir da
experiência, da vivência, da comprovação, não de teorias.
Nos
tempos atuais, a religião se divorciou da ciência e a ciência da
religião. Uns lutam contra outros e outros contra uns. Todos se sentem
de posse da verdade, ninguém se sente equivocado.
Contudo,
a religião que despreza a ciência é uma religião oca, cem por cento
fanática e dogmática. A ciência que rejeita a religião é uma ciência
materialista, ateísta, carente totalmente de valores e princípios.
O
bálsamo procurado por quem quer a verdade não está nos opostos. Tese e
antítese devem tender à síntese; devemos entrar em um espiritualismo
científico e uma ciência espiritual. É necessário deixar de lado o
dualismo conceitual, é urgente e inadiável filiar-nos a um monismo
transcendental, é necessária uma ciência religiosa e uma religião
científica.