domingo, 1 de setembro de 2013

ELEVAÇÃO ESPIRITUAL - Integre sua espiritualidade a seu trabalho e a sua vida

Integre sua espiritualidade a seu trabalho e a sua vida

Para integrar princípios espirituais em sua vida pessoal e profissional é preciso desenvolver sentimentos como compaixão, aceitação, desprendimento, perdão, gratidão e contentamento.
A Espiritualidade é uma dimensão da pessoa humana que se traduz em um modo de viver característico que busca alcançar a plenitude da sua relação com o Transcendental.
É um estado de consciência; é reconhecer em si a Vida, e a mesma Vida em tudo e em todos. É consciência não-condicionada pela mente.
É consciência livre da mente. Alcançado esse estado de consciência, o ser humano vive pela liberdade, expansividade e maestria sobre a realidade interna e externa, pois está alinhado com a essência daquilo que o criou: a vasta inteligência criativa que permeia e dá Vida a todo o Universo.
Intenção é o ponto de partida de qualquer caminho espiritual. Intenção inclui vontade e propósito, aspiração e visão superior.
Uma vez que você plantar a semente de uma intenção, a jornada da sua alma vai se desdobrar automaticamente.
Aqui estão algumas intenções básicas que marcam uma vida espiritual:
*Eu quero sentir a presença de Deus.
Esta intenção está enraizada no desconforto de estar isolado e separado. Você pode mascará-la pelo desenvolvimento de amizades e de laços familiares. Em última análise, no entanto, cada um de nós precisa sentir uma sensação de plenitude e paz interiores.
*Eu quero ajuda e apoio de Deus.
A presença de Deus traz consigo as qualidades do espírito. Em sua origem, todas as qualidades – amor, inteligência, verdade, capacidade de organização, criatividade – tornam-se infinitas. O crescimento dessas coisas em sua vida é um sinal de que você está ficando mais perto de sua alma.
*Eu quero sentir-me conectado com o todo.
A jornada da alma leva uma pessoa a partir de um estado fragmentado para um estado de totalidade. Os eventos começam a seguir um padrão. Pequenos detalhes se encaixam em vez de serem dispersos e aleatórios.

Deepak Chopra

SAÚDE E HARMONIA - Ressentimento gera doença

Ressentimento gera doença


"O ressentimento é sentimento que gera mágoa, e muitas vezes se transforma em raiva e ódio.
Ocorre que esses sentimentos são verdadeiros venenos para quem os sente.
Alteram todo o metabolismo, provocando desordens de todos os aspectos no corpo físico,
seja no sistema nervoso, na reprodução das células, no aparelho digestivo, no sistema imunológico, etc.
Nesta situação o caos estará instalado em nosso organismo.
Sabemos que a partir daí torna-se fácil a pessoa ressentida desenvolver doenças em seu corpo, as quais, muitas vezes são de difícil tratamento e cura.
Além de ficarmos doentes espiritualmente, tornamo-nos doentes na parte física também.
Será que queremos isso para nós? Queremos uma vida saudável e com alegria, ou queremos dor, doença e tristeza?
Com certeza, todos em sã consciência optam pela primeira opção.
Então vamos melhorar nossa saúde, começando pelos sentimentos.
Esqueçamos as ofensas e os males que outros tiverem nos causado, lembrando que nem todos possuem o mesmo grau de entendimento e evolução.
Perdoemos aqueles que nos causam ou causaram dissabores, pois como disse o Divino Mestre Jesus: “Eles não sabem o que fazem!!!”.
Sejamos nós a darmos o primeiro passo, rumo à paz interior que deve reinar dentro de cada um.

Essa paz se expandirá, criando uma energia de serenidade, tranquilidade e alegria ao nosso redor e consequentemente, nosso corpo físico agradecerá!!! "

ELEVAÇÃO ESPIRITUAL - A espiritualidade dos animais de estimação.

 A espiritualidade dos animais de estimação.



A ligação entre um animal de estimação e sua/seu cuidador é frequentemente forte e profundo. Animais ressoam conosco de uma forma profunda, o que poucos humanos conseguem. Isto é devido ao fato de que os animais não têm um ego. Eles não têm "coisas" no caminho do seu amor e sua ligação com o Divino. Eles amam incondicionalmente e estão constantemente fazendo serviços para nós, de formas que muitas vezes não reconhecemos. Podemos alimentá-los, prepará-los, levá-los ao veterinário para vacinas, e em troca eles acalmam nossas almas de uma forma sutil, mas perceptível.
Quanto mais estamos abertos aos dons espirituais que nossos animais de estimação trazem para nós, mais eles podem compartilhar seus dons. Os animais são uma grande bênção para as pessoas que fazem trabalhos de cura. Curadores amam os seus talentos e a alegria que esses talentos trazem para os outros, mas eles muitas vezes se sentem drenados por uma falta de energia recíproca. Eles se doam muito e não recebem tanto de volta. Animais, pela sua natureza, transmutam a energia desarmônica de stress. Eles são como faxineiros espirituais que entram em nossa consciência e enxugam as gotas do tumulto emocional derramado que o dia deixa para trás. A comunidade científica valida este conceito. Estudos têm sido feitos que mostram que pessoas com um animal de estimação se recuperam mais rapidamente de uma operação, ou que os donos idosos de animais vivem vidas mais longas e saudáveis do que os que não os possuem.
A consciência do ser humano é espelhada pela consciência do animal. Quando estamos prestes a dar um salto na consciência, um animal pode entrar em nossa vida para representar essa mudança e para ajudar nessa transição. Se já temos animais de estimação e estamos passando por uma transição, por vezes, o animal pode ter um problema de saúde, pode fugir ou até mesmo morrer.
Enquanto pesquisava para este artigo, eu encontrei informações fascinantes sobre a evolução dos animais nos escritos de Paramahansa Yogananda. O Hindu metafísico afirma: "A atenção, intuição e evolução dos animais pode ser acelerada através de treinamento por uma pessoa intuitiva. Ouça os sons diversos proferidas por diferentes animais quando estão felizes, agitados, ou ciumentos, e você vai gradualmente ser capaz de interpretá-los e usá-los para conversar com os animais e ajudá-los a acelerar sua evolução.Telepatia mental pode, de fato, ser estabelecida entre seres humanos e seus animais de estimação. Companhia humana pode acelerar a intuição dos animais e, assim, acelerar sua evolução. Lembre-se que Deus está em tudo."
Se você é uma pessoa metafisicamente orientada, você pode confiar que a alma de seu animal de estimação foi dirigida para você, a fim de se beneficiar de seu nível de consciência. A energia do animal está sendo levantada, talvez porque quer dar o salto de uma espécie para a outra em sua próxima encarnação. Você está apoiando esse animal na preparação para o salto. Em troca, seu animal de estimação está lhe servindo incansavelmente em um nível subconsciente. Há um equilíbrio natural e harmonioso maravilhoso que existe entre vocês dois.
Uma vez que os animais nos ajudam a transmutar nossa infelicidade e negatividade, animais de estimação nos ajudam a tornar-se uma pessoa de maior qualidade. Quando estamos receptivos e conscientes do trabalho subconsciente que nossos animais de estimação estão fazendo, vamos estar mais dispostos a servir e cuidar deles, o que ajuda a acelerar a sua evolução da alma. É uma situação ganha-ganha.
Isso não quer dizer que os humanos sejam uma espécie superior, mas todos nós já conhecemos animais que são quase humanos, como se estivessem na linha divisória entre as espécies. Alguns animais tem o desejo de ter a experiência da alma do ser humano e podemos ajudar os animais com esse desejo.
Nós, por nossa vez, temos muito a aprender com nossos amigos animais. Os seres humanos têm um ego mais desenvolvido do que os animais, e é óbvio que o nosso ego pode nos ajudar ou nos prejudicar. Devemos usar nossa força de vontade sabiamente. Aprendemos a ser humildes na presença de animais, para tornarmos mais amáveis e menos egoístas. Através de nossos animais de estimação, podemos aprender a aproveitar a energia do nosso ego para realizar ações positivas e construtivas.

DESENVOLVENDO O CONHECIMENTO - Iridologia:Os olhos são as janelas da alma

Iridologia:Os olhos são as janelas da alma




A Iridologia é um método de análise que tem por base várias técnicas somadas à metafísica da saúde, que procura identificar as tendências e padrões organizacionais da pessoa, através de sinais observados na íris, levando à orientação e ao auto-conhecimento antes do surgimento de alguma alteração.
Este método convida a pessoa a participar do seu processo terapêutico uma vez que, qualquer mudança neste nível, só é possível, se realizada pela própria pessoa.
Muitos desequilíbrios que afetam nosso corpo são detectados pela análise iridológica.
Isso se torna possível porque a íris nos permite, conhecer as polaridades cerebrais, o ponto de stress, de introversão ou extroversão de uma pessoa, suas tendências e características profissionais, padrões de relacionamentos entre casais através do cronirischio (técnica italiana que nos permite conhecer a idade em que ocorreu um trauma e como esse trauma ainda pode estar causando ansiedade, medos, sentimentos de inferioridade e depressão).
Através deste método de análise podemos recuperar com mais eficiência o equilíbrio do indivíduo, porque a íris revela a origem das deficiências e permite formular um programa específico com as modalidades terapêuticas necessárias (aconselhamento psicológico, homeopatia, nutrição, ortomolecular, essências florais,trabalho corporal, pnl, etc.), onde a pessoa é indicada a procurar um profissional médico, nutricionista, psicólogo, etc para melhor avaliar a situação encontrada.
Com a iridologia, pode-se determinar como o individuo aprende, se expressa, se modifica e como gera seus relacionamentos, desde a primeira infância.
A iridologia é simples, econômica e não agressiva. Portanto, através deste método de análise podemos recuperar com mais eficiência o equilíbrio da saúde, porque a íris revela a origem das deficiências e as suas influências com os órgãos do corpo e formular um programa específico com as modalidades terapêuticas necessárias.
 

DESENVOLVENDO O CONHECIMENTO - A Ciência da Iridologia

A Ciência da Iridologia




Embora a técnica já fosse conhecida pelas civilizações egípcia e grega, e até pela Medicina Tradicional Chinesa, foi  Ignatz von Peczely, ao capturar uma coruja e acidentalmente  quebrou uma das patas. Preocupado com o ocorrido, notou o surgimento de um sinal na parte colorida do olho da ave, a marca continuou mesmo após a correção da fratura, assim, o médico passou a observar alterações no organismo de seus pacientes através da íris, idealizando um mapa dos órgãos do corpo humano. Desta forma que surgiu a iridologia, método observacional que estuda a íris para conhecer o indivíduo integralmente. E isso só foi possível porque o olho é uma terminação do nervo óptico e, também, um prolongamento exterior do sistema nervoso autônomo. Considerando que a íris é formada por fibras nervosas, ela seria capaz de receber informações de todo o sistema nervoso, mostrando características psicofísicas, predisposições, desequilíbrios ou pontos fortes, a capacidade de recuperação de cada um, além do impacto do estilo de vida na saúde.
Como é feito o exame?
O exame não é invasivo nem doloroso e pode ser feito com um iridoscópio, instrumento dotado de lentes que permitem a observação da íris em seus mais microscópicos detalhes, ou com uma simples lupa. Existem, ainda, modernos recursos de captura de imagens, com várias graduações de aumento. Ao serem reproduzidas na tela de um computador, ou mesmo num vídeo, facilitam, em muito, a interpretação dos resultados
O que o iridólogo observa?
Cores, pigmentações, estrias, fendas e anéis. Cada íris é única em sua configuração, mas os mesmos tipos de sinais se repetem em homens e mulheres. No caso dos órgãos sexuais (útero e próstata), por exemplo, ambos correspondem à mesma área topográfica do mapa iridológico.
O que cada característica significa?
De acordo com o tipo de sinal e do setor da íris em que ele se encontra, o iridólogo será capaz de identificar quais são os pontos fracos e fortes da saúde de cada um: energia vital, predisposição ao envelhecimento, acúmulo de toxinas, fraqueza dos órgãos e aparelhos, graus de mineralização, vulnerabilidade ao estresse, potencialidade de recuperação do organismo e ainda os níveis de saúde. Aspectos psicoafetivos também podem ser notados. Por isso, já existe uma parte da iridologia denominada iridologia psicossomática
Como pode beneficiar o paciente?
Atua, predominantemente, de forma profilática ou preventiva.
Pode ser feita em crianças e idosos?
A iridologia não deve ser utilizada em crianças abaixo dos 6 anos de idade. Entre os idosos não há restrição.
Há riscos ou contraindicações?
A técnica é praticamente inofensiva, dados os baixos níveis desses aspectos.

O PODER DA AFIRMAÇÃO - Pelo Poder da Vontade

Pelo Poder da Vontade

Que a força vital recarregue.
Com vontade divina, quero que recarregue.
Membros e tecidos todos, fluindo por meus nervos e músculos todos, com seu vibrante fogo estremecendo.

Seu Poder jubiloso sempre ardendo.
Por meu soberano comando, a meu sangue, minhas glândulas, ordeno que desças.
Ordeno que resplandeças.
Por meu comando, ordeno que desças.



Por Pramahansa Yoganada

SAÚDE E HARMONIA - Afirmação científica para a cura




Afirmação científica para a cura

Em cada altar de sentimento, vontade e pensamento, Tu tens assento, Tu tens assento.
És todo sentimento, vontade e pensamento.
És Tu quem os guia; que eles Te sigam, que Te sigam.
Que eles todos sejam como Tu és.

No templo da consciência, uma Luz existia – era Tua Luz – e eu não a via.
Agora a contemplo.

Dormira e sonhara com o templo arruinado, envolto pelo medo, ansiedade, ignorância.
Dormira e sonhara com o templo arruinado, envolto pelo medo, ansiedade, ignorância.
Mas Tu me acordaste, Tu me acordaste.
Sadio está o Teu templo; sadio está o Teu templo.

Eu quero adorar-Te, Eu quero adorar-Te.
No meu coração, na estrela do céu, nas células todas que fazem meu corpo, eu quero adorar-Te.

Contigo no elétron prefeito, eu fico a brincar.
Desejo adorar-Te.
Desejo adorar-Te no corpo, na estrela e nas nebulosas.

Em tudo Tu estás, e é em toda parte que eu quero adorar-Te.
Minha vontade que é Tua, celeste e sem fim, brilha em mim.
Brilha, brilha em mim.

Na humana vontade, que é minha, por fim, Transforma-Te e brilha em mim.
Eu desejarei, eu quererei, trabalharei e me disciplinarei, sempre guiado(a) por Ti.
Guiado(a) por Ti, guiado(a) por Ti.

Eu trabalharei com a minha vontade.
Recarrega, porém, a minha vontade com a Tua vontade, com a Tua vontade.
Faz-nos, ó Pai, como crianças, que no Teu Reino estão.
Teu amor em nós é perfeição.
Sadios (refere-se a- vontade, pensamento e sentimento) nós somos, como sadio Tu és.

No corpo, na mente, nós somos sadios (refere-se a- vontade, pensamento e sentimento), como Tu és.
Pois Tu és perfeito, e nós somos Teus filhos.
Em toda parte Tu estás,
E onde Tu estejas, só há perfeição, nada mais.

No altar das minhas células, moléculas e elétrons, estás Tu entronizado.
Em cada célula do meu corpo Tu estás assentado.
Minhas células são sadias, minhas células são sadias e perfeitas.
Faz-me sentir-Te nelas, em todas elas, em todas elas.
Faz-me sentir-Te nelas, em cada uma delas, em todas elas.

Vida de minha vida, Tu és saúde.
Em toda parte Tu estás; no meu coração, no meu cérebro, nos meus olhos, no rosto, nos membros, em todos os meus órgãos, em tudo.

Movimenta meus pés que sadios estão, sadios estão.
Pernas e as coxas que sadias estão, pois estás ali.
És Tu quem dá forças, movimenta meus membros, para que eu não caia, para que eu não caia.
Sadios estão, sadios estão, pois estás ali.

Estás na garganta, estás nas mucosas, estás no abdome, que contigo brilham.
Sadios estão, sadios estão.

Na minha coluna cintilas, por certo.
Sadia está, sadia está, pois estás ali.

Percorre meus nervos, sadios estão, sadios estão, pois estás ali.

Nas veias, artérias, no sangue, flutuas, flutuas. Sadios estão, sadios estão.

És fogo em meu estômago, fogo em meus intestinos. Sadios estão, sadios estão.

Assim como Tu és meu, eu também sou Teu.
Tu és perfeito.
Tu és eu, eu sou Tu.

És meu cérebro, ele brilha, ele brilha. É sadio, sadio, sadio.
Livre flua minha imaginação. Livre flua minha imaginação.
Estou sadio(a) quando assim me vejo.

Todo dia, toda hora, no corpo, na mente, de toda forma, sadio(a) estou, eu estou bem. Sadio(a) estou, eu estou bem.

Dormindo, sonhei que estava doente.
E ri, ao despertar, ao ver que o mal era fantasia. Sadio(a) estou, sadio(a) estou.

Que eu possa sentir Tua vibração, Tua amorosa vibração.
Tu és meu Pai. Eu sou Teu (Tua) filho(a).
Mal ou bom, Teu (Tua) filho(a) eu sou.
Que eu possa sentir Tua vibração de saúde, que eu possa sentir a vontade da Tua sabedoria.
Que eu possa sentir a vontade da Tua sabedoria.

Por Paramahansa Yogananda

DESENVOLVENDO O CONHECIMENTO - Filosofia Oculta - O que é Magia/ Mago?

Filosofia Oculta - O que é Magia/ Mago?


Filosofia Oculta - O que é Magia/ Mago?

Filosofia Oculta

A 'Filosofia Oculta' é um conjunto de temas de caráter reflectivo vinculados ao ocultismo. Como se auto-especifica, trata-se de Filosofia, e aqui não devemos confundir com teorias relacionadas às praticas ocultistas (rituais, cerimônias, exercícios, etc).

Trataremos aqui de:
O que é a Magia?
O que é um Mago?
Mago, feiticeiro e bruxo. Das diferenças
As Três Faculdades
Das cores da magia
Outras divisões
Da importância do silêncio

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O que é magia? O que é um mago? Para explicar essa grandiosa Arte Científica tomarei emprestadas as explicações dos mais antigos e tradicionais estudiosos.

“A Magia, de um modo geral, nada mais é do que a arte de causar EFEITOS VISÍVEIS a partir de CAUSAS INVISÍVEIS.”
(Eliphas Levi)

Muitos outros autores retratam de igual forma. Na verdade, nesse ponto primário é algo realmente bastante simples e ate mesmo intuitivo.

“A Magia, em suas várias formas, é portadora da Sabedoria do Criador que se revela àquele que se dedica a conquistar a Arte Mágica. Ela é uma “auxiliar” indispensável à construção de nosso Templo Interior.
Aos que buscam a Magia, como Caminho Iniciático, devemos lembrar que Deus não se revela a Si Mesmo, exceto quanto o Deus Interior já se tenha revelado a nós.”
(Extraído de Manual Mágico de Kabbala Prática – ALI A´L KHAN S:. I:., Pág.17)

Outro autor diz:
“A Magia é uma faculdade de maravilhosa virtude, cheia dos mais nobres mistérios, contendo a mais profunda contemplação das coisas mais secretas junto à natureza, ao poder, à qualidade, à substância e às virtudes delas, bem como o conhecimento de toda a natureza, a ela nos instrui acerca da diferença e da concordância das coisas entre si, produzindo assim maravilhosos efeitos, unindo as virtudes das coisas pela a aplicação delas uma em relação a outra, unindo as virtudes dos corpos superiores.
Essa é a mais perfeita e principal ciência, e mais sagrada e sublime espécie de filosofia, e por fim, a mais absoluta perfeição de toda a excelentíssima Filosofia.”
(Extraído de Três Livros de Filosofia Oculta – H. C. Agrippa, Pág.80)

Mais uma definição, que certamente nos auxilia a aproximar-mos da compreensão;
 “Ora, se quiserdes estudar a magia, começae por comprenetrar-vos que tudo o que vos rodeia, todas as coisas que atuam sobre os vossos sentidos físicos, o mundo visível, enfim, tudo isto não é interessante senão como traduções em uma linguagem tosca, de leis e idéias, livre da sensação quando esta tiver sido não somente “filtrada” pelos órgãos dos sentidos, mas ainda “digerida” pelo vosso cérebro.”
(Extraído de O Homem conforme a Magia – Papus, Pág.9)

Acredito sinceramente que estes mestres não deixam dúvidas sobre o que é a magia. Claro, existe muito o que se falar sobre a magia, suas ramificações, modus operandis, etc. Mas em nossa abordagem básica nos deteremos aqui.

Então! O que é um mago?
Com a palavra Agrippa;
 “Assim, quem deseje se primar nessa faculdade, se não for versado em Filosofia Natural, pela qual se descobre a qualidade das coisas e na qual se encontram as propriedades ocultas de todo ser, e se não for versado em Matemática e nos aspectos e cifras das estrelas, sobre as quais depende a sublime virtude e a propriedade de tudo; e se não for versado em Teologia, na qual se manifestam as substancias imateriais (Especialmente os espíritos da ar mencionados por Hermes, Agostinho, Platão e outros.) que dispensam e ministram todas as coisas, não será capaz de entender a racionalidade da Magia. Pois nenhuma obra é feita por mera magia, tampouco é meramente mágica, sem abranger essas três faculdades.”
(Extraído de Três Livros de Filosofia Oculta – H. C. Agrippa, Pág.82)

Assim sendo, um Mago é alguém que dedica sua vida ao auto-conhecimento e o conhecimento de todas as coisas. Muitos ‘buscadores’ duvidam, pois não obtém resultados rápidos, alguns temem o ridículo, outros são meros curiosos. A estes é minha obrigação dizer: Desista! A Grande Obra requer todo seu tempo e vida, disciplina e harmonia. Para se obter resultados satisfatórios e livres da ilusão e da dúvida leva-se muito tempo. É algo tão distante, que uma mente vacilante se perderá por muitas vezes ate conquistar um fim por demais caótico e triste, talvez algo pior que a morte... Mas Aquele que deseja ardente e sinceramente obter o perfeito entendimento das coisas deve se lançar de cabeça, e com muitos anos de estudo e prática será vitorioso. Mas entenda aqui, que, de fato, requer muita dedicação e disciplina, mas não entenda com isso fanatismo, não digo para se privar de vida social, sexual, etc. Pelo contrário, um mago deve estar acima da vida mundana de modo que consegue tirar proveito de tudo que é bom e natural e viver em harmonia com tudo a sua volta, seu planeta e seus semelhantes, e ainda continuar suas pesquisas em silêncio.
Mais à frente falarei sobre o silêncio.

Agora outra observação, dada por Regardie:
“O místico não busca um conhecimento teórico do eu ou uma filosofia puramente intelectual sobre o Universo, embora isso tenha um lugar legítimo. Ele procura, sim, um nível mais profundo de compreensão.”
(Extraído de Magia Hermética – Israel Regardie, Pág.31)

Ainda devo levantar outra questão. Por mais de uma vez ouvi jovens iniciantes dizerem: “- Não preciso de livros, sigo meu coração!” É muito bonita essa frase, mas, do que adiante seguir um coração vacilante, talvez repleto de vícios, sem instrução, nem disciplina... O que estaria seguindo com este coração? Outros preferem criar seus próprios ritos e filosofia, isso é bom, é criativo, mas, porque reinventar a roda, sendo que os sábios nos mostram o caminho, seria orgulho, preguiça de estudar...?
Porém os problemas do buscador ainda não foram todos expostos, e nem todos poderão ser, mas na medida do possível posso citar mais um importante obstáculo.
É comum ver pessoas que se interesse apensa pela teoria ou apenas pela prática. A Filosofia Oculta pode ser positiva para qualquer um, mas as teorias de processos na magia só levam à dúvida, ou a aceitação de verdades falhas e meias-verdades, quando não por vezes à loucura.... E se, como dizem “A prática leva à perfeição”, somente a prática leva à uma armadilha de uma perdição incalculável, ate mesmo para as pessoas que rodeia este praticante. Além do mais, é considerado pelos mais antigos um desrespeito para com a tradição.

É certo, e bem entendido que o homem nada faz nessa vida sozinho. Tão pouco foi criado para ser sozinho. O fato de ler, pesquisar, de esta aqui hoje, dispensando um pouco de tempo para uma pesquisa saudável, livre, testifica isso. E juntos, certamente poderemos criar novas possibilidades... creio eu.

Acredito que seja interessante aqui um pouco de reflexão de cada um.

As Três Faculdades

* Filosofia Natural – Ensina a natureza das coisas que estão no mundo, explorando e investigando suas causas, efeitos, tempos, lugares, maneiras, eventos, o todo das partes, etc.
* Filosofia Matemática – Ensina a conhecer a quantidade dos corpos naturais, que se estendem em três dimensões, bem como a conceber o movimento e o curso dos corpos celestiais.
* Filosofia Teológica (ou Divindade) – Ensina o que é Deus, o que é a mente, uma inteligência, um anjo, um demônio, a alma, a religião, o que são as sagradas instituições, os ritos, templos, observações e santos mistérios: ela nos instrui também acerca da fé, dos milagres, das virtudes das palavras e números, as operações secretas e os mistérios dos selos.

Agora algumas observações interessantes!
Não vamos nos ater em detalhes históricos. Basta lembrar da Santa Inquisição, a qual foi responsável pela magia com inclinações cristãs, isso porque em suas formulas os magos e alquimistas tiveram de alterar os nomes e ornamentar tudo com uma atmosfera cristã para assim não serem perseguidos, evitando perder seu legado. (Já comentei sobre isso na palestra sobre a Alquimia).
Também é importante citar que um dos primeiros a fundamentar a filosofia foi Zoroastro ( ou Zaratustra, considerado por muitos o descobridor da magia), foi o primeiro a explicar e separar o “Bem e Mal” segundo textos antigos. Mas, a magia já era testificada muito antes dele, em diversos pontos das civilizações. Devem me perdoar não citar outras fontes como as culturas orientais, como da Índia por exemplo, de fato, peco nesta parte, mas tenham em mente que muito influenciou o que temos hoje, com um legado cultural riquíssimo, igualmente outra importante ramificação que seria necessário muita escrita, o Druidismo.

Outra derivação da magia (muito difundida) é a bruxaria, a mais conhecida é a Wicca. Alguns seguidores da Deusa dizem ser impossível ser cristão e mago ao mesmo tempo, alegam que só se pode servir de um único Deus (ou Deusa no caso). O Tema é tratado no filme As Brumas de Avalon (The Mists of Avalon) de 1979, obra escrita por Marion Zimmer Bradley em quatro volumes.
Mas segundo estudiosos da área, chegou-se à conclusão (não oficial, ou aceita) de que A Deusa é de fato o planeta, Gaia, ou a Alma do Mundo, e Deus seria o criador, gerador, e ainda existiria o Cosmos, que seria o intermédio, formando a Trindade Sagrada, um todo, único. Talvez o Cosmos fosse o Deus Cornífero da wicca... talvez... melhor não entrar em detalhes.
Evidentemente, cada qual segue o que lhe aparece mais compatível, de maneira que, seja qual for a tradição estará trabalhando com as mesmas forças naturais.

Partimos agora para as separações e nomenclaturas;
Mago, feiticeiro e bruxo - Das diferenças

Bem, quanto ao Mago(a), creio que não resta nenhuma duvida. Basta salientar que é aquele indivíduo que se utiliza tanto da prática quando da teoria e da filosofia oculta, que busca o equilíbrio, e o auto-conhecimento. Outro ponto importantíssimo é que antigamente a magia e a religião eram uma só, em algum lugar da história houve uma separação (e me refiro a um período anterior a Cristo), tal como houve a separação da química e da física. De qualquer modo posso afirmar que um mago é um ser religioso.
*(Aqui cabe uma nota do dicionário: Religião, do latim: ”re-ligare“, que significa “ligar com“, “ligar novamente“. No caso, se refere à divindade).

Sobre o feiticeiro( a), podemos dizer que é aquele que usa da magia sem saber realmente o que está fazendo, tão pouco teria uma filosofia “sólida”. Nem se quer precisa ser alfabetizado para ser feiticeiro. Geralmente um individuo vil, confuso, por vezes iludido por espíritos inferiores (mesmo que ele não saiba de suas presenças). Mas também pode ser uma boa pessoa, que carece de instrução.

O Bruxo( a) é aquele que segue a bruxaria, que é uma religião que se utiliza da magia. Um bruxo pode ser tanto um mago quanto um feiticeiro (geralmente trata-se de um feiticeiro.

* Ainda resta observar outro nome, o profano!
O profano é aquele que está afastado dos valores considerados sagrados, de sabedoria e respeito. Os profanos tem acesso a textos Iniciáticos, e tendem a profanar, ou seja, simplesmente duvidar sempre e por vezes ridicularizar, sem se dedicar a coisa alguma, apenas lendo superficialmente, e se defendendo de algo que nem se quer se importa com sua humilde existência.

Das cores da magia:

É importante agora definir o tipo de magia, muito se tem dito sobre isso, e cores foram criadas; Magia Branca, Negra, Vermelha, Verde, etc... Um arco-íris de possibilidades. Alguns praticantes tem profunda aversão a rótulos, porem! É importante classificar, e dar nome às coisas, pois aquilo que não tem nome não pode existir. Mas também é importante saber do que se trata tudo isso, e seus limites. Veja, Magia Branca é a Magia realizada para fins benéficos, e a Negra para fins maléficos, o que difere uma da outra é apenas a intenção do mago (algumas formas ritualísticas também, mas deve compreender que a força, o poder utilizado é sempre o mesmo). Quanto às outras cores, como Magia vermelha (para o amor) e Verde (Natural), realmente não precisariam de nomenclaturas.

Outras Divisões:
Alguns acreditam que a magia não se divide simplesmente em "branca" ou "negra", egoísta ou altruísta, e outras definições de cunho moral. Dividindo-se, em; Dogmática e Pragmática.
Dogmática; é a forma de Magia que faz uso de símbolos alheios aos pessoais, simbologia essa díspar daquela pertencente ao subconsciente do operador.
Fazendo referência a forma de Magia ensinada nas obras tradicionais do assunto.
Pragmática; é a que faz uso apenas dos símbolos pessoais, do fator de ressurgência atávica (baseando-se em analogias), do simbolismo presente no subconsciente do operador.

Da importância do silêncio:
Estamos chegando ao final, resta apenas falar sobre o silêncio.

“Seja você quem for que deseja estudar esta ciência, mantenha-se em silêncio e guarda sempre nos armários secretos de seu peito religioso essa santa determinação; pois (como dizia Mercúrio) divulgar ao público um discurso tão repleto da grande majestade do divino é um sinal de espírito irreligioso.”
(Extraído de Três Livros de Filosofia Oculta – H. C. Agrippa, Pág.591)

Há cinco razões para o silêncio, ou circunspeção, em torno da doutrina sagrada dada por Hermes. A Primeira, citado por Agrippa, é que a divulgação de coisas sagradas para mentes profanas as polui.
A Segunda razão para o silêncio é que as mentes profanas não conseguem compreender uma doutrina sagrada, caçoam daqueles que a pregam e são incitadas a cometer um mal ainda maior.
A Terceira razão é que ele permite que a iluminação divina da doutrina se manifeste. “E agora meu filho, não fale, mas guarde um silêncio solene; e assim a misericórdia de Deus virá sobre nós”. (Extraído de Corpus Hermeticum)
A Quarta razão para o silêncio é simplesmente a futilidade de se tentar expressar o inexprimível.
A Quinta e ultima razão para o silêncio envolve uma proscrição contra a tradução das doutrinas para outras línguas, porque as próprias palavras são sagradas e personificam poder: A tradução distorce muito o sentido dos escritos e causa muita obscuridade.
De modo que grande parte do conhecimento só é passado oralmente ainda.

Encerramos por aqui. Muitíssimo obrigado pela atenção.
P:. P:.

P.S. Gostaria de lhe convidar a fazer parte de nosso grupo de estudo on-line realizado pelo msn. Este texto foi apresentado lá e debatido adequadamente, e muitos outros ainda serão. Se tiver interesse pode entrar em contato pelo endereço http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=54095136 ou comigo por email. suzakusama@gmail.com

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“Se tu podes crer, tudo é possível àquele que crê.”
(Bíblia Cristã - S.Marcos I, 23)
 

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|Dados bibliográficos:|
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Três Livros e Filosofia Oculta – Henrique Cornélio Agrippa
Formulário de Alta Magia - P. V. PIOBB
Dogmas e Rituais de Alta Magia – Eliphas Levi
Manual Mágico de Kabbala Prática – ALI A´L KHAN S:. I:.
Magia Hermética: a Árvore da Vida - Israel Regardie
O Poder do Subconsciente – Joseph Murphy
Magus – Francis Barrett

DESENVOLVENDO O CONHECIMENTO - Energia Cósmica, Magia, Ciência e Tecnologia

Energia Cósmica, Magia, Ciência e Tecnologia


Vejamos. Temos a água, a terra, o ar (pois os sacrifícios e os atos de culto se realizavam ao ar livre, isto é no espaço contínuo do "céu"); mas nos falta o outro fator essencial: o fogo, o raio, a força energética e cósmica, a radiação que tudo o transforma. Em uma palavra nos falta o deus mesopotâmico que os sumérios chamavam En-lil, o vento cósmico. a radiação cósmica. Pois bem, Salomão e Hiram haviam entendido que o raio descarrega preferencialmente no metal, e que o melhor modo de atraí-lo era "fabricar pára-raios sagrados" capazes de processar sua força. E além disso, não eram de metal os meteoritos procedentes do espaço?; não se esquentam mais os metais que as pedras expostas aos raios do sol? Sendo assim, o raio e as radiações "magnetizam". Vejamos o que acontece com a água. O sol carrega diretamente de magnetismo a água como a todo outro corpo, e a polaridade resultante será negativa, também o resplendor da lua magnetiza a água, e a polaridade também resultará negativa. Os cristais carregam a água de magnetismo, que emana de seus pólos e correspondem a ambas as polaridades. O imã carrega de magnetismo a água, e este emanará de cada um dos dois pólos. A água pode ser carregada magneticamente por indução elétrica, seja positiva, seja negativamente, segundo a direção da corrente. Todo corpo que seja submerso na água a carrega de magnetismo positivo. O magnetismo resultante de um processo químico carregará a água com sua polaridade própria. Se fontes tão diversas podem carregar magneticamente a água, será oportuno recordar que nosso organismo é composto em grande parte de água (uns 70%), portanto o ser humano não seria mais que um caso especial da magnetização da água.


Eletromagnetismo e magia
Quando se fala de magnetismo, é impossível não falar de eletricidade, de fenômenos elétricos, de correntes elétricas e do modo de produzi-las, de diferenças de potenciais, de tensões, de eletrolitos, de eletrodos, de íons, de elétrons, de intercâmbios quânticos, do efeito fotoelétrico... Desde sempre suspeitou-se que a antiga magia de alguma maneira tinha algo que ver com o eletromagnetismo e que a alquimia, no fundo, perseguia o ideal das reações termonucleares. E no entanto nunca, por complexo de superioridade, foi abordada a perspectiva de averiguar se por casualidade gente como Salomão e demais ocultistas, à vista dos dispositivos e materiais que usavam, e das "idéias acerca da natureza e vida do universo, assim como de sua origem", (dos conceitos de energia, formas de energia, transformação de energia, ondas, eletrons, fotons, átomos, moléculas, campos elétricos e magnéticos de forças, etc., em definitivo; eles foram os autores, assim como de radiações, transmutações, ação de dis 
tância, etc.) não eram considerados "magos" por dominar esses conhecimentos e aplicá-los a utilidades práticas, conforme tecnologias simples.

Magia e ciência
 
Não nos esquecemos, acerca do que cabe pensar de sua fama de "magos", que na realidade todos os homens de ciência, possuidores de alguns conhecimentos e algumas técnicas que estão longe do alcance do saber vulgar e comum das massas, aos olhos destas realizam prodígios "mágicos". E que a história é melhor manifestada pelos "homens de letras que de ciência", ou melhor, pessoas cuja inteligência não se encontra precisamente dedicada a averiguar os mistérios da física, da química e da biologia, ramos do saber que frenqüentemente os encontram a nível de analfabetos e semianalfabetos.
Existem indícios sérios de que o grande saber oculto, de Salomão neste caso, fosse oculto porque era ininteligível para a imensa maioria dos homens de sua época, e que esse saber, era escarvado em busca do sentido recôndito das religiões sumérias e egípcias das épocas mais longínquas, se fossem decifradas as analogias das linguagens e relatos míticos, indubitavelmente posteriores, ou obra de pessoas não versadas em matéria, aparece simples e majestosamente como ciência, experimental, teórica e aplicada.

A aquisição do conhecimento
Costuma-se objetar, a propósito, que é impossível que homens vivos há milhares de anos possam ter usado sua inteligência de maneira semelhante aos cientistas de nossos dias "porque careciam de meios e de métodos", e todo o mundo se cala, porém resulta que a objeção somente aparentemente tem força, e em seguida vamos ver como não é mais que um sofisma. Abordemos a questão por partes. Primeiro, qualquer ser humano, no momento de nascer, e da mesma forma que nasça em 1986 ou tenha nascido no ano 20000 a.C., não possui ciência infusa nenhuma. Enquanto indivíduo, possui "curiosidade de saber" e capacidade de observação. A sociedade em que nasceu lhe "ensina", porém nem todos se conformam com receber passivamente "os saberes oficiais de sua época"; sempre existe quem não ache satisfatórias as explicações e as respostas que são en- sinadas, não por espírito de contradição, mas porque obviamente descobre que não são mais que hipóteses dogmatizadas, pontos de vista parciais, aparentemente sólidos não por vera- cidade essencial, mas por virtude de coerência lógico-sistemática-estrutural.

Ciência e tecnologia heterodoxas
Esta vitalidade crítico-construtiva do ser humano não é monopólio da sociedade ocidental do século XVII e seguintes; e se não a ver como foram construídas as pirâmides e as máquinas a vapor e a ar comprimido dos egípcios, ou as pilhas elétricas de Bagdá, ou os discos magnéticos da Mongólia, ou a cartografia suméria e egípcia, etc. Por arte de magia? Como se conheceu a astronomia e foram confeccionados os calendários astronômicos? Para que foram feitas as lentes telescópicas da Mesopotâmia, da Austrália central e da civilização pré-incáica? Como foi possível a metalurgia e a navegação, se consta que a bússola e o magnetismo não eram nenhum mistério para os antigos? Tudo isso foi realizado não racionalmente, por "azar", assistematicamente, por "acaso"? Tudo isso foi feito usando ordenadamente, isto é, com método, a inteligência e as observações e dados recolhidos por esta. E quanto à questão de que não dispunham, em épocas longínquas, de aparelhos e instrumentos, a coisa dá um pouco de riso. Sejamos sinceros. De quais instrumentos dispunham Galvani, Volta, Galileu, Faraday, Franklin, Edison, etc.? Ninguém pretende tirar destes grandes personagens da história de nossa Ciência a glória que merecem, porém se eles conseguiram realizar suas decisivas descobertas com instrumentos mínimos, precários, etc., se a Newton foi suficiente refletir sobre o porque caiu uma maçã sobre sua cabeça para tirar da manga a teoria da gravitação universal, porque não conceder a pensadores de épocas longínquas, vistos os resultados práticos de sua ciência em obras e realizações, a mesma capacidade de efetuar descobertas e configurar teorias científicas idênticas, análogas ou semelhantes às que efetuaram os pioneiros e fundadores do saber científico de nosso tempo e de sua tecnologia derivada

As Quatro Grandes Colunas do Conhecimento Gnóstico

“Investigamos nas fontes da China, nas obras sânscritas da Índia, nos velhos manuscritos tibetanos... Nos preocupamos pelo estudo das peças arqueológicas, investigamos profundamente muitos códices, analisamos a sabedoria das antigas civilizações, realizamos estudos comparativos entre o México, Egito, Índia, Tibete, Grécia, etc., etc., e chegamos à conclusão de que a Sabedoria Universal é sempre a mesma, só mudam seus aspectos, de acordo com os povos, nações e línguas.” (Samael Aun Weor, na conferência: “Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?”)

A FILOSOFIA
Realmente a Gnose, como filosofia, implica sempre uma mensagem, uma orientação, um ensinamento dirigido sempre para a Consciência do ser humano, que convida o homem à reflexão consciente. A filosofia gnóstica busca sempre, mediante uma reflexão serena, elevar o homem às alturas do Real Ser (o divino que existe em cada criatura humana).
O gnóstico filósofo ama a sabedoria e busca sem descanso a verdade que existe em suas profundezas mais íntimas.
Quando se fala de filosofia, é um grave erro referir-se apenas à filosofia dos antigos gregos, à filosofia de um Platão, um Sócrates ou um Sólon.
Realmente, como filosofia, a Gnose é uma atividade muito natural da Consciência e brota, como já afirmamos, de diversas latitudes. Aqueles que pensam que sua origem está unicamente na Grécia, na Pérsia, no Iraque ou na Palestina, ou na Europa medieval, estão equivocados; a Gnose, como Philosophia Perennis et Universalis, se encontra em qualquer obra hindu, em qualquer pedra arqueológica etc.
Chegou a hora de compreender que em todos os países do mundo palpita a sabedoria oculta. Chegou a hora de entender que sob as pirâmides do Egito floresceu a sabedoria dos hierofantes. Chegou o momento de saber que nas pirâmides de Teotihuacan ainda se escuta o Verbo que ressoa dos antigos mestres de Anahuac...
Em nome da verdade, temos que dizer que a sabedoria cósmica vibra e palpita em tudo o que foi, é e será.
Através do tempo, distintos Hierofantes do saber resplandeceram na noite profunda de todas as idades; ora Hermes Trismegisto, o Três Vezes Grande Deus Íbis de Thot, gravando sua sapiência na Tábua Esmeraldina; ora os grandes sábios da antiga Grécia, ensinando às multidões nos Mistérios de Eleusis; ora os sacerdotes Incas, que brilharam como sóis resplandecentes no Alto Cuzco do Peru; ora a sapiência soberana dos grandes iniciados de Anahuac.
Sim, por aqui, lá e acolá resplandece a sabedoria de todas as idades, a sabedoria oculta.
Este é um momento de confusão; a humanidade se encontra em estado caótico, há crise mundial e bancarrota de todos os princípios éticos e morais. As pessoas se lançaram à guerra, uns contra outros e todos contra todos.
Nestes momentos, não nos resta mais remédio que aprofundar-nos na sabedoria do passado, extrair dos códices a orientação precisa para guiar-nos no momento presente, beber na fonte tradicional da augusta sabedoria da natureza, buscar as vertentes originais da sapiência cósmica.
Este, amigo leitor, é o propósito da Antropologia Gnóstica. Mediante um estudo amplo, a Antropologia Gnóstica busca redefinir aqueles PRINCÍPIOS ÉTICOS que constituem a pedra fundamental das grandes culturas do passado.
A Antropologia Gnóstica é uma Antropologia Psicoanalítica. Podemos, por meio da psicoanálise, extrair de cada peça (nicho, pirâmide, tumba etc.), os princípios psicológicos contidos em tais peças.
Através da Antropologia Gnóstica, conhecemos os distintos cenários do mundo, esquadrinhando neles os arcanos ou segredos que, de forma transcendente, lancem luz sobre os controvertidos enigmas da existência.
Chegou o momento em que devemos voltar a estudar os ensinamentos do passado, mas com a visão correta, sabendo extrair, da letra morta, o espírito que dá vida.
É evidente, contudo, que sem uma prévia informação sobre Antropologia Gnóstica, será mais que impossível o estudo rigoroso das diversas peças antropológicas das culturas Asteca, Tolteca, Maia, Egípcia etc.
Em questões de “antropologia profana” (desculpem-me a similitude), se se quer conhecer resultados, deixe-se um macaco, símio ou mico em plena liberdade dentro de um laboratório e observe-se o que acontece.
Os códices mexicanos, papiros egípcios, tijolos assírios, pergaminhos do Mar Morto, estranhos pergaminhos, templos antiquíssimos, monólitos sagrados, velhos hieróglifos, pirâmides, sepulcros milenares, etc., oferecem, em sua profundidade simbólica, um sentido Gnóstico que, definitivamente, escapa à interpretação literal e que nunca teve um valor explicativo de índole exclusivamente intelectual.
O racionalismo especulativo dos antropólogos e historiadores modernos, em vez de enriquecer a linguagem, a empobrece terrivelmente, já que os relatos gnósticos, escritos ou alegorizados em qualquer forma artística, orientam-se sempre para o SER. E é nesta interessantíssima linguagem da Gnose, semi-filosófica e semi-mitológica, onde se apresentam uma série de invariantes extraordinárias, símbolos com um fundo esotérico que falam à Consciência em silêncio. Bem sabem os Divinos e os humanos que “o silêncio é a eloquência da Sabedoria”.

A ARTE
Existem dois tipos de arte: primeiro, a arte subjetiva que a nada conduz; segundo, a Arte Régia da Natureza, a arte objetiva, real, transcendental.
Obviamente, esta última arte contém em si mesma preciosas verdades cósmicas... Esta, amigos, é a arte gnóstica, a arte que encontramos em todas as peças antigas, nas pirâmides e nos velhos obeliscos, nos hieróglifos e nos baixos-relevos do Egito dos Faraós, em todas as obras do México antigo, nas relíquias arqueológicas dos Maias, Astecas, Zapotecas, Toltecas, etc.; nos velhos pergaminhos da Idade Média, nas pinturas e esculturas de Michelangelo; na música de Beethoven, Mozart, Lizst, Richard Wagner, nas obras da literatura universal, a Ilíada de Homero, a Divina Comédia de Dante etc.
Indubitavelmente, a arte gnóstica se baseia na “Lei do Sete”, na “Lei do Eterno Heptaparaparshinock” (a lei que põe em ordem todo o criado: os sete dias da semana, as sete cores do prisma, as sete notas musicais etc.).
Quando se descobre qualquer relíquia, qualquer peça arqueológica, normalmente se pode observar certas inexatidões intencionais, pequenas rupturas que quase sempre são atribuídas à picareta dos trabalhadores. Em todo caso, qualquer inexatidão dentro da “Lei do Sete” foi colocada intencionalmente, como para indicar-nos que ali, naquela peça, se transmite à posteridade um ensinamento, uma doutrina, uma verdade cósmica.
Com as pinturas acontece a mesma coisa; a “Lei do Sete” domina todas essas pinturas antigas. Todas as gravuras e desenhos dos astecas, maias, egípcios, fenícios, etc., transmitem preciosos ensinamentos. Também encontramos belas representações de grandes ensinamentos em todos esses velhos quadros medievais, nas catedrais góticas etc.
Recordemos a Gioconda, por exemplo. Nessa magna obra podemos ver a Divina Mãe, “Stella Maris”, como diziam os alquimistas medievais, a Virgem do Mar, que guia sabiamente os trabalhadores da Grande Obra. Entre os astecas ela é Tonantzin, entre os gregos é a casta Diana, entre os egípcios é Ísis, a Mãe Divina, a quem nenhum mortal levantou o véu... Não é demais aclarar de forma enfática que cada um de nós tem sua própria Mãe Divina particular, individual.
Realmente devemos afirmar que a Arte Régia da Natureza é um meio transmissor dos ensinamentos cósmicos.
As danças sagradas, por exemplo, eram verdadeiros livros informativos que transmitiam deliberadamente certos conhecimentos cósmicos transcendentais.
Os dervixes dançantes não ignoravam as “sete tentações” mutuamente equilibradas dos organismos vivos.
Os dançarinos antigos conheciam as sete partes independentes do corpo e sabiam muito bem o que são as sete linhas distintas do movimento. Os dançarinos sagrados sabiam muito bem que cada uma das sete linhas do movimento possui sete pontos de concentração dinâmica.
Os dançarinos da Babilônia, da Grécia e Egito não ignoravam que tudo isto cristalizava no átomo dançarino e no planeta gigantesco que dança ao redor de seu centro de gravitação cósmica.
Se pudéssemos inventar uma máquina que imitasse com plena exatidão todos os movimentos dos sete planetas de nosso sistema solar ao redor do sol, descobriríamos com assombro o segredo dos dervixes dançantes. Realmente, os dervixes dançantes imitam, com perfeição, todos os movimentos dos planetas ao redor do Sol.
As danças sagradas dos templos do Egito, Babilônia, Grécia, etc., vão ainda mais longe, transmitindo tremendas verdades cósmicas, antropogenéticas, psicobiológicas, matemáticas etc.
O sábado, o dia do teatro, o dia dos Mistérios, foi muito popular nos antigos tempos. Então se apresentavam dramas cósmicos maravilhosos.
O drama serviu para transmitir aos iniciados valiosos conhecimentos. Por meio do drama, transmitiu-se aos iniciados diversas formas de experiência do Ser e manifestações do Ser.
Entre os dramas, o mais antigo é o do Cristo Cósmico. Os iniciados sabiam muito bem que cada um de nós deve converter-se no Cristo de tal drama, se é que de verdade aspiramos o Reino do Super-Homem.
Os dramas cósmicos se baseiam na “Lei do Sete”. Certos desvios inteligentes de tal lei, como dissemos, foram sempre utilizados para transmitir ao neófito conhecimentos transcendentais.
Em música, é bem sabido que certas notas podem produzir alegria no centro pensante, outras podem produzir tristeza no centro sensível e, por último, outras podem produzir religiosidade no centro motor.
Realmente, os velhos Hierofantes jamais ignoraram que o conhecimento íntegro somente pode ser adquirido com os três cérebros; um só cérebro não pode dar informação completa.
A dança sagrada e o drama cósmico, sabiamente combinados com a música, serviram para transmitir aos neófitos tremendos conhecimentos arcaicos de tipo cosmogenético, psicobiológico, físico-químico, metafísico, etc.
Cabe aqui mencionar também a escultura. Esta foi grandiosa em outros tempos. Os seres alegóricos cinzelados na dura pedra revelam que os velhos Mestres não ignoraram nunca a “Lei do Sete”.
Recordemos a Esfinge de Gizé, no Egito. Ela nos fala dos quatro elementos da natureza e das quatro condições básicas do Super-Homem.
Contudo, conforme o ser humano se precipitou pelo caminho da involução e da degeneração, conforme foi se tornando cada vez mais e mais materialista, seus sentidos também foram se deteriorando e degenerando, e o amor pela verdadeira sabedoria, como é lógico, foi desaparecendo.
Depois da Segunda Guerra Mundial nasceram a filosofia e a arte existencialistas. Quando vimos os atores existencialistas em cena, chegamos à conclusão de que são verdadeiros doentes, maníacos e perversos.
Os artistas de cada nova geração se converteram em verdadeiros apologistas da dialética materialista. Todo alento de espiritualidade desapareceu da arte ultramoderna.
Está comprovado pela observação e experiência que a ausência de valores espirituais produz degeneração.
Os artistas modernos já nada sabem sobre a “Lei do Sete”, nada sabem de Dramas Cósmicos, nada sabem sobre as Danças Sagradas dos antigos Mistérios.
A pintura atual, a música, a escultura, o drama, etc., não são senão o produto da degeneração.
Já não aparecem no cenário os iniciados de outros tempos, as dançarinas sagradas, os verdadeiros artistas dos grandes tempos. Agora só aparecem nos palcos autômatos doentes, cantores degenerados, rebeldes sem causa.
Os teatros ultramodernos são a antítese dos teatros sagrados dos grandes mistérios do Egito, Grécia, Índia etc.
A arte atual é tenebrosa, é a antítese da Luz, e os artistas modernos são tenebrosos.
A pintura surrealista e marxista, a escultura ultramoderna, a música afro-cubana e as bailarinas modernas são o resultado da degeneração humana.
Os rapazes e moças das novas gerações recebem, por meio de seus três cérebros degenerados, dados suficientes para converterem-se em estelionatários, ladrões, assassinos, bandidos, homossexuais, prostitutas, etc.
Ninguém faz nada para acabar com a arte ruim e tudo caminha para uma catástrofe final por falta de uma Revolução da Dialética...
A CIÊNCIA
Quando falamos em ciência, pensamos na Ciência Pura, não nessa podridão de teorias que hoje abundam por toda parte; ciência pura como a da Grande Obra, a ciência dos alquimistas medievais; ciência pura como a de um Paracelso ou a de um Paulo de Tarso; ciência pura como a que utilizaram Jesus ou Moisés para realizar prodígios.
A ciência pura é experiência direta, vívida e real. A ciência pura é ética superior, análise posta a serviço do SER.
A ciência destes tempos é uma ciência falsa, uma ciência cheia de interesses personalistas; uma ciência que não respeita os interesses espirituais do ser humano; uma ciência onde o fim justifica os meios, ainda que estes incluam o sofrimento físico e psicológico de qualquer criatura vivente; uma ciência para a qual a palavra “progresso” serve para justificar as mais terríveis atrocidades.
Além disso, a ciência de hoje em dia é uma ciência que afirma dogmaticamente uma tese e amanhã, com essa soberba que a caracteriza, afirma totalmente o contrário. Uma ciência cheia de contradições, que paradoxalmente diz acreditar só no que vê e, não obstante, sustenta com firmeza hipóteses absurdas que nunca foram comprovadas. Esta é a ciência moderna...
Atualmente, estão sendo feitos certos comentários muito simpáticos. A ciência materialista inventa todos os dias novas hipóteses. Estabeleceu-se uma cadeia curiosa e ridícula por excelência com relação aos nossos possíveis antepassados. Como rei dessa cadeia aparece o tubarão, do qual descendem, segundo dizem os antropólogos, os lagartos. Teoria que chega a ser ridícula, não?
Depois, prosseguem com o famoso oposum, criatura similar ao crocodilo, um pouquinho mais evoluída segundo enfatizam. Daí passam, seguindo o curso da grande cadeia de maravilhas, para certo animalzinho ao qual se tem dado muita importância. Refiro-me de forma enfática aos lêmures. Atribuem-lhes uma placenta discoidal, questão que é refutada pelos zoólogos.
Contradições gigantescas são encontradas nos labirintos da falsa ciência, que prossegue dizendo que dos lêmures, que podem ter existido há uns 150 milhões de anos, descende por sua vez o macaco e, por fim, o gorila. Nessa fantástica cadeia, o gorila é o nosso antecessor imediato, o predecessor do homem.
Alguns antropólogos não deixam de encaixar nestas questões o pobre rato, e até querem inclui-lo nesta cadeia. Como? De que maneira? Procuram semelhanças, querem fazer crer que a forma da cabeça e da boca do tubarão dá origem a outros mamíferos, entre eles o irmão rato.
Isso de que certos traços do rosto se parecem não pode servir de base para a hipótese de uma possível descendência. Isso é no fundo tão empírico como supor que o homem foi feito de barro, no sentido literal, sem perceber que a frase tem um sentido simbólico.
Onde estão os elos? Como é possível que do esqualo, sem mais nem menos, da noite para o dia ou através de uns quantos séculos, apareça o lagarto? Milhões de anos se passaram e os tubarões continuam tranquilos. Nunca se viu nascerem novos lagartos de uma espécie de tubarão, seja no Atlântico ou no Pacífico.
Contudo, não são eles por acaso os senhores da ciência materialista, que dizem que não acreditam senão no que vêem, que não aceitam nada que não hajam visto? Que terrível contradição! Acreditam em suas hipóteses e nunca as viram.
São esses mesmos cientistas modernos os que se opõem a essa questão das dimensões superiores da natureza e do cosmos. A que se deve isso? Simplesmente a que suas mentes estão decrépitas, degeneradas, não conseguem ver além de seus narizes, isso é óbvio.
Que existe uma quarta coordenada, uma quarta vertical, é inegável, mas isso incomoda os materialistas. No entanto, Einstein aceitou a quarta dimensão.
Em matemática, ninguém pode negar a quarta vertical. Mas os materialistas desta época nem sequer consideram que possa existir outra dimensão ou dimensões superiores na natureza. Querem, à força, que nos encerremos ou nos auto-encerremos todos no mundo tridimensional de Euclides. E, devido a essa falsa posição absurda, o avanço da física está completamente paralisado.
A estas horas, já deveriam existir naves cósmicas capazes de viajar através do infinito, mas tal aspiração não seria possível enquanto a física continue engarrafada no dogma tridimensional de Euclides.
Não está longe o dia em que estas dimensões da Natureza poderão ser vistas através de sofisticados aparelhos de ótica. Mas até esse dia chegar, seguramente nós, os antropólogos gnósticos, teremos que suportar a mesma zombaria que Pasteur suportou quando falava de seus micróbios.
Mas um dia essas dimensões serão perceptíveis por meio da ótica e então a zombaria acabará. Já estão sendo feitas experiências para transformar as ondas sonoras em imagens e, quando isto for feito, poderemos ver todos os processos evolutivos e involutivos da Natureza. Então o Anticristo da falsa ciência será desnudado diante do veredicto solene da consciência pública.
Assim, existem dois tipos de ciência: a ciência profana e a ciência pura. Na ciência pura não existem teorias, mas fatos. Se eu dissesse a vocês que o Conde Saint-Germain viveu durante os séculos 15, 16, 17, 18 e 19 e que ainda vive, vocês me achariam louco. Conheço o Conde Saint-Germain, e dou testemunho disso. Vive sim, sustentado por uma ciência que vocês não conhecem, a ciência pura, a ciência do Super-Homem, a ciência que conhecem os extraterrestres que viajam através do espaço infinito, a ciência dos senhores da vida e da morte, a ciência daqueles que abriram a Mente Interior...
Aqueles que ainda não abriram sua Mente Interior se baseiam somente em teorias, em hipóteses que não comprovaram. Por que teríamos que aceitar todas as utopias materialistas? Por que teríamos que aceitar o dogma da evolução, o dogma tridimensional? Por que teríamos nós que viver dentro do mundo das hipóteses?
O cientista gnóstico tem sistemas diferentes para a investigação; temos disciplinas especiais que permitem ao ser humano pôr em atividade certas faculdades latentes no cérebro, certos sentidos de percepção completamente desconhecidos para a ciência materialista e que permitem verificar diretamente todas estas interrogações...
 
A RELIGIÃO
 
Se fizermos um estudo comparativo das grandes religiões, descobriremos que todas elas descansam sobre os mesmos pilares.
RELIGIÃO provém do termo “RELIGARE”, ou seja, o objetivo fundamental de todo princípio religioso é “re-ligar-se”, voltar a se unir com sua própria Divindade, regressar ao ponto de partida original, ao SER da filosofia experimental.
Realmente, de fato, somente existe UMA só RELIGIÃO, ÚNICA E CÓSMICA. Esta religião assume diferentes formas religiosas segundo os tempos e as necessidades da humanidade.
Portanto, as lutas religiosas são absurdas, porque no fundo todas são unicamente modificações da RELIGIÃO CÓSMICA UNIVERSAL.
Isso que estamos afirmando tem seu máximo expoente na enorme semelhança simbólica e teológica de todas as religiões.
É evidente o amor que todas as instituições místicas do mundo inteiro sentem pelo Divino: ALÁ, BRAHMA, TAO, ZEN, I.A.O., INRI, MÔNADA, SER, DEUS etc.
Os Mártires, Santos, Virgens, Anjos e Querubins são os mesmos Deuses, Semideuses, Titãs, Sílfides, Cíclopes e Mensageiros da mitologia pagã.
A trimurti cristã, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, tem seu expoente em todas as trimurtis religiosas: Osíris, Ísis e Hórus, no Egito; Brama, Vishnú e Shiva, na Índia; Kether, Chokmah e Binah, na Cabala etc.
Todos os cultos têm seus Céus (dimensões superiores, Aeons da Cabala hebraica) e sua contraparte, os Infernos, conhecidos também como “Averno” (romano), “Tártaro” (grego), “Patala” (indiano), “Mixtlán” (asteca), “Xibalbá” (maia) etc.
Entre os Persas, Cristo é Ormuzd, Ahura-Mazda, o terrível inimigo de Arimã (o Satã que levamos dentro de nós). Entre os hindus, Krishna é o Cristo. O evangelho de Krishna é muito semelhante ao de Jesus de Nazaré. Entre os Egípcios, Cristo é Osíris, e todo aquele que O encarnava era, de fato, um Osirificado. Entre os Chineses é Fu-Hi, o Cristo Cósmico, que compôs o “I-Ching”, O Livro das Leis, e nomeou ministros dragões. Entre os gregos, o Cristo chamava-se Zeus, Júpiter, O Pai dos Deuses. Entre os astecas é Quetzalcoatl, o Cristo mexicano. Nos Eddas germânicos é Balder, o Cristo que foi assassinado por Hoder, Deus da Guerra, com uma flecha de agárico. Assim, poderíamos citar o Cristo Cósmico em milhares de livros arcaicos e velhas tradições que vêm de milhões de anos antes de Jesus.
Maria, a Mãe de Jesus, é a mesma Ísis, Juno, Deméter, Ceres, Maya, Tonantzin, etc., que recebem seu filho em uma imaculada concepção. Fu-Hi, Quetzalcoatl, Buda e muitos outros são o resultado de imaculadas concepções, que são realmente abundantes em todos os cultos antigos.
Maria Madalena é, fora de qualquer dúvida, a mesma Salambo, Matra, Ishtar, Astarté, Afrodite e Vênus de todas as religiões. Maria Madalena, a pecadora arrependida, é a mesma Gundrígia, a Kundri do drama wagneriano.
Todos os cultos antigos tentaram conduzir o homem à ÚNICA GRANDE VERDADE, e por isto é assombrosa a grande semelhança entre todas as formas religiosas, a repetição de símbolos, idéias etc.
Frases como: ”eu estou com a verdade” ou “minha religião é a única que serve” denotam soberba e uma supina ignorância.
Contudo, seguindo esta ordem de idéias, temos que levar em conta uma coisa extremamente importante: todos os preceitos, ensinamentos ou indicações dos cultos religiosos de nada servem, se não os experimentamos em nós mesmos...
Por isso, em questões de religião, estudamos a religiosidade em sua forma mais profunda. A Gnose estuda a Ciência das Religiões.
A religiosidade que possuímos é altamente científica. A Gnose não se conforma com aceitar a existência de um Deus sentado em um trono, julgando os vivos e os mortos. O gnóstico cria a fé a partir da experiência, da vivência, da comprovação, não de teorias.
Nos tempos atuais, a religião se divorciou da ciência e a ciência da religião. Uns lutam contra outros e outros contra uns. Todos se sentem de posse da verdade, ninguém se sente equivocado.
Contudo, a religião que despreza a ciência é uma religião oca, cem por cento fanática e dogmática. A ciência que rejeita a religião é uma ciência materialista, ateísta, carente totalmente de valores e princípios.
O bálsamo procurado por quem quer a verdade não está nos opostos. Tese e antítese devem tender à síntese; devemos entrar em um espiritualismo científico e uma ciência espiritual. É necessário deixar de lado o dualismo conceitual, é urgente e inadiável filiar-nos a um monismo transcendental, é necessária uma ciência religiosa e uma religião científica.